Resumo de História - Biblioteca de Alexandria

A Biblioteca de Alexandria também conhecida como Cidadela da Consciência e do Conhecimento Humano foi um dos primeiros centros de pesquisa da antiguidade. Idealizada pelo imperador Alexandre, O Grande (356 aC.- 323 a.C), foi fundamentada entre os anos 330 a.C e 331 a.C, durante o reinado de Ptolomeu II.

A história da Biblioteca de Alexandria

O imperador Alexandre, O Grande teria sido educado pelo sábio Aristóteles durante sua infância e além da paixão pelas conquistas e guerras, desenvolveu também o desejo pelo conhecimento. Porém, morreu antes da biblioteca ficar pronta.

Os reis que sucederam seu império deram continuidade ao projeto e na Dinastia Ptolemaica foi concluído. A rainha Cleópatra foi uma das principais governantes dessa dinastia.

Durante quase sete séculos de existência, a Biblioteca de Alexandria foi o Centro do conhecimento da antiguidade e patrimônio cultural e científico nas margens do Mediterrâneo, além de incentivar a investigação dos cientistas.

O lema dos governantes da época era adquirir uma cópia de cada manuscrito e papiros que existiam na face da terra e isso foi seguido laboriosamente, tanto que os governantes vasculhavam todas as embarcações que chegavam ao porto de Alexandria. E o principal objetivo era o de encontrar livros.

Assim que um manuscrito era identificado as autoridades competentes confiscavam e compensavam o dono com uma quantia em dinheiro. Reunindo o máximo de livros, a Biblioteca de Alexandria acumulou quase 1 milhão de obras, e isso só foi possível pelo fato de que além de ser uma cidade portuária, Alexandria era também a capital do Império Egípcio.

Dessa forma, nela circulava um grande fluxo de informações fazendo com que se tornasse a cidade formadora do conhecimento, o que de certa forma atraiu indiretamente estudiosos de todo o mundo.

A parte física era um sonho de todo pesquisador e investigador, pois a biblioteca abrigava vários jardins botânicos, salas de dissecação, um observatório e até mesmo um zoológico. Foi nessa biblioteca que foi feita a primeira tradução do Antigo Testamento, do hebraico para o grego.

Foi lá que Euclides de Alexandria desenvolveu conceitos fundamentais da Geometria; Herófilo, o médico anatomista, desenvolveu as bases do método científico e conseguiu representar a estrutura do cérebro e os vasos sanguíneos; e Aristarco de Samos presumiu que todos os planetas circulavam em torno do sol; entre outros estudiosos como o físico Arquimedes.

Após sete séculos de descobertas e conhecimentos acumulados, a biblioteca de Alexandria foi destruída por um incêndio cujas causas são desconhecidas. Alguns sugerem que isso aconteceu na invasão e conquista dos Árabes, outros, no entanto, acreditam que foram os cristãos. Há ainda aqueles que afirmam que o incêndio não passou de um mero e ocasional acidente.

A maior parte do acervo de séculos acumulados foi totalmente destruída. Pouco restou da grandiosa Biblioteca de Alexandria. Mas sabe-se que muito foi descoberto por lá após os mil anos que a humanidade sucumbiu sob a Idade das Trevas. Em seu lugar, no início do século XXI, foi construída uma nova biblioteca que tenta restaurar a glória da sua antecessora.

A perseguição cristã

Alexandria era uma cidade de muita aceitação por conter o conhecimento de todo o mundo na Biblioteca de Alexandria, mas teve essa realidade alterada a partir do século III d.C com as perseguições religiosas que incitaram ataques e mortes.

Esses ataques atingiam moradores mesmo que fossem cristãos ou de outras religiões e com isso haviam também destruições da cidade. Os ataques atingiram algumas partes da Biblioteca de Alexandria, o que não foi relevante em comparação ao que aconteceu posteriormente.

Com a ascensão do cristianismo em Roma, muitos de seus seguidores, teólogos e bispos cobertos de fanatismo espalhavam a palavra sagrada, mas também novas linhas de pensamentos que criticavam, inclusive, o pensamento Alexandrino que havia sido tão respeitado.

Sob o comando do bispo Teófilo e do imperador Teodósio, forma encabeçados ataques contra o paganismo que resultou no saqueamento da Biblioteca de Alexandria e de outros locais que abrigavam outras linhas de pensamento e estudos, passando a ser proibido o estudo e a propagação de cultura pagã.

O incêndio da biblioteca

A aniquilação da Biblioteca de Alexandria divide muitos historiadores porque alguns acreditavam que teria sido destruída pelo governador do Egito em 642, Amir ibne Alas. E outros mais diretos apontam que ela passou por uma série de incêndios, inclusive que um deles poderia ter sido ocasionado por Júlio César que perseguiu Pompeu e, enquanto planejou a perseguição conheceu Cleópatra.

Após sofrer uma traição de alguns dos seus, Júlio César teria ordenado a alguns de seus homens que ateassem fogo nos navios que ali estavam atracados. Então o fogo se alastrou afundando os navios e as chamas se espalharam destruindo inclusive um acervo da Biblioteca de Alexandria.

Outros acreditam que após a conquista do Egito, o general árabe Amir ibne Alas pediu a destruição de todos os livros que contradiziam o Alcorão, gerando também a destruição da cidade de Alexandria com seus palácios e construções, que foram abandonados.

Em 2002, custando 65 milhões de dólares, construíram uma nova Biblioteca de Alexandria sendo chamada de Biblioteca Alexandrina, considerada a maior do Egito e tornando-se referência pelo seu estoque de livros e pela sua arquitetura que contém auditórios, laboratórios, etc. A biblioteca é considerada uma das mais belas edificações da cidade de Alexandria.