Questões de Doenças Crônico-Degenerativas (Psicologia)

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O declínio na saúde mental não é típico na terceira idade, contudo, os transtornos mentais que efetivamente ocorrem em adultos mais velhos tendem a ter consequências devastadoras. Das afirmativas abaixo é incorreto afirmar que:

  • A Confusão, esquecimento e mudanças de personalidade às vezes associadas com a idade avançada podem ter causas fisiológicas ou não.
  • B Contrário ao estereótipo, a demência não é parte inevitável do envelhecimento. A maioria das demências é irreversível, mas algumas podem ser revertidas com diagnóstico e tratamento adequado.
  • C Quando a demência se manifesta em pacientes com problemas cardiovasculares ou mal de Parkinson, ela é considerada reversível.
  • D Cerca de 80% dos casos de demência entre idosos são causados por problemas cardiovasculares, como hipertensão ou uma série de pequenos derrames, pelo mal de Parkinson.
  • E O mal de Alzheimer é um transtorno cerebral degenerativo progressivo que pouco a pouco destitui as pessoas de inteligência, consciência e mesmo de sua capacidade de controlar as funções corporais.

A assistência psicológica de pacientes nos ambientes ambulatoriais / hospitalares pode ocorrer em diversas situações, a exemplo: na profilaxia cirúrgica; no pré e pósoperatório de cirurgias bariátricas; na neuropsicologia adulto e infantil de crianças e adolescente com atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e cognitivo, na ocorrência das síndromes genéticas e lesões cerebrais; em pacientes com obesidade infantil; transtornos alimentares e transtornos psiquiátricos. Nesses casos, o atendimento psicológico pode envolver a avaliação neuropsicológica dos pacientes e não necessita de encaminhamento.  

  • Certo
  • Errado

A doença crônica se caracteriza como um estado patológico permanente, que produz efeitos emocionais e psicológicos que podem ser devastadores e até influenciarem o processo de tratamento, requerendo um longo processo de reabilitação, observação, controle e cuidados. É papel do psicólogo oferecer ao paciente instrumentos terapêuticos que o ajudem a manter equilíbrio e entender o funcionamento dos conflitos enfrentados devido à patologia vivenciada. Se a dor está intimamente relacionada às dimensões emocional, cognitiva e interpessoal, faz sentido que o tratamento psicológico possa agir por cada uma dessas. Sendo assim, assinale a alternativa CORRETA quanto aos tratamentos psicológicos para doenças crônicas.

  • A Há uma possibilidade de tratamento, com base nos aspectos comportamentais da dor, em que consiste em desenvolver um novo contrato de convivência entre o paciente e as pessoas mais próximas dele. Tendo comportamentos adaptativos, os pacientes tendem a aguentar melhor os comportamentos de dor.
  • B Quando as pessoas tentam esquivar ou fugir da sensação de dor, o tratamento inicia-se com o reconhecimento da dor e o abandono de tentativas improdutivas de controlá-lo. Promove-se a disposição de vivenciar os eventos com base em seus aspectos positivos, ou seja, o que pode ser somado a vivência do paciente.
  • C Existem tratamentos da dor que enfocam as respostas de medo relacionadas com a dor, os quais usam técnicas de exposição ao vivo, pautados no paradigma pavloviano, para extinguir o medo da dor. A eliminação do medo interrompe seu círculo vicioso pelo fato de diminuir a vigilância excessiva, a tensão e a tendência de recorrer a estratégias de esquiva.
  • D As reuniões grupais fazem parte da lista de tratamentos possíveis, já que ao fazer um trabalho psicoeducativo e ao explorar relacionamentos, histórias de vida e problemas atuais, uma atitude de negociação era facilitada de maneira flexível.
  • E Os tratamentos cognitivo-comportamentais enfocam os pensamentos automáticos perante o momento de dor, sendo estruturados na forma de programas psicoeducativos que ensinam estratégias de coping adequados. Além disso, incluem as diferentes estratégias de reestruturação cognitiva dos pensamentos automáticos.

Segundo Simonetti (2016, p. 33), “diagnosticar é o instante de ver, seguido pelo tempo de entender que leva ao momento de intervir, não necessariamente nessa ordem, mas necessariamente interligados. A principal razão pela qual os diagnósticos são feitos é eles facilitarem o tratamento, de modo que diante de um diagnóstico bem feito a melhor estratégia terapêutica se evidencie, naturalmente, na mente do psicólogo bem treinado. As outras razões são a pesquisa científica e a comunicação entre os profissionais. Em medicina, diagnóstico é o conhecimento da doença por meio de seus sintomas, enquanto na psicologia hospitalar o diagnóstico é o conhecimento da situação existencial e subjetiva da pessoa adoentada em sua relação com a doença. Sendo assim, na psicologia hospitalar não diagnosticamos doenças”. Marque a alternativa CORRETA.

  • A Na psicologia hospitalar, não diagnosticamos doenças, mas o que acontece com as pessoas relativamente à doença e ele, o nosso diagnóstico, não é expresso em termos de nomes de doenças, mas sim por uma descrição abrangente dos processos que influenciam e são influenciados pela doença. Não oferecemos rótulos, e sim uma visão panorâmica.
  • B O diagnóstico não é uma maneira de trabalhar com todo o material proveniente do mundo de informações do paciente, pois não funciona como construir um mapa para depois analisá-lo e decidir o melhor caminho a seguir. É mais correto seguir sem esse mapa, pois, no hospital, o psicólogo dirige a vida do paciente e não o tratamento.
  • C Com a finalidade de preservar a integridade física e mental do paciente hospitalizado, o diagnóstico passa a ser não apenas uma hipótese de trabalho, mas uma verdade absoluta, pois essa verdade permite uma intervenção guiada e assertiva para gerar a mudança esperada.
  • D No seu fazer, cabe ao psicólogo hospitalar descobrir a “verdade” da doença para que possa ajudar o paciente a enfrentá-la, ou seja, não basta descobrir a verdade do paciente sobre essa doença, pois o psicólogo trabalha com a verdade das coisas e não com o sentido das coisas.
Os pacientes com dor crônica relatam história prolongada de diversos tratamentos. Todavia, a partir dos anos 2010, a abordagem psicológica tem sido cada vez mais utilizada, especialmente com repertório de técnicas cognitivo-comportamentais por constituírem um modelo de psicoterapia breve. As técnicas dessa abordagem têm sido empregadas para: 
  • A Ensinar as pessoas acometidas a aceitarem a condição clínica dada a inevitabilidade da vivência do quadro doloroso.
  • B Fornecer referencial teórico e auxiliar os familiares da pessoa em tratamento por dor crônica no enfrentamento do processo.
  • C Fornecer instrução e atividades psicoeducacionais para incentivar condutas evitativas frente às vivências ocasionadas pelo quadro doloroso.
  • D Auxiliar no controle da dor, na modificação de crenças e pensamentos negativistas, no aprendizado de novas condutas de enfrentamento, técnicas de relaxamento e modificação de erros cognitivos.
  • E Auxiliar no incentivo de comportamentos disfuncionais, na modificação de crenças e pensamentos cristalizados e no desenvolvimento de condutas para modificação de processos cognitivos deliberados.