Resolver o Simulado IBAM

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Saúde Pública

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Considerando o Decreto Nº 7.508/2011, julgue os itens a seguir:


I. Regulamenta a Lei nº 8.080/1990, para dispor sobre o planejamento do Sistema Único de Saúde – SUS, a organização da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa.

II. O decreto considera como Região de Saúde o espaço geográfico contínuo constituído por agrupamentos de Municípios limítrofes, delimitado a partir de identidades culturais, econômicas e sociais, e de redes de comunicação e infraestrutura de transportes compartilhados, com a finalidade de integrar a organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de saúde.

III. Para ser instituída, a Região de Saúde deve conter, no mínimo, ações e serviços de atenção primária e secundária; urgência e emergência; atenção psicossocial; vigilância em saúde; e atenção ambulatorial especializada e hospitalar;

IV. O acesso universal e igualitário à assistência farmacêutica pressupõe, cumulativamente: estar o usuário assistido por ações e serviços de saúde do SUS; ter o medicamento sido prescrito por profissional de saúde, no exercício regular de suas funções no SUS; estar a prescrição em conformidade com a RENAME e os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas ou com a relação específica complementar estadual, distrital ou municipal de medicamentos; e ter a dispensação ocorrida em unidades indicadas pela direção do SUS.


Assinale a alternativa CORRETA:

  • A Existem dois itens falsos.
  • B O item IV é falso.
  • C Apenas um item não é falso.
  • D Apenas o item I é falso.
  • E O item II é falso.
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Em relação ao conteúdo da Lei n.º 8.080, de 19 de setembro de 1990, assinale a alternativa correta.

  • A O princípio da integralidade da assistência é entendido como a garantia de acesso às ações preventivas para toda a população, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie.
  • B A utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades significa que as ações de saúde devem ser centradas no tratamento de doenças infectocontagiosas.
  • C A execução da vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras é de responsabilidade exclusiva da direção nacional do Sistema Único de Saúde, não podendo ser complementada pelos estados e municípios.
  • D O controle da prestação de serviços que se relacionam com a saúde, está incluído dentro do conceito de vigilância sanitária.
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Conforme a Lei Federal nº 8.080 de 1990, é competência da direção municipal do Sistema de Saúde (SUS), EXCETO:

  • A estabelecer critérios, parâmetros e métodos para o controle da qualidade sanitária de produtos, substâncias e serviços de consumo e uso humano.
  • B gerir laboratórios públicos de saúde e hemocentros.
  • C formar consórcios administrativos intermunicipais.
  • D colaborar na fiscalização das agressões ao meio ambiente que tenham repercussão sobre a saúde humana e atuar, junto aos órgãos municipais, estaduais e federais competentes, para controlá-las.
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É um conjunto de reformas institucionais do SUS acordado entre as três esferas de gestão (União, Estados e Municípios) com o objetivo de promover inovações nos processos e instrumentos de gestão, visando alcançar maior eficiência e qualidade das respostas do Sistema Único de Saúde, redefinindo as responsabilidades de cada gestor em função das necessidades de saúde da população e na busca da equidade social. O presente conceito é denominado de:

  • A Pacto pela Saúde
  • B Proad-SUS
  • C Política Nacional de Atenção Básica
  • D Programa Mais Médicos
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São doenças de notificação compulsória, EXCETO:

  • A Antraz.
  • B Botulismo.
  • C Cólera.
  • D Diarréia.
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Epidemias e endemias têm como fatores determinantes e condicionantes diversas situações econômicas, culturais, ecológicas, psicossociais e biológicas. A compreensão desses determinantes e condicionantes é importante para o planejamento de ações de prevenção e controle dos agravos com potencial endêmico e epidêmico. Em relação aos determinantes, relacione adequadamente as colunas a seguir. 1. Econômicos. 2. Biológicos. 3. Psicossociais. ( ) Indivíduos suscetíveis, mutação do agente infeccioso e transmissibilidade do agente. ( ) Uso de drogas, ausência de atividades e locais para lazer. ( ) Privações resultando em habitações precárias, falta de saneamento básico e de água tratada e ocupação do território de forma desordenada.
A sequência está correta em

  • A 3,2,1.
  • B 1,2,3.
  • C 2,3,1.
  • D 3,1,2.
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A terminologia adotada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para padronizar os procedimentos normativos, conforme o disposto no Regulamento Sanitário Internacional 2005 (RSI 2005), correta é que:

  • A evento significa a manifestação de doença ou uma ocorrência que apresente potencial para causar doença
  • B doença significa um estado clínico, independentemente de origem ou fonte, que possa representar um fator de risco significativo para enfermidade
  • C emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) significa um evento extraordinário que constitui risco para a saúde privada deste país por meio da propagação nacional de doenças que, potencialmente, requerem uma resposta internacional, coordenada
  • D emergência de Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) significa um evento que apresente risco de propagação ou disseminação de doenças apenas nos municípios com priorização das doenças de notificação imediata e outros eventos de saúde pública, independentemente da natureza ou origem, depois de avaliação de risco, e que possa necessitar de resposta estadual
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A respeito das doenças de notificação compulsória, marque alternativa CORRETA.

