Resolver o Simulado Agente Administrativo - Assistente Administrativo - VUNESP - Nível Médio

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Redação Oficial

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Considere o Manual de Redação da Presidência da República para responder a questão.

Leia a seguinte definição de documento oficial.
    Instrumento de comunicação oficial entre os Chefes dos Poderes Públicos, notadamente enviada pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo para informar sobre fato da administração pública; para expor o plano de governo por ocasião da abertura de sessão legislativa; para submeter ao Congresso Nacional matérias que dependem de deliberação de suas Casas; para apresentar veto; enfim, fazer comunicações do que seja de interesse dos Poderes Públicos e da Nação.
(BRASIL, Manual de Redação da Presidência da República, 2018. Adaptado)
Trata-se de

  • A memorando.
  • B declaração.
  • C ofício.
  • D e-mail.
  • E mensagem.
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Considere o Manual de Redação da Presidência da República para responder a questão.

Leia o seguinte trecho:
Com foco em oferecer qualidade de vida e segurança à distinta população, a Prefeitura desencadeia plano de ação para a região Central desta cidade, já alinhado com o projeto de Revitalização do Centro. Constatado, com enorme agilidade e precisão, o resultado positivo da consulta ao respeitoso povo desta cidade, verificou-se que a esmagadora e ampla maioria da população daquela respeitosa e progressista cidade manifestou-se pelo efusivo e incontestável apoio ao primoroso plano de ação da Prefeitura.
Com relação aos atributos de clareza e concisão, o trecho peca, principalmente, por apresentar

  • A emprego de advérbios desnecessários.
  • B adjetivação excessiva.
  • C muitas e incorretas intercalações de orações.
  • D excesso de frases na ordem inversa.
  • E pontuação inadequada.
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Considere o Manual de Redação da Presidência da República para responder a questão.

Considere a seguir parte de ofício hipotético de um Deputado Federal endereçado ao Presidente da República.  Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do ofício.

  • A Excelentíssimo Senhor Presidente da República ... Vossa Excelência ... vos ... Respeitosamente
  • B Excelentíssimo Presidente da República ... Vossa Excelência ... o ... Atenciosamente
  • C Ilustríssimo Senhor Presidente da República ... Vossa Senhoria ... vos ... Respeitosamente
  • D Excelentíssimo Senhor Presidente da República ... Vossa Excelência ... o ... Respeitosamente
  • E Ilustríssimo Senhor Presidente da República ... Vossa Senhoria ... vos ... Atenciosamente
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Para responder a questão, considere o Manual de Redação da Presidência da República – 3ª edição, revista, atualizada e ampliada

Uma das convenções estabelecidas na linguagem escrita é o que chamamos de paralelismo, ou seja, apresentar ideias semelhantes numa forma gramatical idêntica. Portanto, constitui erro ao conferir forma não paralela a elementos paralelos.
Assinale a alternativa cuja frase obedece à norma-padrão de paralelismo.

  • A Pelo ofício circular, recomendou-se aos Ministérios economizar energia e que elaborassem planos de redução de despesas.
  • B Pelo ofício circular, foi recomendado aos Ministérios que economizassem energia e elaborar planos de redução de despesas.
  • C Pelo ofício circular, recomendou-se aos Ministérios que economizassem energia e elaborassem planos para redução de despesas.
  • D No discurso de posse, mostrou determinação, não ser inseguro, inteligência e ter ambição.
  • E No discurso de posse, mostrou determinação, não ser inseguro, ter inteligência e demonstrar ambição.
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Para responder a questão, considere o Manual de Redação da Presidência da República – 3ª edição, revista, atualizada e ampliada

Todo texto oficial deve primar pela clareza. Assim, devem ser evitados textos ambíguos que possam gerar equívocos de compreensão.
A frase que atende ao requisito clareza, evitando a ambiguidade, está na alternativa:

  • A O Ministro comunicou a seu secretário que ele seria exonerado.
  • B O Deputado saudou o Presidente da República e solicitou sua intervenção no seu Estado.
  • C Sendo indisciplinado, o professor advertiu o aluno.
  • D Roubaram a mesa do escritório em que eu costumava trabalhar.
  • E Depois que o professor corrigiu o trabalho, foi chamado por um aluno.
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Para responder a questão, considere o Manual de Redação da Presidência da República – 3ª edição, revista, atualizada e ampliada

Considerando as partes de um documento no padrão ofício, assinale a alternativa em que constem, correta e respectivamente, a grafia de local e data, e o pronome de tratamento que deve ser empregado no endereçamento de comunicação dirigida às autoridades tratadas por “Vossa Excelência”.

  • A Bady Bassitt 25 de Dezembro de 2022. / A Sua Excelência o Senhor
  • B Bady Bassitt, 25 de dezembro de 2022. / A Sua Excelência o Senhor
  • C Bady Bassitt 25 de dezembro de 2022 / A Vossa Excelência
  • D Bady Bassitt, 25 de dezembro de 2022 / A Vossa Excelência o Senhor
  • E Bady Bassitt, 25 de Dezembro de 2022. / A Vossa Excelência a Senhora
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Assinale a alternativa que apresenta afirmação correta a respeito do uso e da concordância dos pronomes de tratamento em um documento oficial.

  • A Os pronomes de tratamento são usados tanto no endereçamento quanto no vocativo e no corpo do texto.
  • B No endereçamento ao Presidente da República deve- -se usar a expressão “A Vossa Excelência o Senhor”.
  • C Os pronomes possessivos referidos a pronomes de tratamento são usados na segunda pessoa do singular.
  • D O gênero concorda com a locução, como na frase “Vossa Excelência está atarefada”, mesmo no caso de um interlocutor homem.
  • E A locução “Vossa Senhoria” caiu em desuso e, portanto, não deve ser utilizada em qualquer uma das comunicações do Poder Público.
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É correto afirmar que a clareza nos documentos oficiais resulta, entre outras coisas, da

  • A presença de impressões individuais de quem comunica.
  • B utilização de frases curtas e bem estruturadas.
  • C manutenção de detalhes supérfluos do texto.
  • D transmissão de informações de forma impessoal.
  • E substituição de itens lexicais que se repetem.
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Assinale a alternativa que apresenta atributos fundamentais da redação oficial.

  • A Coesão, clareza, linguagem burocrática e tratamento pessoal.
  • B Linguagem rebuscada, neologismo, formalidade e padronização.
  • C Clareza, concisão, impessoalidade e coesão.
  • D Impessoalidade, coerência, redução e subordinação.
  • E Uso da norma-padrão da língua, coesão, especificidade e elaboração.
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Assinale a alternativa em que o emprego da expressão destacada está em conformidade com as orientações do Manual de Redação da Presidência da República.

  • A Os documentos foram todos apresentados, posto que a contratação ainda demore.
  • B O domínio da rotina administrativa melhora na medida em que o tempo transcorre.
  • C Quanto ao cheque e ao recibo, é lícito citar que ambos os dois foram apresentados.
  • D A área de educação não precisa de concurso, enquanto que a saúde vai realizar dois.
  • E As alterações dos documentos devem ser feitas a partir das orientações do Manual.
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Suponha que Luana é servidora da Unesp e precisa enviar uma comunicação com agilidade expondo um projeto novo para uma outra servidora também da Unesp que está hierarquicamente em nível diferente do seu. Com base no Manual de Redação Oficial e Padronização de atos administrativos da Unesp, é correto afirmar que Luana deverá utilizar

  • A um ofício, que deve ser escrito com linguagem simples e direta.
  • B uma representação, que deve ser escrito com linguagem formal e rebuscada.
  • C um memorando, que deve ser escrito em linguagem simples, direta e clara, com objetividade e precisão.
  • D um comunicado, que deve ser escrito com linguagem formal.
  • E uma cota, que deve ser escrita com linguagem simples, direta e clara, com objetividade e precisão.
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Assinale a alternativa em que o emprego da expressão destacada atende à orientação do Manual de Redação Oficial e de Padronização de Atos Administrativos da Unesp.

