Questões de Gastroenterologia (Medicina)

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Na doença do refluxo gastroesofágico (o conteúdo estomacal), incluindo ácido e bile, retorna do estômago para o esôfago, o que provoca inflamação no esôfago e dores na parte inferior do tórax. Sobre este assunto, analise as alternativas e assinale a incorreta:

  • A Os inibidores da bomba de prótons, os medicamentos menos potentes para redução da produção de ácido gástrico, normalmente constituem o tratamento menos eficaz para o refluxo gastroesofágico e para a esofagite e a esofagite erosiva causadas por refluxo gastroesofágico. Geralmente, os medicamentos precisam ser administrados por um período de quatro a doze semanas para a cura. A administração desses medicamentos pode continuar por um longo período, mas se for necessário, o médico tenta utilizar uma dose maior.
  • B Algumas pessoas apresentam hemorragia, normalmente discreta, mas que pode ser intensa. O sangue pode ser vomitado ou passar através do trato digestivo, resultando em fezes negras com aparência de borra de café (melena) ou fezes com sangue vermelho vivo, se o sangramento for suficientemente grande. Hemorragia leve de longa duração pode causar anemia ferropriva.
  • C O refluxo do ácido e da bile para dentro do esôfago ocorre quando o esfíncter esofágico inferior não está funcionando adequadamente. Quando uma pessoa está em pé ou sentada, a gravidade ajuda a prevenir o refluxo do conteúdo do estômago para o esôfago, o que explica por que o refluxo pode piorar quando a pessoa afetada está deitada.
  • D A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é comum. Ela ocorre em 10 a 20% dos adultos. Ela também ocorre com frequência em bebês, às vezes já desde o nascimento.
  • E O esfíncter esofágico inferior é o anel de músculos que mantém a parte inferior do esôfago fechada para evitar o refluxo de alimentos e ácido gástrico para dentro do esôfago. Quando a pessoa engole, esse esfíncter geralmente relaxa para permitir que os alimentos passem para dentro do estômago.

Um homem de 65 anos apresenta hematêmese e melena. Após estabilização hemodinâmica inicial na sala de emergência, é submetido à endoscopia digestiva alta que revela uma úlcera duodenal de parede posterior com vaso visível não sangrante.
Qual é a conduta terapêutica mais adequada para prevenir ressangramento?

  • A Observação clínica sem intervenção adicional, devido ao fato do sangramento ser autolimitado.
  • B Início de inibidor da bomba de prótons (IBP) intravenoso em dose alta.
  • C Terapia endoscópica definitiva, como coagulação térmica ou aplicação de clipes hemostáticos e IBP intravenoso.
  • D Injeção de adrenalina intralesional e uso de drogas vasoativas.
  • E Cirurgia imediata por via laparoscópica para sutura hemostática da úlcera duodenal.

Em relação à isquemia intestinal crônica, assinale a alternativa correta.

  • A A causa mais frequente de obstrução do tronco celíaco e da artéria mesentérica superior é a compressão extrínseca por ligamentos e bridas.
  • B O sintoma mais comum desta doença é a diarreia pós-prandial, com consequente má absorção intestinal.
  • C Apenas cerca de 3% dos pacientes que morrem de infarto intestinal apresentam quadro prévio característico de isquemia crônica.
  • D O exame padrão-ouro para diagnóstico funcional desta doença é a tonometria da mucosa intestinal.
  • E Os exames laboratoriais não trazem subsídios importantes para o diagnóstico da isquemia intestinal.

A doença inflamatória intestinal (DII) é um grupo de distúrbios crônicos caracterizados por inflamação persistente do trato gastrointestinal. As formas mais comuns, responsáveis por 80 a 90% dos casos, são a retocolite ulcerativa (RCU) e a doença de Crohn (DC), ambas apresentando evolução variável e impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes. Sobre o tema, analise as afirmativas a seguir.
I.Os exames laboratoriais estão frequentemente alterados, sendo que o hemograma pode revelar anemia hipercrômica e macrocítica, leucocitose acentuada e trombocitose. Há, com frequência, elevação das provas de atividade inflamatória, como velocidade de hemossedimentação (VHS), e da proteína C reativa.
II.A colonoscopia é o principal exame para diagnóstico da DII, permitindo avaliar a atividade e extensão da doença, detectar complicações como displasia e neoplasia, além de possibilitar a coleta de biópsias. Também é usada para monitorar a resposta ao tratamento, buscando a remissão endoscópica, que se associa a melhor evolução clínica.
III.Na RCU distal, os casos geralmente são moderados ou graves, com febre, astenia, perda de peso, anorexia e diarreia com muco, pus e sangue, além de dor abdominal intensa. Manifestações extraintestinais, como artrite, aftas e eritema nodoso, ocorrem em 20−30% dos casos e podem anteceder os sintomas intestinais.

Está correto o que se afirma em:

  • A I, II e III.
  • B II e III apenas.
  • C I apenas.
  • D I e III apenas.
  • E II apenas.

Um homem de 72 anos procurou o pronto-socorro por ter apresentado há 2 semanas hematoquezia indolor; está corado e estável hemodinamicamente. O exame proctológico do paciente (inspeção estática, dinâmica, toque retal e anuscopia) não demonstrou patologias. Foram indicados internação e preparo de cólon para colonoscopia, realizada a contento, que revelou múltiplos divertículos no cólon sigmoide sem sinais de sangramento ativo.
Qual foi a causa mais provável do sangramento do paciente?

  • A Doença diverticular dos cólons.
  • B Doença hemorroidária interna.
  • C Neoplasia colorretal.
  • D Angiodisplasia do cólon.
  • E Colite isquêmica.