Resumo de História - American way of life

American way of life ou estilo americano de vida é o termo utilizado a um estilo de vida que seria um ícone para os habitantes dos Estados Unidos da América.

Um comportamento predominante que expressava o nacionalismo criado a partir do século XVIII, no qual seus preceitos eram de liberdade, busca pela felicidade e crença dos direitos à vida, como direitos intransferíveis dos americanos, e de acordo com os termos de Declaração da Independência dos Estados Unidos.

Atualmente, o termo voltou a ser utilizado pela família Bush afirmando que o estilo de vida americano não poderia ser ameaçado.

Memórias do American way of life

O teor do pós Primeira Guerra Mundial ocasionaram que as rivalidades anteriores à guerra continuassem acesas. Mas nesse mesmo período os Estados Unidos se tornaram uma potência mundial. Esse desenvolvimento estadunidense viabilizou ao país a exportação de produtos agrícolas e industrializados para a Europa, os quais gerou lucros ao país.

Mas os Estados Unidos exportou além, sua cultura impregnou outras nações por meio da literatura, da música e do cinema. Eles souberam aproveitar o espaço de poder aberto pela crise europeia do pós-guerra.

Dessa maneira, os norte-americanos exportaram seu estilo de vida, o american way of life, no qual as famílias do país atingiam a felicidade através do consumo de produtos industrializados.

E, ainda mais, exportaram a ideia do self made man, homem que se faz sozinho, ou seja, o homem que se ergue através do trabalho deixando a pobreza para tornar-se um empresário de sucesso.

Entretanto, a Era de Ouro estadunidense chegou ao fim em uma quinta-feira de outubro, no ano de 1929, com a Crise da Bolsa de Nova Iorque.

A Crise de 1929 e a Guerra Fria

A Crise de 1929, também conhecida como a Grande Depressão, ocorreu no dia 24 de outubro de 1929. Os Estados Unidos, que já enfrentavam recessão desde julho desse ano, entrou em colapso quando os valores das ações na bolsa de valores de Nova Iorque, a New York Stock Exchange, caíram drasticamente tornando-se notícia no mundo inteiro com o crash da bolsa. Milhares de acionistas perderam da noite para o dia grandes quantias de dinheiro.

Essa quebra da bolsa gerou a falência de muitas pessoas e empresas comerciais e industriais, elevando assim a taxa de desemprego. Os efeitos foram sentidos no mundo, como a Alemanha, os Países Baixos, Austrália, França, Itália, o Reino Unido e o Canadá.

Alguns países como a Argentina e o Brasil, que não conseguia vender o estoque de café para outros países, tiveram o processo de industrialização acelerado.

A gravidade da crise obrigou o governo estadunidense a intervir na economia contradizendo a lógica do liberalismo econômico.

Em 1933 os efeitos negativos dessa crise atingiram seu topo, então o presidente Franklin Delano Roosevelt aprovou várias medidas conhecidas como New Deal. Essa política aliada a programas de ajuda social minimizaram os efeitos da Depressão. Assim, a maioria dos países atingidos começaram a se recuperar.

Em alguns países a Grande Depressão foi fator básico para a ascensão de regimes ditatoriais, como os nazistas comandados por Adolf Hitler, na Alemanha.

O American way of life ressurge com ânimo após a Segunda Guerra Mundial. O modelo americano se impõe ao mundo sendo referência de bem-estar para outros países capitalistas. Os Estados Unidos conseguem construir uma sociedade praticamente sem desemprego, no qual todos os sonhos poderiam ser concretizados.

A expressão era muito utilizada pela mídia mostrando as diferenças de qualidade de vida entre os blocos capitalista e socialista. No setor empregatício, o conceito de american way of life foi conclusiva à crença de que o mercado competitivo promoveria o talento individual pelo empreendedorismo. Na política, tomou forma na superioridade de uma democracia livre com expansão produtiva e expansão ilimitada.

O American way of life no Brasil

O Brasil sofreu influências do american way of life com a política da Boa Vizinhança proposta pelos Estados Unidos e aceita por Getúlio Vargas que era o presidente, e que abriu as portas para os EUA enviar produtos domésticos para o país.

Mas esse consumo estava detido nas mãos de uma pequena parcela da sociedade. E dessa forma, a única saída para alcançar esse estilo de vida americano era endividando a população.

O ápice do consumismo foi com a importação de televisores, refrigerantes, chicletes e carros. Ou seja, um estilo de vida que valorizava o consumo.

Para conquistar apoio brasileiro, o presidente dos Estados Unidos – Franklin Roosevelt incumbiu o jovem milionário, Nelson Rockefeller, a missão de aliar-se ao Brasil. Então, adentraram às mentes do povo pelos olhos, ouvidos e pelo coração, através das revistas, do cinema e pela música.

Para isso teve o apoio de astros já conhecidos no Brasil e nos Estados Unidos. Dos Estados Unidos tinham John Ford e Douglas Fairbanks Jr. que passaram a frequentar constantemente o País. E do lado brasileiro, ídolos nacionais como Carmen Miranda, até então ícone da nossa cultura popular.

A cultura estadunidense se firmou no país também através de expressões que ficaram comuns ao idioma português utilizadas cotidianamente, como a palavra okay, ou ok. O gesto de legal com o dedo que se popularizou, o thumbs up, sinal de positivo feito com a mão fechada e o polegar para cima era utilizado pelos pilotos americanos de forma a se comunicarem com os mecânicos da base aérea de Natal e que serviu de suporte para os EUA à época.

Essa troca foi interessante para os dois lados, já que a industrialização norte-americana foi amplamente divulgada através de programas de rádios e Getúlio Vargas divulgou a matéria prima brasileira como o manganês, café, aço e o quartzo.

Os meios de comunicação tiveram papel importante nesse processo, pois produziram novas alternativas de manifestação cultural.