Mecanismos Internacionais de proteção e monitoramento dos Direitos Humanos
Mecanismos Internacionais de Proteção e Monitoramento dos Direitos Humanos
1. Sistema Global (ONU)
Principais instrumentos e órgãos:
- Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948): Base normativa, sem força vinculante.
- Pactos Internacionais (1966):
- PIDCP (Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos) - Comitê de Direitos Humanos.
- PIDESC (Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais) - Comitê DESC.
- Revisões Periódicas Universais (RPU): Mecanismo do Conselho de Direitos Humanos para avaliar os Estados-membros.
- Procedimentos Especiais: Relatores especiais e grupos de trabalho temáticos.
2. Sistema Interamericano (OEA)
Estrutura principal:
- Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH): Recebe petições individuais, emite recomendações e medidas cautelares.
- Corte Interamericana de Direitos Humanos: Julga casos contra Estados que aceitaram sua jurisdição. Decisões vinculantes.
- Convenção Americana de Direitos Humanos (1969): "Pacto de San José da Costa Rica".
3. Sistema Europeu (Conselho da Europa)
- Convenção Europeia de Direitos Humanos (1950): Base do sistema.
- Corte Europeia de Direitos Humanos: Julga violações por Estados-partes. Decisões obrigatórias.
4. Sistema Africano (União Africana)
- Carta Africana de Direitos Humanos e dos Povos (1981): Combina direitos individuais e coletivos.
- Comissão e Corte Africanas de Direitos Humanos: Mecanismos de monitoramento e julgamento.
5. Mecanismos Não Convencionais
- Tribunal Penal Internacional (TPI): Julga crimes graves (genocídio, crimes contra a humanidade).
- Organizações Não-Governamentais (ONGs): Ex.: Anistia Internacional, Human Rights Watch - monitoramento independente.
Pontos Relevantes para Concursos
- Diferença entre sistemas convencionais (baseados em tratados) e extraconvencionais (ex.: RPU).
- Hierarquia dos tratados de direitos humanos no Brasil: Emenda Constitucional 45/2004 (status constitucional para os internalizados).
- Competência da CIDH vs. Corte Interamericana.
- Princípio da subsidiariedade: Sistemas internacionais atuam quando falha a proteção doméstica.