Resolver o Simulado Professor - IBGP - Nível Superior

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Noções de Informática

1

O_____________________________________é um componente que possibilita visualizar e alterar diversas configurações do sistema Operacional Windows.


Assinale a alternativa que completa CORRETAMENTE a lacuna. 

  • A explorador de arquivos
  • B monitor de recursos
  • C painel de controle
  • D gerenciador de tarefas
2

Em um(a)________________________________um golpista tenta induzir a pessoa a fornecer informações confidenciais com a promessa de futuramente receber algum tipo de benefício.


Assinale a alternativa que preenche CORRETAMENTE a lacuna.

  • A fraude de antecipação de recursos
  • B furto de identidade
  • C boato
  • D pharming
3

Sobre a impressão de documentos do Word 2010, assinale V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.


( ) Não permite mudar a orientação do papel no momento da impressão.

( ) Permite a impressão de mais de uma página por folha.

( ) Permite definir o tamanho do papel no momento da impressão.


Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:

  • A F F V.
  • B F V V.
  • C V F F.
  • D V F V.
4

A organização de uma gincana preparou a seguinte planilha, em Excel 2010, para a contagem de pontos das equipes.
Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas


Pelo regulamento, classificam-se para a etapa final as equipes que somarem 200 pontos ou mais nas três primeiras fases. Com base nessas informações, análise as seguintes fórmulas para definir a situação da equipe Tailândia.


I- =SE(E5>=200;"Classificado";"Eliminado")

II- =SE(E5<200;"Eliminado";"Classificado")

III- =SE(OU(E5>200;E5=200);"Classificado";"E liminado")


Estão CORRETAS as fórmulas previstas em:

  • A I e II apenas.
  • B I e III apenas.
  • C II e III apenas.
  • D I, II e III.
5

Os___________________são as regras que permitem a comunicação entre os diversos dispositivos que estão conectados na Internet.


Assinale a alternativa que completa CORRETAMENTE a lacuna

  • A algoritmos
  • B compiladores
  • C protocolos
  • D roteadores
6

Em um documento do MS Word 2010, versão português, a tecla de atalho que PERMITE alinhar o texto selecionado à esquerda é a:

  • A “CTRL”+”E”.
  • B “CTRL”+”Q”.
  • C “ALT”+”Q”.
  • D “ALT+”E”.
7

Em um documento do MS Word 2010, versão português, a tecla de atalho que PERMITE verificar a ortografia e gramática é a:

  • A F3.
  • B F4.
  • C F7.
  • D F8.
8

Sobre códigos maliciosos e ferramentas de proteção, assinale V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas:


( ) Worm é um programa capaz de se propagar automaticamente pelas redes, enviando cópias de si mesmo de computador para computador.

( ) Uma das formas como os malwares podem infectar um computador é pela execução de arquivos previamente infectados, enviados em anexos de um e-mail.

( ) Malware são programas especificamente desenvolvidos para executar ações danosas e atividades maliciosas em um computador.

( ) Spyware é um programa que permite o retorno de um invasor a um computador comprometido, por meio da inclusão de serviços criados ou modificados para este fim.


Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA

  • A F V V V.
  • B V F F F.
  • C F V F V.
  • D V F V F.
9

Assinale a alternativa que apresenta APENAS extensões padrões de arquivos do Pacote Microsoft Office.

  • A XPS, PPT, DOC.
  • B MP3, DOCX, PDF.
  • C DOCX, XLSX, PPTX.
  • D PDF, BMP, DOCX.
10

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas


Considerando os valores listados na planilha apresentada, no MS Excel 2010, o valor que será exibido na célula A5, após esta ser preenchida com a fórmula =MED(A3:C3), será:

  • A 4.
  • B 5.
  • C 6.
  • D 7.

Português

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O poema a seguir, de Carlos Drummond de Andrade, retoma a famosa “Canção do exílio” de Gonçalves Dias.

 Nova canção do exílio
A Josué Montello Um sabiá na palmeira, longe. Estas aves cantam um outro canto. O céu cintila sobre flores úmidas. Vozes na mata, e o maior amor. Só, na noite, seria feliz: um sabiá, na palmeira, longe.
Onde é tudo belo e fantástico, só, na noite, seria feliz (Um sabiá, na palmeira, longe). Ainda um grito de vida e voltar para onde é tudo belo e fantástico: a palmeira, o sabiá, o longe.

