Questões de Cardiologia e Alterações Vasculares (Medicina)

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Dentre os diversos fatores de risco para doenças cardiovasculares, um deles é considerado modificável e está diretamente relacionado à resistência vascular e ao aumento da pressão arterial. Compreender sua fisiopatologia e seu impacto no sistema cardiovascular é fundamental para a elaboração de estratégias preventivas eficazes. Sobre o tema, relacione corretamente os termos da Coluna A com as descrições da Coluna B.

Coluna A (termos):

1.Hipertensão arterial.
2.Aterosclerose.
3.Infarto agudo do miocárdio.

Coluna B (descrições):

(__)Processo de formação de placas de gordura nas paredes arteriais, levando à obstrução do fluxo sanguíneo.
(__)Elevação persistente da pressão sanguínea nas artérias, aumentando o risco cardiovascular.
(__)Interrupção súbita do fluxo sanguíneo coronariano, causando necrose do tecido cardíaco.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência da associação correta dos itens acima, de cima para baixo:

  • A 2 − 3 − 1.
  • B 1 − 2 − 3.
  • C 3 − 2 − 1.
  • D 1 − 3 − 2.
  • E 2 − 1 − 3.

As taquicardias supraventriculares apresenta uma doença conhecida como – Síndrome de Wolff-Parkinson-White (Síndrome WPW), sobre este assunto analise as assertivas e assinale a alternativa correta:

I - A Síndrome de Wolff-Parkinson-White clássica (manifesta) é decorrente de uma conexão atrioventricular acessória que produz um ECG (Eletrocardiograma) prototípico consistindo em um intervalo PR curto, um complexo QRS largo com um componente arrastado incial (onda delta) e alterações da repolarização secundária em associação com taquicardia supraventricular por reentrada (paroxística) sintomática.

II - Fisiopatologia da síndrome WPW: Uma via acessória que conecta um átrio e um ventrículo é o substrato da síndrome de Wolff-Parkinson-White. Quando a conexão Atrioventricular (AV) acessória é conduzida na direção anterógrada, o atraso nodal AV é contornado e uma porção do miocárdio ventricular é ativada antes de o restante ser ativado pelo sistema de condução normal. Essa pré-excitação ventricular produz um intervalo PR curto (< 0,12 segundos), um complexo QRS largo (≥ 0,12 segundos) com um componente inicial arrastado (onda delta) que, juntamente com sintomas de taquicardia paroxística, define a síndrome de Wolff-Parkinson-White clássica (manifesta).

III - A conexão atrioventricular acessória na síndrome de WPW se comporta como miocárdio atrial, um tecido de canal rápido, cujo período refratário encurta com o aumento das taxas. Portanto, se ocorrer um ritmo supraventricular rápido, a resposta ventricular pode não ser controlada pelo aumento da refratariedade habitual do nó Atrioventricular (AV), uma vez que a conexão AV acessória pode ser capaz de conduzir em taxas muito rápidas.

  • A Somente as assertivas I e II estão corretas.
  • B Somente as assertivas I e III estão corretas.
  • C Somente as assertivas II e III estão corretas.
  • D Todas as assertivas estão corretas.
  • E Nenhuma assertiva está correta.

Qual a principal consideração ao avaliar a disfunção erétil em um paciente de 66 anos com histórico de hipertensão controlada e infarto prévio não complicado (há 3 anos), em uso de losartana e AAS, sem outras comorbidades e com hábitos saudáveis?

  • A A causa primária da disfunção erétil é de natureza psicogênica, dada a ausência de comorbidades relatadas.
  • B O efeito adverso da losartana é a principal etiologia a ser investigada para a disfunção erétil.
  • C A avaliação deve focar na exclusão de causas endócrinas como o hipogonadismo tardio.
  • D A principal consideração é a possível etiologia vascular da disfunção erétil devido ao histórico cardiovascular.
  • E A realização de exames complementares invasivos deve ser o primeiro passo na investigação diagnóstica.

Sobre as arritmias supraventriculares, vários ritmos resultam de focos supraventriculares (em geral nos átrios). O Diagnóstico é realizado por ECG (eletrocardiograma). Muitos dos pacientes são assintomáticos e não necessitam de tratamento. Considerando o assunto de arritmias supraventriculares analise as alternativas e assinale a incorreta.

  • A Extrassístoles supraventriculares (ESSVs), ou contrações atriais prematuras (CAPs), são impulsos episódicos comuns. Podem ocorrer em corações normais, com ou sem fatores precipitantes (p. ex., cafeína, álcool ou pseudoefedrina), ou podem ser um sinal de doença cardiopulmonar. São comuns em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Podem, ocasionalmente, provocar palpitação.
  • B Os batimentos de escape atrial são batimentos atriais ectópicos que ocorrem após pausas sinusais longas ou parada sinusal. Eles podem ser únicos ou múltiplos; batimentos de escape de foco único podem produzir um ritmo contínuo (denominado ritmo atrial ectópico ou de escape). Em geral, a frequência cardíaca é de 40 a 60 batimentos/minuto, a morfologia da onda P é tipicamente diferente e o intervalo P-R é ligeiramente mais curto do que no ritmo sinusal.
  • C Batimentos de escape juncionais são batimentos ectópicos que surgem após longas pausas sinusais ou parada sinusal quando não terminados por um batimento de escape atrial. A "junção" inclui o nó atrioventricular (AV), o feixe de His e o tecido atrial adjacente que produzem batimentos de escape que não podem ser mais especificamente localizados pelo ECG.
  • D Taquicardia ectópica juncional (TEJ) é uma taquicardia supraventricular rara (< 1%) causada por aumento do automatismo, automatismo anormal ou atividade desencadeada no nó atrioventricular (AV), feixe de His ou tecido atrial adjacente; o automatismo pode ser congênito (ocorre no útero ou nos primeiros 6 meses de vida), pós-operatório (em crianças após cirurgia cardíaca próxima da junção) ou em adultos com isquemia miocárdica ou intoxicação por digoxina.
  • E O tratamento crônico começa com adenosina IV (Intravascular), que pode interromper taquicardias atriais devido às pós-despolarizações tardias (PDT) sensíveis à adenosina que resultam de sobrecarga de cálcio intracelular (uma forma de atividade desencadeada) ou revelar o mecanismo ao produzir bloqueio atrioventricular sem cessar a taquicardia. O tratamento crônico inclui a interrupção do tratamento com digoxina quando essa é a causa. A frequência da resposta ventricular pode ser reduzida com betabloqueador IM (Intramusular), verapamil IM (Intramuscular) ou diltiazem IM (Intramuscular), embora isso muitas vezes não seja bem-sucedido.

Uma paciente de 65 anos apresenta queixas de pré-síncope. Ao exame físico o exame neurológico não demonstra alterações. Na ausculta cardíaca observam-se frequência cardíaca de 45 batimentos por minuto, ritmo regular, B1 de intensidade variável: na maioria das vezes hipofonética, algumas vezes normofonéticas e em alguns batimentos com intensidade bastante aumentada. No momento da B1 hiperfonética observa-se um pulso jugular concomitante bastante aumentado. Com esses dados, pode-se formular a hipótese de:

  • A Extra-sístole ventricular frequente.
  • B Fibrilação atrial.
  • C Bradicardia sinusal extrema.
  • D Ritmo idioventricular.
  • E Bloqueio atrioventricular completo com dissociação atrioventricular.