Resolver o Simulado FUMARC - Nível Superior

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Saúde Pública

1

Assinale a alternativa que contenha apenas doenças, agravos ou eventos de saúde pública presentes na lista de notificação compulsória do Ministério da Saúde:

  • A Doença meningocócica e outras meningites e tentativa de suicídio.
  • B Donovanose e sífilis.
  • C Esquistossomose e mononucleose infecciosa.
  • D Gonorreia e varicela.
2

A execução das ações, das atividades e das estratégias de vigilância, prevenção e controle de zoonoses de relevância para a saúde pública, além de raiva e leishmanioses, estende-se para outras doenças de transmissão vetorial. Assim, tais doenças subdividem-se em três grupos, sendo: zoonoses monitoradas por programas nacionais de vigilância e controle do Ministério da Saúde (MS), zoonoses de relevância regional ou local e zoonoses emergentes ou reemergentes.
As zoonoses monitoradas por programas nacionais de vigilância e controle do Ministério da Saúde são, EXCETO:

  • A Febre do Nilo Ocidental.
  • B Febre Maculosa Brasileira.
  • C Hantavirose.
  • D Toxoplasmose.
3

De acordo com Monken e Barcellos, o processo de territorialização compõe uma das ferramentas básicas da vigilância em saúde, que é o planejamento estratégico situacional (PES). O PES incorpora conceitos indispensáveis para pensar e fazer em saúde. Esses conceitos devem estar focados e se ater ao que afeta diretamente as diversas variáveis existentes nas condições de vida e situação de saúde dos territórios, que, por sua vez, condicionam os problemas de saúde. São aspectos fundamentais a favor do uso do PES:
1. Os objetos do PES são tanto os problemas como as oportunidades reais de intervenção. 2. A metodologia do PES e a ferramenta de territorialização propõem superar a fragmentação reducionista da realidade.
Diante do exposto e de acordo com as ideias dos autores, é CORRETO afirmar:

  • A Os aspectos expostos nas afirmativas 1 e 2 estão corretos.
  • B Os aspectos expostos nas afirmativas 1 e 2 estão incorretos.
  • C Somente o aspecto exposto na afirmativa 1 está correto.
  • D Somente o aspecto exposto na afirmativa 2 está correto.
4

A PNH, Política Nacional de Humanização, como movimento de mudança dos modelos de atenção e gestão, possui três princípios a partir dos quais se desdobra enquanto política pública de saúde, a saber:

  • A Acolhimento; indissociabilidade entre atenção e gestão; e transversalidade.
  • B Clínica ampliada; indissociabilidade entre atenção e gestão; e transversalidade.
  • C Protagonismo, corresponsabilidade e autonomia dos sujeitos e dos coletivos; indissociabilidade entre atenção e gestão; e transversalidade.
  • D Protagonismo, corresponsabilidade e autonomia dos sujeitos e dos coletivos; indissociabilidade entre atenção e gestão; e multidisciplinaridade.
5

A humanização vista não como programa, mas como política pública que atravessa/transversaliza as diferentes ações e instâncias gestoras do SUS, implica, basicamente, EXCETO em:

  • A Construir trocas solidárias e comprometidas com a dupla tarefa de produção de saúde e produção de sujeito.
  • B Oferecer um eixo articulador das práticas em saúde, destacando o aspecto subjetivo nelas presente.
  • C Orientar as práticas de atenção e gestão do SUS a partir da experiência concreta do trabalhador e usuário, construindo um sentido positivo de humanização, idealizando “o Homem” pensado num plano individual, único e especial de experiência.
  • D Traduzir os princípios do SUS em modos de operar dos diferentes equipamentos e sujeitos da rede de saúde.
6

De acordo com a Lei nº 8142/90, os recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) serão alocados, EXCETO como:

  • A Cobertura das ações e serviços de saúde a serem implementados pelos Municípios, Estados e Distrito Federal.
  • B Despesas de custeio e de capital exclusivas das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, seus órgãos e entidades da administração direta.
  • C Investimentos previstos em lei orçamentária, de iniciativa do Poder Legislativo e aprovados pelo Congresso Nacional.
  • D Investimentos previstos no Plano Quinquenal do Ministério da Saúde.
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De acordo com a Lei nº 8080/90 estão incluídas no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS):
1. A participação na formulação da política e na execução de ações de saneamento básico;
2. A ordenação da formação de recursos humanos na área de saúde;
3. A vigilância nutricional e a orientação alimentar;
4. A colaboração na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho;
5. A formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros insumos de interesse para a saúde e a participação na sua produção;
6. O controle e a fiscalização de serviços, produtos e substâncias de interesse para a saúde; 
7. A fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas para consumo humano;
8. A participação no controle e na fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
9. O incremento, em sua área de atuação, do desenvolvimento científico e tecnológico;
10. A formulação e execução da política de sangue e seus derivados.
Assinale a afirmativa verdadeira:

  • A Somente as ações de 1 a 7 estão incluídas no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS).
  • B Somente as ações de 4 a 10 estão incluídas no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS).
  • C Somente as ações de 9 e 10 não estão incluídas no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS).
  • D As ações de 1 a 10 estão incluídas no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS).
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De acordo com a Lei nº 8080/90, está incluída no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS) a execução de ações, EXCETO de:

  • A assistência terapêutica limitada.
  • B saúde do trabalhador.
  • C vigilância epidemiológica.
  • D vigilância sanitária.
9

De acordo com a Lei nº 8080/90, a saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. Assinale a afirmativa verdadeira:

  • A O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.
  • B O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas exclusivas de saúde que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos.
  • C O dever do Estado é do Estado e, portanto, exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade.
  • D Os níveis de saúde não servem para expressar a organização social e econômica do País.
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Paulo Buss, no livro Promoção da Saúde: conceitos, reflexões e tendências, se refere à saúde da seguinte forma; “a saúde é mencionada como fator essencial para o desenvolvimento humano, preconizando a equidade, seja na distribuição de renda e no acesso aos bens e serviços produzidos pela sociedade” (BUSS, 2009, p. 21).
A partir desta máxima, é possível definir Promoção da Saúde como: Concepção ampla do processo saúde-doença e de seus determinantes, que propõe a articulação de saberes técnicos e populares e a mobilização de recursos institucionais e comunitários, públicos e privados para seu enfrentamento e resolução. É CORRETO afirmar que os textos

  • A não são complementares, e a definição de promoção da saúde está incorreta.
  • B não são complementares, e a definição de promoção da saúde está incompleta.
  • C são complementares e a definição de promoção da saúde está correta.
  • D são complementares, mas a definição de promoção da saúde está incorreta.
11

As ações de promoção da saúde objetivam reduzir as diferenças no estado de saúde da população e assegurar oportunidades e recursos igualitários para capacitar todas as pessoas a realizar completamente seu potencial de saúde. Nessa perspectiva, a saúde é um conceito positivo, que enfatiza os recursos sociais e pessoais, bem como as capacidades físicas. A promoção da saúde não é responsabilidade exclusiva do setor saúde, e vai para além de um estilo de vida saudável, na direção de um bem-estar global. É imperativo que os profissionais de saúde saibam diferenciar promoção da saúde de prevenção de doenças.
Identifique as afirmativas com V ou F, conforme sejam verdadeiras ou falsas:
( ) A promoção da saúde tem um conceito positivo e multidimensionado, e prevenção tem um conceito como ausência de doença,
( ) Na prevenção, predomina um modelo médico, enquanto na promoção prepondera um modelo participativo de saúde.
( ) A prevenção está direcionada aos grupos da população com condições socioeconômicas mais altas, ao passo que a promoção está direcionada à população em seu ambiente global e de baixa renda.
A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:

  • A V, F, F.
  • B V, F, V.
  • C V, V, F.
  • D V, V, V.
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A participação da comunidade é um dos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS).

No que se refere à gestão do SUS, a instância que conta com a participação de usuários é:

  • A Comissão Intergestores Bipartite.
  • B Comissão Intergestores Tripartite.
  • C Conselho Nacional de Saúde.
  • D Conselho Nacional de Secretários de Saúde.
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O Programa Nacional de Imunizações (PNI), coordenado pelo Ministério da Saúde de forma compartilhada com as secretarias estaduais e municipais de saúde, vem se consolidando como uma das mais relevantes intervenções em saúde pública. A oferta de vacina para toda a população, sem qualquer tipo de discriminação, nas milhares de salas de vacinas, nos 5568 municípios brasileiros, cumpre um importante princípio do SUS denominado:

  • A Integralidade.
  • B Regionalização.
  • C Solidariedade.
  • D Universalidade.
14

Apontado com um princípio organizacional do Sistema Único de Saúde (SUS) que, além de colocar o governo mais próximo do cidadão, com vistas a torná-lo mais eficiente e democrático, também contempla uma redistribuição de competências entre as três esferas federadas, bem como no interior de cada uma delas.