  • A Acusamos o recebimento da documentação necessária à progressão docente.
  • B Seguem anexos os documentos comprobatórios da titulação docente exigida.
  • C No que diz respeito ao assunto em tela, reitera-se a necessidade de orientações.
  • D Vimos, através desta, solicitar a Vossa Senhoria a assinatura dos documentos.
  • E Devido à pandemia, as atividades presenciais serão suspensas temporariamente.
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No que diz respeito à identificação do expediente, o Manual de Redação da Presidência da República orienta que os documentos oficiais devem ser identificados com o nome do documento, a indicação de numeração e as informações do documento, que estão corretamente exemplificados em:

  • A OFÍCIO NÚMERO 652/SAA/SE/MT.
  • B OF. NÚM. 652/2018/SAA/SE/MT.
  • C OFÍCIO Nº 652/2018/SAA/SE/MT
  • D OFC. N. 652-SAA-SE-MT.
  • E OFÍCIO NRO. 652/SAA-SE-MT.
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De acordo com o Manual de Redação da Presidência da República, no padrão ofício, o vocativo e o fecho do documento são:

  • A opcionais: o primeiro, na forma de tratamento “Vossa Senhoria”, independentemente de quem receberá o expediente; o segundo, limitado à forma “Atenciosamente”, colocada sempre após a forma “Sem mais”.
  • B obrigatórios: o primeiro, na forma de tratamento adequada para quem receberá o expediente, observando o correlato pronome de tratamento; o segundo, limitado às formas “Respeitosamente” e “Atenciosamente”, conforme a relação hierárquica.
  • C dispensáveis, uma vez que a redação oficial visa alinhar-se à comunicação contemporânea, que se configura por ser mais ágil, reforçando os aspectos de concisão para a elaboração de textos mais claros e precisos.
  • D obrigatórios: o primeiro, na forma de tratamento “o/a Senhor/a”, conforme quem receberá o expediente; o segundo, limitado à forma “Reiteramos nossos votos de estima e admiração”, que reforça a relação hierárquica entre as partes.
  • E opcionais: o primeiro, na forma de tratamento “o/a Senhor/a”, conforme quem receberá o expediente; o segundo, limitado à forma “Respeitosamente”, colocada sempre após a forma “Subscrevemo-nos”.
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Uma característica da redação oficial é a impessoalidade, devidamente exemplificada com o seguinte enunciado:

  • A Encaminho o relatório no qual se faz uma análise admirável do perfil dos candidatos aprovados no último concurso.
  • B A inauguração do posto de saúde foi emocionante, sobretudo nesse triste momento de pandemia que estamos vivendo.
  • C Com a sua contratação, este departamento espera que aqui você atue como em sua vida particular, alegre e vivaz.
  • D A relação dos candidatos aprovados na primeira fase do concurso será divulgada uma semana após a realização da prova.
  • E Os funcionários públicos sabemos da relevância do nosso trabalho para sociedade e do amor que esta tem por nós.
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A coesão e a coerência são atributos da redação oficial e estão devidamente preservadas no enunciado:

  • A Convidamos Vossa Senhoria a compor a mesa-redonda sobre educação ambiental, aonde suas pesquisas na área se delineiam relevantes no contexto atual. O evento, no qual outros pesquisadores de renome nacional e internacional virão, talvez seja uma oportunidade para que a sociedade discuta a questão, com o intuito de imputar às próximas gerações um mundo melhor.
  • B Convidamos Vossa Senhoria para compor a mesa-redonda sobre educação ambiental, tanto que suas pesquisas na área são relevantes no contexto atual. O evento, o qual participarão outros pesquisadores de renome nacional e internacional, certamente será uma oportunidade para a sociedade repensar a questão, com o intuito de restringir às próximas gerações um mundo melhor.
  • C Convidamos Vossa Senhoria para a composição da mesa-redonda de educação ambiental, que suas pesquisas na área emergem relevantes no contexto atual. O evento, que haverá outros pesquisadores de renome nacional e internacional, onde obviamente será uma oportunidade para a sociedade repensar a questão, com o intuito de oferecer às próximas gerações um mundo melhor.
  • D Convidamos Vossa Senhoria a compor a mesa-redonda para educação ambiental, a qual suas pesquisas na área se configuram relevantes no contexto atual. O evento, do qual outros pesquisadores de renome nacional e internacional estarão presentes, certamente será uma oportunidade da sociedade dirimir a questão, ainda que não se garanta às próximas gerações um mundo melhor.
  • E Convidamos Vossa Senhoria para compor a mesa-redonda sobre educação ambiental, uma vez que suas pesquisas na área se mostram relevantes no contexto atual. O evento, que contará com outros pesquisadores de renome nacional e internacional, certamente será uma oportunidade para que a sociedade repense a questão, com o intuito de garantir às próximas gerações um mundo melhor.
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De acordo com o Manual de Redação Oficial e Padronização de atos administrativos da Unesp, os atos administrativos internos, pelos quais os chefes de órgãos, repartições ou serviços expedem determinações gerais ou especiais a seus subordinados, ou designam servidores para funções e cargos secundários, são denominados de

  • A deliberações.
  • B regimentos.
  • C regulamentos.
  • D resoluções.
  • E portarias.
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A respeito da Redação Oficial, assinale a alternativa que está de acordo com o Manual de Redação Oficial e Padronização de atos administrativos da Unesp.

  • A Deve-se utilizar sempre letra maiúscula quando quiser demonstrar mais modernidade, simplicidade e menos “poluição” nos atos oficiais.
  • B Deve-se utilizar o pronome de tratamento Vossa Excelência nas comunicações direcionadas aos Reitores.
  • C Na redação oficial é inoportuno o uso do plural de modéstia.
  • D Nas comunicações oficiais, deve-se sempre utilizar digníssimo (DD) e mui digno (MD), assim como o superlativo ilustríssimo (ILMO) para as autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria.
  • E Deve-se utilizar o pronome de tratamento Vossa Senhoria para autoridades como Pró-Reitores, Assessores, Diretores, Coordenadores, Chefes de Departamento, Supervisores de Seções, servidores em geral e particulares.
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Suponha que Maurício, servidor da Unesp, encaminhou um ofício a um outro servidor da Universidade. Um dos trechos do ofício estava assim redigido: “Com o propósito de ilustrar os assuntos em tela, através desta comunicação encaminhamos anexo contendo os memoriais descritivos. [...] Conforme o assunto em epígrafe, outrossim comunicamos que no dia 05 de dezembro haverá suspensão do sinal do wi-fi por 30 (trinta) minutos, com o propósito de atualizar o sistema interno”. Em face da modernização e atualização das comunicações, assinale a alternativa que está de acordo com o Manual de Redação Oficial e Padronização de atos administrativos da Unesp.

  • A Maurício redigiu o ofício em consonância com o que propunha o Manual de Redação, uma vez que o trecho destacado foi escrito respeitando a modernização necessária dos atos oficiais.
  • B A única expressão que deveria ser trocada no texto é “conforme assunto em epígrafe”, que deveria ser substituída por “em referência”.
  • C “Com o propósito de”, “assuntos em tela”, “através desta”, “encaminhamos anexo”, “conforme o assunto em epígrafe”, “outrossim” e “com o propósito de” são todas expressões que deveriam ser substituídas, tendo em vista a modernização e atualização necessárias das comunicações.
  • D Apenas “outrossim” não deveria estar no texto, que poderia ser substituído por “igualmente”.
  • E Somente “conforme assunto em epígrafe” e “outros-sim” não deveriam estar na comunicação encaminhada por Maurício.
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A respeito da Composição e Padronização dos Atos Administrativos, assinale a alternativa que está de acordo com o Manual de Redação Oficial e Padronização de atos administrativos da Unesp.

  • A Para a digitação dos documentos da Universidade deve-se utilizar a fonte Times New Roman ou Arial, de corpo 12, entre linhas, simples.
  • B Deve-se sempre ser empregado negritos, itálicos, sublinhados e bordas, para dar personalidade para o ato administrativo.
  • C A identificação dos documentos administrativos e de comunicação é alinhada à direita da página.
  • D O vocativo é constituído pelo pronome de tratamento devidamente adequado, devendo ser alinhado à direita da página e finalizado por ponto final (.).
  • E Os fechos devem ser centralizados na folha e finalizados com ponto final (.).

Matemática

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Sabe-se que a razão entre as medidas, em centímetros, do comprimento e da largura de um tampo de mesa retangular é de 7 para 3, e que a diferença entre essas medidas é igual a 120 cm. Nessas condições, é correto afirmar que a medida da largura desse tampo é igual a

  • A 70 cm.
  • B 75 cm.
  • C 80 cm.
  • D 85 cm.
  • E 90 cm.
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Uma fórmula muito usada por motoristas de aplicativos, para saber se vale mais a pena abastecer o carro de motor flex com gasolina ou álcool (etanol), é dividir o preço do litro de etanol pelo da gasolina. Se o resultado for maior do que 0,7, é mais vantajoso abastecer o carro com gasolina, se for menor do que 0,7 é mais vantajoso abastecer o carro com etanol e, se for igual a 0,7, é indiferente abastecer o carro com gasolina ou etanol.
Renan, que é motorista de aplicativo, fez as contas por essa fórmula e verificou que seria mais vantajoso abastecer seu carro com etanol, já que o preço do litro de gasolina estava R$ 5,10. O preço do litro de etanol usado nos cálculos de Renan, necessariamente,

  • A era maior do que R$ 4,40.
  • B estava entre R$ 3,50 e R$ 3,57.
  • C era menor do que R$ 3,50.
  • D estava entre R$ 3,57 e R$ 4,40.
  • E era menor do que R$ 3,57.
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De acordo com a escala de um mapa, cada 6 cm de distância no mapa corresponde a uma distância real de 19 km. Uma distância real de 570 m corresponde, nesse mapa, a distância de

