Questões de Reconstrução da democracia e suas crises (História)

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“Na América Latina, e particularmente no Equador, sob o guardachuva da ‘interculturalidade’, os livros escolares respondem a uma política de representação que, incorporando muitas imagens de indígenas e povos negros, só servem para reforçar estereótipos e processos coloniais de racialização. Na formação docente, a discussão sobre a interculturalidade encontra-se, em geral, limitada ao tratamento antropológico da tradição folclórica. Em sala de aula, sua aplicação é, na melhor das hipóteses, marginal”.
Adaptado de WALSH, Catherine. Interculturalidade e decolonialidade do poder, Revista Eletrônica da Faculdade de Direito de Pelotas, 2019.
A partir do trecho, e com base na obra citada, assinale a afirmativa correta sobre os conceitos de interculturalidade e decolonialidade aplicados ao ensino de história.
  • A O conceito de interculturalidade legitima a incorporação de uma etnoeducação, sustentando que o currículo inclua elementos da prática local.
  • B A política de representação intercultural, recorrente nos livros didáticos, critica uma visão estereotipada da diversidade étnica americana.
  • C O projeto intercultural dos movimentos indígenas exige o reconhecimento da colonialidade do domínio metropolitano na Época Moderna, encarnado em seus agentes políticos e educacionais.
  • D Interculturalidade e multiculturalidade são termos sinônimos, oriundos dos movimentos sociais subalternos e dos processos históricos locais andinos.
  • E O reconhecimento da alteridade e a tolerância para com os outros no multiculturalismo mantêm a desigualdade social, deixando intacta a estrutura institucional que reproduz as desigualdades.

No dia 3 de maio de 2017, Nicolau Maduro entregou ao Conselho Nacional Eleitoral o decreto de convocação de uma nova Assembléia Constituinte. O objetivo do presidente é alterar a Constituição do país, promulgada em 1999. A oposição acusa Maduro de manobrar para formar uma Assembléia repleta de representantes de seu grupo de apoio.

Além do quadro de polarização política, os protestos têm origem na grave crise econômica enfrentada pelo país. A Venezuela enfrenta um cenário de recessão e aumento da pobreza. A taxa de inflação está acima de 800% ao ano e faltam itens básicos nos supermercados, como alimentos, produtos de higiene e remédios.

(4 de maio de 2017. biog guia do estudante)


As principais causas da crise econômica na Venezuela são:


I. tensão política.

II. dependência do petróleo.

III. dependência econômica da Venezuela em relação à Cuba.

IV. controle sobre o câmbio.

V. controle de preços.


Dos itens acima mencionados, estão corretos apenas.

  • A III, IV, V
  • B II, III, IV.
  • C I, II, III.
  • D I, II, IV, V.
  • E II, III, IV, V.

Após quase 60 anos, 2018 trouxe uma mudança significativa na presidência do país (...). Pela primeira vez desde a Revolução, o país tem um presidente civil, sem histórico militar nem participação na revolução de 1959.

(https://glo.bo/2JTdOsa. Adaptado)

A notícia refere-se às eleições

  • A no Haiti.
  • B em Cuba.
  • C na Argentina.
  • D na Nicarágua.
  • E na República Dominicana.

Após a derrubada da ditadura militar de Perez Jiménez, em 1958, e a realização de eleições presidenciais nesse mesmo ano, iniciou-se o atual período democrático na Venezuela. Até 1998, quando aconteceu a eleição de Hugo Chavez para presidente, a política venezuelana foi dominada por dois partidos, a Ação Democrática (AD) e o Comitê de Organização Política Eleitoral Independente (COPEI). Quais elementos justificam a ascensão do chavismo nesse país latino-americano?

  • A A crise decorrente do fracasso das medidas econômicas neoliberais e o esgotamento do modelo político surgido no final da década de 1950.
  • B A liderança carismática de Hugo Chavez e a política de distribuição de renda implementada nas décadas anteriores que criou ampla base eleitoral para o chavismo.
  • C O avanço das alternativas de poder autoritárias na América do Sul com o surgimento de diversas ditaduras e o significativo recuo da influência norte-americana na região.
  • D O aumento do preço do petróleo, principal produto de exportação da Venezuela, que financiou as políticas chavistas e o abandono por parte dos Estados Unidos da guerra ao tráfico de drogas na América do Sul.
“Desvendar o chavismo exige uma leitura apurada de seu baluarte discursivo: a ‘revolução bolivariana’. Demétrio Magnoli, em artigo recentemente publicado em O Estado de São Paulo, criou uma imagem interessante a esse respeito: Chávez teria ‘sequestrado’ Bolívar. O general das independências, além de ferrenho defensor do liberalismo, desde que capturado pela lógica de um republicanismo centralizador, fora admirador inconteste da Revolução Americana.”
FEDRIGO, Fabiana de Souza. O Bolívar de Hugo Chávez. UFG. 27 jan. 2007.

Se Simón Bolívar admirava a Revolução Americana (1776), o atual presidente da Venezuela defende posições, chamadas por muitos cientístas políticos de neopopulistas, que tornam turbulentas as relações de seu país com os Estados Unidos. Dentre as apresentadas abaixo, são posições de Hugo Chávez, no que se refere à política externa, causadoras de problemas com os Estados Unidos, EXCETO o(a)
  • A aumento da oferta de petróleo venezuelano para os países pobres da região caribenha, como é o caso da Petrocaribe, fazendo com que os Estados Unidos deixassem de ser o destino principal do petróleo venezuelano.
  • B discurso anti-imperialista de Chávez que critica fortemente a influência norte-americana na América Latina e incentiva ações contrárias a interesses dos EUA.
  • C apoio dado por Chávez a outros governos da América Latina, tais como, os de Evo Morales (Bolívia) e Rafael Correia (Equador), que seguem linha de pensamento semelhante.
  • D defesa do governo de Cuba e o apoio ao projeto socialista desse país, sendo esse apoio recíproco.
  • E recente ameaça de ordenar o corte de suprimento de petróleo aos Estados Unidos caso a Colômbia entrasse em conflito com a Venezuela.