Resolver o Simulado CONSULPLAN

0 / 44

Administração Pública

1
Considere que determinada Secretaria do Estado X publicou edital de concurso publico para a contratação de novos servidores publicos. No entanto, após mudança específica na legislação, aprovada pela Assembleia Legislativa, que reduziu drasticamente a demanda por funcionários, a Secretaria verificou que o prosseguimento do concurso, cujas provas ainda não tinham sido sequer aplicadas, se tornou desnecessário.

Nesse caso e correto afirmar que a Secretaria
  • A pode revogar o edital, em conformidade com o principio da autotutela.
  • B deve manter concurso, visto que o princípio da sindicabilidade impede que ele seja cancelado.
  • C pode anular o concurso visto que o princípio da conveniência foi violado.
  • D deve modificar os dispositivos conflitantes do edital, conforme prescreve o princípio da indisponibilidade do interesse privado
  • E pode convalidar o concurso constituindo exceção ao princípio da intranscendência subjetiva das ações.
2
Devido a sua importância para a Administração Pública, alguns princípios foram expressamente previstos na Constituição Federal de 1988.

Acerca dos princípios expressos para a Administração Pública, analise as assertivas a seguir. 
I. O princípio da legalidade permite que a Administração Pública pratique apenas atos que não sejam vedados, taxativamente, por lei em sentido formal. 
II. O princípio da eficiência preceitua que as atribuições dos agentes públicos sejam realizadas com presteza e rendimento profissional.
III. O princípio da moralidade impede que um agente público nomeie seu cônjuge para cargo comissionado no órgão em que trabalha.
Está correto o que se afirma em
  • A I, apenas.
  • B II, apenas.
  • C l e ll, apenas.
  • D lI e lll, apenas.
  • E I, lI e lII.
3
A divisão dos serviços e das competências da Administração Pública nas Secretarias da Cultura, da Comunicação Social, da Fazenda, entre outras, como ocorre no Governo do Maranhão, é chamada de
  • A descentralização por outorga.
  • B concessão geográfica.
  • C permissão unilateral.
  • D delegação por colaboração.
  • E desconcentração administrativa.
4
Com ralação à Administração Pública e suas divisões doutrinárias, assinale a opção que apresenta um exemplo de Administração Indireta no Estado do Maranhão.
  • A Policia Civil do Maranhão (PC-MA).
  • B Universidade Estadual do Maranhão (UEMA).
  • C Assembleia Legislativa do Maranhão (ALEMA).
  • D Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBM-MA).
  • E Procuradoria-Geral do Estado do Maranhão (PGE-MA).
5
A Autarquia representa um serviço autônomo, criado por lei, com o intuito de executar atividades típicas da Administração Pública. Esse tipo de entidade, que goza de uma série de prerrogativas, possui grande importância na configuração do Estado Brasileiro, estando presente tanto em nível federal quanto estadual e municipal.

Uma característica elementar das Autarquias reside no fato de que elas
  • A não se submetem ao controle hierárquico dos órgãos ministeriais.
  • B são regidas predominantemente por regras de direito privado.
  • C constituem entidades despersonalizadas juridicamente.
  • D adquirem atribuições em decorrência do processo de publicização do setor público não-estatal.
  • E não necessitam realizar concursos públicos para contratação de pessoal.
6
As opções a seguir apresentam princípios do conceito de empreendedorismo governamental, desenvolvido na obra "Reinventando o Governo", à exceção de uma. Assinale-a.
  • A Governo competitivo.
  • B Governo orientado por missões.
  • C Governo preventivo.
  • D Governo orientado para o mercado.
  • E Governo centralizado.
7
O conjunto de ideias sobre modelos de administração pública que traz à luz o conceito de paradigma do cliente, no qual os cidadãos devem ter suas necessidades satisfeitas pelos serviços ofertados pela Administração Pública é conhecido como

  • A nova gestão pública.
  • B patrimonialismo de desempenho.
  • C absolutismo.
  • D parlamentarismo.
  • E corporativismo.
8
Considerando a relação com os valores do empreendimento, é correto aifrmar que, diferentemente da gonvernança corporativa, compliance
  • A é o conjunto de estratégias desenvolvido por uma empresa para demonstrar seu valor no mercado, construindo uma boa reputação para atrair investimentos.
  • B objetiva ampliar a reputação de organização ao apresentar as vantagens de uma atuação ética e ordenada e mostrando a importância disso para os sócios e diretores.
  • C é o esforço de se manter em conformidade com as diretrizes ou especificações estabelecidas, estando conectado à gestão de riscos e ao cumprimento das regras. 
  • D elabora a política de divulgação de informações e a submete à aprovação do conselho de administração, a fim de garantir acesso a todas as informações da empresa relevantes para partes interessadas. 
  • E é um modelo de gestão que foca na rentabilidade e na eficiência administrativa fundamentado na transparência, seja para o público interno, seja para o mercado. 
9
O prefeito do Município X está preparando o balanço de seu final de mandato para mostrar aos cidadãos as realizações do período. 

Acerca das realizações ao longo do mandato do prefeito, assinale a que se relaciona com a dimensão de desempenho conhecida como economicidade.
  • A Alcance das metas educacionais previstas no plano de educação.
  • B Aumento na relação leito/pacientes atendidos nos hospitais públicos.
  • C Execução dos programas públicos, em conformidade com os critérios e padrões de qualidade recomendados.
  • D Aquisição de novos equipamentos e insumos para as escolas de alta qualidade e com custo abaixo do valor de mercado.
  • E Atendimento das demandas populacionais com relação ao transporte público, gerando um impacto social positivo. 
10

A formação de agendas para o delineamento de políticas públicas representa o momento em que problemas e soluções ganham ou perdem atenção da sociedade, visando ao seu enfrentamento.