  • A 1,8 mm.
  • B 18 mm.
  • C 18 cm.
  • D 9 mm.
  • E 9 cm.
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A figura indica a altura de duas pilhas envolvendo cinco retângulos idênticos e três quadrados idênticos. Sabe-se, ainda, que a largura do retângulo é igual a medida do lado do quadrado.
Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas
Na condição dada, a área de cada um dos cinco retângulos da figura, em cm2 , é igual a 

  • A 32,00.
  • B 20,48.
  • C 27,52.
  • D 10,89.
  • E 10,24.
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O preço à vista de um celular é de R$ 1.280,00. Caso o comprador queira pagar a prazo, em 10 prestações mensais fixas, cada prestação será de R$ 153,60. Nesse caso, o acréscimo que o comprador pagará, em relação ao preço do pagamento à vista, corresponderá a:

  • A 16%
  • B 18%
  • C 15%
  • D 20%
  • E 12%

Português

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   José Dias tratava-me com extremos de mãe e atenções de servo. A primeira cousa que consegui, logo que comecei a andar fora, foi dispensar-me o pajem; fez-se pajem, ia comigo à rua. Cuidava dos meus arranjos em casa, dos meus livros, dos meus sapatos, da minha higiene e da minha prosódia. Aos oito anos os meus plurais careciam, alguma vez, da desinência exata, ele a corrigia, meio sério para dar autoridade à lição, meio risonho para obter o perdão da emenda. Ajudava assim o mestre de primeiras letras. Mais tarde, quando o Padre Cabral me ensinava latim, doutrina e história sagrada, ele assistia às lições, fazia reflexões eclesiásticas, e, no fim, perguntava ao padre: “Não é verdade que o nosso jovem amigo caminha depressa?” Chamava-me “um prodígio”; dizia a minha mãe ter conhecido outrora meninos muito inteligentes, mas que eu excedia a todos esses, sem contar que, para a minha idade, possuía já certo número de qualidades morais sólidas. Eu, posto não avaliasse todo o valor deste outro elogio, gostava do elogio; era um elogio.

(Machado de Assis, Dom Casmurro)

No texto, o sinal indicativo da crase poderia ser empregado no termo destacado em:

  • A ... os meus plurais careciam, alguma vez, da desinência exata, ele a corrigia...
  • B ... para a minha idade, possuía já certo número de qualidades morais sólidas.
  • C ... mas que eu excedia a todos esses...
  • D ... dizia a minha mãe ter conhecido outrora meninos muito inteligentes...
  • E A primeira cousa que consegui logo que comecei a andar fora...
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Leia o texto, para responder a questão.

Enganos

        Difícil quem nunca passou por algum engano nesta vida. Dos pequenos, bizarros, aos mais cruéis – ciladas; enganos da avaliação errada, distorcida, conduzida pela ingenuidade ou pela miopia, quando faltam sagacidade, apuração, conhecimento. E dá na tal história: “pensei que era joia rara, era bijuteria”.     

    E vai da melancia que alguém disse ser doce, ao profissional que se consultou, passando por amizades, relacionamentos amorosos, negócios em sociedade e uma fieira infinita de eteceteras. Algum dia você é enganado!

            Melhor do que enganar, sabia? Por piores que sejam os danos, as perdas, os males, melhor, bem melhor será o resgate daquele que foi enganado do que o fim do usurpador. Mesmo com uma justiça tão injusta, humana e falha, mesmo assim, melhor é não estar no balcão dos malfeitores.

            Baltasar Gracián y Morales, importante prosador do séc. XVII, escreveu: “ninguém mais fácil de enganar que um homem honesto, muito confia quem nunca engana”. E é assim mesmo. Quem tem a honestidade como primícia enxerga o outro da mesma forma, com as lentes do seu bom coração, da ética, de valores corretos e verdades.

            O fato é que enganos são astúcias de um inimigo muito bem preparado. O sacerdote inglês Charles Caleb Colton deixou a seguinte pérola: “há enganos tão bem elaborados que seria estupidez não ser enganado por eles”.

          Encerro com o filósofo Ralph Waldo Emerson. Numa carta de 1854, para a filha Ellen, ele escreveu linda e bondosamente: “Termine cada dia e esteja contente com ele. Você fez o que pôde. Alguns enganos e tolices se infiltraram indubitavelmente; esqueça-os tão logo você consiga. Amanhã é um novo dia; comece-o bem e serenamente com um espírito elevado demais para ser incomodado pelas tolices do passado.”

        Então, houve enganos? Perdoe-os e perdoe-se e siga em frente!

(Elma E. Bassan Mendes, Diário da Região, 21.01.2023. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a expressão entre colchetes substitui o trecho destacado de acordo com a norma- -padrão de emprego do pronome.

  • A Você enxerga o outro da mesma forma; você vê o outro com as lentes do seu coração. [lhe vê]
  • B Amanhã é um novo dia; vivam o amanhã com serenidade. [vivam-no
  • C Enganar o outro chega a doer; respeitar o outro é a regra. [respeitar-lhe]
  • D Esteja contente com cada dia; termine o dia feliz. [termine ele]
  • E Alguns enganos se infiltraram; apaguem os enganos de sua memória. [apaguem-os]
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    Por causa de falta de acompanhamento médico, as mortes maternas aumentaram ou estagnaram em quase todas as regiões do mundo: em média, uma mulher morre durante a gravidez ou no parto a cada 2 minutos, de acordo com o relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) “Tendências na mortalidade materna”, divulgado em fevereiro. O total das mulheres grávidas que não fazem nem quatro dos oito exames recomendados durante a gravidez ou não recebem cuidados essenciais após o parto é de aproximadamente um terço delas, enquanto cerca de 270 milhões não têm acesso a métodos modernos de planejamento familiar. Em 2020, cerca de 70% de todas as mortes maternas ocorreram na África subsaariana, em razão de sangramento grave, pressão alta, infecções relacionadas à gravidez, complicações de aborto inseguro e doenças como HIV/Aids ou malária, que podem ser agravadas pela gravidez. No Chade, a taxa média de mortalidade é de 1063 mulheres para cada 100 mil nascidos vivos. Na Alemanha, de 5 para cada 100 mil.

(Pesquisa Fapesp. https://revistapesquisa.fapesp.br,
Edição 326, abril de 2023. Adaptado)

Assinale a alternativa em que o enunciado está em conformidade com as informações do texto e com a norma-padrão.

  • A Cerca de 270 milhões de mulheres não dispõe de acesso a métodos de planejamento familiar, ficando vulnerável a uma série de problemas.
  • B O relatório da OMS mostra que cerca de um terço das mulheres grávidas não faz nem metade dos exames pré-natais recomendados.
  • C Ainda que se recomende exames às mulheres grávidas, a maioria delas têm se mostrado contrária à realização desse controle médico.
  • D O aumento das mortes maternas sinalizam para a necessidade de garantir às mulheres acesso aos cuidados essenciais em saúde.
  • E De acordo com a OMS, falta empenho das mulheres grávidas para realizar os exames pré-natal que mantém em dia sua saúde.
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    Por causa de falta de acompanhamento médico, as mortes maternas aumentaram ou estagnaram em quase todas as regiões do mundo: em média, uma mulher morre durante a gravidez ou no parto a cada 2 minutos, de acordo com o relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) “Tendências na mortalidade materna”, divulgado em fevereiro. O total das mulheres grávidas que não fazem nem quatro dos oito exames recomendados durante a gravidez ou não recebem cuidados essenciais após o parto é de aproximadamente um terço delas, enquanto cerca de 270 milhões não têm acesso a métodos modernos de planejamento familiar. Em 2020, cerca de 70% de todas as mortes maternas ocorreram na África subsaariana, em razão de sangramento grave, pressão alta, infecções relacionadas à gravidez, complicações de aborto inseguro e doenças como HIV/Aids ou malária, que podem ser agravadas pela gravidez. No Chade, a taxa média de mortalidade é de 1063 mulheres para cada 100 mil nascidos vivos. Na Alemanha, de 5 para cada 100 mil.

