Sobre a Primeira República, assinale a opção correta acerca das seguintes assertivas:
I – O esquema político-eleitoral por meio do qual as oligarquias exerceram sua dominação durante a Primeira República funcionava da seguinte maneira: os chefes políticos locais, chamados na época de coronéis, coagiam os eleitores a votarem nos candidatos indicados por eles ou conseguiam o voto por meio da “troca de favores”. Esse voto imposto e controlado pelo coronel é chamado voto de cabresto.
II – Em virtude da política dos governadores, Campos Sales não aumentou o controle do presidente sobre a Comissão de Verificação de Poderes, órgão responsável pela diplomação dos candidatos eleitos.
III – As oligarquias estaduais mantinham-se no poder por meio de alianças e favores que uniam municípios, estados e governo federal. O coronelismo era a coluna mestra desse edifício baseado na fraude eleitoral e na corrupção.
A indicação de qualquer natureza, seja concreta ou simbólica, conservada ou registrada que tem a finalidade de representar, reconstituir ou provar um fenômeno físico ou intelectual se refere à definição de
A guerra no Iêmen, que teve início em conflitos e contradições políticos e econômicos que eclodiram após a Primavera Árabe, constitui verdadeiro desastre humanitário. Com posição estratégica no estreito de Bab al-Mandab, que liga o mar Vermelho ao golfo de Áden, região por onde passam importantes petroleiros no mundo, o conflito parece distante de um fim.
Em relação a esse tema, assinale a opção correta.
Considerando-se que um dos principais desafios na gestão do sistema elétrico brasileiro passa pelo endereçamento do risco hidrológico, é correto afirmar que o risco hidrológico
Acerca dos debates concernentes à reforma política, julgue os itens seguintes.
I O instrumento da reeleição foi instituído no primeiro governo do presidente Lula, e figura como tema recorrente das demandas dos partidos políticos.
II A agenda da reforma política, por envolver mudança constitucional, vem sendo negligenciada nos debates do Congresso Nacional desde 1988.
III A institucionalidade do multipartidarismo fez com que a preocupação por parte do presidente da República com a governabilidade fosse recorrente em todos os governos pós1988.
IV Houve crescimento da judicialização da política, mediante o deslocamento do eixo decisório do Parlamento para o Judiciário.
Estão certos apenas os itens
No tocante à recente reforma da previdência social aprovada pelo Governo Federal, julgue os itens a seguir.
I Houve, no mínimo, aumento do tempo e da alíquota de contribuição para todos os trabalhadores.
II O déficit da previdência social integra o cálculo do superávit primário.
III Independentemente da idade, as filhas solteiras de militares foram mantidas como pensionistas.
IV Os policiais civis e militares tiveram acréscimo de cinco anos no período de contribuição.
Assinale a opção correta.
A respeito da gestão cambial recente no Brasil, julgue os itens subsecutivos.
I O Brasil adotou, até o ano de 1999, o regime de câmbio fixo.
II O Banco Central do Brasil adota o regime de bandas cambiais.
III O risco de restrições externas decorrentes de crises no balanço de pagamentos caiu consideravelmente.
IV O Brasil reduziu a indexação da dívida pública ao dólar como estratégia para minimizar a vulnerabilidade externa do país.
Estão certos apenas os itens
“Os grandes cientistas de Tales a Demócrito e Anaxágoras costumam ser descritos nos livros de história ou de filosofia como ‘pré-socráticos’, como se sua principal função fosse sustentar a fortaleza filosófica até o advento de Sócrates, Platão e Aristóteles, e talvez influenciá-los um pouco. Na verdade, os antigos jônios representam uma tradição diferente e bastante questionadora, muito mais compatível com a ciência moderna.”
SAGAN, Carl. A espinha dorsal da noite. In: Cosmos. Trad. bras. Paulo Seiger. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.
É implícita a essa passagem de Carl Sagan (1934- 1996) acerca do surgimento e da história da filosofia grega a visão de que
“A teologia, para mim, é uma grandeza cultural na história da cultura do Ocidente. Creio que é uma grandeza constitutiva da tradição, sobretudo, filosófica: o termo ‘teologia’ nasceu da filosofia, é um termo criado por Platão. [...] Quando a filosofia ultrapassa o domínio daquilo que, de alguma maneira, é diretamente acessível à experiência e controlado por ela, entra neste domínio que Platão chama de ‘suprassensível’, inteligível, ou como quer que seja. Este é, para mim, um domínio no qual o problema teológico se apresenta inevitavelmente, porque se apresenta o problema da ordem das realidades e toda ordem supõe um princípio ordenador, tornando-se então, de alguma maneira, uma teologia.”