Segundo á literatura especializada em políticas públicas, assinale a opção que indica a exigência que deve ser evidenciada para que um problema entre na agenda.

  • A As possíveis ações a serem desempenhadas para a sua resolução sejam consideradas factíveis. 
  • B As responsabilidades de natureza privada de impacto coletivo estejam relacionadas.
  • C As informações obtidas devem ser exploradas em sua integralidade, de forma que todas as alternativas sejam conhecidas na tomada de decisão.
  • D Os resultados das possíveis soluções visem a garantir um retorno financeiro efetivo aos cofres públicos. 
  • E O interesse público seja evidenciado necessariamente por grupos de pressão com capacidade legislativa e eleitos pela sociedade.

Direitos Humanos

11
A Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção prevê expressamente que cada Estado Parte:

  • A estabelecerá um prazo maior ou interromperá a prescrição quando o presumido delinquente tiver evadido da administração da justiça;
  • B deverá proibir a utilização de delação premiada como meio de obtenção de prova;
  • C deverá criar mecanismo que respeitem o sigilo bancário nas Investigações relacionadas ao crime de corrupção;
  • D considerará a possibilidade de prever, em conformidade com os princípios fundamentais de sua legislação interna, a concessão de benefícios para colaboradores, vedada a concessão de imunidade judicial;
  • E considerará a possibilidade de adotar as medidas legislativas e de outras índoles que sejam necessárias para qualificar como delito, inclusive na modalidade culposa, o enriquecimento ilícito.
12
O Tribunal Penal Internacional (TPI) foi instituído pelo Tratado de Roma, de 17 de julho de 1998, ratificado pelo Decreto Legislativo nº 112, de 6 de junho de 2002, e Internalizado no Brasil por meio do Decreto nº 4.388, de 25 de setembro de 2002.

Sobre o TPI, é correto afirmar que:
  • A a jurisdição do TPI é concorrente, a fim de garantir maior efetividade ao sistema de punição de crimes graves contra a humanidade;
  • B o TPI não é vinculado a nenhum país, mas a um órgão da ONU e, portanto, todas as nações que integram a ONU estão a ele submetidos;
  • C compete ao TPI processar e julgar os crimes de guerra, os crimes de genocídio, os crimes contra a vida em geral e os crimes de agressão contra a humanidade;
  • D jurisdição do TPI é subsidiária e só poderá intervir quando o Estado com jurisdição sobre o caso não estiver em condições de investigar e julgar o acusado ou não demonstrar intenção de fazê-lo;
  • E a jurisdição do TPI incide sobre os Estados Membros que se omitem de forma culposa ou dolosa de processar e julgar cidadãos acusados dos crimes previstos no Tratado de Roma.
13

Assinale a opção correta a respeito da Convenção n.º 169 da OIT.

  • A A autodeterminação dos povos tribais e indígenas prevista nessa convenção requer o consentimento do Estado, logo, segundo esse critério, deve-se respeitar, no Brasil, o marco temporal, ou seja, somente as comunidades tribais e indígenas que estavam ocupando seus territórios em 1988 possuem o direito à autodeterminação.
  • B Essa convenção é aplicável a todos os povos indígenas, mas não contempla as comunidades quilombolas em território nacional.
  • C Nesse instrumento internacional, não está previsto o mecanismo de consulta às populações tradicionais sobre ações do governo com impacto sobre seus direitos.
  • D A referida convenção é um instrumento de proteção dos direitos humanos dos povos indígenas e tribais e determina que os governos respeitem a identidade étnica e cultural, os costumes e as tradições desses povos, e, para tanto, utiliza-se de duas premissas básicas e fundamentais: respeito e participação.
  • E Essa convenção não é um instrumento jurídico utilizado para salvaguardar a integridade física, territorial e cultural das comunidades quilombolas e indígenas, pois a CF prevê possibilidade de reconhecimento e titulação das terras desses povos indígenas e tribais.
14

A Convenção Interamericana contra o Racismo, a Discriminação Racial e as Formas Correlatas de Intolerância declara que todo ser humano é igual perante a lei e tem direito à igual proteção contra o racismo, a discriminação racial e as formas correlatas de intolerância, em qualquer esfera da vida pública e privada (Capítulo II). Para garantir a efetividade dos direitos da população negra são previstas ações afirmativas, sendo INCORRETO sustentar que

  • A as ações afirmativas, adotadas com a finalidade de assegurar o gozo ou exercício, em condições de igualdade, de um ou mais direitos humanos e liberdades fundamentais de grupos que requeiram essa proteção, não constituirão discriminação, desde que não levem à manutenção de direitos separados para grupos diferentes, ainda que se perpetuem, uma vez alcançados seus objetivos.
  • B medidas, programas e políticas de ação afirmativa promovem a participação da população negra, em condições de igualdade de oportunidade na vida econômica, social, política e cultural do País.
  • C ações afirmativas são programas e medidas especiais adotados pelo Estado e pela iniciativa privada para a correção das desigualdades raciais e para a promoção da igualdade de oportunidades.
  • D programas de ações afirmativas destinam-se ao enfrentamento das desigualdades étnicas no tocante a educação, cultura, esporte e lazer, saúde, segurança, trabalho, moradia, meios de comunicação de massa, financiamentos públicos, acesso à terra, à Justiça e outros.
  • E programas de ações afirmativas constituir-se-ão em políticas públicas destinadas a reparar as distorções e desigualdades sociais e demais práticas discriminatórias adotadas nas esferas pública e privada, durante o processo de formação social do País.