  • A A cólera e o botulismo são doenças de notificação compulsória semanal.
  • B A febre amarela não é uma notificação compulsória.
  • C Todas as doenças de notificação compulsória devem ser notificadas diretamente ao Ministério da Saúde.
  • D A difteria é uma doença de notificação compulsória imediata.
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Sobre a Vigilância Epidemiológica e imunizações, marque (V) para as alternativas verdadeiras e (F) para as Falsas:


( ) A operacionalização da vigilância epidemiológica compreende um ciclo de funções inespecíficas e complementares, desenvolvidas de modo descontínuo, mas que permita conhecer, o comportamento da doença ou agravo selecionado como alvo das ações, para que as medidas de intervenção pertinentes possam ser desencadeadas com oportunidade e eficácia.

( ) Dentre as funções da vigilância epidemiológica temos: a coleta de dados; o processamento de dados coletados, e análise e interpretação dos dados processados.

( ) As competências de cada um dos níveis do sistema de saúde (municipal, estadual e federal) abarcam todo o espectro das funções de vigilância epidemiológica, porém com graus de especificidade variáveis.


Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:

  • A V, V, F.
  • B F, V, F.
  • C V, F, F.
  • D F, V, V.
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Acerca do tema "Noções de Vigilância Epidemiológica e imunizações", marque a alternativa CORRETA.

  • A No primeiro ano de vida, o sistema imunológico ainda está em desenvolvimento, por isso todas as vacinas, devido à sua composição, devem ser administradas em dose única.
  • B As gestantes não devem receber vacinas vivas, pois existe a possibilidade de passagem dos antígenos vivos atenuados para o feto e de causar alguma alteração, como malformação, aborto ou trabalho de parto prematuro.
  • C As vacinas são um exemplo de imunidade adquirida passivamente.
  • D A imunidade ativa, adquirida de modo artificial, é obtida pela administração de soros.
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As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que integram Sistema Único de Saúde (SUS), devem estar de acordo com os seus princípios. Marque a alternativa que não está de acordo com os princípios do SUS:

  • A Igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie.
  • B Universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência.
  • C Integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema.
  • D Integração em nível social das ações de saúde e saneamento básico, mas não do meio ambiente.
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Em relação aos fatores que podem afetar o prazo de validade dos alimentos, marque a alternativa CORRETA.

  • A A embalagem tem um papel primordial de proteger um alimento após o processamento, mas também pode ser usada para prolongar seu prazo de validade.
  • B Fatores extrínsecos são fatores que estão relacionado ao próprio alimento, como umidade e pH.
  • C A natureza e a qualidade das matérias-primas não interferem na validade dos produtos alimentícios.
  • D Fatores intrínsecos são fatores externos ao produto, tais como condições de embalagem, materiais e condições de armazenamento.
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Acerca da Norma Operacional Básica-NOB do Sistema Único de Saúde-SUS 01/1996 e suas atualizações, julgue as afirmativas abaixo:


I.A NOB SUS 01/96 tem por finalidade primordial promover e consolidar o pleno exercício, por parte da união, da função de gestor da atenção à saúde, com a consequente redefinição das responsabilidades exclusiva à União, avançando na consolidação dos princípios do SUS.

II.A referida NOB redefine a prática do acompanhamento, controle e avaliação no SUS, superando os mecanismos tradicionais, centrados no faturamento de serviços produzidos, e valorizando os resultados advindos de programações com critérios epidemiológicos e desempenho com qualidade.

III.Essa norma privilegia os núcleos familiares e comunitários, criando, assim, condições para uma efetiva participação e controle social.


Qual (is) afirmativa (s) está (ão) CORRETA (S)?

  • A Apenas II e III.
  • B Apenas I e II.
  • C Apenas II.
  • D Apenas I e III.
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Acerca da matéria-prima, insumos, embalagens, transporte e armazenamento para produção de alimentos, marque a alternativa INCORRETA.

