Questões de Emergências Médicas em Odontologia (Odontologia)

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A hemorragia é um quadro clínico de extravasamento sanguíneo que não cessa espontaneamente, podendo ser considerado um quadro de urgência, com ocorrência por trauma, processos patológicos ou na prática clínica odontológica pós-cirúrgica. Para o controle de um evento hemorrágico pós-exodontia, pode-se realizar o seguinte procedimento:

  • A bochechos com soro aquecido, seguido de compressão com algodão ou gaze estéril.
  • B irrigação do alvéolo com soro, sutura e prescrição medicamentosa de ácido acetilsalicílico para o paciente.
  • C pressão mecânica, por meio de compressão simples, repetida e controlada do sítio hemorrágico com gaze estéril.
  • D uso de agentes físico-químicos homeostáticos de uso tópico, como a esponja homeostática de BisGMA, seguida de sutura com fio absorvível.

Anderson, 19 anos, compareceu ao consultório com indicação ortodôntica para exodontia do elemento dental 28, refere ser asmático (sem crises há 6 anos), e se encontrava psicologicamente estável. Durante a aplicação da técnica terminal superficial com benzocaína 200 mg/g, o paciente apresentou chiado respiratório, dispneia e placa eritematosa na região superior do tórax. Baseado no quadro clínico descrito, a melhor hipótese diagnóstica é

  • A hipoventilação.
  • B hiperventilação.
  • C broncoespasmo.
  • D reação de superdosagem.

Paciente do sexo masculino, 65 anos de idade, retornou à UBS com hemorragia após 4 horas da exodontia e sutura do elemento 46. Preocupado com o quadro clínico apresentado, o cirurgião-dentista do setor de urgências odontológicas fez um interrogatório e descobriu que o paciente tem um histórico de etilismo associado à cirrose hepática, mas que o vício está sob controle no momento. Diante do caso apresentado, sendo esse uma condição comum de ocorrência, a situação para os pacientes que fazem abuso do álcool e apresentam hepatopatia associada está corretamente descrita em:

  • A A hemorragia aconteceu pois o fígado é produtor de diversas proteínas séricas, entre elas os fatores de coagulação. Com a fibrose hepática ocorre a diminuição desses fatores e consequente tendência à hemorragia.
  • B Como esses pacientes estão predispostos à infecção pela baixa imunidade, as medicações administradas para melhorar a imunidade podem aumentar o risco de sangramento.
  • C Em pacientes hepatopatas, para evitar hemorragia pós-operatória, o CD deve administrar uma ampola de vitamina K com uma hora de antecedência.
  • D Os pacientes com cirrose hepática apresentam alteração na agregação plaquetária e risco de hemorragia por não haver formação do tampão plaquetário, mas não se relatam alterações nos fatores de coagulação.

Uma paciente comparece à UBS para realizar consulta odontológica de rotina e, durante a anamnese, relata sua condição de saúde atual para que o Cirurgião Dentista possa planejar o tratamento de acordo com as atuais diretrizes. A paciente, de 62 anos de idade, de raça negra, obesa e sedentária, relata que apresenta obstrução parcial da artéria coronária e que, quando está sob estresse ou alguma atividade física, refere dor toráxica, geralmente subesternal ou precordial, de intensidade variável, acompanhada por sudorese, aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial. A paciente relata, ainda, que o episódio da dor dura aproximadamente de dois a três minutos e irradia-se ao ombro esquerdo, face interna do braço, atingindo os dedos mínimo e anelar, e que faz uso de drogas vasodilatadoras administradas por via sublingual para alívio da dor (nitroglicerina). De acordo com a descrição do quadro clínico sistêmico, o cirurgião-dentista deverá correlacionar as características citadas com a patologia da paciente e planejar o atendimento de modo a oferecer os cuidados necessários para minimizar as intercorrências. Nesse caso, tem-se

  • A provável quadro de taquicardia ventricular, e a consulta odontológica deverá ser curta, com indicação para protocolo de ansiólise, e ter acessível a nitroglicerina, caso a paciente entre em crise.
  • B provável quadro de prolapso da válvula mitral, e a e a consulta odontológica deverá ser curta, com indicação para protocolo de ansiólise, e ter acessível a nitroglicerina, caso a paciente entre em crise.
  • C provável quadro de Insuficiência ventricular, e a consulta odontológica deverá ser curta, com indicação para protocolo de ansiólise, e ter acessível a nitroglicerina, caso a paciente entre em crise.
  • D provável diagnóstico de angina estável e a consulta odontológica deverá ser curta, com indicação para protocolo de ansiólise, e ter acessível a nitroglicerina, caso a paciente entre em crise.

A crise convulsiva é uma alteração súbita de função do Sistema Nervoso Central (SNC) resultante de uma descarga elétrica paroxística de alta voltagem, que pode ocorrer na porção neural do telencéfalo ou tronco cerebral. A descarga pode iniciar-se, espontaneamente, em neurônios patológicos ou normais, desencadeada por estímulos elétricos, farmacológicos ou fisiológicos, sendo que o tratamento odontológico, quando malconduzido, pode promover essa descarga elétrica e proporcionar uma crise convulsiva. Assim, é necessário que o cirurgião-dentista esteja apto a reconhecer e saber intervir diante de uma emergência médica ocasionada por uma convulsão. A melhor forma com a qual o cirurgião dentista deve proceder diante de uma crise convulsiva no consultório odontológico é:

  • A afrouxar as roupas do paciente e deixá-lo na posição supina, protegendo a cabeça para evitar traumatismos. Deve-se colocar uma toalha entre os dentes para evitar ferimentos em tecidos moles ou trauma dentário e fazer uso de oxigênio se observar cianose no paciente.
  • B afrouxar as roupas do paciente e posicionar a cabeça para o lado para evitar aspiração da saliva, protegendo a cabeça para evitar traumatismos. Se possível, deve-se colocar uma toalha entre os dentes para evitar ferimentos em tecidos moles ou trauma dentário.
  • C afrouxar as roupas e posicionar o paciente em decúbito dorsal para permitir uma melhor oxigenação e proteger a cabeça para evitar traumatismos. Deve-se colocar uma toalha entre os dentes para evitar ferimentos em tecidos moles ou trauma dentário, imobilizando o paciente na própria cadeira odontológica.
  • D afrouxar as roupas e posicionar o paciente em decúbito dorsal em uma superfície plana, protegendo a cabeça para evitar traumatismos. Deve-se colocar uma toalha entre os dentes para evitar ferimentos em tecidos moles ou trauma dentário e fazer uso de oxigênio se observar cianose no paciente.