Fonte: ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002. p. 145-146. 

É CORRETO afirmar que Carlos Drummond de Andrade retoma o conhecido texto de Gonçalves Dias pelo viés da:

  • A Citação, pois transcreve literalmente as palavras do poeta do Romantismo brasileiro, reproduzindo cada verso do poema que lhe serve de modelo.
  • B Paródia, pois já não apresenta mais o tom idealizador em relação à terra cantada, o que se verifica, por exemplo, em versos como “Estas aves cantam / um outro canto.” e “Só, na noite, / seria feliz:”.
  • C Paráfrase, pelo fato de reproduzir o mesmo tom de saudade e de idealização presente no poema do autor romântico.
  • D Tradução, uma vez que o autor itabirano traduziu o poema do autor romântico que fora escrito em alemão.
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Leia o poema a seguir, extraído do livro “O coração disparado”, de Adélia Prado.
 Órfã na janela
Estou com saudade de Deus, uma saudade tão funda que me seca. Estou como palha e nada me conforta. O amor hoje está tão pobre, tem gripe, meu hálito não está para salões. Fico em casa esperando Deus, cavacando a unha, fungando meu nariz choroso, querendo um pôster dele no meu quarto, gostando igual antigamente da palavra crepúsculo. Que o mundo é desterro eu toda vida soube. Quando o sol vai-se embora é pra casa de Deus que vai, pra casa onde está meu pai.
Fonte: PRADO, Adélia. Poesia reunida. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 2015. p. 158.

Sobre o texto, é INCORRETO afirmar que:

  • A Sentir-se como palha é ter a sensação de leveza, de dádiva divina; trata-se de um estado em que o sujeito se encontra prestes a voar para Deus.
  • B Cavacar a unha e fungar o nariz choroso conotam, respectivamente, um estado de impaciência e sentimentalismo por parte do sujeito feminino.
  • C O desejo de um pôster de Deus no quarto aponta para a necessidade de algo concreto, de algo que possa trazer a lembrança do Ser Divino.
  • D Em todo o poema predominam versos brancos, à exceção dos dois últimos.
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Leia o poema a seguir, extraído do livro “Morte e vida severina”, de João Cabral de Melo Neto.

O retirante resolve apressar os passos para chegar logo ao Recife
– Nunca esperei muita coisa, digo a Vossas Senhorias. O que me fez retirar não foi a grande cobiça; o que apenas busquei foi defender minha vida da tal velhice que chega antes de se inteirar trinta; se na serra vivi vinte, se alcancei lá tal medida, o que pensei, retirando, foi estendê-la um pouco ainda. Mas não senti diferença entre o agreste e a caatinga, e entre a caatinga e aqui a mata a diferença é a mais mínima. Está apenas em que a terra é por aqui mais macia; está apenas no pavio, ou melhor, na lamparina: pois é igual o querosene que em toda parte ilumina, e quer nesta terra gorda quer na serra, de caliça, a vida arde sempre com a mesma chama mortiça. Agora é que compreendo por que em paragens tão ricas o rio não corta em poços como ele faz na Caatinga: vive a fugir dos remansos a que a paisagem o convida, com medo de se deter, grande que seja a fadiga. Sim, o melhor é apressar o fim desta ladainha, fim do rosário de nomes que a linha do rio enfia; é chegar logo ao Recife, derradeira ave-maria do rosário, derradeira invocação da ladainha, Recife, onde o rio some e esta minha viagem se fina.

Fonte: ELO NETO, João Cabral de. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003. p. 186-187.

Sobre os versos, é INCORRETO afirmar que:

  • A O retirante se dirige aos leitores, dizendo, como se estivesse desfiando uma ladainha, quais são suas pretensões ao se retirar.
  • B Os desejos do retirante não são imensos, pois ele demanda apenas uma vida minimamente digna.
  • C Nos versos “e quer nesta terra gorda / quer na serra, de caliça, / a vida arde sempre com / a mesma chama mortiça”, o retirante nos diz da efemeridade da vida humana, o que promove no poema uma crítica social e também uma reflexão existencial.
  • D O fato de o rio não se deter nos remansos “a que a paisagem o convida” é o medo de que a sua vida pare; mas isso, no poema, não tem nada a ver com a vida do retirante.
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Leia o soneto a seguir

Soneto da separação
De repente do riso fez-se o pranto Silencioso e branco como a bruma E das bocas unidas fez-se a espuma E das mãos espalmadas fez-se o espanto. De repente da calma fez-se o vento Que dos olhos desfez a última chama E da paixão fez-se o pressentimento E do momento imóvel fez-se o drama. De repente, não mais que de repente Fez-se de triste o que se fez amante E de sozinho o que se fez contente. Fez-se do amigo próximo o distante Fez-se da vida uma aventura errante De repente, não mais que de repente.
Fonte: MORAES, Vinicius de. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1986. p. 226-227.