  • A As matérias-primas, os ingredientes e as embalagens devem ser armazenados em local limpo e organizado, de forma a garantir proteção contra contaminantes.
  • B A recepção das matérias-primas, dos ingredientes e das embalagens deve ser realizada em área protegida e limpa.
  • C O transporte desses insumos deve ser realizado em condições adequadas de higiene e conservação.
  • D As matérias-primas e as embalagens devem ser armazenados diretamente no chão, respeitandose o espaçamento mínimo necessário para garantir adequada ventilação, limpeza e, quando for o caso, desinfecção do local.
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Em relação aos manipuladores de alimentos é CORRETO afirmar que:

  • A Os manipuladores devem lavar cuidadosamente as mãos ao chegar ao trabalho, antes e após manipular alimentos, após qualquer interrupção do serviço, após tocar materiais contaminados, após usar os sanitários e sempre que se fizer necessário.
  • B Os manipuladores podem fumar, mas devem evitar falar desnecessariamente, cantar, assobiar, ou praticar outros atos que possam contaminar o alimento, durante o desempenho das atividades.
  • C Os manipuladores de alimentos devem ser capacitados periodicamente em higiene pessoal, em manipulação higiênica dos alimentos e em doenças transmitidas por alimentos, mas a capacitação não precisa ser comprovada mediante documentação.
  • D Não é necessário afastar os manipuladores que apresentarem lesões e ou sintomas de enfermidades, mesmo que possam comprometer a qualidade higiênico-sanitária dos alimentos.
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA apresenta natureza de autarquia especial caracterizada pela independência administrativa, estabilidade de seus dirigentes, e autonomia financeira. Todas as alternativas estão de acordo com as competências da agência, EXCETO:

  • A Estabelecer, coordenar e monitorar os sistemas de vigilância toxicológica e farmacológica.
  • B Proibir a fabricação, mas não a importação e o armazenamento de produtos e insumos, em caso de violação da legislação pertinente ou de risco iminente à saúde.
  • C Estabelecer normas, propor, acompanhar e executar as políticas, as diretrizes e as ações de vigilância sanitária.
  • D Conceder e cancelar o certificado de cumprimento de boas práticas de fabricação.
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De acordo com a Norma Operacional Básica-NOB do Sistema Único de Saúde-SUS 01/1996, a totalidade das ações e de serviços de atenção à saúde, no âmbito do SUS, deve ser desenvolvida em um conjunto de estabelecimentos, organizados em rede regionalizada e hierarquizada, e disciplinados segundo subsistemas, um para cada município - o SUS-Municipal. É CORRETO afirmar que:

  • A A criação e o funcionamento desse sistema municipal possibilitam a responsabilização dos municípios, no que se refere à saúde de todos os residentes em seu território, portanto os sistemas municipais devem trabalhar isolados da integralidade do SUS.
  • B O poder público estadual tem, como uma de suas responsabilidades nucleares, mediar a relação entre os sistemas municipais.
  • C Quando ou enquanto um município não assumir a gestão do sistema municipal, é a União que responde, definitivamente, pela gestão de um conjunto de serviços capaz de dar atenção integral àquela população.
  • D Os estabelecimentos do subsistema municipal, do SUS-Municipal, precisam ser, obrigatoriamente, de propriedade da prefeitura, mas não precisam ter sede no território do município.
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Acerca das Doenças veiculadas por alimentos (DVA), marque a alternativa INCORRETA.

  • A As DVA podem ser causadas por agentes químicos como os pesticidas, ou biológico, como os microrganismos patogênicos.
  • B A OMS diz que as DVA não são um problema de saúde pública, pois atingem um número muito restrito de indivíduos e causam pouco impacto financeiros ao governo e a saúde do consumidor.
  • C As DVA são causadas pela ingestão de alimento contaminado por um agente infeccioso específico ou pela toxina por ele produzida.
  • D Atitudes recorrentes da população, como má higienização das mãos, aumentam ainda mais as possibilidades para a ocorrência das DVA. Atitudes recorrentes da população, como má higienização das mãos, aumentam ainda mais as possibilidades para a ocorrência das DVA.
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Sobre as Doenças veiculadas por alimentos (DVA), é CORRETO afirmar que:

  • A Algumas bactérias, como o Clostridium perfringens, desenvolvem formas esporuladas que são resistentes a altas temperaturas e ao frio.
  • B A Escherichia coli é uma enterobactéria bactéria causadora de DVA.
  • C Todas as toxinas associadas as DVA são termolábeis (inativadas pelo calor).
  • D A sobrevivência e a multiplicação de um agente etiológico nos alimentos independem de seus mecanismos de defesa e das condições do meio, como oxigenação, pH e temperatura, variável de acordo com cada alimento.
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Sobre o tema saúde pública, saneamento básico e sua relação com as doenças infectocontagiosas, julgue as afirmativas abaixo:


I.Água de boa qualidade para o consumo humano e seu fornecimento contínuo asseguram a redução e controle de: diarreias, cólera, dengue, febre amarela, tracoma, hepatites, conjuntivites, poliomielite, escabioses.