(Pesquisa Fapesp. https://revistapesquisa.fapesp.br,
Edição 326, abril de 2023. Adaptado)

As informações presentes ao final do texto – No Chade, a taxa média de mortalidade é de 1063 mulheres para cada 100 mil nascidos vivos. Na Alemanha, de 5 para cada 100 mil. – permitem concluir corretamente que a mortalidade materna

  • A está estagnada no Chade e na Alemanha, não se configurando, pois, um problema de saúde pública.
  • B se mostra alarmante, de fato, na Alemanha, fruto da ausência de métodos de planejamento familiar.
  • C é uma realidade também presente em países desenvolvidos, porém, neles, a incidência de mortes é menor.
  • D atinge indistintamente todos os países do planeta, sendo mais contundente nos que são mais ricos.
  • E se distribui de forma irregular pelos países, sendo paradoxalmente menos severa nos países mais pobres.
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    Por causa de falta de acompanhamento médico, as mortes maternas aumentaram ou estagnaram em quase todas as regiões do mundo: em média, uma mulher morre durante a gravidez ou no parto a cada 2 minutos, de acordo com o relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) “Tendências na mortalidade materna”, divulgado em fevereiro. O total das mulheres grávidas que não fazem nem quatro dos oito exames recomendados durante a gravidez ou não recebem cuidados essenciais após o parto é de aproximadamente um terço delas, enquanto cerca de 270 milhões não têm acesso a métodos modernos de planejamento familiar. Em 2020, cerca de 70% de todas as mortes maternas ocorreram na África subsaariana, em razão de sangramento grave, pressão alta, infecções relacionadas à gravidez, complicações de aborto inseguro e doenças como HIV/Aids ou malária, que podem ser agravadas pela gravidez. No Chade, a taxa média de mortalidade é de 1063 mulheres para cada 100 mil nascidos vivos. Na Alemanha, de 5 para cada 100 mil.

(Pesquisa Fapesp. https://revistapesquisa.fapesp.br,
Edição 326, abril de 2023. Adaptado)

Na frase final do texto – Na Alemanha, de 5 para cada 100 mil. –, a vírgula serve para separar a expressão adverbial de lugar e para indicar que há

  • A separação de termos em enumeração.
  • B retificação de informação prévia.
  • C informação implícita no enunciado.
  • D divergência entre os dados citados.
  • E ambiguidade na exposição das ideias.
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Choque elétrico

A União Europeia (UE) engatou marcha acelerada para eletrificar sua frota de veículos: em 2035, deixará de fabricar carros movidos a combustíveis fósseis. A medida faz parte da estratégia para zerar, em 2050, as emissões de carbono.
Com 27%, a fatia de vendas na China é mais que o dobro da média mundial de 13%. Lá, 6,2 milhões de veículos eletrificados chegaram às ruas em 2022 – entre os totalmente elétricos com baterias (BEV, na abreviação em inglês) e os híbridos que podem ser ligados na tomada (plug-ins, ou PHEV).
As vendas chinesas no setor cresceram 82% em 2022, enquanto o mercado automotivo geral encolhia 5,3%. No mundo, o avanço verde foi de 55%, ante retração de 0,5% nas vendas totais de veículos, segundo a base de dados EVvolumes.
Do ângulo da crise climática, pouco adiantará eletrificar a frota se a energia das baterias provier de fontes emissoras de carbono, como usinas alimentadas com carvão mineral, óleo ou gás natural. A matriz elétrica precisa ser toda renovável para fazer diferença contra o aquecimento global.
Nesse quesito, o Brasil ocupa posição ímpar, com 82,9% da eletricidade oriunda de fontes renováveis (hidráulica, eólica, solar e biomassa), contra 28,6% na média do planeta. Some-se a isso a alta produção de etanol e tem-se um enorme potencial para BEVs e PHEVs.
Os números são ínfimos, contudo. Circulam aqui apenas 135,3 mil elétricos e híbridos, menos de 0,1% da frota de veículos leves. As vendas têm aumentado, é fato, com 49,2 mil emplacamentos em 2022, incremento de 41% sobre o ano anterior, de acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico.
A maioria dos carros elétricos e híbridos disponíveis no mercado nacional é de modelos pouco acessíveis – e poderão ficar ainda mais caros, se o governo federal ouvir o pleito apresentado em fevereiro pela Anfavea de revogar a isenção do imposto de importação, com retorno da alíquota de 35%.
Ou seja, as montadoras querem garantir uma reserva de mercado. Enquanto a Europa acelera, no Brasil ameaçam puxar o freio de mão.

(Editorial. Folha de S.Paulo, 29.03.2023. Adaptado)

As informações do texto permitem concluir corretamente que

  • A o Brasil reúne condições favoráveis para a implementação de uma frota automobilística com veículos elétricos e híbridos, todavia veículos desse gênero ainda são pouco acessíveis para a grande maioria dos consumidores devido aos preços altos.
  • B a possibilidade de expansão dos carros elétricos, atendendo à estratégia de zerar as emissões de carbono até 2050, amplia-se na União Europeia e o Brasil segue esse exemplo, com a revogação da isenção do imposto de importação.
  • C a média mundial de carros eletrificados mostra que a meta de emissão zero de carbono, prevista para 2050, será alcançada, para a surpresa da União Europeia, primeiro pela China, que já eletrificou 27% de sua frota, e depois pelo Brasil.
  • D a crise climática se intensificará nas próximas décadas, pois a eletrificação dos veículos, como no Brasil, tem se dado com a matriz elétrica de fontes não renováveis, como usinas alimentadas com carvão mineral, óleo ou gás natural.
  • E a eletrificação dos veículos é uma realidade incontestável na União Europeia e na China, mas ainda está distante do cotidiano brasileiro, no qual a frota de veículos leves eletrificados e híbridos é pequena e as vendas estão estagnadas desde 2022.
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Choque elétrico

A União Europeia (UE) engatou marcha acelerada para eletrificar sua frota de veículos: em 2035, deixará de fabricar carros movidos a combustíveis fósseis. A medida faz parte da estratégia para zerar, em 2050, as emissões de carbono.
Com 27%, a fatia de vendas na China é mais que o dobro da média mundial de 13%. Lá, 6,2 milhões de veículos eletrificados chegaram às ruas em 2022 – entre os totalmente elétricos com baterias (BEV, na abreviação em inglês) e os híbridos que podem ser ligados na tomada (plug-ins, ou PHEV).
As vendas chinesas no setor cresceram 82% em 2022, enquanto o mercado automotivo geral encolhia 5,3%. No mundo, o avanço verde foi de 55%, ante retração de 0,5% nas vendas totais de veículos, segundo a base de dados EVvolumes.
Do ângulo da crise climática, pouco adiantará eletrificar a frota se a energia das baterias provier de fontes emissoras de carbono, como usinas alimentadas com carvão mineral, óleo ou gás natural. A matriz elétrica precisa ser toda renovável para fazer diferença contra o aquecimento global.
Nesse quesito, o Brasil ocupa posição ímpar, com 82,9% da eletricidade oriunda de fontes renováveis (hidráulica, eólica, solar e biomassa), contra 28,6% na média do planeta. Some-se a isso a alta produção de etanol e tem-se um enorme potencial para BEVs e PHEVs.
Os números são ínfimos, contudo. Circulam aqui apenas 135,3 mil elétricos e híbridos, menos de 0,1% da frota de veículos leves. As vendas têm aumentado, é fato, com 49,2 mil emplacamentos em 2022, incremento de 41% sobre o ano anterior, de acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico.
A maioria dos carros elétricos e híbridos disponíveis no mercado nacional é de modelos pouco acessíveis – e poderão ficar ainda mais caros, se o governo federal ouvir o pleito apresentado em fevereiro pela Anfavea de revogar a isenção do imposto de importação, com retorno da alíquota de 35%.
Ou seja, as montadoras querem garantir uma reserva de mercado. Enquanto a Europa acelera, no Brasil ameaçam puxar o freio de mão.

(Editorial. Folha de S.Paulo, 29.03.2023. Adaptado)

Assinale a alternativa em que há termo(s) empregado(s) em sentido figurado nas duas passagens transcritas do texto.

  • A Lá, 6,2 milhões de veículos eletrificados chegaram às ruas em 2022... (2º parágrafo); A maioria dos carros elétricos e híbridos disponíveis no mercado nacional é de modelos pouco acessíveis... (7º parágrafo)
  • B Com 27%, a fatia de vendas na China é mais que o dobro da média mundial de 13%. (2º parágrafo); ... de revogar a isenção do imposto de importação, com retorno da alíquota de 35%. (7º parágrafo)
  • C As vendas chinesas no setor cresceram 82% em 2022, enquanto o mercado automotivo geral encolhia 5,3%. (3º parágrafo); As vendas têm aumentado, é fato, com 49,2 mil emplacamentos em 2022... (6º parágrafo)
  • D A União Europeia (UE) engatou marcha acelerada para eletrificar sua frota de veículos... (1º parágrafo); Enquanto a Europa acelera, no Brasil ameaçam puxar o freio de mão. (último parágrafo)
  • E No mundo, o avanço verde foi de 55%, ante retração de 0,5% nas vendas totais de veículos... (3º parágrafo); A matriz elétrica precisa ser toda renovável para fazer diferença contra o aquecimento global. (4º parágrafo)
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Choque elétrico