Assinale a alternativa que apresenta CORRETAMENTE um verso do soneto em que há antítese: 

  • A Silencioso e branco como a bruma
  • B Que dos olhos desfez a última chama
  • C De repente da calma fez-se o vento
  • D De repente, não mais que de repente
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Há na Língua Portuguesa, expressões que, apesar de terem semelhança sonora e visual, apresentam diferenças no seu emprego.
Quanto ao emprego das expressões, assinale a alternativa CORRETA:

  • A Afim indica finalidade, objetivo. A fim de indica semelhança, afinidade.
  • B Ao encontro de indica oposição, contrariedade. De encontro a indica no mesmo sentido, a favor.
  • C A par significa igualdade cambial. Ao par significa estar ao lado de, estar ciente.
  • D À parte indica aquilo que está isolado, separado. Aparte significa interrupção no discurso de alguém.
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Considerando a norma padrão da língua portuguesa, assinale a alternativa CORRETA em relação ao emprego de concordância e/ou de regência:

  • A Aquela empresa idônea trabalhava com um produto sobre o qual incidiam vários tributos.
  • B Divulgou-se os planos econômicos nos quais a população daquele país confiou muito.
  • C Houve mudanças pós-pandemia às quais se referem a Organização Mundial da Saúde.
  • D Em geral, as pessoas honestas e honradas tem um modo de pensar que as caracterizam.
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Instrução: Leia o texto a seguir para responder à questão.


ANÚNCIO DE JOÃO ALVES

      Figura o anúncio em um jornal que o amigo me mandou, e está assim redigido:

   À procura de uma besta – A partir de 6 de outubro do ano cadente, sumiu-me uma besta vermelho-escuro com os seguintes característicos: calçada e ferrada de todos os membros locomotores, um pequeno quisto na base da orelha direita e crina dividida em duas seções em consequência de um golpe, cuja extensão pode alcançar de 4 a 6 centímetros, produzido por um jumento.

   Essa besta, muito domiciliada nas cercanias deste comércio, é muito mansa e boa de sela, e tudo me induz ao cálculo de que foi roubada, assim que hão sido falhas todas as indagações.

   Quem, pois, apreendê-la em qualquer parte e a fizer entregue aqui ou pelo menos notícia exata ministrar, será razoavelmente remunerado. Itambé do Mato Dentro, 19 de novembro de 1899. João Alves Júnior.

   Cinquenta e cinco anos depois, prezado João Alves Júnior, tua besta vermelho-escura, mesmo que tenha aparecido, já é pó no pó. E tu mesmo, se não estou enganado, repousas suavemente no pequeno cemitério de Itambé. Mas teu anúncio continua um modelo no gênero, se não para ser imitado, ao menos como objeto de admiração literária.

   Reparo antes de tudo na limpeza de tua linguagem. Não escreveste apressada e toscamente, como seria de esperar de tua condição rural. Pressa, não a tiveste, pois o animal desapareceu a 6 de outubro, e só a 19 de novembro recorreste à Cidade de Itabira. Antes, procedeste a indagações. Falharam. Formulaste depois um raciocínio: houve roubo. Só então pegaste da pena, e traçaste um belo e nítido retrato da besta.

   Não disseste que todos os seus cascos estavam ferrados; preferiste dizê-lo “de todos os seus membros locomotores”. Nem esqueceste esse pequeno quisto na orelha e essa divisão da crina em duas seções, que teu zelo naturalista e histórico atribuiu com segurança a um jumento.

   Por ser “muito domiciliada nas cercanias deste comércio”, isto é, do povoado, e sua feirinha semanal, inferiste que não teria fugido, mas antes foi roubada. Contudo, não o afirmas em tom peremptório: “tudo me induz a esse cálculo”. Revelas aí a prudência mineira, que não avança (ou não avançava) aquilo que não seja a evidência mesma. É cálculo, raciocínio, operação mental e desapaixonada como qualquer outra, e não denúncia formal.