  • A Descentralização.
  • B Equidade.
  • C Hierarquização.
  • D Universalidade.
15

A expansão da capacidade descritiva, explicativa e terapêutica na prática clínica ocorre, segundo Sluzki (1997), quando há a incorporação de uma dimensão fundamental na práxis. Qual é essa dimensão?

  • A A dimensão família.
  • B A dimensão grupal.
  • C A dimensão individual.
  • D A dimensão rede social.

Português

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BASTA DE TANTA RAIVA

Não é fácil controlar a irritação profunda, mas uma nova leva de recursos tecnológicos está ajudando a reduzir a frequência e a intensidade das explosões
Diego Alejandro

    SENTIR RAIVA é uma situação comum. Quem vive em uma grande cidade, corre contra prazos no trabalho e se equilibra para cuidar dos filhos e pagar as contas dificilmente passa dias sem experimentar momentos de irritação profunda. Os motivos variam de gravidade. Pode ser o trânsito parado, o eletrodoméstico que quebrou – e ninguém consertou –, ou a perda de um relatório completo porque o computador pifou. Dependendo do dia, uma faísca dessas pode ser o estopim para explosões memoráveis.
    Elas fazem parte das manifestações emocionais de todos nós, e estranho seria nunca as ter apresentado. A raiva, goste-se ou não, é um dos motores que nos levam a reagir contra circunstâncias que causam desconforto ou agridem princípios. “Ela é um dos sentimentos mais relevantes do ser humano”, diz o psiquiatra Eduardo Martinho Jr., da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). O problema está na medida. Quando vai além do que seria esperado tanto em intensidade quanto em frequência, tem-se uma grande questão a ser resolvida.
   Entende-se por episódios fora de controle aqueles que prejudicam a vida social, afetiva e profissional. Até recentemente, a única forma de enfrentá-los era a terapia presencial e medicações quando necessárias. O avanço das ferramentas digitais, contudo, mudou o cenário radicalmente. Sessões on-line, aplicativos e recursos de realidade virtual estão tornando o tratamento mais acessível e eficaz, para a alegria dos pacientes e de quem está ao redor.
      Não é, enfim, nada fácil conviver com pessoas irascíveis. A pandemia impulsionou o uso desses atalhos eletrônicos. A impossibilidade de realizar sessões de terapia presencialmente, por exemplo, aumentou sua migração para o mundo digital. No início, temia-se que a modalidade não fosse tão eficiente, mas as evidências revelam o contrário. Um trabalho que acaba de ser publicado por pesquisadores do Karolinska Institutet, na Suécia, mostra que terapias rápidas, de um mês apenas, feitas pela internet, ajudam no controle da raiva desadaptativa, caracterizada por comportamentos não condizentes com as situações e que acabam por prejudicar o paciente. A investigação comparou dois métodos: um deles tem por objetivo aumentar a capacidade do indivíduo de perceber e aceitar os próprios sentimentos sem julgá-los ou agir sobre eles, e outro auxilia na reinterpretação de pensamentos e situações, identificando caminhos alternativos às explosões. Quando ambas as técnicas foram aplicadas, os participantes saíram-se melhor.
      Nos Estados Unidos, a tecnologia ajudou na criação, pelo U.S. Departament of Veterans Affairs, de um programa para smartwatches, capaz de captar sinais fisiológicos de que ataques de raiva estão a caminho, oferecer intervenções autoguiadas curtas de respiração profunda e relaxamento muscular e de entrar em contato com o terapeuta do usuário. Na Coreia do Sul, pesquisadores da Universidade de Yonsei provaram a eficiência da realidade virtual a partir de uma experiência com sessenta jovens. Os pacientes foram expostos a ambientes projetados para provocar raiva. Assim, houve um modo de treiná-los no universo virtual para saber como reagiriam em situações reais. Funcionou.
       No Brasil, o manejo da raiva é incipiente. Existe um centro – na Psiquiatria da USP – para atender pacientes com transtorno explosivo intermitente, definido por crises que se tornam intensas e acontecem pelo menos duas vezes por semana ao longo de três meses. Contudo, também lá houve a constatação de que a terapia virtual, adotada na pandemia, funciona. “O maior ganho é a ampliação do acesso ao tratamento, inclusive para pessoas de outros estados”, diz a psicóloga Carolina Bernardo. Em 2020, ela e outros profissionais do serviço lançaram o livro Como Lidar com a Raiva e o Transtorno Explosivo Intermitente: Guia Prático para Pacientes, Familiares e Profissionais da Saúde, o primeiro do tipo no Brasil e à venda na Amazon. O futuro do gerenciamento de emoções promete outras novidades animadoras e relaxantes também. Um conselho: segure a onda, e calma.

(Fonte: Revista Veja, Editora Abril, edição 2823, ano 56, nº 1, 11 jan. 2023, p. 62-63)

Todos os envolvidos no processo de aprendizagem obedeceram ___ orientações dos educadores e assistiram ___ apresentação com tranquilidade, o que animou ___ maioria.
A alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas da frase é:

  • A às – a – à.
  • B às – à – a.
  • C as – a – à.
  • D as – à – a.
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BASTA DE TANTA RAIVA

Não é fácil controlar a irritação profunda, mas uma nova leva de recursos tecnológicos está ajudando a reduzir a frequência e a intensidade das explosões
Diego Alejandro

    SENTIR RAIVA é uma situação comum. Quem vive em uma grande cidade, corre contra prazos no trabalho e se equilibra para cuidar dos filhos e pagar as contas dificilmente passa dias sem experimentar momentos de irritação profunda. Os motivos variam de gravidade. Pode ser o trânsito parado, o eletrodoméstico que quebrou – e ninguém consertou –, ou a perda de um relatório completo porque o computador pifou. Dependendo do dia, uma faísca dessas pode ser o estopim para explosões memoráveis.
    Elas fazem parte das manifestações emocionais de todos nós, e estranho seria nunca as ter apresentado. A raiva, goste-se ou não, é um dos motores que nos levam a reagir contra circunstâncias que causam desconforto ou agridem princípios. “Ela é um dos sentimentos mais relevantes do ser humano”, diz o psiquiatra Eduardo Martinho Jr., da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). O problema está na medida. Quando vai além do que seria esperado tanto em intensidade quanto em frequência, tem-se uma grande questão a ser resolvida.
   Entende-se por episódios fora de controle aqueles que prejudicam a vida social, afetiva e profissional. Até recentemente, a única forma de enfrentá-los era a terapia presencial e medicações quando necessárias. O avanço das ferramentas digitais, contudo, mudou o cenário radicalmente. Sessões on-line, aplicativos e recursos de realidade virtual estão tornando o tratamento mais acessível e eficaz, para a alegria dos pacientes e de quem está ao redor.
      Não é, enfim, nada fácil conviver com pessoas irascíveis. A pandemia impulsionou o uso desses atalhos eletrônicos. A impossibilidade de realizar sessões de terapia presencialmente, por exemplo, aumentou sua migração para o mundo digital. No início, temia-se que a modalidade não fosse tão eficiente, mas as evidências revelam o contrário. Um trabalho que acaba de ser publicado por pesquisadores do Karolinska Institutet, na Suécia, mostra que terapias rápidas, de um mês apenas, feitas pela internet, ajudam no controle da raiva desadaptativa, caracterizada por comportamentos não condizentes com as situações e que acabam por prejudicar o paciente. A investigação comparou dois métodos: um deles tem por objetivo aumentar a capacidade do indivíduo de perceber e aceitar os próprios sentimentos sem julgá-los ou agir sobre eles, e outro auxilia na reinterpretação de pensamentos e situações, identificando caminhos alternativos às explosões. Quando ambas as técnicas foram aplicadas, os participantes saíram-se melhor.
      Nos Estados Unidos, a tecnologia ajudou na criação, pelo U.S. Departament of Veterans Affairs, de um programa para smartwatches, capaz de captar sinais fisiológicos de que ataques de raiva estão a caminho, oferecer intervenções autoguiadas curtas de respiração profunda e relaxamento muscular e de entrar em contato com o terapeuta do usuário. Na Coreia do Sul, pesquisadores da Universidade de Yonsei provaram a eficiência da realidade virtual a partir de uma experiência com sessenta jovens. Os pacientes foram expostos a ambientes projetados para provocar raiva. Assim, houve um modo de treiná-los no universo virtual para saber como reagiriam em situações reais. Funcionou.
       No Brasil, o manejo da raiva é incipiente. Existe um centro – na Psiquiatria da USP – para atender pacientes com transtorno explosivo intermitente, definido por crises que se tornam intensas e acontecem pelo menos duas vezes por semana ao longo de três meses. Contudo, também lá houve a constatação de que a terapia virtual, adotada na pandemia, funciona. “O maior ganho é a ampliação do acesso ao tratamento, inclusive para pessoas de outros estados”, diz a psicóloga Carolina Bernardo. Em 2020, ela e outros profissionais do serviço lançaram o livro Como Lidar com a Raiva e o Transtorno Explosivo Intermitente: Guia Prático para Pacientes, Familiares e Profissionais da Saúde, o primeiro do tipo no Brasil e à venda na Amazon. O futuro do gerenciamento de emoções promete outras novidades animadoras e relaxantes também. Um conselho: segure a onda, e calma.

