No início do século XXI, o Estado brasileiro passou a desempenhar um papel ativo em inúmeras áreas culturais. Tal processo tem início na gestão do então Ministro Gilberto Gil, que, já em seu discurso de posse, apontou que a marca de sua gestão seria a abrangência. Observa-se que o papel ativo do Estado ocorre a partir da conexão estabelecida com a sociedade em diferentes processos participativos. Gil afirmou em diferentes ocasiões que o Ministério da Cultura não era para exclusivo atendimento a criadores e produtores culturais, mas sim de toda a sociedade brasileira. Com esse novo entendimento de Cultura, agora adotado pelo estado brasileiro, podemos verificar o seguinte
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A a abertura conceitual e de atuação desse campo significa a tradução de uma visão elitista e discriminadora de Cultura, representando um encontro junto ao autoritarismo das políticas culturais.
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B processos participativos na Cultura têm papel preponderante na construção de uma sociedade inclusiva e diversa, sendo tal prática possível apenas em sociedades democráticas.
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C a responsabilidade sobre a dimensão artística existente na Cultura, e reconhecida pela política pública de Cultura brasileira, deve ser uma diretriz global de Governo ou não existirá efetivamente como política específica.
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D na política pública de Cultura promovida pelo Estado brasileiro, o conceito de cidadania pouco foi evidenciado para além dos direitos políticos e civis, sendo de difícil reconhecimento os direitos culturais.
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E houve uma redução das ações de preservação, valorização e democratização do patrimônio cultural, mantendo-se a política da pedra e cal com participação social e integração com outras políticas públicas.