Raciocínio Lógico

15
Texto CG2A2-I

O diálogo a seguir apresenta uma discussão sobre futebol.
Alvin: Seu time é muito ruim...
Bruno: Você está errado, pois meu time é multicampeão de inúmeros torneios.
Alvin: [seu time] nunca foi campeão da Champions League.
Bruno: [meu time] foi campeão da Champions League todas as vezes que disputou esse campeonato.

A partir do texto CG2A2-I e sabendo-se que o time de Bruno nunca disputou a Champions League, assinale a opção correta.

  • A A segunda afirmação de Alvin é verdadeira, mas a segunda afirmação de Bruno é falsa.
  • B A segunda afirmação de Alvin é falsa, mas a segunda afirmação de Bruno é verdadeira.
  • C A segunda afirmação de Alvin e a segunda afirmação de Bruno são ambas falsas.
  • D Não é possível determinar o valor lógico de pelo menos uma dentre as segundas afirmações de Alvin e Bruno.
  • E A segunda afirmação de Alvin e a segunda afirmação de Bruno são ambas verdadeiras.
16

A sequência a seguir é ilimitada e foi criada com um padrão lógico:


   20, 5, 4, 40, 10, 8, 60, 15, 12, 80, 20, 16, ..., 180,

_K_, _L_, ..., 260, _M_, _N_, ...


O valor de K + L + M + N é


  • A 192.
  • B 202.
  • C 186.
  • D 198.
  • E 208.
17

Em uma reunião, com seus colaboradores, o chefe do atendimento diz:
“Se o atendimento é bom, então o cliente fica satisfeito e volta”.
A alternativa que contém uma afirmação equivalente à afirmação do chefe é:

  • A Se o cliente não fica satisfeito ou volta, então o atendimento não é bom.
  • B O cliente fica satisfeito ou volta e o atendimento é bom.
  • C Se o cliente fica satisfeito e volta, então o atendimento é bom.
  • D O atendimento é bom e o cliente fica satisfeito e volta.
  • E Se o cliente não fica satisfeito ou não volta, então o atendimento não é bom.
18

Considere a proposição P: “a menos que o sistema funcione, o servidor não entregará o trabalho”. Assinale a opção que apresente uma proposição equivalente a P.

  • A Se o sistema funcionar, o servidor entregará o trabalho.
  • B Se o sistema não funcionar, o servidor não entregará o trabalho.
  • C O servidor entregará o trabalho a menos que o sistema não funcione.
  • D O sistema funciona e o servidor entrega o trabalho.
  • E Quanto mais o sistema funcionar, mais trabalho o servidor entregará.
19

Um grupo é formado por 9 analistas administrativos, entre eles, Paulo e Miguel. Um grupo de trabalho será formado com cinco desses analistas, obedecendo-se às seguintes condições:
• Em primeiro lugar, um dos analistas deve ser escolhido para ser o líder do grupo; • Esse líder não pode ser nem Paulo, nem Miguel; • Miguel deve, obrigatoriamente, fazer parte do grupo.
A quantidade máxima de grupos distintos que podem ser formados sob as condições impostas é de:

  • A 210
  • B 225
  • C 230
  • D 245
20

Na segunda fase de um concurso, os 300 candidatos aprovados na fase anterior deveriam resolver três questões discursivas, A, B e C, sendo que para cada uma dessas questões seria atribuído 1 ponto ou 0 ponto. Ao final dessa fase, verificou-se que:

• 160 candidatos conseguiram 1 ponto na questão B;

• 140 candidatos conseguiram 1 ponto na questão C;

• 50 candidatos conseguiram 1 ponto nas questões A e B;

• 60 candidatos conseguiram 1 ponto nas questões A e C;

• 40 candidatos conseguiram 1 ponto nas questões B e C;

• 30 candidatos conseguiram 1 ponto nas questões A, B e C;

• Todos os candidatos conseguiram pelo menos 1 ponto.


O número total de candidatos que conseguiram 1 ponto na questão A corresponde a:

  • A 100
  • B 110
  • C 120
  • D 130
21

Edson e Roberto fazem uma aposta jogando dois dados, ambos regulares. Edson ganha a aposta se saírem dois números maiores do que 3. Caso contrário, ganha Roberto.
Eles pretendem fazer um jogo honesto. Se perder, Edson pagará a Roberto 10 reais.
Então, se perder, Roberto deverá pagar a Edson

  • A 18 reais.
  • B 24 reais.
  • C 30 reais.
  • D 42 reais.
  • E 46 reais.
22

A Mega-Sena é um jogo de apostas no qual são sorteadas 6 dentre 60 bolas numeradas de 1 a 60. Cecília fez uma aposta, escolhendo os números 1, 2, 3, 4, 5 e 6. Cecília está acompanhando o sorteio e viu que as três primeiras bolas sorteadas foram as de número 1, 2 e 3.


A chance de Cecília acertar os seis números e ganhar na MegaSena é agora de uma em

  • A 29.260.
  • B 38.482.
  • C 61.245.
  • D 83.998.
  • E 102.063.
23

Lionel pretende comprar um carro que pode ser pago à vista, por 80 mil reais, ou a prazo, por 120 mil reais, com uma entrada e mais duas prestações iguais, a primeira a ser paga depois de um ano e a segunda a ser paga depois de mais um ano. Lionel dispõe de 150 mil reais, que estão aplicados no banco, com rendimento de 50% ao ano.