   Finalmente – deixando de lado outras excelências de tua prosa útil – a declaração final: quem a apreender ou pelo menos “notícia exata ministrar”, será “razoavelmente remunerado”. Não prometestes recompensa tentadora; não fazes praças de generosidade ou largueza; acenas com o razoável, com a justa medida das coisas, que deve prevalecer mesmo no caso de bestas perdidas e entregues.

   Já é muito tarde para sairmos à procura de tua besta, meu caro João Alves do Itambé; entretanto essa criação volta a existir, porque soubeste descrevê-la com decoro e propriedade, num dia remoto, e o jornal a guardou e alguém hoje a descobre, e muitos outros são informados da ocorrência. Se lesses os anúncios de objetos e animais perdidos, na imprensa de hoje, ficarias triste. Já não há essa precisão de termos e essa graça no dizer, nem essa moderação nem essa atitude crítica. Não há, sobretudo, esse amor à tarefa bem feita, que se pode manifestar até mesmo num anúncio de besta sumida. 


Fonte: ANDRADE, Carlos Drummond de. Fala, amendoeira. Rio de Janeiro: José Olympio,1978. p.82-4. 

Sobre o texto e sua composição, analise as afirmativas a seguir:

I- Em relação à situação de uso e à variação linguística empregada no texto do anúncio, o cronista enaltece a linguagem apurada do anúncio como propriedade da amostra que serve de exemplo a ser seguido por outros anunciantes.
II- A construção desse texto evidencia que, nele, predomina a função metalinguística da linguagem porque o locutor se expressa por meio de uma língua que é objeto acerca do qual ele trata.
III- O ponto e vírgula no trecho “Não prometestes recompensa tentadora; não fazes praças de generosidade ou largueza; acenas com o razoável [...]” foi empregado para separar, no período, orações de mesma natureza.
IV- Em relação ao gênero, esse texto é uma crônica elaborada a partir de um anúncio, analisado pelo narrador que expressa sua avaliação crítica ao comparar esse anúncio antigo com os de sua época sobre tema semelhante.

Estão CORRETAS as afirmativas:

  • A I e II apenas.
  • B III e IV apenas.
  • C I, III e IV apenas.
  • D I, II, III e IV.
18
Instrução: Leia o texto a seguir para responder à questão.


ANÚNCIO DE JOÃO ALVES

      Figura o anúncio em um jornal que o amigo me mandou, e está assim redigido:

   À procura de uma besta – A partir de 6 de outubro do ano cadente, sumiu-me uma besta vermelho-escuro com os seguintes característicos: calçada e ferrada de todos os membros locomotores, um pequeno quisto na base da orelha direita e crina dividida em duas seções em consequência de um golpe, cuja extensão pode alcançar de 4 a 6 centímetros, produzido por um jumento.

   Essa besta, muito domiciliada nas cercanias deste comércio, é muito mansa e boa de sela, e tudo me induz ao cálculo de que foi roubada, assim que hão sido falhas todas as indagações.

   Quem, pois, apreendê-la em qualquer parte e a fizer entregue aqui ou pelo menos notícia exata ministrar, será razoavelmente remunerado. Itambé do Mato Dentro, 19 de novembro de 1899. João Alves Júnior.

   Cinquenta e cinco anos depois, prezado João Alves Júnior, tua besta vermelho-escura, mesmo que tenha aparecido, já é pó no pó. E tu mesmo, se não estou enganado, repousas suavemente no pequeno cemitério de Itambé. Mas teu anúncio continua um modelo no gênero, se não para ser imitado, ao menos como objeto de admiração literária.

   Reparo antes de tudo na limpeza de tua linguagem. Não escreveste apressada e toscamente, como seria de esperar de tua condição rural. Pressa, não a tiveste, pois o animal desapareceu a 6 de outubro, e só a 19 de novembro recorreste à Cidade de Itabira. Antes, procedeste a indagações. Falharam. Formulaste depois um raciocínio: houve roubo. Só então pegaste da pena, e traçaste um belo e nítido retrato da besta.

   Não disseste que todos os seus cascos estavam ferrados; preferiste dizê-lo “de todos os seus membros locomotores”. Nem esqueceste esse pequeno quisto na orelha e essa divisão da crina em duas seções, que teu zelo naturalista e histórico atribuiu com segurança a um jumento.

