Resumo de História - Plano Marshall

O Plano Marshall ou de Recuperação Europeia foi um plano econômico desenvolvido pelos Estados Unidos com o objetivo de reestruturar países aliados a Europa Ocidental durante os anos posteriores a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

O plano disponibilizou assistência técnica e financeira para a recuperação dos países europeus, que foram devastados pela guerra. Além disso, o plano Marshall foi uma estratégia dos Estados Unidos para conter os avanços socialistas da União Soviética com o início da Guerra Fria.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, a maior parte dos países envolvidos no confronto ficaram destruídos e as cidades somavam um grande número de mortos. Sem a intervenção urgente de um auxílio econômico internacional, seria quase impossível reestruturar esses países.

Guerra Fria

A Guerra Fria foi tida como um confronto indireto que surgiu a partir da divergência de interesses sociais entre as duas superpotências vencedoras da Segunda Guerra Mundial: os Estados Unidos e a União das Repúblicas Socialistas (URSS).

Enquanto os Estados Unidos defendia a economia capitalista, pregando que o sistema era a representação da democracia e da liberdade, por outro lado a União Soviética pregava o Socialismo, lutando em defesa do proletariado e solução dos problemas sociais.

Diante disso, o mundo se dividiu em dois blocos, cada um liderado por duas grandes potências, que representavam respectivamente o Capitalismo e o Socialismo. A Europa Ocidental, a América Central e a América do Sul, sob influência cultural, ideológica e econômica estadunidense, aderiram ao Capitalismo.

Por sua vez, a Ásia Central, parte do Leste Asiático e Leste europeu, sob influência soviética, aderiram ao Socialismo. Os acontecimentos fizeram com que os Estados Unidos e a União Soviética se envolvessem em vários conflitos regionais, onde cada um deles apoiava um dos lados da guerra.

Nesse processo, além de influenciar lados opostos do confronto, disputando influência político-ideológica, os países aproveitavam para mostrar o seu poder de fogo e reforçar as alianças regionais.

Dessa forma, baseado nos interesses de cada um, as potências desenvolveram suas estratégias. Assim, em julho de 1947, os principais membros envolvidos no confronto se reuniram para desenvolver o Programa de Recuperação Europeia, o que seria o Plano Marshall.

O plano foi lançado pelo presidente dos Estados Unidos, Harry Truman, com o objetivo de oferecer empréstimos a juros baixos e investimentos para que os países devastados na Segunda Guerra Mundial pudessem se recuperar economicamente.

Plano Marshall

O Plano Marshall recebeu esse nome em homenagem ao Secretário de Estado dos EUA durante o mandato de Henry Truman (1884-1972), o general e Nobel da Paz, George Catlett Marshall (1880-1959).

A princípio, o Plano Marshall foi criado com a intenção de conquistar alguns países de influência soviética, disponibilizando bilhões de dólares com o objetivo de influenciar essas nações da Europa Central a ficarem do lado dos EUA (Capitalismo).

No entanto, essa ideia deixou a URSS preocupada, temendo que seus países pudessem migrar para o lado norte-americano, colocando em risco a segurança nacional.

Na época, inclusive, a União Soviética foi convidada a participar das linhas de atuação do programa. Porém, O líder Stálin rejeitou a participação na reunião e no programa, pois ele acreditava que o plano não seria nada, além de uma armadilha capitalista.

Implantação

Para ajudar a administrar a distribuição dos fundos do Plano Marshall, foi criada, em 1948, a Organização Europeia de Cooperação Econômica (OECE).

Durante o Plano Marshall, os países europeus poderiam ampliar suas economias aos investimentos estadunidenses e reformar seus sistemas financeiros. Pois, os investimentos internacionais serviriam para recuperar a produção industrial e elevar o nível de consumo.

Entre 1950 e 1960, os países que sofreram com os conflitos da Segunda Guerra começaram a mostrar sinais de recuperação, no entanto, os Estados Unidos foi o maior beneficiado.

Pois, o país teve a oportunidade de espalhar seus ideais capitalistas, criou barreiras no comunismo na Europa, criou países dependentes financeiramente e aumentou as exportações norte-americanas para a Europa Ocidental, atingindo os objetivos do plano.

Foram investidos aproximadamente 13 milhões de dólares para os países que aceitaram essa ideia. Entre os que receberam maior ajuda, é possível listar: Reino Unido (3,2 bilhões), França (2,7 bilhões), Itália (1,5 bilhão) e Alemanha (1,4 bilhão).

A ajuda também foi recebida de outras formas através da disposição de alimentos, combustíveis, produtos industrializados, assistência técnica de peritos em tecnologia norte-americana, veículos, maquinarias para fábricas, fertilizantes e outros. Assim, o plano Marshall permaneceu até o ano de 1951.

Otan

A OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) foi uma aliança militar criada com o objetivo de integrar e consolidar militarmente a estrutura dos estados europeus financiados pelo Plano Marshall, protegendo-os contra ataques exteriores.

A aliança, que surgiu em abril de 1949, tinha ainda o objetivo de conter a expansão do Socialismo, representando a URSS. Nesse contexto, os países membros da OTAN reservaram-se ao pacto que definia a agressão dirigida a uma das nações como sendo uma agressão contra todas.

Outro destaque importante é que nenhuma das nações participantes da organização poderiam assumir outro compromisso internacional que conflitasse com os termos internos. Entre as propostas da Otan, é possível destacar:

  • Fornecer assistência militar mútua;
  • Conservar a liberdade e a segurança de seus membros;
  • Unificar e padronizar as estratégias militares e sistemas de armamentos do comando integrado das Forças Armadas do Atlântico Norte.

Plano Comecon

O plano COMECON (Conselho para Assistência Econômica Mútua) surgiu em resposta ao Plano Marshall. A ideia inicial proposta pela União Soviética era impedir que os países aliados, tais como Bulgária, República Democrática Alemã (Alemanha Oriental), Tchecoslováquia, Hungria e países do Leste Europeu demostrassem interesse pelo Plano Marshall.

Embora a ideia propagada tenha sido de cooperação, a União Soviética exercia grande domínio sobre os países do conselho, já que, entre as nações envolvidos, ela era a que tinha o principal poder econômico, político e militar.

Possuía mais de 90% da terra e dos recursos energéticos e 70% da população dos países-membros, além de ser a segunda potência mundial em capacidade industrial e militar, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.

Por fim, o Comecon conseguiu unir 450 milhões de pessoas de 10 estados e 3 continentes.