A União Europeia (UE) engatou marcha acelerada para eletrificar sua frota de veículos: em 2035, deixará de fabricar carros movidos a combustíveis fósseis. A medida faz parte da estratégia para zerar, em 2050, as emissões de carbono.
Com 27%, a fatia de vendas na China é mais que o dobro da média mundial de 13%. Lá, 6,2 milhões de veículos eletrificados chegaram às ruas em 2022 – entre os totalmente elétricos com baterias (BEV, na abreviação em inglês) e os híbridos que podem ser ligados na tomada (plug-ins, ou PHEV).
As vendas chinesas no setor cresceram 82% em 2022, enquanto o mercado automotivo geral encolhia 5,3%. No mundo, o avanço verde foi de 55%, ante retração de 0,5% nas vendas totais de veículos, segundo a base de dados EVvolumes.
Do ângulo da crise climática, pouco adiantará eletrificar a frota se a energia das baterias provier de fontes emissoras de carbono, como usinas alimentadas com carvão mineral, óleo ou gás natural. A matriz elétrica precisa ser toda renovável para fazer diferença contra o aquecimento global.
Nesse quesito, o Brasil ocupa posição ímpar, com 82,9% da eletricidade oriunda de fontes renováveis (hidráulica, eólica, solar e biomassa), contra 28,6% na média do planeta. Some-se a isso a alta produção de etanol e tem-se um enorme potencial para BEVs e PHEVs.
Os números são ínfimos, contudo. Circulam aqui apenas 135,3 mil elétricos e híbridos, menos de 0,1% da frota de veículos leves. As vendas têm aumentado, é fato, com 49,2 mil emplacamentos em 2022, incremento de 41% sobre o ano anterior, de acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico.
A maioria dos carros elétricos e híbridos disponíveis no mercado nacional é de modelos pouco acessíveis – e poderão ficar ainda mais caros, se o governo federal ouvir o pleito apresentado em fevereiro pela Anfavea de revogar a isenção do imposto de importação, com retorno da alíquota de 35%.
Ou seja, as montadoras querem garantir uma reserva de mercado. Enquanto a Europa acelera, no Brasil ameaçam puxar o freio de mão.

(Editorial. Folha de S.Paulo, 29.03.2023. Adaptado)

O último parágrafo do texto deixa claro que

  • A Brasil e União Europeia investem na eletrificação de veículos, ao contrário dos chineses.
  • B União Europeia e China ambicionam conquistar as fontes renováveis de energia brasileira.
  • C China descarta o Brasil como grande aliado para a implementação de carros eletrificados.
  • D União Europeia e Brasil enfrentam os mesmos problemas para a eletrificação de seus carros.
  • E Brasil e União Europeia agem diferente quanto à ampliação da frota de veículos eletrificados.
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Choque elétrico

A União Europeia (UE) engatou marcha acelerada para eletrificar sua frota de veículos: em 2035, deixará de fabricar carros movidos a combustíveis fósseis. A medida faz parte da estratégia para zerar, em 2050, as emissões de carbono.
Com 27%, a fatia de vendas na China é mais que o dobro da média mundial de 13%. Lá, 6,2 milhões de veículos eletrificados chegaram às ruas em 2022 – entre os totalmente elétricos com baterias (BEV, na abreviação em inglês) e os híbridos que podem ser ligados na tomada (plug-ins, ou PHEV).
As vendas chinesas no setor cresceram 82% em 2022, enquanto o mercado automotivo geral encolhia 5,3%. No mundo, o avanço verde foi de 55%, ante retração de 0,5% nas vendas totais de veículos, segundo a base de dados EVvolumes.
Do ângulo da crise climática, pouco adiantará eletrificar a frota se a energia das baterias provier de fontes emissoras de carbono, como usinas alimentadas com carvão mineral, óleo ou gás natural. A matriz elétrica precisa ser toda renovável para fazer diferença contra o aquecimento global.
Nesse quesito, o Brasil ocupa posição ímpar, com 82,9% da eletricidade oriunda de fontes renováveis (hidráulica, eólica, solar e biomassa), contra 28,6% na média do planeta. Some-se a isso a alta produção de etanol e tem-se um enorme potencial para BEVs e PHEVs.
Os números são ínfimos, contudo. Circulam aqui apenas 135,3 mil elétricos e híbridos, menos de 0,1% da frota de veículos leves. As vendas têm aumentado, é fato, com 49,2 mil emplacamentos em 2022, incremento de 41% sobre o ano anterior, de acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico.
A maioria dos carros elétricos e híbridos disponíveis no mercado nacional é de modelos pouco acessíveis – e poderão ficar ainda mais caros, se o governo federal ouvir o pleito apresentado em fevereiro pela Anfavea de revogar a isenção do imposto de importação, com retorno da alíquota de 35%.
Ou seja, as montadoras querem garantir uma reserva de mercado. Enquanto a Europa acelera, no Brasil ameaçam puxar o freio de mão.

(Editorial. Folha de S.Paulo, 29.03.2023. Adaptado)

Considere as passagens:
•  Nesse quesito, o Brasil ocupa posição ímpar, com 82,9% da eletricidade oriunda de fontes renováveis... (5º parágrafo)
•  Os números são ínfimos, contudo. (6º parágrafo)
•  ... se o governo federal ouvir o pleito apresentado em fevereiro pela Anfavea de revogar a isenção do imposto de importação... (7º parágrafo)
Os termos destacados significam, correta e respectivamente:

  • A elementar; ilimitados; combinação; impor.
  • B inigualável; insignificantes; demanda; cancelar.
  • C única; incomensuráveis; exigência; conceder.
  • D extraordinária; limitados; distrato; anular.
  • E excepcional; inexpressivos; anseio; implantar.
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Choque elétrico

A União Europeia (UE) engatou marcha acelerada para eletrificar sua frota de veículos: em 2035, deixará de fabricar carros movidos a combustíveis fósseis. A medida faz parte da estratégia para zerar, em 2050, as emissões de carbono.
Com 27%, a fatia de vendas na China é mais que o dobro da média mundial de 13%. Lá, 6,2 milhões de veículos eletrificados chegaram às ruas em 2022 – entre os totalmente elétricos com baterias (BEV, na abreviação em inglês) e os híbridos que podem ser ligados na tomada (plug-ins, ou PHEV).
As vendas chinesas no setor cresceram 82% em 2022, enquanto o mercado automotivo geral encolhia 5,3%. No mundo, o avanço verde foi de 55%, ante retração de 0,5% nas vendas totais de veículos, segundo a base de dados EVvolumes.
Do ângulo da crise climática, pouco adiantará eletrificar a frota se a energia das baterias provier de fontes emissoras de carbono, como usinas alimentadas com carvão mineral, óleo ou gás natural. A matriz elétrica precisa ser toda renovável para fazer diferença contra o aquecimento global.
Nesse quesito, o Brasil ocupa posição ímpar, com 82,9% da eletricidade oriunda de fontes renováveis (hidráulica, eólica, solar e biomassa), contra 28,6% na média do planeta. Some-se a isso a alta produção de etanol e tem-se um enorme potencial para BEVs e PHEVs.
Os números são ínfimos, contudo. Circulam aqui apenas 135,3 mil elétricos e híbridos, menos de 0,1% da frota de veículos leves. As vendas têm aumentado, é fato, com 49,2 mil emplacamentos em 2022, incremento de 41% sobre o ano anterior, de acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico.
A maioria dos carros elétricos e híbridos disponíveis no mercado nacional é de modelos pouco acessíveis – e poderão ficar ainda mais caros, se o governo federal ouvir o pleito apresentado em fevereiro pela Anfavea de revogar a isenção do imposto de importação, com retorno da alíquota de 35%.
Ou seja, as montadoras querem garantir uma reserva de mercado. Enquanto a Europa acelera, no Brasil ameaçam puxar o freio de mão.

(Editorial. Folha de S.Paulo, 29.03.2023. Adaptado)

Nas passagens – A medida faz parte da estratégia para zerar, em 2050, as emissões de carbono. (1º parágrafo) – e – ... se a energia das baterias provier de fontes emissoras de carbono, como usinas alimentadas com carvão mineral, óleo ou gás natural. (4º parágrafo) –, os termos destacados estabelecem, correta e respectivamente, relações de sentido de

  • A finalidade e exemplificação.
  • B finalidade e condição.
  • C consequência e causa.
  • D condição e exemplificação.
  • E consequência e comparação.
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Choque elétrico

A União Europeia (UE) engatou marcha acelerada para eletrificar sua frota de veículos: em 2035, deixará de fabricar carros movidos a combustíveis fósseis. A medida faz parte da estratégia para zerar, em 2050, as emissões de carbono.
Com 27%, a fatia de vendas na China é mais que o dobro da média mundial de 13%. Lá, 6,2 milhões de veículos eletrificados chegaram às ruas em 2022 – entre os totalmente elétricos com baterias (BEV, na abreviação em inglês) e os híbridos que podem ser ligados na tomada (plug-ins, ou PHEV).
As vendas chinesas no setor cresceram 82% em 2022, enquanto o mercado automotivo geral encolhia 5,3%. No mundo, o avanço verde foi de 55%, ante retração de 0,5% nas vendas totais de veículos, segundo a base de dados EVvolumes.
Do ângulo da crise climática, pouco adiantará eletrificar a frota se a energia das baterias provier de fontes emissoras de carbono, como usinas alimentadas com carvão mineral, óleo ou gás natural. A matriz elétrica precisa ser toda renovável para fazer diferença contra o aquecimento global.
Nesse quesito, o Brasil ocupa posição ímpar, com 82,9% da eletricidade oriunda de fontes renováveis (hidráulica, eólica, solar e biomassa), contra 28,6% na média do planeta. Some-se a isso a alta produção de etanol e tem-se um enorme potencial para BEVs e PHEVs.
Os números são ínfimos, contudo. Circulam aqui apenas 135,3 mil elétricos e híbridos, menos de 0,1% da frota de veículos leves. As vendas têm aumentado, é fato, com 49,2 mil emplacamentos em 2022, incremento de 41% sobre o ano anterior, de acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico.
A maioria dos carros elétricos e híbridos disponíveis no mercado nacional é de modelos pouco acessíveis – e poderão ficar ainda mais caros, se o governo federal ouvir o pleito apresentado em fevereiro pela Anfavea de revogar a isenção do imposto de importação, com retorno da alíquota de 35%.
Ou seja, as montadoras querem garantir uma reserva de mercado. Enquanto a Europa acelera, no Brasil ameaçam puxar o freio de mão.