VAZ, Henrique Claudio de Lima. Filosofia e forma da ação.
Entrevista a Cadernos de filosofia alemã, 2, p. 77-102, 1997.
Na passagem acima citada, o filósofo brasileiro H. C. de Lima Vaz (1921-2002) apresenta uma interpretação do pensamento filosófico como uma teologia. Recorrendo à filosofia de Platão para explicar essa sua interpretação, ele termina por nos oferecer uma interpretação da própria teoria platônica das ideias, que seria uma espécie de teologia, porque
Leia com atenção o seguinte diálogo entre Galileu e o garoto Andrea, personagens da peça Vida de Galileu (1938-39), do dramaturgo alemão Bertolt Brecht (1898-1956):
“GALILEU – Você entendeu o que eu lhe expliquei ontem?
ANDREA – O quê? Aquela história de Copérnico e da rotação da Terra?
GALILEU – É.
ANDREA – Por que o senhor quer que eu entenda? É muito difícil, e eu ainda não fiz onze anos, vou fazer em outubro.
GALILEU – Mas eu quero que você entenda. É para que se entendam essas coisas que eu trabalho e compro livros caros em vez de pagar o leiteiro.
ANDREA – Mas eu vejo que o Sol de noite não está onde estava de manhã. Quer dizer que ele não pode ficar parado! Nunca, jamais...
GALILEU – Você vê?! O que você vê? Você não vê nada! Você arregala os olhos, mas arregalar os olhos não é ver.
Galileu põe a bacia de ferro no centro do quarto e diz:
GALILEU – Bem, isto é o Sol (aponta para a bacia).
Sente-se aí (aponta para a cadeira).
Andrea se senta na única cadeira, tendo a bacia à sua esquerda; Galileu fica de pé, atrás dele, e pergunta:
GALILEU – Onde está o Sol, à direita ou à esquerda?
ANDREA – À esquerda.
GALILEU – Como fazer para ele passar para a direita?
ANDREA – O senhor carrega a bacia para a direita, claro.
GALILEU – E não tem outro jeito?
Galileu levanta Andrea e a cadeira do chão, coloca-os do outro lado da bacia e pergunta:
GALILEU – Agora, onde está o Sol?
ANDREA – À direita.
GALILEU – E ele se moveu?
ANDREA – Ele, não.
GALILEU – O que é que se moveu?
ANDREA – Eu.
GALILEU (gritando) – Errado, seu desatencioso! A cadeira! A cadeira se moveu!
ANDREA – Mas eu com ela!
GALILEU – Claro, a cadeira é a Terra. Você está em cima dela.”
BRECHT, B. A vida de Galileu. Trad. Roberto Schwartz. In: Bertolt Brecht. Teatro completo, vol. 6.– 3ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1991. Adaptado.
Com base no diálogo acima, é correto afirmar que, para o personagem Galileu, para compreender os fenômenos astronômicos acima discutidos,
Entre 16 e 18 de setembro de 1982, ocorreu um massacre de palestinos e libaneses em dois campos de refugiados situados a Oeste de Beirute (capital do Líbano), chamados Sabra e Chatila. Na época, o Líbano estava sob ocupação israelense. Em 22 de setembro do mesmo ano, o filósofo judeu brasileiro Maurício Tragtenberg (1929-1998) publicou um artigo de opinião em que afirma:
“Deu-se o massacre dos palestinos dos campos de Sabra e Chatila por obra dos assassinos chefiados por Cel. Haddad, com conivência e participação [do Exército de Israel], isso após a morte do traficante de haxixe [Bashir] Gemayel, novo ‘Quisling’ [traidor] imposto pelas tropas de ocupação. Por tudo isso, ser fiel à tradição judaica é condenar mais este genocídio praticado contra o povo palestino. É necessário acabar de vez com o etnocentrismo que toma a forma de judeu-centrismo, onde o massacre de judeus brancos por brancos europeus tem um status diferente do massacre dos armênios pelos turcos, dos negros africanos pelos traficantes de escravos, dos chineses na Indonésia. Assim, Auschwitz é elevado a potência metafísica. Sou um dos últimos a minimizar as atrocidades cometidas em Auschwitz, porém, as lágrimas de outros povos não contam?”
