Questões de Modernismo: Tendências contemporâneas (Literatura)

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De acordo com Gonçalves e Bellodi (2005), o termo Pós-modernismo abriga várias acepções, desde a ideia de ser o desenvolvimento das propostas modernistas até a de ruptura completa com elas, como costuma ocorrer, por exemplo, nas obras de Luís Rufatto e José Saramago. Diante da variedade de proposições sobre o Pós-modernismo, considere as afirmativas a seguir.

I  →  Caracteriza-se apenas pela presença da crítica cultural vanguardista.
II  →  Aborda o apagamento da linguagem e dos elementos literários na multiplicidade artística produzida desde a primeira metade do século XX.
III  →  Aponta a crise das crenças culturais que vem se instalando no Ocidente desde o Iluminismo.
IV  →  Afirma a relativização dos pressupostos de estabilidade e das referências modelares na cultura ocidental.

Está(ão) correta(s)

  • A apenas I.
  • B apenas I e II.
  • C apenas III e IV.
  • D apenas II, III e IV.
  • E I, II, III e IV.

Assinale a alternativa que NÃO indica um autor que tenha produzido romances, na década de 1930, de cunho regionalista, focados na realidade social e política do Nordeste brasileiro.

  • A Rachel de Queiroz.
  • B José Lins do Rego.
  • C Rubem Fonseca.
  • D Graciliano Ramos.
  • E José Américo de Almeida.

Quem é o indígena que se tornou membro da Academia Brasileira de Letras (ABL)?

  • A Davi Kopenawa
  • B Ailton Krenak
  • C Daniel Munduruku
  • D Kaká Werá
  • E Márcia Wayna Kambeba
“Vou-me Embora pra Pasárgada Vou-me embora pra Pasárgada Lá sou amigo do rei Lá tenho a mulher que eu quero Na cama que escolherei...”

Este é um poema de:
  • A Manuel Bandeira
  • B Alberto da Cunha Melo
  • C João Cabral de Melo Neto
  • D Carlos Pena Filho
  • E Ariano Suassuna
Leia o seguinte trecho, do romance de Bernardo Carvalho:
Leusipo perguntou o que eu tinha ido fazer na aldeia. Preferi achar que o tom era amistoso e, no meu paternalismo ingênuo, comecei a lhe explicar o que era um romance. Ele não estava interessado. Queria saber o que eu tinha ido fazer na aldeia. Os velhos estavam preocupados, queriam saber por que eu vinha remexer no passado, e ele não gostava quando os velhos ficavam preocupados. Eu tentava convencê-lo de que não havia motivo para preocupação. Tudo o que eu queria saber já era conhecido. E ele me perguntava: “Então, por que você quer saber, se já sabe?”. Tentei lhe explicar que pretendia escrever um livro e mais uma vez o que era um romance, o que era um livro de ficção (e mostrava o que tinha nas mãos), que seria tudo historinha, sem nenhuma consequência na realidade. Ele seguia incrédulo. Fazia-se desentendido, mas na verdade só queria me intimidar. Eu estava entre irritado e amedrontado. Tinha vontade de mandar o índio à puta que o pariu, mas não podia me indispor com a aldeia. Se é que havia alguma coisa a descobrir (e Leusipo a me intimidar punha ainda mais lenha nessa minha fantasia), era preciso ser diplomático.
CARVALHO, Bernardo. Nove noites. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. p. 85.
Com base no fragmento acima transcrito e na leitura integral de Nove noites, assinale a alternativa correta. 
  • A O fragmento é parte da narração do jornalista que, obcecado em buscar a verdade sobre a morte de Buell Quain, acaba incursionando sobre o próprio passado, defrontando-se com sua relação com o próprio pai.
  • B O fragmento é parte da narração do antropólogo Buell Quain, personagem real que, em 1939, foi assassinado em condições misteriosas, quando fazia pesquisa de campo junto aos índios krahô, no Tocantins.
  • C O romance se constrói em torno da investigação, conduzida pela antropóloga Ruth Benedict, acerca da morte do norte-americano Buell Quain, revelando fatos e informações até então desconhecidos e desvendando enfim as causas do seu falecimento.
  • D O fragmento é parte de uma das cartas do engenheiro Manoel Perna, que participa ativamente na investigação acerca dos últimos momentos que antecederam a morte do seu amigo Buell Quain.
  • E Apesar do conflito narrado no fragmento, a convivência entre índios e brancos é apresentada no romance de modo predominantemente positivo, enfatizando a riqueza das trocas entre diferentes culturas.