(Fonte: Revista Veja, Editora Abril, edição 2823, ano 56, nº 1, 11 jan. 2023, p. 62-63)

Há oração sem sujeito em:

  • AContudo, também lá houve a constatação de que a terapia virtual, adotada na pandemia, funciona.”
  • BExiste um centro – na Psiquiatria da USP – para atender pacientes com transtorno explosivo intermitente[...]”
  • C “No início, temia-se que a modalidade não fosse tão eficiente, mas as evidências revelam o contrário.”
  • D “Quem vive em uma grande cidade, corre contra prazos no trabalho e se equilibra para cuidar dos filhos[...]”
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BASTA DE TANTA RAIVA

Não é fácil controlar a irritação profunda, mas uma nova leva de recursos tecnológicos está ajudando a reduzir a frequência e a intensidade das explosões
Diego Alejandro

    SENTIR RAIVA é uma situação comum. Quem vive em uma grande cidade, corre contra prazos no trabalho e se equilibra para cuidar dos filhos e pagar as contas dificilmente passa dias sem experimentar momentos de irritação profunda. Os motivos variam de gravidade. Pode ser o trânsito parado, o eletrodoméstico que quebrou – e ninguém consertou –, ou a perda de um relatório completo porque o computador pifou. Dependendo do dia, uma faísca dessas pode ser o estopim para explosões memoráveis.
    Elas fazem parte das manifestações emocionais de todos nós, e estranho seria nunca as ter apresentado. A raiva, goste-se ou não, é um dos motores que nos levam a reagir contra circunstâncias que causam desconforto ou agridem princípios. “Ela é um dos sentimentos mais relevantes do ser humano”, diz o psiquiatra Eduardo Martinho Jr., da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). O problema está na medida. Quando vai além do que seria esperado tanto em intensidade quanto em frequência, tem-se uma grande questão a ser resolvida.
   Entende-se por episódios fora de controle aqueles que prejudicam a vida social, afetiva e profissional. Até recentemente, a única forma de enfrentá-los era a terapia presencial e medicações quando necessárias. O avanço das ferramentas digitais, contudo, mudou o cenário radicalmente. Sessões on-line, aplicativos e recursos de realidade virtual estão tornando o tratamento mais acessível e eficaz, para a alegria dos pacientes e de quem está ao redor.
      Não é, enfim, nada fácil conviver com pessoas irascíveis. A pandemia impulsionou o uso desses atalhos eletrônicos. A impossibilidade de realizar sessões de terapia presencialmente, por exemplo, aumentou sua migração para o mundo digital. No início, temia-se que a modalidade não fosse tão eficiente, mas as evidências revelam o contrário. Um trabalho que acaba de ser publicado por pesquisadores do Karolinska Institutet, na Suécia, mostra que terapias rápidas, de um mês apenas, feitas pela internet, ajudam no controle da raiva desadaptativa, caracterizada por comportamentos não condizentes com as situações e que acabam por prejudicar o paciente. A investigação comparou dois métodos: um deles tem por objetivo aumentar a capacidade do indivíduo de perceber e aceitar os próprios sentimentos sem julgá-los ou agir sobre eles, e outro auxilia na reinterpretação de pensamentos e situações, identificando caminhos alternativos às explosões. Quando ambas as técnicas foram aplicadas, os participantes saíram-se melhor.
      Nos Estados Unidos, a tecnologia ajudou na criação, pelo U.S. Departament of Veterans Affairs, de um programa para smartwatches, capaz de captar sinais fisiológicos de que ataques de raiva estão a caminho, oferecer intervenções autoguiadas curtas de respiração profunda e relaxamento muscular e de entrar em contato com o terapeuta do usuário. Na Coreia do Sul, pesquisadores da Universidade de Yonsei provaram a eficiência da realidade virtual a partir de uma experiência com sessenta jovens. Os pacientes foram expostos a ambientes projetados para provocar raiva. Assim, houve um modo de treiná-los no universo virtual para saber como reagiriam em situações reais. Funcionou.
       No Brasil, o manejo da raiva é incipiente. Existe um centro – na Psiquiatria da USP – para atender pacientes com transtorno explosivo intermitente, definido por crises que se tornam intensas e acontecem pelo menos duas vezes por semana ao longo de três meses. Contudo, também lá houve a constatação de que a terapia virtual, adotada na pandemia, funciona. “O maior ganho é a ampliação do acesso ao tratamento, inclusive para pessoas de outros estados”, diz a psicóloga Carolina Bernardo. Em 2020, ela e outros profissionais do serviço lançaram o livro Como Lidar com a Raiva e o Transtorno Explosivo Intermitente: Guia Prático para Pacientes, Familiares e Profissionais da Saúde, o primeiro do tipo no Brasil e à venda na Amazon. O futuro do gerenciamento de emoções promete outras novidades animadoras e relaxantes também. Um conselho: segure a onda, e calma.

(Fonte: Revista Veja, Editora Abril, edição 2823, ano 56, nº 1, 11 jan. 2023, p. 62-63)

As vírgulas foram usadas com a mesma função: separar os adjuntos adverbiais intercalados ou invertidos, EXCETO em:

  • ANo Brasil, o manejo da raiva é incipiente.”
  • BNo início, temia-se que a modalidade não fosse tão eficiente, mas as evidências revelam o contrário.”
  • C “O avanço das ferramentas digitais, contudo, mudou o cenário radicalmente.”
  • D “Um trabalho que acaba de ser publicado por pesquisadores do Karolinska Institutet, na Suécia, mostra que terapias rápidas [...].”
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BASTA DE TANTA RAIVA

Não é fácil controlar a irritação profunda, mas uma nova leva de recursos tecnológicos está ajudando a reduzir a frequência e a intensidade das explosões
Diego Alejandro