TRAGTENBERG, M. Menachem Begin visto por Einstein, H.
Arendt e N. Goldman. Folha de São Paulo, 22/09/1982.
Acerca do conceito moderno dos direitos humanos, é implícito à concepção de M. Tragtenberg que
Neste ano, comemoramos o centenário de nascimento do Patrono da Educação Brasileira, o Professor Paulo Freire (1921-1997). Atente para a seguinte passagem de sua autoria:
“[...] a educação é uma forma de intervenção no mundo [...], que além do conhecimento dos conteúdos bem ou mal ensinados e/ou aprendidos implica tanto o esforço de reprodução da ideologia dominante quanto seu desmascaramento. [...] não poderia ser a educação só uma ou só outra dessas coisas. [...] É um erro decretá-la como tarefa apenas reprodutora da ideologia dominante como erro tomá-la como uma força de desocultação da realidade, a atuar livremente, sem obstáculos e duras dificuldades”.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários
à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996, p. 98-99. – Adaptado.
No texto acima, o fato de a educação ser concebida como uma prática que une em si reprodução e desmascaramento da ideologia dominante, filosoficamente, manifesta uma
Leia com atenção o texto abaixo: A maior parte dos historiadores da filosofia considera que ela surgiu entre o fim do século VII e início do século VI a.C., nas colônias gregas da Ásia Menor, e o primeiro filósofo foi .............................. . Por outro lado, a filosofia possui um conteúdo preciso ao nascer, ou seja, é uma .................................. Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do texto.
Uma fase significativa do desenvolvimento da filosofia antiga, quando a polis grega deixa de ser o centro político e referência principal dos filósofos, uma vez que a Grécia estava sob o domínio do Império Romano, é também conhecida como Período:
O método socrático de induzir as pessoas a descobrirem suas próprias verdades, que trazem em si sem saber, é conhecido como:
Leia com atenção o texto abaixo:
Entre os filósofos da Grécia Antiga se destacou ............................................. , que fundou sua própria escola, o Liceu, pois não concordava com a filosofia idealista do seu mestre Platão. Notabilizou-se pela sua teoria sobre a .................................. , composta de matéria e forma.
Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do texto.
No caderno Pedagógico de Filosofia da Rede Municipal de Ensino de São José (2008), está registrado que a escola é um espaço de encontro das pessoas que, constantemente, colocam para si mesmas e aos seus questões que estão dentro do âmbito de uma investigação:
Considerando as relações entre ética, democracia e exercício da cidadania, assinale a opção correta.
[...] “Aja apenas segundo um determinado princípio que, na sua opinião, deveria constituir uma lei universal”. Essa máxima sintetiza o imperativo categórico, de acordo com o qual só devemos agir de acordo com os princípios que podemos universalizar sem entrar em contradição. O conceito de imperativo categórico, fundamental nos estudos sobre a ética, foi formulado por
Karl Marx (1818-1883), em sua obra, explica as lógicas históricas e sociais que fundamentam o sistema da economia capitalista. E, para ele, dentre as razões lógicas que servem para a manutenção deste sistema econômico está o fato de que as relações sociais de produção são alienadas para a classe trabalhadora. Mas o que isto significa, mesmo? O certo é que, para Marx, a alienação no modo de produção capitalista possui um significado bem preciso. Partindo da perspectiva marxiana sobre a alienação no capitalismo, assinale a afirmação verdadeira.
Thomas Hobbes (1588-1679) é considerado, ao lado de John Locke (1632-1704) e Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), como um “contratualista”. O contratualismo é uma teoria social e política desenvolvida por esses pensadores e que aponta, de forma geral, o nascimento das sociedades ou do convívio social humano a partir da passagem de um “estado de natureza” para o “mundo social”. Em síntese, os primeiros grupos humanos, para poderem conviver, tiveram que reprimir sua “animalidade” ou “natureza humana” fazendo “pactos” ou “contratos” a fim de se preservarem mutuamente e conviverem. Para Hobbes, especificamente, essa “natureza humana” faz com que os seres humanos vivam em constante guerra de uns contra os outros. E, para findar tal estado de “conflito natural”, é preciso que exista um “poder soberano” que mantenha todos em respeito mútuo.
