Questões comentadas de Concursos para Médico - Medicina do Trabalho

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Se a história da fotografia manipulada de Catherine Middleton, a princesa de Gales, parece material para sites de fofoca, não é. Vivemos o tempo dos deepfakes, das imagens falsificadas, da desinformação. Se a Coroa britânica às vezes engana, tem cara de reportagem para tabloides e não coisa para gente séria, ela segue sendo uma instituição do Estado britânico. Uma instituição que dá seu retorno em sedução diplomática, dinheiro de turismo e habilidade de mobilização civil. A família Windsor é paga pelo Estado para botar roupas bacanas, emanar fantasia e ser fotografada por onde anda, enquanto compõe a ideia do que é ser britânico. É muito poderosa essa ferramenta de representar a essência de um país. Esse é o papel dos Windsors e, aos trancos e barrancos, eles o exercem.        A princesa não é vista em público desde o Natal oficial, no dia 25 de dezembro. Em meados de janeiro, deu entrada num hospital para uma “cirurgia abdominal” que disseram ser planejada. Nunca mais apareceu até que, na sexta-feira da semana passada, foi divulgada uma fotografia sua com os três filhos atribuída ao príncipe William, seu marido e herdeiro do trono. Como se tivesse sacado o iPhone, clicado e mandado distribuir. As agências de notícias fizeram seu trabalho disparando o registro para jornais, revistas e sites em todo o mundo. Algumas horas depois, a retiraram. [...]
Disponível em: https://oglobo.globo.com/opiniao/pedro-doria/coluna/2024/03/a-mentira-de-kate.ghtml. Acesso em: 16 mar. 2024.

No trecho acima, os termos destacados contribuem para a estrutura argumentativa ao

  • A indicar uma progressão temática na qual cada termo serve para construir um panorama mais amplo sobre equivalentes facetas da monarquia britânica.
  • B estabelecer conexões coesivas entre os diversos aspectos da monarquia, fortalecendo a crítica à maneira como a instituição e a família real são percebidas.
  • C evidenciar a contraposição entre a natureza pública da "Coroa britânica" e o lado pessoal da "família Windsor", realçando as complexidades dessa relação.
  • D reiterar o referente para enfatizar a controvérsia em torno da Coroa, mas sem desenvolver uma argumentação consistente sobre seu papel na sociedade.

Sobre as medidas em ergonomia, assinale a alternativa que deve ser adotada nos locais de trabalho pelo médico do trabalho e equipe do SESMT (Serviços Especializados em Segurança e em Medicina do Trabalho).

  • A Adoção de pausas que devem ser computadas como tempo de trabalho efetivo e usufruídas no posto de trabalho para propiciar a recuperação psicofisiológica dos trabalhadores.
  • B Adoção de pausas fora do posto de trabalho, que devem ser computadas como tempo de trabalho efetivo ou alternância de atividades com outras tarefas que permitam variar as posturas, os grupos musculares utilizados ou o ritmo de trabalho.
  • C O posto de trabalho deve ser planejado ou adaptado para favorecer a posição sentada, sempre que o trabalho puder ser executado alternando a posição de pé com a posição sentada.
  • D A organização ergonômica deve adotar medidas de controle do ruído nos ambientes internos, limitando-se a 80 dB(A).

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas
Peça da campanha publicitária do Carnaval de Belo Horizonte 2024 - Foto: Secretaria de Estado de Cultura e Turismo/Divulgação

Considerando o anúncio publicitário que promove o Carnaval de Belo Horizonte, é correto afirmar que a figura de linguagem utilizada no slogan, além da metáfora, é a(o)
  • A antítese, pois confronta a vivacidade do carnaval de rua com a sensação de conforto e pertencimento, como se estivesse em casa.
  • B eufemismo, atenuando o conceito de festividade agitada do carnaval, sugerindo um ambiente mais acolhedor e tranquilo.
  • C metonímia, empregando o elemento da alegria do carnaval para representar a totalidade da experiência carnavalesca em BH.
  • D hipérbole, amplificando a ideia de que a experiência do carnaval em BH pode ser tão acolhedora quanto estar em casa.