II.Os riscos à saúde pública estão ligados a alguns fatores possíveis e indesejáveis de ocorrerem em áreas urbanas e rurais, os quais podem ser minimizados, mas nunca eliminados com o uso apropriado de serviços de saneamento.

III.A melhoria da gestão dos resíduos sólidos (lixo), reduz o impacto ambiental e elimina ou dificulta a proliferação de vetores de doenças.


Qual (is) afirmativa (s) está (ão) CORRETA (S)?

  • A Apenas I e II.
  • B Apenas II.
  • C Apenas I e III.
  • D Apenas II e III.

Português

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A SUA SUPERDESENVOLVIDA HABILIDADE DE LER MENTES

Renato Caruso Vieira

Você é encarregado de conduzir uma reunião com quatro diretores de filiais da sua empresa: a Srª A., o Sr. B., a Srª C. e o Sr. D. Dirigindo-se à sala de reuniões, você é saída, ainda no corredor, por um de seus assessores, com quem trava o seguinte diálogo:

Você: — Todos os diretores chegaram?

Assessor: — Alguns chegaram.

Adentrando a sala, você avista, já acomodados e preparados, a Srª A., o Sr. B., a Srª C. e o Sr. D. Confuso, você interpela discretamente o assessor:

— Por que você disse alguns que dos diretores anteriores chegado se todos eles já chegaram?

— Tudo o que eu disse foi que alguns dos diretores chegados chegados. A Srª A. e o Sr. B são alguns dos diretores e eles chegaram. Portanto, eu falei a verdade.

Apesar de reconhecer uma consistência lógica irretocável da justificativa, você dificilmente absolveria seu assessor da culpa de ter feito mau uso da linguagem. [...]

A correta interpretação de uma sentença proferida por um falante depende da habilidade de reconhecimento das intenções que ele pretendeu comunicar com aquela escolha de palavras. E a escolha de palavras do falante depende da avaliação que ele faz da habilidade do ouvinte de reconhecer as intenções comunicadas por ele. Assim, a culpa pelo mau uso da linguagem que atribuímos ao assessor, na narração ilustrativa que introduziu este texto, adveio de sua incapacidade de reconhecer a indução à inferência de “somente alguns [diretores chegaram], mas não todos” provocada pela escolha de palavras que fez naquele contexto particular.

[...] Podemos identificar as interações conversacionais como constantes exercícios de metarrepresentação (representação mental da representação mental do outro) sustentados pela superdesenvolvida habilidade humana de “leitura de mentes” [...].
A “leitura de mentes”, que conceitualmente se confunde com a capacidade de reconhecimento das intenções alheias, é uma adaptação humana com participação em todas as grandes conquistas evolutivas da nossa espécie em termos de cognição social. Não se observa no reino animal capacidade comparável à humana de comunicação, de cooperação, de compartilhamento de informações, de negociação. [...]


Adaptado de: <http://www.roseta.org.br/pt/2020/03/16/a-suasuperdesenvolvida-habilidade-de-ler-mentes/>. Acesso em 13 jul.2020.

Usar alternativa em que “meta” tem o mesmo significado que na palavra “metarrepresentação”.
  • A Metade.
  • B Metalinguagem.
  • C Metáfora.
  • D Metaleiro.
  • E Metafísica.
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Mulher sofre

Erberth Vêncio

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

Disponível em https://www.revistabula.com/29542-mulher-sofre/ Acessado em 7/03/2020 

Em A dor do parto. A anatomia destroçada. As tetas bufadas de leite. As noites trincadas, não dormidas. Os filhos que ganham o mundo. A síndrome do ninho vazio. A capacidade de realizar múltiplas tarefas ao mesmo tempo. A língua destravada. A vocação para o perdão. (linhas 20 a 23), as ideias foram separadas por pontos (e não por vírgulas) para expressar

  • A ironia.
  • B humor.
  • C preconceito.
  • D ênfase.
  • E tristeza.
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“É minha opinião que não se deve dizer mal de ninguém, e ainda menos da polícia. A polícia é uma instituição necessária à ordem e à vida da cidade.” (Machado de Assis, A Semana – 1871)
Nesse texto, Machado emprega corretamente o acento grave indicativo da crase; a frase abaixo em que esse mesmo acento está empregado de forma adequada é:

  • A Os clientes pagaram a compra à crédito;
  • B A ordem é necessária à todo grupo social;
  • C Ninguém abandonou o local à correr;
  • D O motorista deu à documentação ao policial;
  • E Todos os policiais saíram à mesma hora.
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Leia a tira para responder à questão.


Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

(Beck, Alexandre. Armandinho Cinco. Florianópolis, SC: A. C. Beck, 2015, p. 33)

No contexto da tira, constrói-se o efeito de sentido por meio da

  • A veemência com que o garoto refuta a ideia de que possa vir a praticar exercícios físicos.
  • B divergência dos personagens sobre a quantidade de exercícios necessária à boa forma física.
  • C desmotivação do garoto para adotar práticas que possam resultar em melhoria da saúde.
  • D atribuição de sentidos distintos pelos dois personagens à ideia de corpo perfeito.
  • E resistência do garoto em assumir a sua indisposição para a prática de exercícios físicos.
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Leia a tira para responder à questão.


Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

(Beck, Alexandre. Armandinho Cinco. Florianópolis, SC: A. C. Beck, 2015, p. 33)

Na frase do primeiro quadrinho – ... é preciso muito esforço para ter um corpo perfeito! –, o sentido expresso pelo termo “para” também pode ser corretamente identificado em:

  • A Para onde quer que fosse, seria preciso ajustar-se a um novo ambiente.
  • B Para manter-se à altura do cargo que ocupava, enfrentava grandes desafios.
  • C Como já estivesse muito tarde, postergou a atividade para o dia seguinte.
  • D Decidiu que aquela era a hora de mudar para um lugar mais tranquilo.
  • E De um momento para outro, a temperatura caiu sem que se percebesse.
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Vida média


Continuamos a acreditar que vivemos numa época em que a tecnologia dá passos gigantes e diários, a perguntar onde vamos parar com a globalização, mas refletimos com menos frequência sobre o fato de que o aumento do tempo médio de vida é o maior avanço da humanidade – e neste campo a aceleração supera a de qualquer outra façanha. Na verdade, o troglodita que conseguiu produzir fogo artificialmente já havia compreendido obscuramente que o homem poderia dominar a natureza. Desde a invenção do vapor ficou claro que conseguiríamos multiplicar a velocidade dos deslocamentos, assim como já se podia supor que um dia chegaríamos à luz elétrica. Mas durante séculos os homens sonharam em vão com o elixir da longa vida e com a fonte da juventude eterna. Na Idade Média existiam ótimos moinhos de vento, mas existia também uma igreja que os peregrinos procuravam para obter o milagre de viver até os 40 anos.

Fomos à Lua há muitos anos e ainda não conseguimos ir a Marte, mas na época do desembarque lunar uma pessoa de 70 anos já havia chegado ao fim da vida, enquanto hoje temos esperanças razoáveis de chegar aos 90. Em suma, o grande progresso ocorreu no campo da vida, não no campo dos computadores.

Muitos dos problemas que devemos enfrentar hoje têm relação com o aumento do tempo médio de vida. E não estou falando apenas das aposentadorias. A imensa migração do Terceiro Mundo para os países ocidentais nasce certamente da esperança de milhares de pessoas de encontrar comida, trabalho e principalmente de chegar a um mundo onde se vive mais – ou, seja como for, fugir de um outro mundo onde se morre cedo demais. No entanto – embora não tenha as estatísticas à mão –, creio que a soma que gastamos em pesquisas gerontológicas e em medicina preventiva seja infinitamente menor do que o investimento em tecnologia bélica e em informática. Sabemos muito bem como destruir uma cidade ou como transportar informação a baixo custo, mas ainda não temos ideia de como conciliar bem-estar coletivo, futuro dos jovens, superpopulação mundial e aumento da expectativa de vida.

Um jovem pode pensar que o progresso é aquilo que lhe permite enviar recadinhos pelo celular ou voar barato para Nova York, enquanto o fato surpreendente – e o problema não resolvido – é que, se tudo correr bem, ele só precisará se preparar para ser adulto aos 40 anos, enquanto seus antepassados tinham de fazê-lo aos 16.

Certamente é preciso agradecer a Deus ou à sorte por vivermos mais, mas temos de enfrentar esse problema como um dos mais dramáticos de nosso tempo e não como um ponto pacífico.


(Eco, Humberto. Pape Satan Aleppe: crônicas de uma sociedade líquida. Rio de Janeiro: Record, 2017)

A seguinte passagem do texto caracteriza-se pelo emprego de palavra(s) em sentido figurado:

  • A Continuamos a acreditar que vivemos numa época em que a tecnologia dá passos gigantes e diários...
  • B Desde a invenção do vapor ficou claro que conseguiríamos multiplicar a velocidade dos deslocamentos...
  • C Muitos dos problemas que devemos enfrentar hoje têm relação com o aumento do tempo médio de vida.
  • D Sabemos muito bem como destruir uma cidade ou como transportar informação a baixo custo...
  • E Um jovem pode pensar que o progresso é aquilo que lhe permite enviar recadinhos pelo celular...
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Leia o texto para responder à próxima questão.

