A leitura não é uma habilidade inata, não nascemos lendo e não desenvolvemos essa habilidade sem instrução explícita. A escrita foi um código criado pelo homem para registrar o conhecimento produzido ao longo da história. A leitura é uma decorrência dessa invenção cultural, sendo basicamente a atividade de desvendar esse código, de decodificar. Considerando a recenticidade da escrita e da leitura, Dehaene (2012) conclui que nosso cérebro não está pronto para ler. Para isto, é preciso haver uma tarefa de reciclagem neuronal, em que neurônios até então responsáveis pelo reconhecimento de faces são recrutados para o reconhecimento de símbolos especiais, as letras.
Fonte: SOUZA, Lucilene Bender de; MILESKI, Ivanete. A emergência da especialização cerebral para leitura de palavras. In: GABRIEL, Rosângela et al. Tecendo conexões entre cognição, linguagem e leitura. Curitiba: Multideia, 2014. p. 33-46.
Assinale a alternativa que apresenta uma análise integralmente CORRETA.
- A O pronome demonstrativo “isto” (5º período) retoma o conteúdo da seguinte oração: “Considerando a recenticidade da escrita e da leitura”.
- B A conjunção “e”, no 1º período, tem valor adversativo, podendo ser substituída, sem alteração de sentido do texto, por “mas”.
- C No último período, o elemento conectivo “então” tem valor conclusivo, podendo ser substituído, sem alteração de sentido do texto, por “portanto”.
- D A expressão “símbolos especiais”, no último período, é especificada com o aposto apresentado após as vírgulas: “as letras”.
- E No 2º período, a preposição “para”, em “para registrar o conhecimento produzido ao longo da história”, introduz uma oração com valor temporal.