    SENTIR RAIVA é uma situação comum. Quem vive em uma grande cidade, corre contra prazos no trabalho e se equilibra para cuidar dos filhos e pagar as contas dificilmente passa dias sem experimentar momentos de irritação profunda. Os motivos variam de gravidade. Pode ser o trânsito parado, o eletrodoméstico que quebrou – e ninguém consertou –, ou a perda de um relatório completo porque o computador pifou. Dependendo do dia, uma faísca dessas pode ser o estopim para explosões memoráveis.
    Elas fazem parte das manifestações emocionais de todos nós, e estranho seria nunca as ter apresentado. A raiva, goste-se ou não, é um dos motores que nos levam a reagir contra circunstâncias que causam desconforto ou agridem princípios. “Ela é um dos sentimentos mais relevantes do ser humano”, diz o psiquiatra Eduardo Martinho Jr., da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). O problema está na medida. Quando vai além do que seria esperado tanto em intensidade quanto em frequência, tem-se uma grande questão a ser resolvida.
   Entende-se por episódios fora de controle aqueles que prejudicam a vida social, afetiva e profissional. Até recentemente, a única forma de enfrentá-los era a terapia presencial e medicações quando necessárias. O avanço das ferramentas digitais, contudo, mudou o cenário radicalmente. Sessões on-line, aplicativos e recursos de realidade virtual estão tornando o tratamento mais acessível e eficaz, para a alegria dos pacientes e de quem está ao redor.
      Não é, enfim, nada fácil conviver com pessoas irascíveis. A pandemia impulsionou o uso desses atalhos eletrônicos. A impossibilidade de realizar sessões de terapia presencialmente, por exemplo, aumentou sua migração para o mundo digital. No início, temia-se que a modalidade não fosse tão eficiente, mas as evidências revelam o contrário. Um trabalho que acaba de ser publicado por pesquisadores do Karolinska Institutet, na Suécia, mostra que terapias rápidas, de um mês apenas, feitas pela internet, ajudam no controle da raiva desadaptativa, caracterizada por comportamentos não condizentes com as situações e que acabam por prejudicar o paciente. A investigação comparou dois métodos: um deles tem por objetivo aumentar a capacidade do indivíduo de perceber e aceitar os próprios sentimentos sem julgá-los ou agir sobre eles, e outro auxilia na reinterpretação de pensamentos e situações, identificando caminhos alternativos às explosões. Quando ambas as técnicas foram aplicadas, os participantes saíram-se melhor.
      Nos Estados Unidos, a tecnologia ajudou na criação, pelo U.S. Departament of Veterans Affairs, de um programa para smartwatches, capaz de captar sinais fisiológicos de que ataques de raiva estão a caminho, oferecer intervenções autoguiadas curtas de respiração profunda e relaxamento muscular e de entrar em contato com o terapeuta do usuário. Na Coreia do Sul, pesquisadores da Universidade de Yonsei provaram a eficiência da realidade virtual a partir de uma experiência com sessenta jovens. Os pacientes foram expostos a ambientes projetados para provocar raiva. Assim, houve um modo de treiná-los no universo virtual para saber como reagiriam em situações reais. Funcionou.
       No Brasil, o manejo da raiva é incipiente. Existe um centro – na Psiquiatria da USP – para atender pacientes com transtorno explosivo intermitente, definido por crises que se tornam intensas e acontecem pelo menos duas vezes por semana ao longo de três meses. Contudo, também lá houve a constatação de que a terapia virtual, adotada na pandemia, funciona. “O maior ganho é a ampliação do acesso ao tratamento, inclusive para pessoas de outros estados”, diz a psicóloga Carolina Bernardo. Em 2020, ela e outros profissionais do serviço lançaram o livro Como Lidar com a Raiva e o Transtorno Explosivo Intermitente: Guia Prático para Pacientes, Familiares e Profissionais da Saúde, o primeiro do tipo no Brasil e à venda na Amazon. O futuro do gerenciamento de emoções promete outras novidades animadoras e relaxantes também. Um conselho: segure a onda, e calma.

(Fonte: Revista Veja, Editora Abril, edição 2823, ano 56, nº 1, 11 jan. 2023, p. 62-63)

Em: “No início, temia-se que a modalidade não fosse tão eficiente, mas as evidências revelam o contrário.”, a oração destacada exerce a função de

  • A Objeto direto.
  • B Objeto indireto.
  • C Predicativo.
  • D Sujeito.
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BASTA DE TANTA RAIVA

Não é fácil controlar a irritação profunda, mas uma nova leva de recursos tecnológicos está ajudando a reduzir a frequência e a intensidade das explosões
Diego Alejandro

    SENTIR RAIVA é uma situação comum. Quem vive em uma grande cidade, corre contra prazos no trabalho e se equilibra para cuidar dos filhos e pagar as contas dificilmente passa dias sem experimentar momentos de irritação profunda. Os motivos variam de gravidade. Pode ser o trânsito parado, o eletrodoméstico que quebrou – e ninguém consertou –, ou a perda de um relatório completo porque o computador pifou. Dependendo do dia, uma faísca dessas pode ser o estopim para explosões memoráveis.
    Elas fazem parte das manifestações emocionais de todos nós, e estranho seria nunca as ter apresentado. A raiva, goste-se ou não, é um dos motores que nos levam a reagir contra circunstâncias que causam desconforto ou agridem princípios. “Ela é um dos sentimentos mais relevantes do ser humano”, diz o psiquiatra Eduardo Martinho Jr., da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). O problema está na medida. Quando vai além do que seria esperado tanto em intensidade quanto em frequência, tem-se uma grande questão a ser resolvida.
   Entende-se por episódios fora de controle aqueles que prejudicam a vida social, afetiva e profissional. Até recentemente, a única forma de enfrentá-los era a terapia presencial e medicações quando necessárias. O avanço das ferramentas digitais, contudo, mudou o cenário radicalmente. Sessões on-line, aplicativos e recursos de realidade virtual estão tornando o tratamento mais acessível e eficaz, para a alegria dos pacientes e de quem está ao redor.
      Não é, enfim, nada fácil conviver com pessoas irascíveis. A pandemia impulsionou o uso desses atalhos eletrônicos. A impossibilidade de realizar sessões de terapia presencialmente, por exemplo, aumentou sua migração para o mundo digital. No início, temia-se que a modalidade não fosse tão eficiente, mas as evidências revelam o contrário. Um trabalho que acaba de ser publicado por pesquisadores do Karolinska Institutet, na Suécia, mostra que terapias rápidas, de um mês apenas, feitas pela internet, ajudam no controle da raiva desadaptativa, caracterizada por comportamentos não condizentes com as situações e que acabam por prejudicar o paciente. A investigação comparou dois métodos: um deles tem por objetivo aumentar a capacidade do indivíduo de perceber e aceitar os próprios sentimentos sem julgá-los ou agir sobre eles, e outro auxilia na reinterpretação de pensamentos e situações, identificando caminhos alternativos às explosões. Quando ambas as técnicas foram aplicadas, os participantes saíram-se melhor.
      Nos Estados Unidos, a tecnologia ajudou na criação, pelo U.S. Departament of Veterans Affairs, de um programa para smartwatches, capaz de captar sinais fisiológicos de que ataques de raiva estão a caminho, oferecer intervenções autoguiadas curtas de respiração profunda e relaxamento muscular e de entrar em contato com o terapeuta do usuário. Na Coreia do Sul, pesquisadores da Universidade de Yonsei provaram a eficiência da realidade virtual a partir de uma experiência com sessenta jovens. Os pacientes foram expostos a ambientes projetados para provocar raiva. Assim, houve um modo de treiná-los no universo virtual para saber como reagiriam em situações reais. Funcionou.
       No Brasil, o manejo da raiva é incipiente. Existe um centro – na Psiquiatria da USP – para atender pacientes com transtorno explosivo intermitente, definido por crises que se tornam intensas e acontecem pelo menos duas vezes por semana ao longo de três meses. Contudo, também lá houve a constatação de que a terapia virtual, adotada na pandemia, funciona. “O maior ganho é a ampliação do acesso ao tratamento, inclusive para pessoas de outros estados”, diz a psicóloga Carolina Bernardo. Em 2020, ela e outros profissionais do serviço lançaram o livro Como Lidar com a Raiva e o Transtorno Explosivo Intermitente: Guia Prático para Pacientes, Familiares e Profissionais da Saúde, o primeiro do tipo no Brasil e à venda na Amazon. O futuro do gerenciamento de emoções promete outras novidades animadoras e relaxantes também. Um conselho: segure a onda, e calma.

(Fonte: Revista Veja, Editora Abril, edição 2823, ano 56, nº 1, 11 jan. 2023, p. 62-63)

Em: “A raiva, goste-se ou não, é um dos motores que nos levam a reagir contra circunstâncias que causam desconforto ou agridem princípios.”, o termo em destaque exemplifica o seguinte processo de formação de palavras:

  • A Derivação sufixal.
  • B Derivação prefixal.
  • C Derivação parassintética.
  • D Derivação imprópria.
21
BASTA DE TANTA RAIVA

Não é fácil controlar a irritação profunda, mas uma nova leva de recursos tecnológicos está ajudando a reduzir a frequência e a intensidade das explosões
Diego Alejandro