Vivendo e aprendendo (Victor Hugo).
Na vida temos muitas surpresas, boas, ruins, inesperadas... Temos que estar preparados para reagir a cada uma delas. Chore, ria, faça careta, pule, dance, cante, corra, viva. Não tenha medo de viver e ser feliz! Existem momentos na vida que podem parecer bobos, que podem parecer comuns para você por enquanto, mas um dia você pode olhar pra trás e dizer: esse foi o dia mais feliz de minha vida, "até agora". Por isso, aprecie cada momento na vida como se fosse único e especial, com uma pessoa especial. Não busque a felicidade muito longe, ela pode estar mais perto do que você imagina! Tente apenas ser feliz, faça o que der vontade, não se importe com o que os outros dizem sobre você, porém, tente não dizer nada sobre os outros. Não faça com o próximo o que não quer para si mesmo. 
Marque a alternativa correta, quanto ao número de sílabas, nas palavras do texto (especial, outros, boas, não).
  • A Trissílaba, dissílaba, dissílaba, monossílaba.
  • B Polissílaba, dissílaba, dissílaba, monossílaba.
  • C Polissílaba, trissílaba, dissílaba, monossílaba.
  • D Trissílaba, trissílaba, dissílaba, monossílaba.
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Em se tratando de figuras de linguagem, assinale a alternativa incorreta.
  • A Penetramos no coração da floresta. (Metáfora).
  • B Rios te correrão dos olhos, se chorares! (Hipérbole).
  • C “Som que tem cor, fulgor, sabor, perfume.” (Sinestesia).
  • D “Grande no pensamento, grande na ação, grande na glória, grande no infortúnio, ele morreu desconhecido e só.” (Sínquise).
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Sobre discurso direto, indireto e indireto livre, marque a alternativa incorreta.
  • A O sacerdote, com o coração a sangrar, disse que positivamente aquele país não era amigo de Deus. (Discurso indireto).
  • B O professor afirmou: “Aquele que não sabe obedecer, não deve mandar.” (Discurso direto).
  • C O médico recusou pagamento, acrescentando que era cristão levar a saúde à casa dos pobres. (Discurso indireto livre).
  • D Eu ordenei-lhe: “Venha imediatamente.” (Discurso direto).
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Assinale a alternativa, onde temos uma oração subordinada adverbial consecutiva.
  • A Trabalha muito, a fim de que nada falte à família.
  • B Ele foi tão generoso, que me deixou pasmado!
  • C Assim que o professor entrou, os alunos se levantaram.
  • D Foram tamanhas as suas provações, que o pobre homem sucumbiu de tristeza.
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Quanto à acentuação gráfica, assinale a alternativa incorreta.
  • A Má / rouxinóis / três.
  • B Idéia / jibóia / assembléia.
  • C Só / avó / parabéns.
  • D Vinténs / vê / português.
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TEXTO I


Quem quer viver para sempre?  


    Eu já deveria estar morto. Ou a caminho de. Para alguns leitores, nunca uma frase soou tão verdadeira. Mas eu falo da história, não de afetos. Se tivesse nascido em Portugal, cem anos atrás, já haveria lápide e caixão. Dá para acreditar que, em inícios do século XX, a esperança média de vida para os homens portugueses rondasse os 35-40 anos? Hoje, andará pelos oitenta. O que significa que, com sorte e algum bom humor do Altíssimo, eu estou apenas a meio da viagem. Se juntarmos os progressos da medicina no futuro próximo, é possível que a viagem seja alargada mais um pouco. Cem anos, cento e tal. Nada mau.  

    Um artigo recente da Nature, aliás, promete revoluções para a minha pobre carcaça. O segredo está no hipotálamo cerebral e numa proteína do dito cujo que regula o envelhecimento humano. Não entro em pormenores, até porque eu próprio não os entendo. Mas eis o negócio: se a proteína é estimulada, os ratinhos morrem mais depressa. Se a proteína é inibida, acontece o inverso. Falamos de ratos, por enquanto, o que significa que a descoberta só terá aplicação imediata entre a classe política. Mas o leitor entende onde quero chegar.  

    E eu quero chegar à maior promessa de todas: o dia em que seremos finalmente imortais. Na história da cultura ocidental, esse dia pode estar no passado distante (ler Hesíodo, ler a Bíblia). Ou pode estar no futuro, como garantem os “trans-humanistas”. Falo de uma corrente bioética perfeitamente respeitável que se dedica a essa causa: o destino da humanidade não está em morrer aos cem. Está em viver indefinidamente depois dos cem, através dos avanços da tecnologia. Porque só a tecnologia permitirá aos homens suplantar a sua infantil condição mortal. O nosso corpo é apenas a primeira casca de todas as cascas que estarão por vir. E quem não gostaria de viver para sempre? 