   Por ser “muito domiciliada nas cercanias deste comércio”, isto é, do povoado, e sua feirinha semanal, inferiste que não teria fugido, mas antes foi roubada. Contudo, não o afirmas em tom peremptório: “tudo me induz a esse cálculo”. Revelas aí a prudência mineira, que não avança (ou não avançava) aquilo que não seja a evidência mesma. É cálculo, raciocínio, operação mental e desapaixonada como qualquer outra, e não denúncia formal.

   Finalmente – deixando de lado outras excelências de tua prosa útil – a declaração final: quem a apreender ou pelo menos “notícia exata ministrar”, será “razoavelmente remunerado”. Não prometestes recompensa tentadora; não fazes praças de generosidade ou largueza; acenas com o razoável, com a justa medida das coisas, que deve prevalecer mesmo no caso de bestas perdidas e entregues.

   Já é muito tarde para sairmos à procura de tua besta, meu caro João Alves do Itambé; entretanto essa criação volta a existir, porque soubeste descrevê-la com decoro e propriedade, num dia remoto, e o jornal a guardou e alguém hoje a descobre, e muitos outros são informados da ocorrência. Se lesses os anúncios de objetos e animais perdidos, na imprensa de hoje, ficarias triste. Já não há essa precisão de termos e essa graça no dizer, nem essa moderação nem essa atitude crítica. Não há, sobretudo, esse amor à tarefa bem feita, que se pode manifestar até mesmo num anúncio de besta sumida. 


Fonte: ANDRADE, Carlos Drummond de. Fala, amendoeira. Rio de Janeiro: José Olympio,1978. p.82-4. 

Considerando-se a composição do texto, seus elementos coesivos, sua estrutura sintática e seus aspectos semântico-discursivos, é CORRETO afirmar que, no trecho:

  • A “Cinquenta e cinco anos depois, prezado João Alves Júnior, tua besta vermelho-escura, mesmo que tenha aparecido, já é pó no pó.”, a oração destacada exprime ideia de consequência.
  • B “Não disseste que todos os seus cascos estavam ferrados [...]”; o termo destacado está empregado em sentido figurado, não sendo possível, nesse contexto, o uso denotativo dessa palavra.
  • C “Contudo, não o afirmas em tom peremptório: ‘tudo me induz a esse cálculo’.”, o termo destacado significa “incisivo, categórico, decisivo, absoluto”.
  • D “[...] entretanto essa criação volta a existir, porque soubeste descrevê-la com decoro e propriedade”, a oração destacada exprime a ideia de causa.
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Instrução: Leia o texto a seguir para responder à questão.


ANÚNCIO DE JOÃO ALVES

      Figura o anúncio em um jornal que o amigo me mandou, e está assim redigido:

   À procura de uma besta – A partir de 6 de outubro do ano cadente, sumiu-me uma besta vermelho-escuro com os seguintes característicos: calçada e ferrada de todos os membros locomotores, um pequeno quisto na base da orelha direita e crina dividida em duas seções em consequência de um golpe, cuja extensão pode alcançar de 4 a 6 centímetros, produzido por um jumento.

   Essa besta, muito domiciliada nas cercanias deste comércio, é muito mansa e boa de sela, e tudo me induz ao cálculo de que foi roubada, assim que hão sido falhas todas as indagações.

   Quem, pois, apreendê-la em qualquer parte e a fizer entregue aqui ou pelo menos notícia exata ministrar, será razoavelmente remunerado. Itambé do Mato Dentro, 19 de novembro de 1899. João Alves Júnior.

   Cinquenta e cinco anos depois, prezado João Alves Júnior, tua besta vermelho-escura, mesmo que tenha aparecido, já é pó no pó. E tu mesmo, se não estou enganado, repousas suavemente no pequeno cemitério de Itambé. Mas teu anúncio continua um modelo no gênero, se não para ser imitado, ao menos como objeto de admiração literária.

   Reparo antes de tudo na limpeza de tua linguagem. Não escreveste apressada e toscamente, como seria de esperar de tua condição rural. Pressa, não a tiveste, pois o animal desapareceu a 6 de outubro, e só a 19 de novembro recorreste à Cidade de Itabira. Antes, procedeste a indagações. Falharam. Formulaste depois um raciocínio: houve roubo. Só então pegaste da pena, e traçaste um belo e nítido retrato da besta.