Lionel prefere pagar a prazo. O valor máximo da entrada que Lionel deve pagar de modo que a opção a prazo seja preferível é de

  • A 60 mil reais.
  • B 50 mil reais.
  • C 40 mil reais.
  • D 30 mil reais.
  • E 20 mil reais.
24

Em um grupo de 55 pessoas, 32 jogam pôquer, 36 jogam truco, 34 jogam buraco, 18 jogam pôquer e truco, 21 jogam truco e buraco e 20 jogam buraco e pôquer.
Se há, no grupo, uma única pessoa que não joga quaisquer desses três jogos de cartas, então a quantidade de pessoas que jogam esses três jogos é

  • A 12.
  • B 11.
  • C 9.
  • D 7.
  • E 6.

Português

25

O outro marido


Era conferente da Alfândega — mas isso não tem importância. Somos todos alguma coisa fora de nós; o eu irredutível nada tem a ver com as classificações profissionais. Pouco importa que nos avaliem pela casca. Por dentro, sentia-se diferente, capaz de mudar sempre, enquanto a situação exterior e familiar não mudava. Nisso está o espinho do homem: ele muda, os outros não percebem.


Sua mulher não tinha percebido. Era a mesma de há 23 anos, quando se casaram (quanto ao íntimo, é claro). Por falta de filhos, os dois viveram demasiado perto um do outro, sem derivativo. Tão perto que se desconheciam mutuamente, como um objeto desconhece outro, na mesma prateleira de armário. Santos doía-se de ser um objeto aos olhos de d. Laurinha. Se ela também era um objeto aos olhos dele? Sim, mas com a diferença de que d. Laurinha não procurava fugir a essa simplificação, nem reparava; era de fato objeto. Ele, Santos, sentia-se vivo e desagradado.


Ao aparecerem nele as primeiras dores, d. Laurinha penalizou-se, mas esse interesse não beneficiou as relações do casal. Santos parecia comprazer-se em estar doente. Não propriamente em queixar-se, mas em alegar que ia mal. A doença era para ele ocupação, emprego suplementar. O médico da Alfândega dissera-lhe que certas formas reumáticas levam anos para ser dominadas, exigem adaptação e disciplina. Santos começou a cuidar do corpo como de uma planta delicada. E mostrou a d. Laurinha a nevoenta radiografia da coluna vertebral, com certo orgulho de estar assim tão afetado.


– Quando você ficar bom…


– Não vou ficar. Tenho doença para o resto da vida.


Para d. Laurinha, a melhor maneira de curar-se é tomar remédio e entregar o caso à alma do padre Eustáquio, que vela por nós. Começou a fatigar-se com a importância que o reumatismo assumira na vida do marido. E não se amolou muito quando ele anunciou que ia internar-se no Hospital Gaffrée Guinle.


– Você não sentirá falta de nada, assegurou-lhe Santos. Tirei licença com ordenado integral. Eu mesmo virei aqui todo começo de mês trazer o dinheiro.


(...) Pontualmente, Santos trazia-lhe o dinheiro da despesa, ficaram até um pouco amigos nessa breve conversa a longos intervalos. Ele chegava e saía curvado, sob a garra do reumatismo, que nem melhorava nem matava. A visita não era de todo desagradável, desde que a doença deixara de ser assunto. Ela notou como a vida de hospital pode ser distraída: os internados sabem de tudo cá de fora.


– Pelo rádio — explicou Santos. (...)


Santos veio um ano, dois, cinco. Certo dia não veio. D. Laurinha preocupou-se. Não só lhe faziam falta os cruzeiros; ele também fazia. Tomou o ônibus, foi ao hospital pela primeira vez, em alvoroço.


Lá ele não era conhecido. Na Alfândega informaram-lhe que Santos falecera havia quinze dias, a senhora quer o endereço da viúva?


– Sou eu a viúva — disse d. Laurinha, espantada.


O informante olhou-a com incredulidade. Conhecia muito bem a viúva do Santos, d. Crisália, fizera bons piqueniques com o casal na ilha do Governador. Santos fora seu parceiro de bilhar e de pescaria. Grande praça. Ele era padrinho do filho mais velho de Santos. Deixara três órfãos, coitado.


E tirou da carteira uma foto, um grupo de praia. Lá estavam Santos, muito lépido, sorrindo, a outra mulher, os três garotos. Não havia dúvida: era ele mesmo, seu marido. Contudo, a outra realidade de Santos era tão destacada da sua, que o tornava outro homem, completamente desconhecido, irreconhecível.


– Desculpe, foi engano. A pessoa a que me refiro não é essa — disse d. Laurinha, despedindo-se.


ANDRADE, Carlos Drummond. Disponível em: https://contobrasileiro.com.br/o-outromarido-cronica-de-carlos-drummond-deandrade/ (Adaptado)

Quanto à flexão verbal, assinale a alternativa que apresenta uma passagem do texto, retirada do 8º parágrafo, com verbo no pretérito maisque-perfeito do modo indicativo:

  • A “Pontualmente, Santos trazia-lhe o dinheiro da despesa, (...)”.
  • B “(...) ficaram até um pouco amigos nessa breve conversa a longos intervalos.”.
  • C “Ele chegava e saía curvado, sob a garra do reumatismo, (...)”.
  • D “A visita não era de todo desagradável, (...)”.
  • E “(...) desde que a doença deixara de ser assunto.”.
26

O outro marido


Era conferente da Alfândega — mas isso não tem importância. Somos todos alguma coisa fora de nós; o eu irredutível nada tem a ver com as classificações profissionais. Pouco importa que nos avaliem pela casca. Por dentro, sentia-se diferente, capaz de mudar sempre, enquanto a situação exterior e familiar não mudava. Nisso está o espinho do homem: ele muda, os outros não percebem.


