Resumo de História - Taylorismo

Criado pelo economista e engenheiro Frederick Taylor, o sistema do taylorismo é o método de produção que tinha o objetivo de otimizar as tarefas desenvolvidas nas empresas, através da divisão de funções entre os trabalhadores.

A Administração Científica, como também é chamada a teoria do Taylorismo, foi criada no final do século XIX, com base na Segunda Revolução Industrial.

Essa revolução resultou no surgimento da energia elétrica, da mudança do uso do ferro pelo aço, e da substituição do vapor como combustível pelo petróleo.

O método do Taylorismo se baseia em alguns princípios básicos, vamos ver quais são eles:

  1. A substituição de métodos baseados na experiência por metodologias cientificamente testadas;
  2. A seleção e treinamento dos trabalhadores, facilitando a descoberta de suas melhores competências;
  3. A supervisão contínua do trabalho;
  4. A execução das tarefas com base na disciplina e respeito, visando evitar o desperdício;
  5. A divisão do trabalho na linha de montagem.

Contexto histórico para o surgimento do Taylorismo

Como foi dito anteriormente, o Taylorismo foi baseado após a Revolução Industrial, que visava realizar uma transformação na forma de organização econômica e social nos locais onde ela ocorreu. No século XX, essa mudança aconteceu em quase todo o planeta.

Uma das alterações que aconteceram durante esse processo foi o método com que os trabalhos eram realizados. Antes, produzidos apenas artesanalmente, a produção começou a ser feita no formato de manufatura, que é um sistema onde a técnica ainda é artesanal, porém com organização e divisão do trabalho mais complexa.

Porém, as lutas sociais que surgiram entre a chamada primeira e segunda Revolução Industrial, assim como as novas tecnologias proveniente dessa luta, resultaram no crescimento das empresas, bem como no número de trabalhadores. Foi assim que se iniciou um grande marco no crescimento industrial, a partir do meado do século XIX.

Foi durante esse processo que surgiu o Taylorismo, como forma de padronizar o processo de produção das empresas, adotando métricas consideradas científicas e mais eficazes.

Um diferencial desse método era a forma de motivação oferecida aos funcionários: quanto maior era a produtividade, maior era o salário.

Além disso, no Taylorismo era necessário a separação de duas grandes categorias de trabalhadores: aqueles que eram pagos para pensar e os que eram pagos para executar o trabalho manual. Esse é um exemplo claro de hierarquização e, de acordo com Taylor, era fundamental para que a desordem não se instaurasse no ambiente de trabalho.

Características do Taylorismo

  • Alcance da máxima produção e rendimento, com o mínimo de tempo e esforço;
  • Divisão das tarefas de trabalho;
  • Trabalhador especializado;
  • Investimento em preparação e treinamento do trabalhador, de acordo com as aptidões apresentadas;
  • Priorizava a diminuição da fadiga dos funcionários;
  • Priorizava a melhoria das condições de trabalho dos funcionários;
  • Sistema de incentivos e recompensas salariais com o intuito de motivar os trabalhadores a potencializar a sua produtividade;
  • Aplicação de métodos de trabalho previamente testados, aprovados e planejados, dispensando assim o improviso.

Taylorismo e Fordismo

Tanto o Taylorismo quanto o Fordismo foram métodos inovadores na produção industrial. Criado por Henry Ford, o fordismo foi um reaproveitamento das formas de trabalho criadas por Frederick Taylor, através do Taylorismo.

Em 1913, Henry Ford introduziu esteiras rolantes nas linhas de montagem dos automóveis. Com isso, as peças se tornaram mais acessíveis aos funcionários, que permaneciam parados, executando sempre a mesma função.

Pode-se dizer que o Fordismo se diferencia do Taylorismo porque o primeiro apresenta uma visão mais ampla da economia, não ficando restrito a mudanças organizacionais nas fábricas.

O taylorismo nos tempos atuais

Algumas críticas são direcionadas ao método do taylorismo, pois para muitos os trabalhadores eram tratados como máquinas, sem haver uma preocupação com as necessidades sociais. Além disso, não havia espaço para que os operários opinassem, afinal, deveriam apenas seguir o método científico instaurado pelo dono da empresa.

Com base nisso, não se pode contextualizar ao pé da letra esse método trabalhista. Porém, existem algumas metodologias que ainda são aplicadas atualmente.

Por exemplo, a ideia de medir tempos de execução de cada tarefa ainda é importantíssima para se calcular a produtividade da empresa. Ter um método padrão para realização de atividades – ainda que hoje esse método seja muito mais aberto e em constante transformação – também é outro benefício do Taylorismo.

Importante destacar que, embora o Taylorismo tenha algumas semelhanças com os sistemas de trabalho de hoje, naquela época não havia legislação trabalhista em boa parte do mundo que garantisse os direitos dos colaboradores.

Além disso, a grande meta era produzir para lucrar e tudo que era feito para beneficiar o funcionário tinha esse objetivo final.

Frederick Taylor

Frederick Winslow Taylor, nasceu na Filadélfia, no dia 20 de março de 1856. Ele foi um engenheiro mecânico e ficou conhecido como o pai da Administração Científica, após propor um novo método científico na forma de conduzir empresas.

Taylor publicou o livro “Os Princípios da Administração Científica”, em 1911.

Entre 1906 e 1907, ele foi presidente da Sociedade dos Engenheiros Mecânicos dos Estados Unidos (ASME), e tentou incluir o seu método de gestação no órgão, porém recebeu duras críticas.

Na sua atuação como presidente, ele só conseguiu reorganizar parcialmente o departamento de publicações e realizar a substituição do secretário da instituição Morris L. Cooke, por Calvin W. Rice.

Taylor foi casado com Louise M. Spooner, com quem teve três filhos adotivos: Kempton, Robert e Elizabeth. Ele morreu em virtude de uma pneumonia em 1915, aos 59 anos, na Pensilvânia, nos Estados Unidos.

Frases de Taylor

O principal objetivo da administração deve ser o de assegurar o máximo de prosperidade ao patrão e, ao mesmo tempo, o máximo de prosperidade ao empregado.

O indivíduo atinge sua maior prosperidade, isoladamente, quando alcança o mais alto grau de eficiência, isto é, quando diariamente consegue o máximo rendimento.

O melhor tipo de administração atualmente em uso pode ser definido como um sistema em que os trabalhadores dão seus melhores esforços e recebem estímulo especial de seus patrões.

A ideia de tarefa é, quiçá, o mais importante elemento na administração científica.