   Não disseste que todos os seus cascos estavam ferrados; preferiste dizê-lo “de todos os seus membros locomotores”. Nem esqueceste esse pequeno quisto na orelha e essa divisão da crina em duas seções, que teu zelo naturalista e histórico atribuiu com segurança a um jumento.

   Por ser “muito domiciliada nas cercanias deste comércio”, isto é, do povoado, e sua feirinha semanal, inferiste que não teria fugido, mas antes foi roubada. Contudo, não o afirmas em tom peremptório: “tudo me induz a esse cálculo”. Revelas aí a prudência mineira, que não avança (ou não avançava) aquilo que não seja a evidência mesma. É cálculo, raciocínio, operação mental e desapaixonada como qualquer outra, e não denúncia formal.

   Finalmente – deixando de lado outras excelências de tua prosa útil – a declaração final: quem a apreender ou pelo menos “notícia exata ministrar”, será “razoavelmente remunerado”. Não prometestes recompensa tentadora; não fazes praças de generosidade ou largueza; acenas com o razoável, com a justa medida das coisas, que deve prevalecer mesmo no caso de bestas perdidas e entregues.

   Já é muito tarde para sairmos à procura de tua besta, meu caro João Alves do Itambé; entretanto essa criação volta a existir, porque soubeste descrevê-la com decoro e propriedade, num dia remoto, e o jornal a guardou e alguém hoje a descobre, e muitos outros são informados da ocorrência. Se lesses os anúncios de objetos e animais perdidos, na imprensa de hoje, ficarias triste. Já não há essa precisão de termos e essa graça no dizer, nem essa moderação nem essa atitude crítica. Não há, sobretudo, esse amor à tarefa bem feita, que se pode manifestar até mesmo num anúncio de besta sumida. 


Fonte: ANDRADE, Carlos Drummond de. Fala, amendoeira. Rio de Janeiro: José Olympio,1978. p.82-4. 

A partir da leitura desse texto, é CORRETO afirmar que:

  • A João Alves Júnior era o amigo do narrador que lhe enviara um jornal antigo onde escrevera um anúncio em busca de um animal que perdera.
  • B O animal de João Alves Júnior havia desaparecido em função de um golpe desferido por um jumento que lhe causou um defeito em sua alva crina.
  • C A besta havia desaparecido desde outubro, mas João Alves Júnior só se deu conta de que fora roubada em novembro quando publicou o anúncio.
  • D O narrador, após ler o anúncio de João Alves Júnior, este certamente falecido, revela desconhecer o desfecho do apelo feito pelo anunciante.
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Cavidade gigante é descoberta por astrônomos na Via Láctea

A cavidade foi descoberta depois de uma gigantesca explosão de uma estrela

(AFP)


Astrônomos descobriram na Via Láctea uma cavidade gigante cercada por duas nebulosas, as nuvens de Perseu e Touro, que apareceram após ao menos uma gigantesca explosão de uma estrela - de acordo com um estudo publicado nesta quarta-feira (22/9).

As nuvens moleculares de Perseu e Touro, como são chamadas, há muito tempo são escrutinadas, devido à sua proximidade com a Terra - entre 500 e 1.000 anos-luz de distância, uma palha na escala de nossa Via Láctea, que tem mais de 80.000 anos-luz em diâmetro.

Mas também porque abrigam berçários estelares, formados graças à mistura de gás molecular e poeira que compõe essas nuvens. Finalmente, porque essas nebulosas pareciam estar ligadas por uma espécie de filamento. Uma posterior observação descartou essa ligação por suas respectivas distâncias de nosso planeta.

"O engraçado sobre essas duas nuvens", explicou à AFP o pesquisador Shmuel Bialy, do Harvard Center for Astrophysics and the Smithsonian, é que "descobrimos que elas estão, sim, conectadas, mas não da maneira que imaginávamos, e sim através de uma cavidade gigante".

Esta foi a primeira vez que cientistas conseguiram desenhar um mapa tridimensional de tal estrutura, batizado de "Per-Tau Shell". Para isso, contaram com a ajuda de avançadas técnicas de cálculo e de imagem e, especialmente, de um mapa de gases moleculares de uma região maior, desenhado com dados do telescópio espacial europeu Gaia.

É preciso imaginar uma "espécie de esfera, cujo interior seria vazio", segundo Bialy, uma "superbolha", como é chamada, com um diâmetro de cerca de 500 anos-luz (cerca de 4,7 milhões de bilhões de km), cujo envelope externo seria parcialmente formado pelas duas nuvens de Perseu e Touro.

