Resumo de História - As Sete Maravilhas do Mundo Antigo

As Sete Maravilhas do Mundo Antigo fazem parte de uma celebrada lista de magníficas obras artísticas e arquitetônicas erguidas durante o período da Antiguidade Clássica. A lista foi originada através de um poema do poeta e escritor grego Antípatro de Sídon, a quem pertence o título de criador da lista.

As Sete Maravilhas do Mundo Antigo e a História

Entre as sete maravilhas do mundo antigo, atualmente, a única que resiste praticamente intacta é a Pirâmide de Quéops, que foi construída há cerca de cinco mil anos. Na Grécia só havia a estátua de Zeus em Olímpia, com cerca de 12 metros de altura, foi construída em ouro e marfim.

Acredita-se que ela foi baseada nas moedas de Elis (Élida), que tinha gravada a imagem da estátua de Zeus. Contrariamente, trata-se somente da Pirâmide de Quéops e não sobre as três grandes Pirâmides de Gizé, que está inclusa na lista original das sete maravilhas do mundo antigo.

A vitória grega de boa parte do mundo ocidental celebrado no século IV a. C. ofereceu para os viajantes helenísticos, a permissão de acesso para as três civilizações: egípcia, persa e babilônica. Eles ficaram impressionados e envolvidos por todos as maravilhas e marcos daquelas terras. Esses viajantes então, decidiram listar tudo que viam para deixar registrado e não esquecer.

Ao invés de falar “maravilhas”, os gregos antigos chamavam de “theamata”, cujo significado é “vistas”, ou então, “coisas a serem vistas”. Depois o termo “maravilhas” passou a ser utilizada e a lista foi constituída para se tornar uma espécie de guia de viagem do Mundo Antigo.

A primeira lista sobre os monumentos foi oferecida pelo historiador grego Diodoro Sículo e o epigramista Antípatro de Sídon produziu uma lista de sete monumentos, repetindo seis esculturas e substituindo os Muros da Babilônia pelo Farol de Alexandria.

O matemático e engenheiro grego Filão de Bizâncio, registrou um breve relato com o título “As Sete Vistas do Mundo”, no livro “De Septem Orbis Miracullis”, mas esse registro ficou incompleto e retrata somente seis dos sete lugares, concordando assim, com a lista de Antípatro.

É a Grande Pirâmide de Gizé que faz parte da lista das sete maravilhas do mundo antigo, que ainda está de pé e não as três grandes Pirâmides de Gizé.

Maravilhas da Antiguidade

Como só uma das sete maravilhas do mundo antigo, ainda está de pé, várias imagens que existem atualmente, são somente representações artísticas das construções, ou seja, elas não retratam a obra tal como eram exatamente. A posição que cada uma delas ocupam na lista é só um simbolismo, não significa que uma seja superior à outra.

Segue a lista das sete maravilhas do mundo antigo:

Grande Pirâmide de Gizé

Essa grande pirâmide foi construída há cerca de 4.500 anos e é a única maravilha antiga que ainda existe e que está em bom estado de conservação.

Sua construção aconteceu por volta de 2.650 e 2.500 a. C., para ser o monumento funerário do faraó e rei Queóps. Trata-se da maior entre as três pirâmides de Gizé e somente ela está entre as sete maravilhas do mundo antigo da lista original.

De acordo com o geógrafo e historiador Heródoto, uma média de 100.000 homens trabalharam na construção da pirâmide que durou cerca de 20 anos para ficar pronta. A construção da pirâmide mostra um extenso conhecimento dos construtores egípcios, em: astronomia, física, geografia, geologia, matemática, entre outras ciências.

Jardins Suspensos da Babilônia

Há indícios de que esses jardins foram desenvolvidos por volta de 605 a. C., pelo rei Nabucodonosor, para oferecer de presente à sua esposa, a rainha Amyitis, que sentia saudade da natureza que havia na terra onde nasceu, na cidade da BabilôniaMesopotâmia.

Era uma estrutura arquitetônica de seis montanhas artificiais e seus terraços abrigavam jardins encantadores. Nessa estrutura arquitetônica existiam uma infinidade de ricas espécies de fauna e flora.

Os jardins suspensos de cinco andares, ficavam na beira do Rio Eufrates e teriam sido construídos com tijolos cozidos. Não há uma informação precisa de que esses jardins de fato existiram, mas em escavações arqueológicas executadas no século XIX foram encontrados fortes indícios de sua existência.

