Questões de Ventilação Mecânica (Fisioterapia)

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Um paciente de 69 anos, com 1,70 m de altura e 95 kg, fumou tabaco por 30 anos, tendo parado há seis meses. Ele apresenta tosse crônica, dispneia aos esforços e aumento da produção de secreção pulmonar. Os exames mostram função pulmonar restritiva e obstrutiva, com Capacidade Respiratória Funcional (CRF) reduzida. O paciente tem crises frequentes de dispneia e foi diagnosticado com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Durante a internação, fez uso de Ventilação Não Invasiva (VNI) por 60 minutos, mas evoluiu desfavoravelmente, sendo intubado e colocado em Ventilação Mecânica Invasiva (VMI).
Para atender às recomendações brasileiras de VM, os parâmetros que devem ser adotados, nesse caso, são:

  • A Volume corrente ≤ 6 ml/kg do peso predito, associado a pressão de platô média 40 cmH2O nas vias aéreas, PEEP fisiológica de 5 cm de H2O até avaliar o RX.
  • B Volume corrente ≤ 6 ml/kg do peso predito, FR: 12 irpm; tempo inspiratório maior e expiratório menor, relação I:E > 1:2, FIO2, favorecendo-se a hiperóxia.
  • C Volume corrente > 7 ml/kg do peso predito, FR: 20 irpm, PEEP maior que 5, já que apresenta uma doença obstrutiva, necessitando de um volume corrente maior.
  • D Volume corrente de 6 ml/kg do peso predito, FR: 12 irpm; tempo inspiratório menor e expiratório maior, relação I:E <1:3, FIO2, evitando-se a hiperóxia.
  • E Volume corrente de 6 a 8 ml/kg do peso predito, FR: 20 irpm para evitar hipercapnia; tempo inspiratório maior e expiratório menor, relação I:E > 1:2.

Aparelho utilizado para realizar um teste não invasivo por meio do qual a pressão inspiratória máxima (PImáx) e a pressão expiratória máxima (PEmáx) são obtidas a fim de auxiliar na avaliação muscular respiratória:

  • A Ventilômetro.
  • B Peak Flow.
  • C Manuvacuômetro.
  • D Power Breathing.
  • E Respiron.

Pacientes internados em UTI com disfunções respiratórias e musculares podem desenvolver ao longo do tempo a polineuropatia do doente crítico, que é uma condição com grande prevalência. A imobilidade prolongada leva à perda das funções motoras e da qualidade de vida, o que pode ser minimizado pelo fisioterapeuta com:

  • A interrupção diária da sedação em pacientes intubados, avaliação frequente e rotineira de dor e controle de delirium.
  • B gerenciamento da deglutição, prevenção de pneumonia aspirativa e desmame de traqueostomia.
  • C instituição de mobilização precoce, terapia de higiene brônquica e treinamento muscular inspiratório.
  • D instalação de ventilação não invasiva, posicionamento prona e manutenção da cabeceira entre 30 e 45 graus.
Paciente feminino, 70 anos, procura atendimento fisioterapêutico devido à dispneia aos moderados esforços, tosse ineficaz e dificuldade em transferência da posição sentada para ortostátismo. Paciente teve alta hospitalar após período internado em terapia intensiva com história de sepse, e síndrome do desconforto respiratório agudo, com necessidade de manter-se em ventilação mecânica por tempo prolongado. O fisioterapeuta constata que a paciente apresenta fraqueza muscular adquirida na UTI e fraqueza muscular respiratória. Durante a avaliação ambulatorial da paciente, o fisioterapeuta observou as seguintes alterações relacionadas ao seu quadro clínico, EXCETO: 
  • A Força de preensão palmar menor que 7 kgf.
  • B Pico de fluxo expiratório correspondente a 260 lpm.
  • C Escala do Medical Reseach Council (MRC) quantificada em 40 pontos.
  • D Pressão inspiratória máxima avaliada com valor correspondente a 60% do valor predito.

Na DPOC, a fisioterapia respiratória foca principalmente em: 

  • A Reduzir a frequência cardíaca.
  • B Aumentar a capacidade pulmonar.
  • C Diminuir a pressão arterial. 
  • D Fortalecer os músculos faciais.