(Editorial. Folha de S.Paulo, 29.03.2023. Adaptado)

Na passagem do segundo parágrafo – Lá, 6,2 milhões de veículos eletrificados chegaram às ruas em 2022... –, o sinal indicativo da crase mantém-se, se a forma verbal destacada for substituída por

  • A circularam.
  • B foram.
  • C espalharam-se.
  • D tomaram.
  • E conquistaram.
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Choque elétrico

A União Europeia (UE) engatou marcha acelerada para eletrificar sua frota de veículos: em 2035, deixará de fabricar carros movidos a combustíveis fósseis. A medida faz parte da estratégia para zerar, em 2050, as emissões de carbono.
Com 27%, a fatia de vendas na China é mais que o dobro da média mundial de 13%. Lá, 6,2 milhões de veículos eletrificados chegaram às ruas em 2022 – entre os totalmente elétricos com baterias (BEV, na abreviação em inglês) e os híbridos que podem ser ligados na tomada (plug-ins, ou PHEV).
As vendas chinesas no setor cresceram 82% em 2022, enquanto o mercado automotivo geral encolhia 5,3%. No mundo, o avanço verde foi de 55%, ante retração de 0,5% nas vendas totais de veículos, segundo a base de dados EVvolumes.
Do ângulo da crise climática, pouco adiantará eletrificar a frota se a energia das baterias provier de fontes emissoras de carbono, como usinas alimentadas com carvão mineral, óleo ou gás natural. A matriz elétrica precisa ser toda renovável para fazer diferença contra o aquecimento global.
Nesse quesito, o Brasil ocupa posição ímpar, com 82,9% da eletricidade oriunda de fontes renováveis (hidráulica, eólica, solar e biomassa), contra 28,6% na média do planeta. Some-se a isso a alta produção de etanol e tem-se um enorme potencial para BEVs e PHEVs.
Os números são ínfimos, contudo. Circulam aqui apenas 135,3 mil elétricos e híbridos, menos de 0,1% da frota de veículos leves. As vendas têm aumentado, é fato, com 49,2 mil emplacamentos em 2022, incremento de 41% sobre o ano anterior, de acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico.
A maioria dos carros elétricos e híbridos disponíveis no mercado nacional é de modelos pouco acessíveis – e poderão ficar ainda mais caros, se o governo federal ouvir o pleito apresentado em fevereiro pela Anfavea de revogar a isenção do imposto de importação, com retorno da alíquota de 35%.
Ou seja, as montadoras querem garantir uma reserva de mercado. Enquanto a Europa acelera, no Brasil ameaçam puxar o freio de mão.

(Editorial. Folha de S.Paulo, 29.03.2023. Adaptado)

Assinale a alternativa que atende à norma-padrão de concordância verbal.

  • A As vendas de carros elétricos e híbridos aumentaram no Brasil, mas os preços desses veículos ainda mantêm poucos deles em circulação nas ruas do país.
  • B Os carros elétricos e híbridos disponíveis no mercado nacional vem contando com a isenção do imposto de importação, que a Anfavea quer ver revogado.
  • C No que diz respeito à matriz elétrica, o Brasil ocupa posição ímpar, pois dispõem de 82,9% da eletricidade oriunda de fontes renováveis.
  • D Cresceram as vendas chinesas de carros elétricos e híbridos: tratam-se de 82% de aumento em 2022, enquanto o mercado automotivo geral encolhia 5,3%.
  • E As fontes renováveis e a alta produção de etanol faz com que o Brasil tenha um enorme potencial para BEVs e PHEVs.
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   José Dias tratava-me com extremos de mãe e atenções de servo. A primeira cousa que consegui, logo que comecei a andar fora, foi dispensar-me o pajem; fez-se pajem, ia comigo à rua. Cuidava dos meus arranjos em casa, dos meus livros, dos meus sapatos, da minha higiene e da minha prosódia. Aos oito anos os meus plurais careciam, alguma vez, da desinência exata, ele a corrigia, meio sério para dar autoridade à lição, meio risonho para obter o perdão da emenda. Ajudava assim o mestre de primeiras letras. Mais tarde, quando o Padre Cabral me ensinava latim, doutrina e história sagrada, ele assistia às lições, fazia reflexões eclesiásticas, e, no fim, perguntava ao padre: “Não é verdade que o nosso jovem amigo caminha depressa?” Chamava-me “um prodígio”; dizia a minha mãe ter conhecido outrora meninos muito inteligentes, mas que eu excedia a todos esses, sem contar que, para a minha idade, possuía já certo número de qualidades morais sólidas. Eu, posto não avaliasse todo o valor deste outro elogio, gostava do elogio; era um elogio.

(Machado de Assis, Dom Casmurro)

No contexto em que estão empregadas, as passagens – Aos oito anos os meus plurais careciam, alguma vez, da desinência exata... – e – “Não é verdade que o nosso jovem amigo caminha depressa?” – permitem, correta e respectivamente, as interpretações:

  • A o narrador cometeu erros de concordância por oito anos; José Dias se incomodava com o desenvolvimento cognitivo lento do narrador.
  • B o narrador confundia-se com a concordância das palavras aos oito anos; José Dias divergia do Padre Cabral quanto aos avanços na aprendizagem do narrador.
  • C o narrador incorria em erros de concordância quando tinha oito anos; José Dias considerava que o narrador avançava rápido nos estudos.
  • D o narrador passou a dominar a concordância aos oito anos; José Dias concordava com o Padre Cabral sobre o fato de o narrador ser ótimo aluno.
  • E o narrador passou a cometer erros de concordância aos oito anos; José Dias tinha dúvidas se o progresso do narrador nos estudos era bom.
39
   José Dias tratava-me com extremos de mãe e atenções de servo. A primeira cousa que consegui, logo que comecei a andar fora, foi dispensar-me o pajem; fez-se pajem, ia comigo à rua. Cuidava dos meus arranjos em casa, dos meus livros, dos meus sapatos, da minha higiene e da minha prosódia. Aos oito anos os meus plurais careciam, alguma vez, da desinência exata, ele a corrigia, meio sério para dar autoridade à lição, meio risonho para obter o perdão da emenda. Ajudava assim o mestre de primeiras letras. Mais tarde, quando o Padre Cabral me ensinava latim, doutrina e história sagrada, ele assistia às lições, fazia reflexões eclesiásticas, e, no fim, perguntava ao padre: “Não é verdade que o nosso jovem amigo caminha depressa?” Chamava-me “um prodígio”; dizia a minha mãe ter conhecido outrora meninos muito inteligentes, mas que eu excedia a todos esses, sem contar que, para a minha idade, possuía já certo número de qualidades morais sólidas. Eu, posto não avaliasse todo o valor deste outro elogio, gostava do elogio; era um elogio.

(Machado de Assis, Dom Casmurro)

Na passagem – Eu, posto não avaliasse todo o valor deste outro elogio, gostava do elogio; era um elogio. –, o termo destacado estabelece entre as orações relação de sentido de

  • A causa, podendo ser substituído por “uma vez que”.
  • B finalidade, podendo ser substituído por “para que”.
  • C comparação, podendo ser substituído por “como”.
  • D condição, podendo ser substituído por “caso”.
  • E concessão, podendo ser substituído por “embora”.
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   José Dias tratava-me com extremos de mãe e atenções de servo. A primeira cousa que consegui, logo que comecei a andar fora, foi dispensar-me o pajem; fez-se pajem, ia comigo à rua. Cuidava dos meus arranjos em casa, dos meus livros, dos meus sapatos, da minha higiene e da minha prosódia. Aos oito anos os meus plurais careciam, alguma vez, da desinência exata, ele a corrigia, meio sério para dar autoridade à lição, meio risonho para obter o perdão da emenda. Ajudava assim o mestre de primeiras letras. Mais tarde, quando o Padre Cabral me ensinava latim, doutrina e história sagrada, ele assistia às lições, fazia reflexões eclesiásticas, e, no fim, perguntava ao padre: “Não é verdade que o nosso jovem amigo caminha depressa?” Chamava-me “um prodígio”; dizia a minha mãe ter conhecido outrora meninos muito inteligentes, mas que eu excedia a todos esses, sem contar que, para a minha idade, possuía já certo número de qualidades morais sólidas. Eu, posto não avaliasse todo o valor deste outro elogio, gostava do elogio; era um elogio.