    SENTIR RAIVA é uma situação comum. Quem vive em uma grande cidade, corre contra prazos no trabalho e se equilibra para cuidar dos filhos e pagar as contas dificilmente passa dias sem experimentar momentos de irritação profunda. Os motivos variam de gravidade. Pode ser o trânsito parado, o eletrodoméstico que quebrou – e ninguém consertou –, ou a perda de um relatório completo porque o computador pifou. Dependendo do dia, uma faísca dessas pode ser o estopim para explosões memoráveis.
    Elas fazem parte das manifestações emocionais de todos nós, e estranho seria nunca as ter apresentado. A raiva, goste-se ou não, é um dos motores que nos levam a reagir contra circunstâncias que causam desconforto ou agridem princípios. “Ela é um dos sentimentos mais relevantes do ser humano”, diz o psiquiatra Eduardo Martinho Jr., da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). O problema está na medida. Quando vai além do que seria esperado tanto em intensidade quanto em frequência, tem-se uma grande questão a ser resolvida.
   Entende-se por episódios fora de controle aqueles que prejudicam a vida social, afetiva e profissional. Até recentemente, a única forma de enfrentá-los era a terapia presencial e medicações quando necessárias. O avanço das ferramentas digitais, contudo, mudou o cenário radicalmente. Sessões on-line, aplicativos e recursos de realidade virtual estão tornando o tratamento mais acessível e eficaz, para a alegria dos pacientes e de quem está ao redor.
      Não é, enfim, nada fácil conviver com pessoas irascíveis. A pandemia impulsionou o uso desses atalhos eletrônicos. A impossibilidade de realizar sessões de terapia presencialmente, por exemplo, aumentou sua migração para o mundo digital. No início, temia-se que a modalidade não fosse tão eficiente, mas as evidências revelam o contrário. Um trabalho que acaba de ser publicado por pesquisadores do Karolinska Institutet, na Suécia, mostra que terapias rápidas, de um mês apenas, feitas pela internet, ajudam no controle da raiva desadaptativa, caracterizada por comportamentos não condizentes com as situações e que acabam por prejudicar o paciente. A investigação comparou dois métodos: um deles tem por objetivo aumentar a capacidade do indivíduo de perceber e aceitar os próprios sentimentos sem julgá-los ou agir sobre eles, e outro auxilia na reinterpretação de pensamentos e situações, identificando caminhos alternativos às explosões. Quando ambas as técnicas foram aplicadas, os participantes saíram-se melhor.
      Nos Estados Unidos, a tecnologia ajudou na criação, pelo U.S. Departament of Veterans Affairs, de um programa para smartwatches, capaz de captar sinais fisiológicos de que ataques de raiva estão a caminho, oferecer intervenções autoguiadas curtas de respiração profunda e relaxamento muscular e de entrar em contato com o terapeuta do usuário. Na Coreia do Sul, pesquisadores da Universidade de Yonsei provaram a eficiência da realidade virtual a partir de uma experiência com sessenta jovens. Os pacientes foram expostos a ambientes projetados para provocar raiva. Assim, houve um modo de treiná-los no universo virtual para saber como reagiriam em situações reais. Funcionou.
       No Brasil, o manejo da raiva é incipiente. Existe um centro – na Psiquiatria da USP – para atender pacientes com transtorno explosivo intermitente, definido por crises que se tornam intensas e acontecem pelo menos duas vezes por semana ao longo de três meses. Contudo, também lá houve a constatação de que a terapia virtual, adotada na pandemia, funciona. “O maior ganho é a ampliação do acesso ao tratamento, inclusive para pessoas de outros estados”, diz a psicóloga Carolina Bernardo. Em 2020, ela e outros profissionais do serviço lançaram o livro Como Lidar com a Raiva e o Transtorno Explosivo Intermitente: Guia Prático para Pacientes, Familiares e Profissionais da Saúde, o primeiro do tipo no Brasil e à venda na Amazon. O futuro do gerenciamento de emoções promete outras novidades animadoras e relaxantes também. Um conselho: segure a onda, e calma.

(Fonte: Revista Veja, Editora Abril, edição 2823, ano 56, nº 1, 11 jan. 2023, p. 62-63)

Analise a posição do pronome oblíquo átono destacado nas seguintes frases:
1- Elas fazem parte das manifestações emocionais de todos nós, e estranho seria nunca as ter apresentado.
2- A raiva, goste-se ou não, é um dos motores que nos levam a reagir contra circunstâncias que causam desconforto ou agridem princípios.
3- Quem vive em uma grande cidade, corre contra prazos no trabalho e se equilibra para cuidar dos filhos e pagar as contas dificilmente passa dias sem experimentar momentos de irritação profunda.
4- Até recentemente, a única forma de enfrentá-los era a terapia presencial e medicações quando necessárias.
5- Quando vai além do que seria esperado tanto em intensidade quanto em frequência, tem-se uma grande questão a ser resolvida.
A posição do pronome oblíquo átono é facultativa em:

  • A 1 e 4.
  • B 1 e 5.
  • C 2 e 3.
  • D 2 e 4.
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BASTA DE TANTA RAIVA

Não é fácil controlar a irritação profunda, mas uma nova leva de recursos tecnológicos está ajudando a reduzir a frequência e a intensidade das explosões
Diego Alejandro

    SENTIR RAIVA é uma situação comum. Quem vive em uma grande cidade, corre contra prazos no trabalho e se equilibra para cuidar dos filhos e pagar as contas dificilmente passa dias sem experimentar momentos de irritação profunda. Os motivos variam de gravidade. Pode ser o trânsito parado, o eletrodoméstico que quebrou – e ninguém consertou –, ou a perda de um relatório completo porque o computador pifou. Dependendo do dia, uma faísca dessas pode ser o estopim para explosões memoráveis.
    Elas fazem parte das manifestações emocionais de todos nós, e estranho seria nunca as ter apresentado. A raiva, goste-se ou não, é um dos motores que nos levam a reagir contra circunstâncias que causam desconforto ou agridem princípios. “Ela é um dos sentimentos mais relevantes do ser humano”, diz o psiquiatra Eduardo Martinho Jr., da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). O problema está na medida. Quando vai além do que seria esperado tanto em intensidade quanto em frequência, tem-se uma grande questão a ser resolvida.
   Entende-se por episódios fora de controle aqueles que prejudicam a vida social, afetiva e profissional. Até recentemente, a única forma de enfrentá-los era a terapia presencial e medicações quando necessárias. O avanço das ferramentas digitais, contudo, mudou o cenário radicalmente. Sessões on-line, aplicativos e recursos de realidade virtual estão tornando o tratamento mais acessível e eficaz, para a alegria dos pacientes e de quem está ao redor.
      Não é, enfim, nada fácil conviver com pessoas irascíveis. A pandemia impulsionou o uso desses atalhos eletrônicos. A impossibilidade de realizar sessões de terapia presencialmente, por exemplo, aumentou sua migração para o mundo digital. No início, temia-se que a modalidade não fosse tão eficiente, mas as evidências revelam o contrário. Um trabalho que acaba de ser publicado por pesquisadores do Karolinska Institutet, na Suécia, mostra que terapias rápidas, de um mês apenas, feitas pela internet, ajudam no controle da raiva desadaptativa, caracterizada por comportamentos não condizentes com as situações e que acabam por prejudicar o paciente. A investigação comparou dois métodos: um deles tem por objetivo aumentar a capacidade do indivíduo de perceber e aceitar os próprios sentimentos sem julgá-los ou agir sobre eles, e outro auxilia na reinterpretação de pensamentos e situações, identificando caminhos alternativos às explosões. Quando ambas as técnicas foram aplicadas, os participantes saíram-se melhor.
      Nos Estados Unidos, a tecnologia ajudou na criação, pelo U.S. Departament of Veterans Affairs, de um programa para smartwatches, capaz de captar sinais fisiológicos de que ataques de raiva estão a caminho, oferecer intervenções autoguiadas curtas de respiração profunda e relaxamento muscular e de entrar em contato com o terapeuta do usuário. Na Coreia do Sul, pesquisadores da Universidade de Yonsei provaram a eficiência da realidade virtual a partir de uma experiência com sessenta jovens. Os pacientes foram expostos a ambientes projetados para provocar raiva. Assim, houve um modo de treiná-los no universo virtual para saber como reagiriam em situações reais. Funcionou.
       No Brasil, o manejo da raiva é incipiente. Existe um centro – na Psiquiatria da USP – para atender pacientes com transtorno explosivo intermitente, definido por crises que se tornam intensas e acontecem pelo menos duas vezes por semana ao longo de três meses. Contudo, também lá houve a constatação de que a terapia virtual, adotada na pandemia, funciona. “O maior ganho é a ampliação do acesso ao tratamento, inclusive para pessoas de outros estados”, diz a psicóloga Carolina Bernardo. Em 2020, ela e outros profissionais do serviço lançaram o livro Como Lidar com a Raiva e o Transtorno Explosivo Intermitente: Guia Prático para Pacientes, Familiares e Profissionais da Saúde, o primeiro do tipo no Brasil e à venda na Amazon. O futuro do gerenciamento de emoções promete outras novidades animadoras e relaxantes também. Um conselho: segure a onda, e calma.