[...] 18 DE JULHO - Levantei as 7 horas. Alegre e contente. Depois que veio os aborrecimentos. Fui no deposito receber... 60 cruzeiros. Passei no Arnaldo. Comprei pão, leite, paguei o que devia e reservei dinheiro para comprar Licor de Cacau para Vera Eunice. Cheguei no inferno. Abri a porta e pus os meninos para fora. A D. Rosa, assim que viu o meu filho José Carlos começou impricar com ele. Não queria que o menino passasse perto do barracão dela. Saiu com um pau para espancá-lo. Uma mulher de 48 anos brigar com criança! As vezes eu saio, ela vem até a minha janela e joga o vaso de fezes nas crianças. Quando eu retorno, encontro os travesseiros sujos e as crianças fétidas. Ela odeia-me. Diz que sou preferida pelos homens bonitos e distintos. E ganho mais dinheiro do que ela.      Surgio a D. Cecilia. Veio repreender os meus filhos. Lhe joguei uma direta, ela retirou-se. Eu disse: —Tem mulher que diz saber criar os filhos, mas algumas tem filhos na cadeia classificado como mau elemento.       Ela retirou-se. Veio a indolente Maria dos Anjos. Eu disse: — Eu estava discutindo com a nota, já começou chegar os trocos. Os centavos. Eu não vou na porta de ninguém. E vocês quem vem na minha porta aborrecer-me. Eu nunca chinguei filhos de ninguém, nunca fui na porta de vocês reclamar contra seus filhos. Não pensa que eles são santos. É que eu tolero crianças. [...]
JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo: diário de uma favelada. 10. ed. São Paulo: Ática, 2014.

A escolha de uma variedade linguística socialmente estigmatizada, apresentada no trecho acima, influencia o estilo da narrativa de Carolina Maria de Jesus, na medida em que

  • A a linguagem informal e cotidiana, permeada por desvios ortográficos, manifesta-se predominantemente na descrição objetiva dos eventos, minimizando a expressão particular da narradora.
  • B o texto se caracteriza por utilizar uma linguagem informal e cotidiana, com a presença de desvios ortográficos, enfocando na narração direta dos eventos, embora mantenha uma postura de imparcialidade e distanciamento.
  • C a linguagem do texto é informal, cotidiana e inclui desvios ortográficos, refletindo as vivências pessoais da narradora de maneira expressiva e imediata.
  • D a narrativa utiliza uma linguagem informal, cotidiana e inclui desvios ortográficos que, ao construir uma estrutura complexa e estilizada, afasta o leitor da realidade da narradora.

Um estudo publicado na revista Science nesta quinta-feira (14) revela que o sistema nervoso humano está naturalmente programado para sentir medo — como quando ouvimos ruídos estranhos no escuro ou quando um animal que está rosnando se aproxima.       A resposta ao medo serve como um aviso para que a pessoa permaneça em alerta, servindo como mecanismo de defesa para evitar situações perigosas. Entretanto, se o indivíduo sentir medo sem estar diante de situações ameaçadoras, seu bem-estar pode ser prejudicado.      Pessoas que vivenciaram incidentes de risco de vida ou estresse grave podem ter medo em episódios que não apresentam uma real ameaça. E isso pode gerar danos psicológicos a longo prazo, como o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).      A nova pesquisa foi realizada por neurobiólogos da Universidade da Califórnia em San Diego, nos EUA. A equipe identificou quais mudanças ocorrem na bioquímica do cérebro e mapeou os circuitos neurais que causam o medo generalizado.
Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/sociedade/comportamento/noticia/2024/03/voce-tem-medo-estudoidentifica-rota-cerebral-que-leva-a-esse-sentimento.ghtml. Acesso em: 16 mar. 2024. De acordo com o trecho, o estudo publicado na revista Science sugere que

De acordo com o trecho, o estudo publicado na revista Science sugere que

  • A a resposta ao medo é sempre benéfica para o ser humano, pois serve como um mecanismo de defesa essencial para evitar perigos reais.
  • B o medo generalizado, causado por situações que não apresentam ameaça real, pode ser benéfico a longo prazo, melhorando a resiliência do indivíduo.
  • C medos infundados não têm impactos negativos na saúde mental, pois o ser humano é capaz de distinguir entre perigos reais e imaginários de maneira eficiente.
  • D pesquisas em neurobiologia podem ajudar a desenvolver tratamentos eficazes para pessoas com transtorno de estresse pós-traumático, que vivenciam medo em situações não ameaçadoras.