Resumo de Física - Eclipse Solar

O eclipse solar é um fenômeno astronômico que acontece quando a lua se insere entre a Terra e o sol, ofuscando de forma parcial ou total os raios de luz em uma pequena faixa terrestre.  Dessa forma, a Terra fica encoberta por uma sombra durante um determinado tempo. 

Afirma-se que ele pode ser percebido no ponto onde indica o cone de sombra, que faz um traçado imaginário na superfície do planeta.

Durante o eclipse, são projetados dois campos bem delimitados sobre a superfície terrestre: a umbra e a penumbra. A região umbral é o local onde o eclipse se manifesta totalmente, ou seja, fica 100% escuro durante o fenômeno. Na região penumbral é onde acontece o eclipse de forma parcial, com uma sombra rápida.

Quando o fenômeno acontece, é possível olhar para o sol e visualizar somente um anel exterior ou não conseguir enxergar nada.

História do eclipse solar

Eclipse tem origem no termo grego “ékleipsis”, que significa desaparecimento.  Acredita-se que o eclipse solar é visto desde a Antiguidade.

Registros apontam ocorrências desse fenômeno há milênios atrás, mais especificamente na Babilônia, em 2.138 a.C. Naquela época não existiam conhecimentos sobre o fenômeno e por esse motivo seu acontecimento era associado à mitologia.

Anos depois, ocorreu um eclipse total na Grécia, em 1.184 a.C, que foi considerado uma manifestação de fúria dos deuses. O registro de eclipses em documentos antigos ajudaram a marcar a cronologia, especialmente as ocorrências na Grécia Antiga, no Império Romano e no Oriente Médio.

Como ocorre o eclipse solar

O eclipse solar só acontece quando a lua está na fase nova, localizada entre a Terra e o sol. O fenômeno não ocorre com frequência porque as órbitas da Terra e da lua possuem formatos e posições diferentes.

A órbita terrestre, que gira em torno do sol, não fica no mesmo plano que a órbita lunar, girando em torno da Terra. A lua só atravessa o plano orbital da Terra duas vezes ao ano. Isso acontece por causa da inclinação de seu deslocamento em relação ao eixo de 5° da Terra.

Apesar da necessidade de coincidir a fase da lua nova com as posições nodais e orbitais, existe um período cíclico para a ocorrência de eclipses semelhantes: eles sempre acontecem na mesma ordem e com as mesmas características do período anterior.

Esse ciclo se chama Período de Saros e possui aproximadamente 18 anos e 11 dias. Dependendo das condições climáticas podem acontecer no mínimo dois e no máximo cinco eclipses solares por ano.

Período de Saros

Saros é um período aproximadamente de 6.585,3 dias (18 anos, 11 dias e 08 horas) e é usado como referência para prever os períodos em que os eclipses praticamente idênticos vão acontecer.

Vale destacar que esse é um fenômeno raro, que depende do quanto a órbita lunar esteja inclinada, como também da distância que a Terra está com relação à lua e o sol. A sombra depende dessa distância para ser completa ou não.

Tipos de eclipses

Se a lua estiver perto da Terra e essa longe do sol, a sombra que se forma é completa. Caso a lua esteja mais distante da Terra, se forma uma sombra incompleta. Por essa razão, os eclipses solares são classificados em:

  • Eclipse solar total – acontece quando toda a luz do sol fica bloqueada pela lua. Essa modalidade ocorre no intervalo de 400 anos, no mesmo lugar do planeta Terra.
  • Eclipse solar parcial – ocorre quando somente uma parte da luz do sol é coberta pela lua. Há um bloqueio parcial da luminosidade solar.
  • Eclipse anelar ou anular – é quando a lua não tem o tamanho suficiente para cobrir todo o sol. Dessa forma, ela consegue cobrir apenas o centro do disco solar, formando uma espécie de anel resplandecente.
  • Eclipse híbrido – quando há o eclipse total em determinados pontos de visão e em outros, o eclipse é anelar por causa do grau de inclinação da órbita lunar.

Fases do eclipse solar

Existem fases distintas no processo de formação do eclipse solar. Primeiro, com a temperatura e a luminosidade baixas, acontece o contato entre a lua e sol. Em seguida, se forma uma coluna de sombra no oeste que se move rapidamente (cerca de 2.800km/h) e com isso a temperatura pode cair até 10°C, quando há também ventanias.

Em todos os eclipses pode-se observar sombras inconstantes se movimentando pela superfície terrestre. No anel de diamante ocorrem os últimos raios de luz opaca, também identificados como fotosfera. É quando há a possibilidade de ver os ventos solares com mais nitidez. O céu fica de cor azul acinzentado ao mesmo tempo em que o horizonte permanece iluminado.

O fenômeno é parecido com o momento que antecede o anoitecer, chamado de crepúsculo. As estrelas e alguns planetas ficam mais reluzentes e só nesse momento é possível olhar diretamente para o eclipse sem usar uma proteção ocular. Geralmente, os eclipses solares duram, em média, sete minutos.

Eclipse solar X Eclipse lunar

Existem diferenças entre o eclipse solar e o lunar. No primeiro, a lua fica entre a Terra e o sol, enquanto no segundo, a Terra fica entre a lua e o sol. O evento lunar é o momento em que a lua invade a sombra da Terra. Geralmente, acontecem dois solares e dois lunares no ano.

Outra particularidade entre é que os eclipses solares acontecem quando a fase é de lua nova, e os eclipses lunares ocorrem quando a fase é de lua cheia.

O sol fica na margem de encontro entre o plano da órbita lunar e a órbita solar, que se denomina Linha dos Nodos. Caso não existisse a inclinação entre os planos das órbitas, aconteceria um eclipse solar a cada lua nova e um eclipse lunar a cada lua cheia.

Curiosidades do eclipse solar

  • Em 15 de janeiro de 2010 aconteceu o eclipse solar anelar mais longo de todo o milênio, sua duração foi de 11 minutos e 7,8 segundos, quando normalmente, sua duração máxima é de 7 minutos.
  • Não é recomendável visualizar o fenômeno do eclipse a olhos nus, porque as radiações que emanam do sol podem queimar o tecido ocular. Também não pode usar óculos escuros, filmes velados e radiografias.
  • Binóculos e telescópios só podem ser utilizados com a utilização de filtros especiais para esse fim específico e o ideal é não exagerar na observação.
  • Especialistas recomendam observar o eclipse por alguns segundos apenas e com a devida utilização de óculos específicos. Óculos de soldar com tonalidade superior a 14 é uma opção segura.
  • O eclipse solar parcial é o mais nocivo para se visualizar a olhos nus, por causa do brilho do sol que continua praticamente igual.

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