(Machado de Assis, Dom Casmurro)

Na passagem – José Dias tratava-me com extremos de mãe e atenções de servo. A primeira cousa que consegui logo que comecei a andar fora, foi dispensar-me o pajem; fez-se pajem, ia comigo à rua. –, o relato se dá pela perspectiva do narrador. Caso o narrador fosse José Dias, o enunciado assumiria a seguinte redação, de acordo com a norma-padrão:

  • A Tratava ele com extremos de mãe e atenções de servo. A primeira cousa que consegui, logo que ele começou a andar fora, foi dispensar-lhe o pajem; fez-me pajem, ia comigo à rua.
  • B Tratava-o com extremos de mãe e atenções de servo. A primeira cousa que conseguiu, logo que começou a andar fora, foi que lhe dispensasse o pajem; fiz-me pajem, ia com ele à rua.
  • C Tratava-lhe com extremos de mãe e atenções de servo. A primeira cousa que conseguiu, logo que começou a andar fora, foi dispensar-me o pajem; fiz-lhe pajem, ia consigo à rua.
  • D Tratava à ele com extremos de mãe e atenções de servo. A primeira cousa que conseguiu, logo que começou a andar fora, foi dispensar o pajem dele; fiz-me pajem, ia comigo à rua.
  • E Tratava-o com extremos de mãe e atenções de servo. A primeira cousa que conseguiu, logo que começou a andar fora, foi que me dispensasse o pajem; fiz-me pajem, ia consigo à rua.
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   José Dias tratava-me com extremos de mãe e atenções de servo. A primeira cousa que consegui, logo que comecei a andar fora, foi dispensar-me o pajem; fez-se pajem, ia comigo à rua. Cuidava dos meus arranjos em casa, dos meus livros, dos meus sapatos, da minha higiene e da minha prosódia. Aos oito anos os meus plurais careciam, alguma vez, da desinência exata, ele a corrigia, meio sério para dar autoridade à lição, meio risonho para obter o perdão da emenda. Ajudava assim o mestre de primeiras letras. Mais tarde, quando o Padre Cabral me ensinava latim, doutrina e história sagrada, ele assistia às lições, fazia reflexões eclesiásticas, e, no fim, perguntava ao padre: “Não é verdade que o nosso jovem amigo caminha depressa?” Chamava-me “um prodígio”; dizia a minha mãe ter conhecido outrora meninos muito inteligentes, mas que eu excedia a todos esses, sem contar que, para a minha idade, possuía já certo número de qualidades morais sólidas. Eu, posto não avaliasse todo o valor deste outro elogio, gostava do elogio; era um elogio.

(Machado de Assis, Dom Casmurro)

De acordo com o narrador, os seus plurais “careciam, alguma vez, da desinência exata” e eram, então, corrigidos por José Dias, que também corrigiria o plural em:

  • A Na sala, havia umas pessoas desconhecidas e, sobre a mesa, livros e revistas amareladas.
  • B Havia no olhar das pessoas muitas interrogações sobre a organização das feiras e eventos.
  • C Os maiores problemas com as leis que já havia ocorrido eram corrigidos rápido por ele.
  • D Ali na sala estavam muitos livros de literatura brasileira, e muitos deles eu já havia lido.
  • E Eles haviam permanecido calados durante a aula, depois de bastantes broncas recebidas.
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   José Dias tratava-me com extremos de mãe e atenções de servo. A primeira cousa que consegui, logo que comecei a andar fora, foi dispensar-me o pajem; fez-se pajem, ia comigo à rua. Cuidava dos meus arranjos em casa, dos meus livros, dos meus sapatos, da minha higiene e da minha prosódia. Aos oito anos os meus plurais careciam, alguma vez, da desinência exata, ele a corrigia, meio sério para dar autoridade à lição, meio risonho para obter o perdão da emenda. Ajudava assim o mestre de primeiras letras. Mais tarde, quando o Padre Cabral me ensinava latim, doutrina e história sagrada, ele assistia às lições, fazia reflexões eclesiásticas, e, no fim, perguntava ao padre: “Não é verdade que o nosso jovem amigo caminha depressa?” Chamava-me “um prodígio”; dizia a minha mãe ter conhecido outrora meninos muito inteligentes, mas que eu excedia a todos esses, sem contar que, para a minha idade, possuía já certo número de qualidades morais sólidas. Eu, posto não avaliasse todo o valor deste outro elogio, gostava do elogio; era um elogio.

(Machado de Assis, Dom Casmurro)

Assinale a alternativa em que o primeiro termo destacado exprime intensidade, e o segundo, indefinição.

  • A Ajudava assim o mestre de primeiras letras. / ... dizia a minha mãe ter conhecido outrora meninos muito inteligentes...
  • B ... mas que eu excedia a todos esses... / ... posto não avaliasse todo o valor deste outro elogio, gostava do elogio...
  • C ... dizia a minha mãe ter conhecido outrora meninos muito inteligentes... / ... possuía já certo número de qualidades morais sólidas.
  • D José Dias tratava-me com extremos de mãe... / ... que eu excedia a todos esses, sem contar que, para a minha idade...
  • E A primeira cousa que consegui... / Aos oito anos os meus plurais careciam, alguma vez, da desinência exata...
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   José Dias tratava-me com extremos de mãe e atenções de servo. A primeira cousa que consegui, logo que comecei a andar fora, foi dispensar-me o pajem; fez-se pajem, ia comigo à rua. Cuidava dos meus arranjos em casa, dos meus livros, dos meus sapatos, da minha higiene e da minha prosódia. Aos oito anos os meus plurais careciam, alguma vez, da desinência exata, ele a corrigia, meio sério para dar autoridade à lição, meio risonho para obter o perdão da emenda. Ajudava assim o mestre de primeiras letras. Mais tarde, quando o Padre Cabral me ensinava latim, doutrina e história sagrada, ele assistia às lições, fazia reflexões eclesiásticas, e, no fim, perguntava ao padre: “Não é verdade que o nosso jovem amigo caminha depressa?” Chamava-me “um prodígio”; dizia a minha mãe ter conhecido outrora meninos muito inteligentes, mas que eu excedia a todos esses, sem contar que, para a minha idade, possuía já certo número de qualidades morais sólidas. Eu, posto não avaliasse todo o valor deste outro elogio, gostava do elogio; era um elogio.

(Machado de Assis, Dom Casmurro)

Na passagem – Aos oito anos os meus plurais careciam, alguma vez, da desinência exata, ele a corrigia, meio sério para dar autoridade à lição... –, a regência e o sentido das formas verbais destacadas mantêm-se inalterados, se elas forem substituídas, correta e respectivamente, por:

  • A enfatizavam; arrumava; excluir.
  • B exigiam; divergia; estabelecer.
  • C dispensavam; alterava; coibir.
  • D precisavam; consertava; conferir.
  • E ocultavam; discordava; solicitar.
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   José Dias tratava-me com extremos de mãe e atenções de servo. A primeira cousa que consegui, logo que comecei a andar fora, foi dispensar-me o pajem; fez-se pajem, ia comigo à rua. Cuidava dos meus arranjos em casa, dos meus livros, dos meus sapatos, da minha higiene e da minha prosódia. Aos oito anos os meus plurais careciam, alguma vez, da desinência exata, ele a corrigia, meio sério para dar autoridade à lição, meio risonho para obter o perdão da emenda. Ajudava assim o mestre de primeiras letras. Mais tarde, quando o Padre Cabral me ensinava latim, doutrina e história sagrada, ele assistia às lições, fazia reflexões eclesiásticas, e, no fim, perguntava ao padre: “Não é verdade que o nosso jovem amigo caminha depressa?” Chamava-me “um prodígio”; dizia a minha mãe ter conhecido outrora meninos muito inteligentes, mas que eu excedia a todos esses, sem contar que, para a minha idade, possuía já certo número de qualidades morais sólidas. Eu, posto não avaliasse todo o valor deste outro elogio, gostava do elogio; era um elogio.