(Fonte: Revista Veja, Editora Abril, edição 2823, ano 56, nº 1, 11 jan. 2023, p. 62-63)

Há interlocução entre o locutor do texto e os leitores em:

  • A “Não é, enfim, nada fácil conviver com pessoas irascíveis.”
  • B “O problema está na medida.”
  • C “Sentir raiva é uma situação comum.”
  • D “Um conselho: segure a onda, e calma.”
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BASTA DE TANTA RAIVA

Não é fácil controlar a irritação profunda, mas uma nova leva de recursos tecnológicos está ajudando a reduzir a frequência e a intensidade das explosões
Diego Alejandro

    SENTIR RAIVA é uma situação comum. Quem vive em uma grande cidade, corre contra prazos no trabalho e se equilibra para cuidar dos filhos e pagar as contas dificilmente passa dias sem experimentar momentos de irritação profunda. Os motivos variam de gravidade. Pode ser o trânsito parado, o eletrodoméstico que quebrou – e ninguém consertou –, ou a perda de um relatório completo porque o computador pifou. Dependendo do dia, uma faísca dessas pode ser o estopim para explosões memoráveis.
    Elas fazem parte das manifestações emocionais de todos nós, e estranho seria nunca as ter apresentado. A raiva, goste-se ou não, é um dos motores que nos levam a reagir contra circunstâncias que causam desconforto ou agridem princípios. “Ela é um dos sentimentos mais relevantes do ser humano”, diz o psiquiatra Eduardo Martinho Jr., da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). O problema está na medida. Quando vai além do que seria esperado tanto em intensidade quanto em frequência, tem-se uma grande questão a ser resolvida.
   Entende-se por episódios fora de controle aqueles que prejudicam a vida social, afetiva e profissional. Até recentemente, a única forma de enfrentá-los era a terapia presencial e medicações quando necessárias. O avanço das ferramentas digitais, contudo, mudou o cenário radicalmente. Sessões on-line, aplicativos e recursos de realidade virtual estão tornando o tratamento mais acessível e eficaz, para a alegria dos pacientes e de quem está ao redor.
      Não é, enfim, nada fácil conviver com pessoas irascíveis. A pandemia impulsionou o uso desses atalhos eletrônicos. A impossibilidade de realizar sessões de terapia presencialmente, por exemplo, aumentou sua migração para o mundo digital. No início, temia-se que a modalidade não fosse tão eficiente, mas as evidências revelam o contrário. Um trabalho que acaba de ser publicado por pesquisadores do Karolinska Institutet, na Suécia, mostra que terapias rápidas, de um mês apenas, feitas pela internet, ajudam no controle da raiva desadaptativa, caracterizada por comportamentos não condizentes com as situações e que acabam por prejudicar o paciente. A investigação comparou dois métodos: um deles tem por objetivo aumentar a capacidade do indivíduo de perceber e aceitar os próprios sentimentos sem julgá-los ou agir sobre eles, e outro auxilia na reinterpretação de pensamentos e situações, identificando caminhos alternativos às explosões. Quando ambas as técnicas foram aplicadas, os participantes saíram-se melhor.
      Nos Estados Unidos, a tecnologia ajudou na criação, pelo U.S. Departament of Veterans Affairs, de um programa para smartwatches, capaz de captar sinais fisiológicos de que ataques de raiva estão a caminho, oferecer intervenções autoguiadas curtas de respiração profunda e relaxamento muscular e de entrar em contato com o terapeuta do usuário. Na Coreia do Sul, pesquisadores da Universidade de Yonsei provaram a eficiência da realidade virtual a partir de uma experiência com sessenta jovens. Os pacientes foram expostos a ambientes projetados para provocar raiva. Assim, houve um modo de treiná-los no universo virtual para saber como reagiriam em situações reais. Funcionou.
       No Brasil, o manejo da raiva é incipiente. Existe um centro – na Psiquiatria da USP – para atender pacientes com transtorno explosivo intermitente, definido por crises que se tornam intensas e acontecem pelo menos duas vezes por semana ao longo de três meses. Contudo, também lá houve a constatação de que a terapia virtual, adotada na pandemia, funciona. “O maior ganho é a ampliação do acesso ao tratamento, inclusive para pessoas de outros estados”, diz a psicóloga Carolina Bernardo. Em 2020, ela e outros profissionais do serviço lançaram o livro Como Lidar com a Raiva e o Transtorno Explosivo Intermitente: Guia Prático para Pacientes, Familiares e Profissionais da Saúde, o primeiro do tipo no Brasil e à venda na Amazon. O futuro do gerenciamento de emoções promete outras novidades animadoras e relaxantes também. Um conselho: segure a onda, e calma.

(Fonte: Revista Veja, Editora Abril, edição 2823, ano 56, nº 1, 11 jan. 2023, p. 62-63)

As palavras destacadas estão corretamente interpretadas entre parênteses, EXCETO em:

  • A A impossibilidade de realizar sessões de terapia presencialmente, por exemplo, aumentou sua migração para o mundo digital. (transferência)
  • B Existe um centro – na Psiquiatria da USP – para atender pacientes com transtorno explosivo intermitente [...]. (intervalado)
  • C Não é, enfim, nada fácil conviver com pessoas irascíveis. (irritáveis)
  • D No Brasil, o manejo da raiva é incipiente. (recorrente)
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BASTA DE TANTA RAIVA

Não é fácil controlar a irritação profunda, mas uma nova leva de recursos tecnológicos está ajudando a reduzir a frequência e a intensidade das explosões
Diego Alejandro

    SENTIR RAIVA é uma situação comum. Quem vive em uma grande cidade, corre contra prazos no trabalho e se equilibra para cuidar dos filhos e pagar as contas dificilmente passa dias sem experimentar momentos de irritação profunda. Os motivos variam de gravidade. Pode ser o trânsito parado, o eletrodoméstico que quebrou – e ninguém consertou –, ou a perda de um relatório completo porque o computador pifou. Dependendo do dia, uma faísca dessas pode ser o estopim para explosões memoráveis.
    Elas fazem parte das manifestações emocionais de todos nós, e estranho seria nunca as ter apresentado. A raiva, goste-se ou não, é um dos motores que nos levam a reagir contra circunstâncias que causam desconforto ou agridem princípios. “Ela é um dos sentimentos mais relevantes do ser humano”, diz o psiquiatra Eduardo Martinho Jr., da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). O problema está na medida. Quando vai além do que seria esperado tanto em intensidade quanto em frequência, tem-se uma grande questão a ser resolvida.
   Entende-se por episódios fora de controle aqueles que prejudicam a vida social, afetiva e profissional. Até recentemente, a única forma de enfrentá-los era a terapia presencial e medicações quando necessárias. O avanço das ferramentas digitais, contudo, mudou o cenário radicalmente. Sessões on-line, aplicativos e recursos de realidade virtual estão tornando o tratamento mais acessível e eficaz, para a alegria dos pacientes e de quem está ao redor.
      Não é, enfim, nada fácil conviver com pessoas irascíveis. A pandemia impulsionou o uso desses atalhos eletrônicos. A impossibilidade de realizar sessões de terapia presencialmente, por exemplo, aumentou sua migração para o mundo digital. No início, temia-se que a modalidade não fosse tão eficiente, mas as evidências revelam o contrário. Um trabalho que acaba de ser publicado por pesquisadores do Karolinska Institutet, na Suécia, mostra que terapias rápidas, de um mês apenas, feitas pela internet, ajudam no controle da raiva desadaptativa, caracterizada por comportamentos não condizentes com as situações e que acabam por prejudicar o paciente. A investigação comparou dois métodos: um deles tem por objetivo aumentar a capacidade do indivíduo de perceber e aceitar os próprios sentimentos sem julgá-los ou agir sobre eles, e outro auxilia na reinterpretação de pensamentos e situações, identificando caminhos alternativos às explosões. Quando ambas as técnicas foram aplicadas, os participantes saíram-se melhor.
      Nos Estados Unidos, a tecnologia ajudou na criação, pelo U.S. Departament of Veterans Affairs, de um programa para smartwatches, capaz de captar sinais fisiológicos de que ataques de raiva estão a caminho, oferecer intervenções autoguiadas curtas de respiração profunda e relaxamento muscular e de entrar em contato com o terapeuta do usuário. Na Coreia do Sul, pesquisadores da Universidade de Yonsei provaram a eficiência da realidade virtual a partir de uma experiência com sessenta jovens. Os pacientes foram expostos a ambientes projetados para provocar raiva. Assim, houve um modo de treiná-los no universo virtual para saber como reagiriam em situações reais. Funcionou.
       No Brasil, o manejo da raiva é incipiente. Existe um centro – na Psiquiatria da USP – para atender pacientes com transtorno explosivo intermitente, definido por crises que se tornam intensas e acontecem pelo menos duas vezes por semana ao longo de três meses. Contudo, também lá houve a constatação de que a terapia virtual, adotada na pandemia, funciona. “O maior ganho é a ampliação do acesso ao tratamento, inclusive para pessoas de outros estados”, diz a psicóloga Carolina Bernardo. Em 2020, ela e outros profissionais do serviço lançaram o livro Como Lidar com a Raiva e o Transtorno Explosivo Intermitente: Guia Prático para Pacientes, Familiares e Profissionais da Saúde, o primeiro do tipo no Brasil e à venda na Amazon. O futuro do gerenciamento de emoções promete outras novidades animadoras e relaxantes também. Um conselho: segure a onda, e calma.