Sua mulher não tinha percebido. Era a mesma de há 23 anos, quando se casaram (quanto ao íntimo, é claro). Por falta de filhos, os dois viveram demasiado perto um do outro, sem derivativo. Tão perto que se desconheciam mutuamente, como um objeto desconhece outro, na mesma prateleira de armário. Santos doía-se de ser um objeto aos olhos de d. Laurinha. Se ela também era um objeto aos olhos dele? Sim, mas com a diferença de que d. Laurinha não procurava fugir a essa simplificação, nem reparava; era de fato objeto. Ele, Santos, sentia-se vivo e desagradado.


Ao aparecerem nele as primeiras dores, d. Laurinha penalizou-se, mas esse interesse não beneficiou as relações do casal. Santos parecia comprazer-se em estar doente. Não propriamente em queixar-se, mas em alegar que ia mal. A doença era para ele ocupação, emprego suplementar. O médico da Alfândega dissera-lhe que certas formas reumáticas levam anos para ser dominadas, exigem adaptação e disciplina. Santos começou a cuidar do corpo como de uma planta delicada. E mostrou a d. Laurinha a nevoenta radiografia da coluna vertebral, com certo orgulho de estar assim tão afetado.


– Quando você ficar bom…


– Não vou ficar. Tenho doença para o resto da vida.


Para d. Laurinha, a melhor maneira de curar-se é tomar remédio e entregar o caso à alma do padre Eustáquio, que vela por nós. Começou a fatigar-se com a importância que o reumatismo assumira na vida do marido. E não se amolou muito quando ele anunciou que ia internar-se no Hospital Gaffrée Guinle.


– Você não sentirá falta de nada, assegurou-lhe Santos. Tirei licença com ordenado integral. Eu mesmo virei aqui todo começo de mês trazer o dinheiro.


(...) Pontualmente, Santos trazia-lhe o dinheiro da despesa, ficaram até um pouco amigos nessa breve conversa a longos intervalos. Ele chegava e saía curvado, sob a garra do reumatismo, que nem melhorava nem matava. A visita não era de todo desagradável, desde que a doença deixara de ser assunto. Ela notou como a vida de hospital pode ser distraída: os internados sabem de tudo cá de fora.


– Pelo rádio — explicou Santos. (...)


Santos veio um ano, dois, cinco. Certo dia não veio. D. Laurinha preocupou-se. Não só lhe faziam falta os cruzeiros; ele também fazia. Tomou o ônibus, foi ao hospital pela primeira vez, em alvoroço.


Lá ele não era conhecido. Na Alfândega informaram-lhe que Santos falecera havia quinze dias, a senhora quer o endereço da viúva?


– Sou eu a viúva — disse d. Laurinha, espantada.


O informante olhou-a com incredulidade. Conhecia muito bem a viúva do Santos, d. Crisália, fizera bons piqueniques com o casal na ilha do Governador. Santos fora seu parceiro de bilhar e de pescaria. Grande praça. Ele era padrinho do filho mais velho de Santos. Deixara três órfãos, coitado.


E tirou da carteira uma foto, um grupo de praia. Lá estavam Santos, muito lépido, sorrindo, a outra mulher, os três garotos. Não havia dúvida: era ele mesmo, seu marido. Contudo, a outra realidade de Santos era tão destacada da sua, que o tornava outro homem, completamente desconhecido, irreconhecível.


– Desculpe, foi engano. A pessoa a que me refiro não é essa — disse d. Laurinha, despedindo-se.


ANDRADE, Carlos Drummond. Disponível em: https://contobrasileiro.com.br/o-outromarido-cronica-de-carlos-drummond-deandrade/ (Adaptado)

Há um uso adequado do acento grave indicativo de crase apenas na opção:

  • A Não me dirigi à ela nem à ninguém durante a reunião.
  • B Os viajantes chegaram bem àquele território inóspito.
  • C Não costumo comprar nada à prazo.
  • D Ela se referiu à uma heroína do século XIX.
  • E Por causa da promoção, os produtos estavam orçados à partir de 1,99.
27

O outro marido


Era conferente da Alfândega — mas isso não tem importância. Somos todos alguma coisa fora de nós; o eu irredutível nada tem a ver com as classificações profissionais. Pouco importa que nos avaliem pela casca. Por dentro, sentia-se diferente, capaz de mudar sempre, enquanto a situação exterior e familiar não mudava. Nisso está o espinho do homem: ele muda, os outros não percebem.


Sua mulher não tinha percebido. Era a mesma de há 23 anos, quando se casaram (quanto ao íntimo, é claro). Por falta de filhos, os dois viveram demasiado perto um do outro, sem derivativo. Tão perto que se desconheciam mutuamente, como um objeto desconhece outro, na mesma prateleira de armário. Santos doía-se de ser um objeto aos olhos de d. Laurinha. Se ela também era um objeto aos olhos dele? Sim, mas com a diferença de que d. Laurinha não procurava fugir a essa simplificação, nem reparava; era de fato objeto. Ele, Santos, sentia-se vivo e desagradado.


Ao aparecerem nele as primeiras dores, d. Laurinha penalizou-se, mas esse interesse não beneficiou as relações do casal. Santos parecia comprazer-se em estar doente. Não propriamente em queixar-se, mas em alegar que ia mal. A doença era para ele ocupação, emprego suplementar. O médico da Alfândega dissera-lhe que certas formas reumáticas levam anos para ser dominadas, exigem adaptação e disciplina. Santos começou a cuidar do corpo como de uma planta delicada. E mostrou a d. Laurinha a nevoenta radiografia da coluna vertebral, com certo orgulho de estar assim tão afetado.


