Prova da Universidade Federal do Tocantins (UFT) - Residência Médica - COPESE (2019) - Questões Comentadas

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Acerca do tratamento da emergência hipertensiva em pediatria, assinale a alternativa CORRETA:

  • A Realizar redução de 50% da PA nas primeiras 8h.
  • B Alcançar percentil normal para sexo e idade nas primeiras 12h.
  • C Redução de 25% da PA nas primeiras 8h.
  • D Utilizar preferencialmente anti-hipertensivos por via oral.
  • E Nitroprussiato de sódio é contraindicado em pacientes pediátricos devido à intoxicação pelo cianeto.

Adolescente, 13 anos, sexo masculino, apresenta perda da consciência durante partida de futebol com os colegas. Assinale a alternativa que contempla os passos corretos do Suporte Básico de Vida em Pediatria feito por socorrista médico:

  • A Fazer 2 ventilações de resgate, chamar ajuda e iniciar compressões torácicas na proporção 15:2.
  • B Iniciar imediatamente compressões torácicas, abrir vias aéreas e realizar ventilações de resgate na proporção 30:2.
  • C Chamar ajuda, iniciar compressões torácicas, abrir vias aéreas e realizar ventilações de resgate na proporção 30:2.
  • D Chamar ajuda, realizar abertura de vias aéreas e ventilação de resgate e, imediatamente, iniciar compressões torácicas na proporção 15:2.
  • E Realizar apenas compressões torácicas 100 a 120 por min, enquanto aguarda o DEA.

O fechamento funcional do canal arterial, geralmente, ocorre até 96h de vida no recém-nascido a termo, e o fechamento anatômico pode ocorrer em até meses. Podemos afirmar que, dentre os principais fatores que podem contribuir para a Persistência do Canal Arterial (PCA) em recém-nascido prematuro, temos:

  • A A hipóxia, decorrente da imaturidade pulmonar, Doença da Membrana Hialina e Síndrome do Desconforto Respiratório Neonatal.
  • B A produção de dopamina, que é maior no recém-nascido prematuro.
  • C A oferta de oxigênio a 100%.
  • D A produção de dobutamina, que é maior no recém-nascido prematuro.
  • E A redução das prostaglandinas no recém-nascido.

Mãe, primigesta, diagnóstico de depressão durante a gestação, e uso de fluoxetina. Diagnóstico de DHEG com 20 semanas de idade gestacional, mas com uso irregular de medicações prescritas, evoluiu (na 39° semana de gestação) com PA 210/130 mmHg, apresentando crises convulsivas de difícil controle. Neste caso, foi indicada cesariana de urgência. RN de apresentação cefálica, sexo masculino, presença de mecônio espesso, nasceu deprimido e foi reanimado até intubação em sala de parto - Apgar 7/7. Em seguida, foi encaminhado para UTI neonatal. Na UTI neonatal, foram ajustados parâmetros ventilatórios, mas o RN continuou com queda na saturação e piora do padrão respiratório, além de diferença de saturação pré e pós ductal (pré-ductal 88% e pós ductal 70%). Realizado Rx de tórax, evidenciado pneumotórax hipertensivo à direita.
É CORRETO afirmar:

  • A Quadro clínico compatível com Síndrome de Aspiração Meconial, evoluindo com Hipertensão Pulmonar Persistente. Realizar ecocardiograma funcional de urgência para avaliar função de VD e necessidade de drogas vasoativas. O uso de óxido nítrico já está indicado pelo quadro de hipertensão pulmonar persistente.
  • B A saturação pré-ductal deve ser verificada com oxímetro em região plantar direita e a saturação pós-ductal, em região plantar esquerda, devendo confirmar diferença de saturação com coleta de gasometria arterial em dois sítios.
  • C Realizar drenagem torácica de emergência do Pneumotórax. Se RN mantiver diferença entre saturação pré e pós ductal, deve-se ajustar parâmetros ventilatórios, iniciar droga vasodilatadora (especialmente óxido nítrico), realizar ecocardiograma de urgência para avaliar função de VD e, se necessário, associar drogas vasoativas.
  • D Quadro clínico compatível com Pneumotórax hipertensivo à direita, cursando com Hipertensão Pulmonar Persistente, sendo necessária somente a drenagem torácica à direita.
  • E Quadro clínico compatível com Pneumotórax hipertensivo à direita, cursando com Hipertensão Pulmonar Persistente, sendo necessário somente o uso de drogas vasoativas. Não está indicada a drenagem torácica, pois RN está clinicamente instável, devendo-se aguardar a estabilidade clínica para realizar a drenagem.

Lactente, 1 ano, sexo feminino, é levada pela mãe à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), com quadro de vômitos e diarreia há 48h. Mãe refere vários episódios, e que a criança apresentava-se muito “molinha”. Ao exame físico, paciente encontra-se torporosa, olhos encovados, turgor de pele aumentado, mucosas secas, frequência cardíaca de 170 bpm, pulsos centrais cheios e periféricos filiformes, pele fria e moteada.
O provável diagnóstico e conduta são:

  • A Desidratação leve, realizar plano A com terapia de reposição oral.
  • B Desidratação leve, realizar plano B com terapia de reposição oral.
  • C Desidratação moderada, iniciar plano C com soro fisiológico endovenoso.
  • D Choque hipovolêmico, iniciar plano C com reposição volêmica endovenosa.
  • E Choque séptico, iniciar reposição volêmica endovenosa e aminas vasoativas.