(Fonte: Revista Veja, Editora Abril, edição 2823, ano 56, nº 1, 11 jan. 2023, p. 62-63)

Segundo o texto, pode-se inferir, EXCETO que:

  • A As terapias virtuais desenvolvidas durante e após a pandemia estão sendo tão eficientes quanto as presenciais.
  • B Com os recursos tecnológicos desenvolvidos, como o universo virtual, criou-se uma realidade que ajudou os pacientes a se livrar do excesso de raiva.
  • C Os métodos desenvolvidos na Suíça só funcionaram bem quando as técnicas foram aplicadas em conjunto.
  • D Um grande avanço das terapias virtuais é poder atender a um público maior devido à ampliação do acesso ao tratamento por causa, também, do custo.
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BASTA DE TANTA RAIVA

Não é fácil controlar a irritação profunda, mas uma nova leva de recursos tecnológicos está ajudando a reduzir a frequência e a intensidade das explosões
Diego Alejandro

    SENTIR RAIVA é uma situação comum. Quem vive em uma grande cidade, corre contra prazos no trabalho e se equilibra para cuidar dos filhos e pagar as contas dificilmente passa dias sem experimentar momentos de irritação profunda. Os motivos variam de gravidade. Pode ser o trânsito parado, o eletrodoméstico que quebrou – e ninguém consertou –, ou a perda de um relatório completo porque o computador pifou. Dependendo do dia, uma faísca dessas pode ser o estopim para explosões memoráveis.
    Elas fazem parte das manifestações emocionais de todos nós, e estranho seria nunca as ter apresentado. A raiva, goste-se ou não, é um dos motores que nos levam a reagir contra circunstâncias que causam desconforto ou agridem princípios. “Ela é um dos sentimentos mais relevantes do ser humano”, diz o psiquiatra Eduardo Martinho Jr., da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). O problema está na medida. Quando vai além do que seria esperado tanto em intensidade quanto em frequência, tem-se uma grande questão a ser resolvida.
   Entende-se por episódios fora de controle aqueles que prejudicam a vida social, afetiva e profissional. Até recentemente, a única forma de enfrentá-los era a terapia presencial e medicações quando necessárias. O avanço das ferramentas digitais, contudo, mudou o cenário radicalmente. Sessões on-line, aplicativos e recursos de realidade virtual estão tornando o tratamento mais acessível e eficaz, para a alegria dos pacientes e de quem está ao redor.
      Não é, enfim, nada fácil conviver com pessoas irascíveis. A pandemia impulsionou o uso desses atalhos eletrônicos. A impossibilidade de realizar sessões de terapia presencialmente, por exemplo, aumentou sua migração para o mundo digital. No início, temia-se que a modalidade não fosse tão eficiente, mas as evidências revelam o contrário. Um trabalho que acaba de ser publicado por pesquisadores do Karolinska Institutet, na Suécia, mostra que terapias rápidas, de um mês apenas, feitas pela internet, ajudam no controle da raiva desadaptativa, caracterizada por comportamentos não condizentes com as situações e que acabam por prejudicar o paciente. A investigação comparou dois métodos: um deles tem por objetivo aumentar a capacidade do indivíduo de perceber e aceitar os próprios sentimentos sem julgá-los ou agir sobre eles, e outro auxilia na reinterpretação de pensamentos e situações, identificando caminhos alternativos às explosões. Quando ambas as técnicas foram aplicadas, os participantes saíram-se melhor.
      Nos Estados Unidos, a tecnologia ajudou na criação, pelo U.S. Departament of Veterans Affairs, de um programa para smartwatches, capaz de captar sinais fisiológicos de que ataques de raiva estão a caminho, oferecer intervenções autoguiadas curtas de respiração profunda e relaxamento muscular e de entrar em contato com o terapeuta do usuário. Na Coreia do Sul, pesquisadores da Universidade de Yonsei provaram a eficiência da realidade virtual a partir de uma experiência com sessenta jovens. Os pacientes foram expostos a ambientes projetados para provocar raiva. Assim, houve um modo de treiná-los no universo virtual para saber como reagiriam em situações reais. Funcionou.
       No Brasil, o manejo da raiva é incipiente. Existe um centro – na Psiquiatria da USP – para atender pacientes com transtorno explosivo intermitente, definido por crises que se tornam intensas e acontecem pelo menos duas vezes por semana ao longo de três meses. Contudo, também lá houve a constatação de que a terapia virtual, adotada na pandemia, funciona. “O maior ganho é a ampliação do acesso ao tratamento, inclusive para pessoas de outros estados”, diz a psicóloga Carolina Bernardo. Em 2020, ela e outros profissionais do serviço lançaram o livro Como Lidar com a Raiva e o Transtorno Explosivo Intermitente: Guia Prático para Pacientes, Familiares e Profissionais da Saúde, o primeiro do tipo no Brasil e à venda na Amazon. O futuro do gerenciamento de emoções promete outras novidades animadoras e relaxantes também. Um conselho: segure a onda, e calma.

(Fonte: Revista Veja, Editora Abril, edição 2823, ano 56, nº 1, 11 jan. 2023, p. 62-63)

Todas as constatações abaixo podem ser feitas com base no texto, EXCETO:

  • A A raiva é um sentimento relevante nos seres humanos, desde que não ultrapasse os limites de frequência e de intensidade.
  • B Durante a pandemia, os tratamentos presenciais ficaram escassos, o que levou ao avanço dos recursos digitais nesta área.
  • C É difícil conviver com pessoas irracionais e a pandemia impulsionou as terapias on-line, que têm ajudado nesses tratamentos.
  • D Quando a raiva ultrapassa os limites do que é considerado aceitável, ela prejudica a vida da pessoa tanto social, quanto afetiva e profissional.

Serviço Social

26
Com base nos argumentos de Zanelli e Kanan (2018), sobre as organizações de trabalho deste novo século, identifique as afirmativas com V ou F, conforme sejam verdadeiras ou falsas:

( ) Há, nas organizações de trabalho deste novo século, um decréscimo da coesão e uma propensão ao isolamento social e emocional. ( ) Há, nas organizações de trabalho deste novo século, uma perda do sentido de comunidade, redução no comprometimento e dificuldades no estabelecimento de vínculos com a organização. ( ) Nas organizações de trabalho deste novo século, humildade, tolerância e aceitação da diversidade são expressões que, embora muitas vezes repetidas, não fazem sentido legítimo para muitos.

A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:
  • A F, V, V.
  • B V, F, F
  • C V, F, V.
  • D V, V, V.
27
Isolamento e recusa de comunicação consistem numa das quatro categorias de atitudes hostis que caracterizam o assédio moral.  A única alternativa que NÃO inclui uma atitude dessa categoria é
  • A A comunicação com ela é unicamente por escrito.
  • B Ignoram sua presença, dirigindo-se apenas aos outros.
  • C Superiores hierárquicos ou colegas não dialogam com a vítima.
  • D Utilizam insinuações desdenhosas para qualificá-la.
28

De acordo com Zanelli e Kanan (2018, p. 33), é requisito imperioso para a produtividade e a sustentabilidade:

  • A Âmbitos de poder e cultural sempre bem definidos.
  • B Estar saudável em uma organização saudável.
  • C Local de trabalho sempre limpo e hierarquizado.
  • D Trabalhar corretamente, dedicadamente, sem faltar.
29
Soboll (2017) tem utilizado a expressão assédio moral para descrever situações extremas de violência no trabalho. Considerando esse tipo de violência, identifique com V as afirmativas verdadeiras e com F as falsas. 

( ) Configura-se como um conjunto articulado de armadilhas preparadas, premeditadas, repetitivas e prolongadas. ( ) No assédio moral, os comportamentos hostis ocorrem ocasionalmente e por um curto período de tempo. ( ) A prática do assédio moral é permeada de intencionalidade no sentido de querer prejudicar, anular ou excluir um ou alguns alvos escolhidos.