(Machado de Assis, Dom Casmurro)

José Dias, sentindo-se apto _________ pajear o garoto, passou a zelar, inclusive, ________ sua prosódia. À mãe do menino disse que este era possuidor ________ certo número de qualidades morais.
De acordo com a norma-padrão, as lacunas do enunciado devem ser preenchidas, respectivamente, com:

  • A a ... de ... de
  • B em ... sobre ... a
  • C de ... pela ... de
  • D a ... com ... com
  • E para ... em ... em
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   José Dias tratava-me com extremos de mãe e atenções de servo. A primeira cousa que consegui, logo que comecei a andar fora, foi dispensar-me o pajem; fez-se pajem, ia comigo à rua. Cuidava dos meus arranjos em casa, dos meus livros, dos meus sapatos, da minha higiene e da minha prosódia. Aos oito anos os meus plurais careciam, alguma vez, da desinência exata, ele a corrigia, meio sério para dar autoridade à lição, meio risonho para obter o perdão da emenda. Ajudava assim o mestre de primeiras letras. Mais tarde, quando o Padre Cabral me ensinava latim, doutrina e história sagrada, ele assistia às lições, fazia reflexões eclesiásticas, e, no fim, perguntava ao padre: “Não é verdade que o nosso jovem amigo caminha depressa?” Chamava-me “um prodígio”; dizia a minha mãe ter conhecido outrora meninos muito inteligentes, mas que eu excedia a todos esses, sem contar que, para a minha idade, possuía já certo número de qualidades morais sólidas. Eu, posto não avaliasse todo o valor deste outro elogio, gostava do elogio; era um elogio.

(Machado de Assis, Dom Casmurro)

Assinale a alternativa em que o substantivo destacado forma, com a preposição que o acompanha, uma expressão com valor de adjetivo.

  • A ... fez-se pajem, ia comigo à rua.
  • B ... perguntava ao padre...
  • C ... meio sério para dar autoridade à lição...
  • D ... gostava do elogio; era um elogio.
  • E José Dias tratava-me com extremos de mãe...

Direito Administrativo

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Para toda e qualquer ação de um servidor público, corresponde uma explicação, que lhe dá fundamento de base e de direito. Esse princípio da Administração Pública denomina-se

  • A impessoalidade.
  • B motivação.
  • C proporcionalidade.
  • D eficiência.
  • E igualdade.
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A respeito das penas aplicadas com base na Lei nº 8.429/92, é correto afirmar que 

  • A as sanções eventualmente aplicadas em outras esferas não poderão ser compensadas com as sanções aplicadas nos termos da Lei de Improbidade Administrativa.
  • B a aplicação das penas previstas na Lei de Improbidade depende, em regra, da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público.
  • C na apuração dos ilícitos de que trata a Lei, a critério do Ministério Público, poderá ser autorizada a juntada de manifestação escrita do investigado e documentos que auxiliem na elucidação dos fatos.
  • D as sentenças civis e penais não produzirão efeitos em relação à ação de improbidade administrativa, dada a diferença de natureza jurídica das infrações envolvidas em cada uma delas.
  • E no caso de procedência da ação de improbidade, as custas e as demais despesas processuais serão pagas ao final.
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Considere que Matias e Zenóbio foram aprovados em concurso público e convocados para posse e exercício nas respectivas funções. A portaria publicada no Diário Oficial indica, dentre os documentos exigidos, a necessidade de apresentar declaração de bens à repartição competente. Com base na situação hipotética e no disposto na Lei nº 8.429/92, é correto afirmar que

  • A a posse e o exercício de ambos ficarão condicionados à apresentação de declaração de imposto de renda e proventos de qualquer natureza, que tenha sido apresentada à Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal competente.
  • B ambos poderão entrar em exercício e apresentar, no prazo de até 30 dias, a declaração de imposto de renda que tenha sido fornecida à Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil.
  • C não é necessário fornecer declaração de imposto de renda, bastando para o início do exercício o fornecimento de declaração escrita que compreenda imóveis, móveis, semoventes, dinheiro, títulos, ações e qualquer outra espécie de bens e valores patrimoniais, localizados no País ou no exterior.
  • D caso cumpram as formalidades legais iniciais para a posse e exercício, serão punidos com a pena de suspensão, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, caso venham a, no futuro, recusar-se a prestar declaração dos bens, dentro do prazo determinado.
  • E as declarações de imposto de renda deverão ser apresentadas no momento da posse e da extinção do vínculo com a Administração, ficando autorizada a autoridade competente a exigir a sua renovação anual.
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Com base na Lei nº 8.429/92, a respeito das ações de improbidade administrativa, o dolo

  • A estará configurado com o mero exercício da função pública.
  • B corresponde à vontade livre e consciente de alcançar os ilícitos tipificados em lei.
  • C confunde-se com a voluntariedade do agente em praticar a conduta.
  • D não é indispensável para a prática da improbidade administrativa, já que a Lei admite a punição de condutas culposas.
  • E também estará configurado caso o agente público pratique ato identificado como erro grave.
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São instituições da administração indireta:

  • A fundações públicas, autarquias, empresas públicas.
  • B confederação, federação, estados.
  • C sociedades mistas, empresas públicas, secretarias de governo.
  • D federação, estados, municípios.
  • E autarquias, parcerias público-privadas, secretarias e ministérios.
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A Constituição do Estado dispõe que a concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, na administração pública, só poderá ser feita, entre outras exigências, se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas

  • A as fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público.
  • B as empresas públicas e as sociedades de economia mista.
  • C as autarquias.
  • D as secretarias especiais.
  • E as polícias civil e militar.
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Suponha que um ato administrativo foi expedido pela Administração municipal de forma viciada, mas com efeitos favoráveis para os seus destinatários. Nessa hipótese, o direito administrativo brasileiro estabelece que

  • A seu prazo de anulação será de cinco anos, caso o poder público municipal não tenha lei estipulando prazo decadencial maior para a sua invalidação.
  • B se o referido ato não for anulado no prazo decadencial de cinco anos, contados da data em que ele foi praticado, estará convalidado tacitamente.
  • C o ato, por conter vício, não poderá ser convalidado.
  • D se não for anulado, poderá ser convalidado após o decurso do prazo de dez anos, se não houver lei do Município estabelecendo prazo menor para a sua invalidação.
  • E deve ser anulado dentro do prazo legal, mas se, diferentemente, houver convalidação, esta não poderá ter efeitos retroativos.
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Assinale a alternativa que está em conformidade com o entendimento do Superior Tribunal de Justiça quanto ao poder disciplinar da Administração pública.

  • A Não é permitida a instauração do processo com base em denúncia anônima, ainda que motivada e com amparo em investigação ou sindicância.
  • B Os prazos prescricionais para apuração e investigação de infração disciplinar cometida por servidor público começam a correr da data do fato.
  • C No caso de servidor que tenha sido cedido para outro órgão para exercício de cargo em comissão, a instauração do PAD deve ocorrer sempre no órgão de origem.
  • D A imparcialidade de membro de comissão fica prejudicada quando ele compôs mais de um colegiado processante instituído para apuração de fatos distintos que envolvam o mesmo servidor.
  • E É exigência legal que os membros da comissão processante sejam servidores estáveis no serviço público, mas não é vedada a participação de quem esteja lotado em outro órgão.
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Gilberto sofreu um grave acidente e foi atendido em hospital municipal. Todavia, alega que devido à omissão de Joana, que é médica concursada no referido nosocômio, veio a ter sequelas físicas e psíquicas decorrentes dessa conduta omissiva da médica. Nessa situação hipotética, segundo o entendimento do direito administrativo pátrio a respeito da responsabilidade civil do Estado, é correto afirmar que Gilberto

  • A deverá ajuizar ação indenizatória contra Joana, que foi a responsável direta pelos danos a ele causados.
  • B terá o prazo de três anos para ajuizar a respectiva ação indenizatória.
  • C deverá ajuizar ação indenizatória contra o Município, e este terá o direito de regresso contra Joana, em caso de culpa ou dolo, mas não poderá ajuizar a ação diretamente contra Joana.
  • D tem o direito de ajuizar a ação indenizatória contra Joana e contra o Município.
  • E deverá ajuizar a ação indenizatória contra o Município e este terá o direito de denunciar Joana à lide em sua contestação.
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Com base na lei de licitações, determinado Município realizou a contratação de um serviço, que foi efetivamente prestado e pago pela Administração, mas o respectivo procedimento licitatório, posteriormente, provou-se que foi ilegal. Nessa situação hipotética, é correto afirmar que

  • A o Município não poderá exigir a devolução do pagamento pelos serviços prestados, ressalvada a hipótese de má-fé ou de ter o contratado concorrido para a nulidade.
  • B declarada a nulidade do contrato, o contratado está obrigado a restituir todo o valor recebido, independentemente se estava ou não de má-fé, ainda que não tenha concorrido para a nulidade.
  • C o contratado está obrigado a restituir à Administração os valores recebidos apenas na hipótese de ter agido de má-fé, não importando se concorreu para a nulidade.
  • D o contratado está obrigado a restituir à Administração os valores recebidos apenas na hipótese de ter concorrido para a nulidade, não importando se teria agido ou não de má-fé.
  • E o Município não está obrigado a cancelar o contrato se o serviço foi efetivamente prestado, podendo convalidar o respectivo procedimento, com base nos princípios da boa-fé objetiva e da continuidade do serviço público.