No que diz respeito à perspectiva contratualista de Thomas Hobbes, assinale a afirmação verdadeira.
A globalização é um fenômeno impulsionado e intensificado pela expansão da economia capitalista pelo mundo nas últimas décadas do século XX. Este fenômeno teve e tem muitas consequências, como a abertura das fronteiras nacionais para a economia mundial, e coloca em pauta o papel da rede de proteção social dos Estados para as suas populações. O Fundo Monetário Internacional (FMI), nos anos 1990, por exemplo, recomendou, como medidas para que um país fosse atrativo para a economia mundial, que fossem adotadas políticas de austeridade fiscal no balanço das contas públicas e isto fez com que ocorressem muitas privatizações de setores econômicos estratégicos, como os de fornecimento de água e esgoto, energia elétrica e telecomunicações. Mas, sabe-se que existem outras consequências promovidas pelo fenômeno da globalização econômica.
Considerando outras consequências da globalização econômica, assinale a afirmação verdadeira.
O tema gênero e sexualidade, atualmente, é mote de muitos debates acalorados e polêmicos na sociedade brasileira. Porém, é forçoso reconhecer a pertinência desses debates a favor de mais inclusão social para o convívio em uma sociedade que deve prezar por valores democráticos como os das liberdades individuais. Em tempo, partindo de uma compreensão geral das ciências sociais, gênero e sexualidade são produtos da relação entre a subjetividade individual (algo que é de cada pessoa) e a cultura (questão coletiva). Assim, o “ser homem”, o “ser mulher” e as orientações sexuais passam pelo crivo intrincado de decisões pessoais e socioculturais. E essa perspectiva das ciências sociais em torno do tema aponta para o melhor convívio nas democracias contemporâneas.
Assim, considerando o tema gênero e sexualidade nas ciências sociais, avalie as proposições a seguir:
I. A sigla LGBTQIA+ procura representar, da forma mais inclusiva possível, os diferentes modos de ser e de se orientar pelo gênero e sexualidade.
II. As livres expressões da sexualidade causam prejuízos para a liberdade sexual de todos aqueles que não se enquadram nessas formas indefinidas de gênero.
III. Nem a cultura nem questões psicológicas conseguem mudar o fato biológico natural que distingue o que significa ser do sexo masculino ou do sexo feminino.
IV. A sociodiversidade de gêneros e de orientações sexuais ainda hoje enfrenta os males dos preconceitos que julgam como anormais as pessoas não heterossexuais.
Está correto o que se afirma somente em
Atente para o seguinte trecho a respeito de estado democrático e estado liberal:
“...o estado liberal é o pressuposto não só histórico, mas jurídico do estado democrático. Estado liberal e estado democrático são interdependentes em dois modos: na direção que vai do liberalismo à democracia, no sentido de que são necessárias certas liberdades para o exercício correto do poder democrático, e na direção oposta que vai da democracia ao liberalismo, no sentido de que é necessário o poder democrático para garantir a existência e a persistência das liberdades fundamentais. Em outras palavras: é pouco provável que um estado não liberal possa assegurar um correto funcionamento da democracia, e de outra parte é pouco provável que um estado não democrático seja capaz de garantir as liberdades fundamentais. A prova histórica desta interdependência está no fato de que um estado liberal e um estado democrático, quando caem, caem juntos”.
BOBBIO, Norberto. O Futuro da Democracia: uma defesa das regras do jogo. 6ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986.
Considerando o que diz Bobbio sobre a interdependência entre o “estado democrático” e o “estado liberal”, é correto dizer que
Tendo em vista que a sociologia se dispõe a estudar fenômenos sociais de maneira investigativa, julgue o item seguinte, a respeito da constituição do saber sociológico.
As ciências sociais se materializam a partir do discernimento analítico entre os fenômenos naturais e os fenômenos produzidos culturalmente.
Tendo em vista que a sociologia se dispõe a estudar fenômenos sociais de maneira investigativa, julgue o item seguinte, a respeito da constituição do saber sociológico.
A sociologia passou a constituir-se como ciência durante o surgimento das sociedades capitalistas.
Tendo em vista que a sociologia se dispõe a estudar fenômenos sociais de maneira investigativa, julgue o item seguinte, a respeito da constituição do saber sociológico.
A sociologia propõe uma linha de conhecimento e análise da realidade social semelhante aos saberes produzidos pelo senso comum.