    Curiosamente, há quem não queira. O filósofo Roger Scruton, em ensaio recente, dedica um capítulo específico aos transhumanistas. O livro intitula-se The Uses of Pessimism and the Dangers of False Hope. Segundo sei, será publicado no Brasil em breve. Recomendo. Primeiro, porque é uma súmula perfeita do pensamento de Scruton, escrito com elegância habitual do autor. Mas sobretudo porque é a mais brilhante refutação do pensamento utópico, e em particular do pensamento utópico trans-humanista de autores como Ray Kurzweil ou Max More, que me lembro de ter lido. Isso se deve, em grande parte, ao fato corajoso de Scruton ter sido capaz de virar o debate do avesso e perguntar: por que motivo a doença e a morte devem ser vistas como males intoleráveis que devemos erradicar? Não será possível olhar para eles como bens necessários?

    Certo, certo: ninguém ama a doença e, tirando casos extremos, ninguém deseja morrer. Mas sem a doença e a morte, a vida não teria qualquer valor em si mesma. Os projetos que fazemos; as viagens com que sonhamos; os amores que temos, perdemos, procuramos; e até a descendência que deixamos – tudo isso parte da mesma premissa: o fato singelo de não termos todo o tempo do mundo. Vivemos, escolhemos, amamos – porque temos urgência em viver, escolher e amar. Se retirarmos a urgência da equação, podemos ainda viver eternamente. Mas viveremos uma eternidade de tédio em que nada tem sentido porque nada precisa ter sentido. Sem importância do efêmero, nada se torna importante. 

    Os trans-humanistas sonham com um mundo pós-humano. É provável que esse mundo seja possível no futuro, quando a técnica suplantar a nossa casca primitiva. Mas esse mundo, até pela sua própria definição, será um filme diferente. Não será um filme para seres humanos tal como os conhecemos e reconhecemos.

    Viver até os cem? Agradeço. Cento e vinte também serve. Mas se me dissessem hoje mesmo que o meu futuro duraria uma eternidade, eu seria o primeiro a pular da janela sem hesitar.

COUTINHO, João Pereira. Vamos ao que interessa: cem crônicas da era da brutalidade. São Paulo: Três Estrelas, 2015.

A respeito do trecho “E eu quero chegar à maior promessa de todas...”, a crase empregada poderá ser mantida caso o verbo em destaque seja substituído por

  • A ensinar.
  • B informar.
  • C obedecer.
  • D planejar.
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TEXTO I


Quem quer viver para sempre?  


    Eu já deveria estar morto. Ou a caminho de. Para alguns leitores, nunca uma frase soou tão verdadeira. Mas eu falo da história, não de afetos. Se tivesse nascido em Portugal, cem anos atrás, já haveria lápide e caixão. Dá para acreditar que, em inícios do século XX, a esperança média de vida para os homens portugueses rondasse os 35-40 anos? Hoje, andará pelos oitenta. O que significa que, com sorte e algum bom humor do Altíssimo, eu estou apenas a meio da viagem. Se juntarmos os progressos da medicina no futuro próximo, é possível que a viagem seja alargada mais um pouco. Cem anos, cento e tal. Nada mau.  

    Um artigo recente da Nature, aliás, promete revoluções para a minha pobre carcaça. O segredo está no hipotálamo cerebral e numa proteína do dito cujo que regula o envelhecimento humano. Não entro em pormenores, até porque eu próprio não os entendo. Mas eis o negócio: se a proteína é estimulada, os ratinhos morrem mais depressa. Se a proteína é inibida, acontece o inverso. Falamos de ratos, por enquanto, o que significa que a descoberta só terá aplicação imediata entre a classe política. Mas o leitor entende onde quero chegar.  

    E eu quero chegar à maior promessa de todas: o dia em que seremos finalmente imortais. Na história da cultura ocidental, esse dia pode estar no passado distante (ler Hesíodo, ler a Bíblia). Ou pode estar no futuro, como garantem os “trans-humanistas”. Falo de uma corrente bioética perfeitamente respeitável que se dedica a essa causa: o destino da humanidade não está em morrer aos cem. Está em viver indefinidamente depois dos cem, através dos avanços da tecnologia. Porque só a tecnologia permitirá aos homens suplantar a sua infantil condição mortal. O nosso corpo é apenas a primeira casca de todas as cascas que estarão por vir. E quem não gostaria de viver para sempre? 

    Curiosamente, há quem não queira. O filósofo Roger Scruton, em ensaio recente, dedica um capítulo específico aos transhumanistas. O livro intitula-se The Uses of Pessimism and the Dangers of False Hope. Segundo sei, será publicado no Brasil em breve. Recomendo. Primeiro, porque é uma súmula perfeita do pensamento de Scruton, escrito com elegância habitual do autor. Mas sobretudo porque é a mais brilhante refutação do pensamento utópico, e em particular do pensamento utópico trans-humanista de autores como Ray Kurzweil ou Max More, que me lembro de ter lido. Isso se deve, em grande parte, ao fato corajoso de Scruton ter sido capaz de virar o debate do avesso e perguntar: por que motivo a doença e a morte devem ser vistas como males intoleráveis que devemos erradicar? Não será possível olhar para eles como bens necessários?

