Questão 2 Comentada - Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paranapanema (CISMEPAR - PR) - Advogado - FAUEL (2016)

O assassino era o escriba


Paulo Leminsky

Meu professor de análise sintática era o tipo do

sujeito inexistente.

Um pleonasmo, o principal predicado da sua vida,

regular como um paradigma da 1ª conjugação.

Entre uma oração subordinada e um adjunto

adverbial,

ele não tinha dúvidas: sempre achava um jeito

assindético de nos torturar com um aposto.

Casou com uma regência.

Foi infeliz.

Era possessivo como um pronome.

E ela era bitransitiva.

Tentou ir para os EUA.

Não deu.

Acharam um artigo indefinido em sua bagagem.

A interjeição do bigode declinava partículas

expletivas,

conectivos e agentes da passiva, o tempo todo.

Um dia, matei-o com um objeto direto na cabeça.



A respeito da identificação do sujeito do texto com um “pleonasmo”, podemos afirmar que se trata de uma figura de linguagem cujas características apontam para:

  • A a redundância e a repetitividade.
  • B a insegurança e o excesso.
  • C a circunspecção e a introversão.
  • D o talento e a comodidade.