– Quando você ficar bom…


– Não vou ficar. Tenho doença para o resto da vida.


Para d. Laurinha, a melhor maneira de curar-se é tomar remédio e entregar o caso à alma do padre Eustáquio, que vela por nós. Começou a fatigar-se com a importância que o reumatismo assumira na vida do marido. E não se amolou muito quando ele anunciou que ia internar-se no Hospital Gaffrée Guinle.


– Você não sentirá falta de nada, assegurou-lhe Santos. Tirei licença com ordenado integral. Eu mesmo virei aqui todo começo de mês trazer o dinheiro.


(...) Pontualmente, Santos trazia-lhe o dinheiro da despesa, ficaram até um pouco amigos nessa breve conversa a longos intervalos. Ele chegava e saía curvado, sob a garra do reumatismo, que nem melhorava nem matava. A visita não era de todo desagradável, desde que a doença deixara de ser assunto. Ela notou como a vida de hospital pode ser distraída: os internados sabem de tudo cá de fora.


– Pelo rádio — explicou Santos. (...)


Santos veio um ano, dois, cinco. Certo dia não veio. D. Laurinha preocupou-se. Não só lhe faziam falta os cruzeiros; ele também fazia. Tomou o ônibus, foi ao hospital pela primeira vez, em alvoroço.


Lá ele não era conhecido. Na Alfândega informaram-lhe que Santos falecera havia quinze dias, a senhora quer o endereço da viúva?


– Sou eu a viúva — disse d. Laurinha, espantada.


O informante olhou-a com incredulidade. Conhecia muito bem a viúva do Santos, d. Crisália, fizera bons piqueniques com o casal na ilha do Governador. Santos fora seu parceiro de bilhar e de pescaria. Grande praça. Ele era padrinho do filho mais velho de Santos. Deixara três órfãos, coitado.


E tirou da carteira uma foto, um grupo de praia. Lá estavam Santos, muito lépido, sorrindo, a outra mulher, os três garotos. Não havia dúvida: era ele mesmo, seu marido. Contudo, a outra realidade de Santos era tão destacada da sua, que o tornava outro homem, completamente desconhecido, irreconhecível.


– Desculpe, foi engano. A pessoa a que me refiro não é essa — disse d. Laurinha, despedindo-se.


ANDRADE, Carlos Drummond. Disponível em: https://contobrasileiro.com.br/o-outromarido-cronica-de-carlos-drummond-deandrade/ (Adaptado)

O vocábulo corretamente grafado está presente na alternativa:

  • A Pretencioso.
  • B Inadmiscível.
  • C Sisudez.
  • D Enxarcado.
  • E Xávena.
28
A neblina da menopausa

         Neblina cerebral é queixa frequente na perimenopausa. Ela refere-se às dificuldades de concentração encontradas ao se fazerem contas ou tentar lembrar palavras e nomes de pessoas, ao comprometimento do raciocínio lógico e ao “cansaço mental” que se instalam quando as menstruações se tornam irregulares.
      Em cerca de 80% das mulheres, essas queixas costumam vir acompanhadas de crises de sensação de calor intenso e sudorese abundante, seguidas de um frio siberiano. São os fogachos, em linguagem popular — ou, para os médicos, sintomas vasoativos.             Essa fase, que algumas atravessam com poucos sintomas, provoca sofrimentos de longa duração à maioria delas: insônia, ressecamento da pele e das mucosas, dor às relações sexuais, infecções urinárias de repetição, inchaço, cólicas abdominais, diminuição da libido e fadiga, entre outros transtornos. Além disso, o psiquismo é invadido por pensamentos negativos, crises de choro inexplicável, irritabilidade e depressão.                 Infelizmente, a medicina levou séculos para se interessar pela fisiopatologia responsável por distúrbios cerebrais tão variados. Uma das primeiras descobertas aconteceu apenas na década de 1990, quando Naomi Rance, neuropatologista da Universidade do Arizona, demonstrou que, nas autópsias de mulheres na menopausa, o hipotálamo duplicava de tamanho às custas do aumento do número de neurônios. Como a essa região do cérebro é atribuído o controle da termorregulação e das sensações térmicas, Rance considerou que o achado deveria guardar relação com os sintomas vasoativos que afligem tantas mulheres.
        Esse trabalho inicial trouxe investimentos para a área dos medicamentos, uma vez que o único tratamento disponível era a reposição hormonal, com estrogênio e progesterona. Pesquisas com camundongos nos quais foi adaptado um pequeno dispositivo para medir as mudanças de temperatura, ocorridas depois da retirada dos ovários, permitiram avaliar a influência da neurocinina B no aparecimento dos sintomas vasoativos.
    Quando as moléculas de neuromicina B se ligam aos receptores ancorados na membrana dos neurônios, surgem os sintomas vasoativos. O contrário acontece quando esses receptores são bloqueados por manipulação farmacológica.
       A redução nas concentrações de estrogênio que chegam ao cérebro por ocasião da falência dos ovários tem grande impacto no metabolismo e no sistema imunológico do tecido cerebral de seres humanos e de roedores. A presença de estrogênio é fundamental para a captura e o metabolismo da glicose, a principal fonte de energia para eles. 
     Na perimenopausa, as irregularidades menstruais refletem o sobe e desce na produção de estrogênio. Essas variações imprevisíveis não dão tempo para que o metabolismo dos circuitos cerebrais de neurônios se adapte às novas circunstâncias. A alteração resultante pode provocar um processo inflamatório no cérebro que contribui para as queixas de “neblina” e para o aumento do risco de doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson.
      Por outro lado, o aparecimento do fezolinetant, primeiro medicamento não hormonal para tratamento dos fogachos, representa uma mudança de paradigma. A menopausa deixa de ser interpretada apenas como uma condição restrita aos ovários, para ser considerada um fenômeno biológico complexo, que interfere nas funções de múltiplos órgãos e na neurobiologia do cérebro.