O interior da cavidade contém um pouco de poeira, "mas com uma densidade muito baixa em comparação com a das nuvens", disse à AFP o cosmólogo e astrofísico Torsten Ensslin, professor associado do Instituto Alemão Max Planck.

- "Periferia" solar -

Ele foi coautor com Shmuel Bialy, autor principal, deste estudo publicado no Astrophysical Journal Letters. É um dos cientistas que fizeram, em 2019 e 2020, o primeiro mapa 3D de nuvens de poeira a uma curta distância do nosso Sol. E isso graças aos dados de Gaia sobre a posição e as características de mais de 5 milhões de estrelas nesta "periferia" solar.

E é uma colega de Bialy, Catherine Zucker, pós-doutoranda e astrofísica, que assina um segundo estudo sobre o assunto para explicar como os cientistas têm feito bom uso deste mapa, com a ajuda de algoritmos desenvolvidos em parte sob sua direção.

"Esta é a primeira vez que podemos usar visualizações reais em 3D, e não simulações, para comparar a teoria à observação e estimar quais teorias funcionam melhor" para explicar de onde veio essa cavidade gigante e as nuvens que repousam em sua superfície, disse ela em uma declaração do Center for Astrophysics.

"Achamos que é devido a uma supernova, uma explosão gigante que empurrou esses gases e formou essas nuvens", diz Bialy, cujo estudo sugere um cenário de múltiplas supernovas.

De acordo com essa teoria, uma ou mais estrelas no final de sua vida explodiram e, gradualmente, empurraram a maior parte do gás em que foram banhadas para formar essa cavidade, entre 6 e 22 milhões de anos atrás.

"Estamos agora observando a cavidade em seu último estágio, onde já desacelerou (sua expansão), e permitiu a formação de nuvens" de Perseu e Touro, diz Bialy.

O cientista agora pretende se concentrar nas jovens populações de estrelas que estão surgindo ali.

Quanto ao professor Ensslin, ele espera a "descoberta de muitas outras estruturas", como a de Per-Tau.

"Esta bolha é, provavelmente, apenas uma entre muitas", explica, acrescentando que, apesar de seu tamanho, ocupa um pequeno espaço no mapa 3D produzido pelo seu departamento. Resta explorá-lo e batizá-lo.


Disponível em: https://www.em.com.br/app/noticia/ciencia/2021/09/22/interna_ciencia,1307888/cavidade-gigante-e-descoberta-por-astronomos-na-via-lactea.shtmlAcesso em: 08 de outubro 2021.

Leia o trecho a seguir:


“Achamos que é devido a uma supernova, uma explosão gigante que empurrou esses gases e formou essas nuvens”, diz Bialy, cujo estudo sugere um cenário de múltiplas supernovas.


Em relação à palavra destacada, é CORRETO afirmar que pode ser classificada morfologicamente como:

  • A Pronome de tratamento.
  • B Pronome possessivo.
  • C Pronome reflexivo.
  • D Pronome relativo.

Pedagogia

21

De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o ensino fundamental está organizado em:

  • A 6 áreas.
  • B 4 áreas.
  • C 5 áreas.
  • D 7 áreas.
22

De acordo com o Plano Nacional de Educação (PNE), os municípios deverão elaborar seus correspondentes planos de educação, ou adequar os planos já aprovados em lei, em consonância com as diretrizes, metas e estratégias previstas no PNE, no PRAZO de:

  • A 6 (seis) meses contado da publicação do PNE.
  • B 3 (três) anos contados da publicação do PNE.
  • C 1 (um) ano contado da publicação do PNE.
  • D 2 (dois) anos contados da publicação do PNE.
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De acordo com as formas de organização curricular definidos pelas Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica, é CORRETO afirmar que:

