Prova da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) - Vestibular - UERJ (2015) - Questões Comentadas

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essa estranha pressa de acabar se ostenta como a marca do século. (l. 5)

O trecho acima contém o eixo temático da crônica escrita por João do Rio em 1909.

Na construção da opinião presente nesse trecho, é possível identificar um procedimento de:

  • A negação
  • B dedução
  • C gradação
  • D generalização

Hoje, nós somos escravos das horas, dessas senhoras inexoráveis que não cedem nunca (l. 12)

Neste fragmento, o autor emprega uma figura de linguagem para expressar o embate entre o homem e o tempo.

Essa figura de linguagem é conhecida como:

  • A ironia
  • B hipérbole
  • C eufemismo
  • D personificação

Nós somos uma delirante sucessão de fitas cinematográficas. (l. 18)

Ao comparar os seres humanos com filmes, o autor estabelece uma crítica.

No contexto, essa crítica pode ser sintetizada pelo seguinte termo:

  • A insubordinação das hierarquias
  • B coisificação das pessoas
  • C arrogância desmedida
  • D intolerância moral

O homem cinematográfico resolveu a suprema insanidade: encher o tempo, atopetar o tempo, abarrotar o tempo, paralisar o tempo para chegar antes dele. (l. 22-23)

De acordo com a leitura global do texto, o autor caracteriza a tentativa de controlar o tempo como “suprema insanidade”, porque se trata de uma tarefa que não está ao alcance do homem. O trecho que melhor expõe a insanidade dessa tentativa é:

  • A homens mediam os dias com todo o cuidado da atenção. (l. 4)
  • B Inventavam-se relógios de todos os moldes e formas. (l. 10-11)
  • C O homem de agora é como a multidão: ativo e imediato. (l. 20)
  • D sua, labuta, desespera com os olhos fitos nesse hipotético poste (l. 26-27)

A última fala da tirinha causa um estranhamento, porque assinala a ausência de um elemento fundamental para a instalação de um tribunal: a existência de alguém que esteja sendo acusado.

Essa fala sugere o seguinte ponto de vista do autor em relação aos usuários da internet:

  • A proferem vereditos fictícios sem que haja legitimidade do processo
  • B configuram julgamentos vazios ainda que existam crimes comprovados
  • C emitem juízos sobre os outros mas não se veem na posição de acusados
  • D apressam-se em opiniões superficiais mesmo que possuam dados concretos