Acredita-se que um poço encontrado nessas escavações foi utilizado para bombear água para os terraços. A grandiosidade dessa construção, se deve ao fato de que a Mesopotâmia é uma região muito seca e deserta.

Estátua de Zeus

Essa estátua foi construída pelo artista e escultor grego Phídias por volta de 450 a. C. Ela mede entre 10 e 15 metros de altura e foi construída em ouro, marfim e pedras preciosas, por oito anos. A estátua representava Zeus sentado em seu trono, demonstrando soberania, triunfo e a sua superioridade entre os deuses do panteão grego.

Ela foi esculpida na planície de Peloponeso, na cidade grega de Olímpia e transferida para Constantinopla (atual Istambul) capital e sede do Império Romano do Oriente, onde foi destruída por um incêndio provocado por um terremoto, no ano de 462 a. C. A estátua foi bastante retratada em moedas da cidade de Olímpia.

Templo de Artemis

Foi um templo dedicado à deusa grega Ártemis, construído em Éfeso (atual Turquia), por volta do ano de 550 a. C. A ordem da construção do templo foi dada pelo rei Creso, da Lídia e foi reconstruído e ampliado muitas vezes no decorrer dos séculos.

Esse templo era sustentado por colunas de mármore em estilo jônico, com estruturas em alto relevo e capitéis com rosetas. No ano de 356 a. C., um grego ateou fogo no templo com intuito de ser imortal. Anos depois, ele foi reconstruído e ampliado, ficando ainda mais majestoso.

Em 262 d. C., mais uma vez, o templo foi destruído durante uma invasão bárbara dos godos que roubaram o mármore. O que sobrou dele, acabou de ser destruído por uma sequência de terremotos. As ruínas foram descobertas no ano de 1860, pelo arqueólogo John Cayster, que levou os vestígios para o Museu Britânico em LondresInglaterra.

Mausoléu de Halicarnasso

O mausoléu estava localizado na Turquia e foi construído por volta do ano de 350 a. C., por ordem da rainha Artemísia, com objetivo de ser um monumento funerário para abrigar os restos mortais do marido e do irmão, o rei Mausolo – rei provinciano do Império Persa.

Ele media aproximadamente 45 metros de altura e foi construído em mármore, com muitos detalhes em ouro. Projetado pelos arquitetos gregos Piris e Satiro, com a parceria dos escultores Briáxis, Escopas de Paros, Leocarés e Timóteo.

O mausoléu foi construído para ter uma vista panorâmica para a cidade e o centro abrigava os restos mortais do rei dentro de uma tumba feita de mármore, que media um terço da altura do mausoléu. A construção resistiu por 16 séculos e foi destruída por volta do século XV por causa dos terremotos constantes.

Colosso de Rhodes

É estátua de bronze com 33 metros que foi construída na Grécia por volta do ano de 300 a. C., em homenagem ao deus Hélios (deus do Sol), por causa da ajuda que ele deu na vitória sobre o exército de Demétrio Pollorcetes.

Construída pelo escultor grego Carés de Lindos, durante cerca de 12 anos para ser concluída, tinha uma tocha em uma das mãos e seu rosto teria sido baseado no rosto de Alexandre, o Grande.

O Colosso ficou em pé por cerca de 50 anos, quando um terremoto devastou toda a cidade de Rhodes, no ano de 226 a. C. e por consequência acabou derrubando a estátua, que ficou no fundo do oceano por muitos anos.

Foram muitas as tentativas de resgatar e reconstruir a estátua, mas deram certo porque um oráculo aconselhou deixá-la onde estava. Tempos depois, a cidade foi invadida por árabes, que venderam partes da estátua como sucata.

Farol de Alexandria

O farol foi construído no Egito, perto do porto de Alexandria, pelo arquiteto e engenheiro grego Sóstrato de Cnido por ordem do cientista e matemático grego Cláudio Ptolemeu, por volta do ano de 250 a. C. Foi produzido de mármore e argamassa. Medindo mais de 100 metros, era considerado uma das maiores criações técnicas da antiguidade.

Ele servia para orientar os marinheiros nas viagens noturnas e era visível em uma distância de até 50 quilômetros. Ficou em pé por anos, resistindo a muitos terremotos. Por volta do ano de 1375 (século IV), ele ruiu definitivamente por causa de mais um tremor de terra.