(Fonte: Drauzio Varella. A neblina da menopausa — adaptado.)

Com relação à pontuação, assinalar a alternativa em que a proposição de acréscimo ou de retirada de vírgula ALTERA o sentido da frase original:

  • A “Rance considerou que o achado deveria guardar relação com os sintomas vasoativos que afligem tantas mulheres” — acréscimo de vírgula após “vasoativos”.
  • B “Além disso, o psiquismo é invadido por pensamentos negativos, crises de choro inexplicável, irritabilidade e depressão” — retirada da vírgula após “Além disso”.
  • C “Esse trabalho inicial trouxe investimentos para a área dos medicamentos, uma vez que o único tratamento disponível era a reposição hormonal, com estrogênio e progesterona” — retirada da vírgula após “hormonal”.
  • D “Na perimenopausa, as irregularidades menstruais refletem o sobe e desce na produção de estrogênio” — retirada da vírgula após “perimenopausa”.
  • E “A alteração resultante pode provocar um processo inflamatório no cérebro que contribui para as queixas de ‘neblina’ e para o aumento do risco de doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson” — acréscimo de vírgula após “neurodegenerativas”.
29

Em todas as frases a seguir há um termo sublinhado. Se deslocarmos esse termo para o lugar na frase marcado por um asterisco (*), não vamos precisar empregar vírgulas em

  • A Nenhum homem (*) adquire propriedade sem aprender aritmética.
  • B (*) Não basta saber falar para ser gente.
  • C (*) Tenho elementos de candomblé apesar de ser cartesiano.
  • D Até um imbecil (*) passa por inteligente se ficar calado.
  • E Tudo (*) é enigma e problema atualmente.
30


A frase abaixo que mostra uma forma inadequada do termo sublinhado é:

  • A Trabalho duro nunca matou ninguém, mas por que arriscar?;
  • B Se disserem que o crime não compensa, você tem que lembrar que é porque, quando compensa, não é crime;
  • C É de justiça, e não de caridade, que o mundo precisa, mas por quê?;
  • D Tem gente que se acha honesta só porque não sabia da mamata;
  • E Não sei porque dizem que a justiça é cega.
31
   José Dias tratava-me com extremos de mãe e atenções de servo. A primeira cousa que consegui, logo que comecei a andar fora, foi dispensar-me o pajem; fez-se pajem, ia comigo à rua. Cuidava dos meus arranjos em casa, dos meus livros, dos meus sapatos, da minha higiene e da minha prosódia. Aos oito anos os meus plurais careciam, alguma vez, da desinência exata, ele a corrigia, meio sério para dar autoridade à lição, meio risonho para obter o perdão da emenda. Ajudava assim o mestre de primeiras letras. Mais tarde, quando o Padre Cabral me ensinava latim, doutrina e história sagrada, ele assistia às lições, fazia reflexões eclesiásticas, e, no fim, perguntava ao padre: “Não é verdade que o nosso jovem amigo caminha depressa?” Chamava-me “um prodígio”; dizia a minha mãe ter conhecido outrora meninos muito inteligentes, mas que eu excedia a todos esses, sem contar que, para a minha idade, possuía já certo número de qualidades morais sólidas. Eu, posto não avaliasse todo o valor deste outro elogio, gostava do elogio; era um elogio.

(Machado de Assis, Dom Casmurro)

No texto, o sinal indicativo da crase poderia ser empregado no termo destacado em:

  • A ... os meus plurais careciam, alguma vez, da desinência exata, ele a corrigia...
  • B ... para a minha idade, possuía já certo número de qualidades morais sólidas.
  • C ... mas que eu excedia a todos esses...
  • D ... dizia a minha mãe ter conhecido outrora meninos muito inteligentes...
  • E A primeira cousa que consegui logo que comecei a andar fora...
32

Analise a seguinte frase:
“No trançado da história, o que interessa, afinal, é o resultado”. (Millôr Fernandes)
O modo de reescrever essa frase que modifica o seu sentido original, é:

  • A No trançado da história, o resultado, afinal, é o que interessa.
  • B No trançado da história, o resultado é o que, afinal, interessa.
  • C O que interessa no trançado da história, afinal, é o resultado.
  • D O que interessa, no trançado, afinal, da história é o resultado.
  • E O resultado é, afinal, o que interessa no trançado da história.
33

Assinale a frase que se apoia numa argumentação objetiva.

  • A De todas as enfermidades que acometem o espírito, o ciúme é aquela à qual tudo serve de alimento e nada serve de remédio.
  • B Hoje não se pode viver sem um celular; quem não o possui fica à margem de boa parte da vida social.
  • C O turista declarou que o país africano era muito inseguro, pois foi roubado logo ao desembarcar.
  • D Nunca subestime o seu poder de mudar a si mesmo, pois, segundo os psicólogos, cerca de 60% das pessoas o conseguem.
  • E A dificuldade reside não nas novas ideias, mas em escapar das velhas ideias.
34

Assinale a frase em que houve confusão entre “todo/a” e “todo o/ toda a”, provocando o aparecimento de um erro de norma culta.