A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:
  • A F; V; V
  • B V; F; V
  • C V; V; F
  • D V; V; V
30
São dois componentes da comunicação não violenta (CNV):
  • A Necessidade e ajuda.
  • B Observação e relato.
  • C Observação e sentimento.
  • D Relato e pedido.
31
Sobre a comunicação não violenta, é CORRETO afirmar:
  • A Baseia-se em habilidades de linguagem e comunicação que fortalecem a capacidade de continuarmos humanos, mesmo em condições adversas.
  • B Dificulta o aprendizado da observação cuidadosa dos comportamentos e das condições que afetam os indivíduos e evita sofrimento desnecessários.
  • C É um tipo de comunicação que nasceu recentemente e, em função disso, vem incorporando somente novos conhecimentos com previsão de futuro.
  • D Ela dificulta a reformulação da maneira pela qual os indivíduos se expressam e escutam uns aos outros e valoriza a linguagem historicamente determinada.
32

Representa uma fonte de violência no trabalho:

  • A Clima promotor da ameaça de desemprego.
  • B Desestabilização das estratégias de defesa.
  • C Promoção de um tipo de sofrimento ético.
  • D Servidão voluntária de modo constante.
33

São consideradas consequências da violência no trabalho, EXCETO:

  • A Crise de identidade.
  • B Desestruturação das relações sociais.
  • C Exclusão e deterioração das relações sociais.
  • D Ritmo de trabalho penoso.
34

Uma das expressões crescentes de violência no trabalho, uma forma de violência  silenciosa e destrutiva, na qual o efeito acumulativo constitui uma agressão de  estilo variável com os setores profissionais e meios socioculturais, é:

  • A Angústia.
  • B Assédio moral.
  • C Depressão.
  • D Karoshi.
35

Analise as afirmativas sobre a psicodinâmica do trabalho:

I. Sua investigação clínica de determinado contexto de trabalho está apoiada na observação e na escuta de situações vivenciadas pelos trabalhadores. II. Seus estudos se fundamentam na descrição do conhecimento das relações entre saúde e trabalho. III. Seus estudos procuram descrever os resultados da investigação clínica da relação com o trabalho em uma teoria do sujeito que abrange conhecimentos oriundos tanto da psicanálise quanto da teoria social, incluindo também contribuições da psicologia do trabalho e da ergonomia franco-belga.

Estão CORRETAS as afirmativas:

  • A I e II, apenas.
  • B I e III, apenas.
  • C II e III, apenas.
  • D I, II e III.
36

O argumento “ambas são construídas por meio de escuta e análise de demandas de ajuda, entrevistas, análises de discursos, interpretações, devoluções, observação, reflexões, criação coletiva de conceitos e de articulações teóricas que, por sua vez, atuam sobre novas escutas, observações, intervenções, teorizações” (MATA MACHADO, 2010, p. 176) se refere às noções de:

  • A Intervenção psicossociológica e Serviço Social.
  • B Psicossociologia e intervenção psicossociológica.
  • C Psicossociologia e práticas sociais interventivas.
  • D Sociologia prática e intervenção do Serviço Social.
37

Leia os enunciados a seguir sobre os elementos presentes na formação de grupos. 

I. A ___________ está presente na elaboração de um projeto comum, pois ela é o elemento que dá consistência, vigor e “aura” excepcional, tanto ao projeto quanto a nós mesmos que, a nossos próprios olhos, nos fortificamos. II. A ___________ é um dispositivo simbólico que permite a canalização de nossos desejos, que nos poupa toda interrogação sobre o valor desses desejos e que fornece uma solução pronta para os possíveis conflitos entre esses.  III. A __________ é um dispositivo simbólico que funciona encobrindo toda a dúvida, todo trabalho de interrogação sobre.

Os termos que preenchem CORRETAMENTE as lacunas nos argumentos I, II e III, são, respectivamente.

  • A crença; idealização; ilusão.
  • B idealização; ilusão; crença.
  • C ilusão; crença; idealização;
  • D ilusão; idealização; crença.
38

Considerando os argumentos de Enriquez (2001) sobre grupos minoritários, é INCORRETO afirmar que um grupo minoritário

  • A comumente, tem a manifestar condutas desviantes.
  • B nunca se arrisca para triunfar o que presidiu de sua fundação.
  • C tem tendência a proclamar uma visão nova de mundo.
  • D tem, em potencial, uma mensagem nova a ser comunicada.
39

Segundo Dejours (1992), três componentes precisam ser levados em consideração na relação homem-trabalho. Esses componentes são:

  • A A fadiga; o sistema frustração-agressividade reativa; a organização do trabalho
  • B A organização do trabalho; a saúde; a fadiga.
  • C O ambiente laboral; a equipe de trabalho; a organização do trabalho.
  • D O sistema frustração-agressividade reativa; a organização do trabalho; a saúde.
40

Em seu livro A loucura do trabalho: estudo de psicopatologia do trabalho, Dejours  (1992) aborda da “ideologia defensiva”.  Sobre esse aspecto tratado pelo autor, é CORRETO afirmar:

  • A A ideologia defensiva tem por objetivo mascarar, conter e ocultar uma ansiedade particularmente grave.
  • B A ideologia defensiva, para ser operatória, deve ter a participação exclusiva do indivíduo.
  • C É a nível da ideologia defensiva, enquanto mecanismo de defesa elaborado por um indivíduo em particular, que se deve procurar generalidades.
  • D O que caracteriza uma ideologia defensiva é o fato de ela ser dirigida a uma angústia proveniente de conflitos mentais.
41

Considerando o que postula o Código de Ética Profissional sobre os deveres dos Assistentes Sociais nas suas relações com os/as usuários/as, identifique-os com V ou F, conforme sejam verdadeiros ou falsos:

( ) São deveres do/da assistente social nas suas relações com os/as usuários/as, contribuir para a viabilização da participação efetiva da população  usuária nas decisões institucionais. ( ) Dispor de condições de trabalho condignas, de forma a garantir a qualidade do exercício profissional. ( ) Ter acesso a informações institucionais que se relacionem aos programas e políticas sociais e sejam necessárias ao pleno exercício das atribuições profissionais.  ( ) Democratizar as informações e o acesso aos programas disponíveis no espaço institucional, como um dos mecanismos indispensáveis à participação dos/as usuários/as.

A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:

  • A F; F; V; V.
  • B F; V; V; V.
  • C V; F; F; F.
  • D V; F; F; V.
42

O argumento “em trabalho multidisciplinar só poderão ser prestadas informações dentro dos limites do estritamente necessário”, apresentado no parágrafo único, do Capítulo V, do Código de Ética Profissional, diz respeito ao:

  • A Acolhimento profissional.
  • B Comportamento profissional.
  • C Conhecimento profissional.
  • D Sigilo profissional.
43

Segundo o Código de Ética Profissional do Assistente Social, constituem infrações disciplinares, EXCETO:

  • A A eliminação dos quadros do CRESS aqueles/as que fizerem falsa prova dos requisitos exigidos nos Conselhos.
  • B Exercício da profissão quando impedido/a de fazê-lo, ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício ao/às não inscritos/as ou impedidos/as.
  • C Não cumprimento, no prazo estabelecido, de determinação emanada do órgão ou autoridade dos Conselhos, em matéria destes, depois de regularmente notificado/a.
  • D Não pagamento regular das anuidades e contribuições devidas ao Conselho Regional de Serviço Social a que esteja obrigado/a.
44

Analise as afirmativas a seguir. Elas se referem ao diálogo na perspectiva de Graziela Beatriz Castro (1985).

I. O diálogo constitui um processo de ajuda que visa à transformação social, à responsabilidade da liberdade, pelo próprio exercício desta, no encontro dialogal. II. O diálogo está caracterizado pela “lógica a dois”, na medida em que cada um entra com sua parte, tornando-se ambos sujeitos do processo. III. O diálogo não deve ser entendido como um processo efetivador da ajuda, pois pode provocar confronto permanente de duas maneiras de ver um fenômeno.

Estão CORRETAS as afirmativas:

  • A I e II, apenas.
  • B I e III, apenas.
  • C II e III, apenas.
  • D I, II e III.
45

Analise as afirmativas a seguir e assinale aquela que, de acordo com Bisneto (2009), se refere ao objeto institucional.

  • A É instituído por um saber sobre as práticas concretas da realidade, e como toda a prática tem um produto e uma teleologia, e as instituições se definem pelos seus fins, são coisas que se quer alcançar através das práticas institucionais, conformando a legitimidade da instituição.
  • B É o saber dos atores institucionais sobre o objeto institucional que legitimam sua atuação, intervenção e transformação dos objetos da prática em produtos da prática.
  • C São todas as relações sociais em que a instituição encontra seu objeto de prática. São todas as relações sociais em que a instituição tem reconhecido socialmente um saber sobre como transformar os objetos segundo um projeto próprio, a concepção do objeto institucional. (âmbito)
  • D Nenhuma das afirmativas apresentadas se refere ao objeto institucional.