Na virada do XIX para o século XX o progresso industrial promoveu muitas transformações que combinadas a urbanização e aos avanços tecnológicos dos meios de comunicação, resultou numa transformação socioeconômica, fazendo surgir a “sociedade de massas”. Nessa sociedade, a opinião não é mais individualizada, sendo tratada pela imprensa como opinião pública. Sendo assim, autores e pensadores sociais desenvolveram teorias a seu respeito, com destaque para o jornalista e teórico americano Walter Lippmann. A partir desse autor, pode-se afirmar que a opinião pública:
- A é um reflexo da sociedade de massas e as suas relações com a imprensa, já que desconsidera as unanimidades das leis e tem por viés apenas o nível cultural daquela sociedade
- B contém a soberania democrática, pois longe de ser uma aspiração individual, ela representa o consenso daqueles indivíduos pertencentes a sociedade em geral e portanto, é amplamente manifestada pela imprensa
- C ela expressa o julgamento formado pela experiência daqueles que se privilegiam do bem público, inclusive as formações das leis. Portanto, somente as nuances distintas individuais e não a imprensa, podem influenciar a opinião pública.
- D a opinião pública é fragmentada, ou seja, ela não é fixa. Os indivíduos tem um entendimento limitado sobre assuntos públicos. Consequentemente, a partir das percepções sobre o que se é noticiado pela imprensa ou produzido pelos veículos de comunicação, ela pode ser mudada
- E há um conjunto de fatores que dinamiza a opinião pública, com destaque para as aspirações morais, sociais e econômicas da sociedade de massa, portanto trata-se de um elo representado pelos jornalistas e expressado amplamente pela imprensa