  • A Se um poeta consegue expressar a sua infelicidade com toda a felicidade, como é que poderá ser infeliz?
  • B Quando o mar está calmo, todo o mundo pode ser timoneiro.
  • C Toda a concepção moderna do mundo tem como fundamento a ilusão de que as chamadas leis da natureza sejam as explicações dos fenômenos naturais.
  • D Toda a ordem dos céus e todas as coisas que preenchem a terra não possuem nenhuma subsistência sem uma mente.
  • E O infinito é uma esfera infinita, cujo centro está em toda parte e a circunferência em nenhum lugar.

Pedagogia

35
Assim, se inevitavelmente o desenvolvimento da criança está social e culturalmente mediatizado, é mais importante que se explicite e controle conscientemente tal influência de modo que, no processo educativo formal e informal, possam ser detectados seus efeitos e estabelecer seu valor no processo de construção autônoma do novo indivíduo. Uma vez aceita essa premissa, a teoria destaca a importância, também fundamental, da instrução como método mais direto e eficaz para introduzir a criança no mundo cultural do adulto, cujos instrumentos simbólicos serão essenciais para seu desenvolvimento autônomo.
Adaptado de GÓMEZ, A. I. P. A aprendizagem escolar: da didática operatória à reconstrução da cultura na sala de aula. Porto Alegre: Artmed, 2000, p.55.
A respeito do processo de aprendizagem escolar o texto se refere à teoria de
  • A Philippe Ariès.
  • B Jean Piaget.
  • C Lev Vygotsky.
  • D Paulo Freire.
  • E Henri Wallon.
36

Analise as afirmativas abaixo, que tratam da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) nº 9.394/1996, sobre a educação básica.

I. A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para permanecer no trabalho e em estudos atuais.

II. A educação básica pode organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, grupos não seriados, com base na aprovação ou reprovação, na competência e em outros critérios, ou por forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar.

III. Os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio devem se orientar pela base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos.

Assinale a alternativa correta.

  • A Apenas as afirmativas I e III estão corretas
  • B Apenas a afirmativa III está correta
  • C Apenas as afirmativas I e II estão corretas
  • D As afirmativas I, II e III estão corretas
  • E Apenas as afirmativas II e III estão corretas
37

A LDB, em seu Artigo 21, determina que a educação brasileira se organiza em dois níveis: educação básica e educação superior.

Avalie as afirmações sobre a organização da educação brasileira.
I - A educação básica tem por finalidade desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.
II - A educação básica compreende as etapas: educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e educação especial.
III - A educação infantil é a primeira etapa da educação básica; tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.
IV - Com a aprovação da Lei nº 11.274/2006 foi estabelecida a ampliação do ensino fundamental de oito para nove anos, a partir dos seis anos de idade.

Está correto apenas o que se afirma em

  • A I.
  • B II.
  • C IV.
  • D II e III.
  • E I, III e IV.
38

Considerando-se a Lei nº 8.069/1990 — ECA, analisar os itens abaixo:
I. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, porém não podem participar da definição das propostas educacionais. II. Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino.

  • A Os itens I e II estão corretos.
  • B Somente o item I está correto.
  • C Somente o item II está correto.
  • D Os itens I e II estão incorretos.
39

Considerando-se o ECA, a formação técnico-profissional obedecerá aos seguintes princípios:
I. Garantia de acesso e frequência facultativa ao Ensino Regular. II. Horário especial para o exercício das atividades. III. Atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente.
Está(ão) CORRETO(S):

  • A Somente o item I.
  • B Somente o item II.
  • C Somente os itens I e III.
  • D Somente os itens II e III.
40

Segundo o ECA, o programa que consiste em estabelecer e proporcionar à criança e ao adolescente vínculos externos à instituição para fins de convivência familiar e comunitária e colaboração com o seu desenvolvimento nos aspectos social, moral, físico, cognitivo, educacional e financeiro é o(a):

  • A Direito à liberdade.
  • B Apadrinhamento.
  • C Garantia de prioridade.
  • D Adoção.
41

Nos termos da Lei nº 9.394/1996 — Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), a Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança:

  • A A partir dos quatro anos de idade.
  • B A partir dos cinco anos de idade.
  • C De até seis anos de idade.
  • D De até cinco anos de idade.
42

Considerando-se a LDB, analisar a sentença abaixo:
A Educação Infantil será oferecida em creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até 5 anos de idade (1ª parte). O Ensino Fundamental obrigatório, iniciando-se aos 6 anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão (2ª parte).
A sentença está:

  • A Totalmente correta.
  • B Correta somente em sua 1ª parte.
  • C Correta somente em sua 2ª parte.
  • D Totalmente incorreta.
43

O banho constitui atividade que proporciona conforto e bem-estar, além de manter a saúde da pele. Na instituição de Educação Infantil, são procedimentos e atitudes adequados quando o banho se fizer necessário:
I. Falar para a criança que ela irá tomar banho (ainda que seja bebê). II. Em primeiro lugar, colocar o pé da criança para verificar a temperatura da água. Se ela não chorar, está em temperatura ideal. III. Ao final do banho, secar bem dobras, espaços interdigitais e região retroauricular (atrás da orelha) antes de vestir a criança.
Estão CORRETOS:

  • A Somente os itens I e II.
  • B Somente os itens I e III.
  • C Somente os itens II e III.
  • D Todos os itens.
44

Os princípios educativos baseados na psicologia de Vygotsky colocaram em evidência uma explicação de desenvolvimento sociogenética, em que o indivíduo aprende em interação com:

  • A A metodologia.
  • B A cultura.
  • C O objeto.
  • D O docente.