Questões de Geologia de Engenharia (Geologia)

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O reconhecimento das características geotécnicas dos maciços rochosos é frequentemente realizado por investigações que necessitam de ensaios de campo. Vários acidentes em obras de túneis acontecem pela falta de dados geomecânicos do maciço rochoso, gerando também ações judiciais que demandam a ajuda de peritos geólogos.
A fim de permitir o reconhecimento da designação da qualidade da rocha (RQD, em inglês) e do grau de faturamento, a técnica que oferece o melhor resultado está vinculada à realização de:

  • A sondagem à percussão;
  • B sondagem rotativa;
  • C eletroressistividade;
  • D reflexão geofísica;
  • E refração geofísica.

Os problemas de inundação de canais em bacias de drenagem urbanas e rurais são cada vez mais preocupantes para os gestores públicos, havendo a necessidade dos diagnósticos geológico-geotécnicos do terreno e também da quantificação das entradas de chuva em determinados intervalos de tempo. Muitos geólogos trabalham em equipes mistas que tratam desses problemas, em que têm a incumbência de desenvolver estudos sobre os canais de drenagem.
Tendo em vista que a seção de um canal foi definida em campo por um geólogo e que o fluxo que passa por ele é do tipo laminar, a vazão fluvial será igual:

  • A à intensidade de chuva dividida pela área da bacia;
  • B à altura de chuva multiplicada pela área da bacia;
  • C ao produto da largura do leito pela velocidade do fluxo;
  • D ao produto da área molhada pela velocidade do fluxo;
  • E à média da precipitação multiplicada pela área da bacia.

Recentemente vem sendo comum o rompimento de barragens de rejeitos em vários locais do Brasil, com consequentes perdas de vidas humanas, severos danos ambientais e muitos prejuízos públicos e privados. Há vários fatores geológicos, geotécnicos e climatológicos que podem contribuir para essas rupturas de barragens.
No que tange ao comportamento geotécnico no interior dessas barragens, a causa da ruptura se deve:

  • A à ineficiência do cimento misturado ao solo durante o tempo de execução do aterro, que se liquefaz devido ao aumento de umidade em períodos de chuvas intensas;
  • B ao excesso de chuva em períodos extremos, o que promove erosão superficial dos aterros muito íngremes, resultando na lixiviação do corpo do talude;
  • C à falta de enrocamento no talude, que garantiria o contrapeso necessário para a estabilidade do aterro ao longo do tempo de atuação da mineração;
  • D ao contato da água da chuva com os rejeitos, que, ao longo do tempo de atuação da mineração, sofrem lixiviação até perder a cimentação e permitir a erosão dos taludes;
  • E ao aumento da poropressão da água no interior dos vazios do solo do corpo do aterro, que induz a uma redução da resistência cisalhante até o material atingir a liquefação.

A geologia de engenharia frequentemente busca a obtenção de parâmetros geotécnicos por meio de ensaios em rochas e solos, a fim de que as intervenções que envolvem escavações nesses materiais fiquem tecnicamente adequadas. Desse modo, a obtenção desses parâmetros geotécnicos torna-se um trabalho muito útil tanto para as fases de projeto como para a execução das obras civis, que são objeto de fiscalização e controle.
No que se refere à obtenção de parâmetros relacionados com o ângulo de atrito efetivo e com a coesão verdadeira do solo, o procedimento adequado é a realização do ensaio de:

  • A adensamento edométrico;
  • B cisalhamento direto;
  • C compressão triaxial drenado;
  • D compressão triaxial não drenado;
  • E dispersão em meio saturado.

Os deslizamentos em rocha são frequentemente prejudiciais para o trânsito de veículos e transporte de mercadorias e pessoas, em especial quando ocorrem nos cortes de estrada a jusante de encostas com litologias metamórficas.
Dentre as características das rochas metamórficas, a mais importante para influenciar a ocorrência de um deslizamento é a:

  • A lineação, que é a orientação unidirecional formada pelo sentido dos minerais no interior da matriz rochosa, devido aos esforços de tração;
  • B lineação, que é a orientação unidirecional formada pelo sentido dos minerais no interior da matriz rochosa, devido aos esforços de compressão;
  • C foliação, que é definida pelo conjunto de superfícies paralelas compostas por minerais que sofreram deformação dúctil;
  • D foliação, que é definida pelo conjunto de superfícies paralelas compostas por minerais que sofreram deformação rúptil;
  • E clivagem, que é a fragmentação mineral ao longo de planos pré-definidos de ruptura, relacionados com as ligações químicas iônicas ou covalentes.