  • A O currículo deve difundir os valores fundamentais do interesse social, dos direitos e deveres dos cidadãos, do respeito ao bem comum e à ordem democrática, considerando as condições de escolaridade dos estudantes em cada estabelecimento, a orientação para o trabalho, a promoção de práticas educativas formais e não-formais.
  • B Pelo menos, 20% do total da carga horária anual ao conjunto de programas e projetos interdisciplinares eletivos criados pela escola, previsto no projeto pedagógico, de modo que os estudantes do ensino fundamental e do médio possam escolher aquele programa ou projeto com que se identifiquem e que lhes permitam melhor lidar com o conhecimento e a experiência.
  • C A dimensão sequencial compreende os processos educativos que acompanham as exigências de aprendizagens definidas em cada etapa do percurso formativo, contínuo e progressivo, da educação básica até a educação superior, constituindo-se em diferentes e insubstituíveis momentos da vida dos educandos.
  • D A transição entre as etapas da educação básica e suas fases requer formas de articulação das dimensões orgânica e sequencial que assegurem aos educandos, sem tensões e rupturas, a continuidade de seus processos peculiares de aprendizagem e desenvolvimento.
24

Leia o trecho e responda:
Ao brincar a criança aprende a conhecer, a fazer, a conviver e a ser, favorecendo o desenvolvimento da autoconfiança, curiosidade, autonomia, linguagem e pensamento. O fato de a criança, desde muito cedo, poder se comunicar por meio de gestos, sons e mais tarde representar determinado papel na brincadeira faz com que ela desenvolva sua imaginação
Com base no trecho, é CORRETO destacar que a brincadeira é essencial para:

  • A O desenvolvimento global e a capacidade de socialização.
  • B Essencialmente para as atividades cognitivas racionais.
  • C A possibilidade de desenvolver noções de causa e consequência.
  • D Aliviar a realidade contraditória em que vive por meio da imaginação.
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Quando o aluno excede o número legal de faltas injustificadas, e a escola já esgotou todos seus recursos de inserção deste na vida escolar, é dever do dirigente de ensino:

  • A Encaminhar para medida protetiva.
  • B Reprovar automaticamente no ano letivo.
  • C Fazer busca ativa da família.
  • D Comunicar o conselho tutelar.
26

De acordo com seus conhecimentos a respeito da Lei n° 9.394/96, em relação às regras comuns que organizam a educação infantil, assinale a alternativa CORRETA:

  • A Avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental.
  • B Carga horária mínima semestral de 800(oitocentas) horas, distribuída por um mínimo de 200(duzentos) dias de trabalho educacional, intra e extrassala.
  • C Atendimento à criança de, no mínimo, 4(quatro) horas diárias para o turno integral, e de 7(sete) horas para a jornada parcial, fora a educação especial.
  • D Controle de frequência pela instituição de educação pré-escolar, exigida a frequência mínima de 70% (setenta por cento) do total de horas.
27

De acordo com a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 a educação escolar deverá vincular-se:

  • A A família e as práticas religiosas.
  • B A formação e as práticas políticas.
  • C A saúde e as práticas econômicas.
  • D Ao mundo do trabalho e à prática social.
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Realizar, periodicamente, em regime de colaboração, levantamento da demanda por creche para a população de até 3(três) anos, como forma de planejar a oferta e verificar o atendimento da demanda manifesta.
O trecho apresentado refere-se a uma META:

  • A Do PNE.
  • B Da Lei de Diretrizes e Bases.
  • C Do Estatuto da Criança e do Adolescência.
  • D Da Constituição Brasileira de 1988.
29

São objetivos do ensino fundamental que os alunos sejam capazes de, EXCETO:

  • A Compreender a cidadania como participação social e política, assim como, exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito.
  • B Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente, identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente para a melhoria do meio ambiente.
  • C Selecionar e optar entre uma das diferentes linguagens, verbal, musical, matemática, gráfica, plástica e corporal como meio para produzir, expressar e comunicar suas ideias, interpretar e usufruir as produções culturais, em contextos públicos e privados, atendendo a diferentes intenções e situações de comunicação.
  • D Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões coletivas.
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O planejamento das ações coletivas exercidas pela escola supõe que os sujeitos tenham clareza quanto, EXCETO:

  • A Aos princípios e às finalidades da educação, além do reconhecimento e da análise dos dados indicados pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) e/ou outros indicadores, que o complementem ou substituam
  • B À irrelevância de um projeto político-pedagógico concebido e assumido colegiadamente pela comunidade educacional, respeitadas as múltiplas diversidades e a pluralidade cultural.
  • C À riqueza da valorização das diferenças manifestadas pelos sujeitos do processo educativo, em seus diversos segmentos, respeitados o tempo e o contexto sociocultural.
  • D Aos padrões mínimos de qualidade (Custo Aluno-Qualidade Inicial – CAQi).