Em novembro de 2015, no município de Mariana (Minas Gerais), uma barragem de rejeitos da exploração de minério de ferro da mineradora SAMARCO rompeu, matando cerca de 20 pessoas, destruindo três distritos e causando danos ambientais ao longo do rio Doce até sua foz no oceano. O evento foi considerado o maior desastre ambiental do Brasil. Em janeiro de 2019, outra barragem de rejeitos de minério de ferro da mineradora Vale também rompeu, deixando um rastro de destruição e centenas de mortes no município de Brumadinho. Em fevereiro de 2019, nos municípios de Barão de Cocais, Itatiaiuçu e Nova Lima centenas de pessoas tiveram que deixar suas casas por precaução, devido ao risco de novos rompimentos.
A respeito desse assunto, é incorreto afirmar:
- A Os municípios citados estão localizados na região conhecida como “Quadrilátero Ferrífero” devido a um conjunto de relevo com formato trapezoidal (numa visão em planta) sustentado por rochas ricas em ferro, alvo da mineração.
- B Os desastres citados não devem ser classificados como naturais, mas, sim, tecnológicos (ou antropogênicos), pois resultam de ações ou omissões humanas, estando relacionados com as atividades do ser humano, como agente ou autor.
- C As características do relevo na região contribuíram para reduzir os danos dos rompimentos de barragem citados, embora eles tenham sido muito grandes.
- D Com o processo de exaustão do minério de alto teor de ferro e a necessidade em atender o mercado internacional, passou-se à lavra de materiais com baixo teor de ferro na região, o que explica, ao menos em parte, o grande número de barragens de rejeito associadas à atividade na área.