    Certo, certo: ninguém ama a doença e, tirando casos extremos, ninguém deseja morrer. Mas sem a doença e a morte, a vida não teria qualquer valor em si mesma. Os projetos que fazemos; as viagens com que sonhamos; os amores que temos, perdemos, procuramos; e até a descendência que deixamos – tudo isso parte da mesma premissa: o fato singelo de não termos todo o tempo do mundo. Vivemos, escolhemos, amamos – porque temos urgência em viver, escolher e amar. Se retirarmos a urgência da equação, podemos ainda viver eternamente. Mas viveremos uma eternidade de tédio em que nada tem sentido porque nada precisa ter sentido. Sem importância do efêmero, nada se torna importante. 

    Os trans-humanistas sonham com um mundo pós-humano. É provável que esse mundo seja possível no futuro, quando a técnica suplantar a nossa casca primitiva. Mas esse mundo, até pela sua própria definição, será um filme diferente. Não será um filme para seres humanos tal como os conhecemos e reconhecemos.

    Viver até os cem? Agradeço. Cento e vinte também serve. Mas se me dissessem hoje mesmo que o meu futuro duraria uma eternidade, eu seria o primeiro a pular da janela sem hesitar.

COUTINHO, João Pereira. Vamos ao que interessa: cem crônicas da era da brutalidade. São Paulo: Três Estrelas, 2015.

No trecho “Isso se deve, em grande parte, ao fato corajoso de Scruton ter sido capaz...”, a ocorrência da crase dar-se-ia caso

  • A “ao” fosse substituído por “a”.
  • B “fato” fosse substituído por “assistências”.
  • C “corajoso” fosse substituído por “primordial”.
  • D “fato corajoso” fosse substituído por “ação corajosa”.
34

TEXTO I


Quem quer viver para sempre?  


    Eu já deveria estar morto. Ou a caminho de. Para alguns leitores, nunca uma frase soou tão verdadeira. Mas eu falo da história, não de afetos. Se tivesse nascido em Portugal, cem anos atrás, já haveria lápide e caixão. Dá para acreditar que, em inícios do século XX, a esperança média de vida para os homens portugueses rondasse os 35-40 anos? Hoje, andará pelos oitenta. O que significa que, com sorte e algum bom humor do Altíssimo, eu estou apenas a meio da viagem. Se juntarmos os progressos da medicina no futuro próximo, é possível que a viagem seja alargada mais um pouco. Cem anos, cento e tal. Nada mau.  

    Um artigo recente da Nature, aliás, promete revoluções para a minha pobre carcaça. O segredo está no hipotálamo cerebral e numa proteína do dito cujo que regula o envelhecimento humano. Não entro em pormenores, até porque eu próprio não os entendo. Mas eis o negócio: se a proteína é estimulada, os ratinhos morrem mais depressa. Se a proteína é inibida, acontece o inverso. Falamos de ratos, por enquanto, o que significa que a descoberta só terá aplicação imediata entre a classe política. Mas o leitor entende onde quero chegar.  

    E eu quero chegar à maior promessa de todas: o dia em que seremos finalmente imortais. Na história da cultura ocidental, esse dia pode estar no passado distante (ler Hesíodo, ler a Bíblia). Ou pode estar no futuro, como garantem os “trans-humanistas”. Falo de uma corrente bioética perfeitamente respeitável que se dedica a essa causa: o destino da humanidade não está em morrer aos cem. Está em viver indefinidamente depois dos cem, através dos avanços da tecnologia. Porque só a tecnologia permitirá aos homens suplantar a sua infantil condição mortal. O nosso corpo é apenas a primeira casca de todas as cascas que estarão por vir. E quem não gostaria de viver para sempre? 

    Curiosamente, há quem não queira. O filósofo Roger Scruton, em ensaio recente, dedica um capítulo específico aos transhumanistas. O livro intitula-se The Uses of Pessimism and the Dangers of False Hope. Segundo sei, será publicado no Brasil em breve. Recomendo. Primeiro, porque é uma súmula perfeita do pensamento de Scruton, escrito com elegância habitual do autor. Mas sobretudo porque é a mais brilhante refutação do pensamento utópico, e em particular do pensamento utópico trans-humanista de autores como Ray Kurzweil ou Max More, que me lembro de ter lido. Isso se deve, em grande parte, ao fato corajoso de Scruton ter sido capaz de virar o debate do avesso e perguntar: por que motivo a doença e a morte devem ser vistas como males intoleráveis que devemos erradicar? Não será possível olhar para eles como bens necessários?

    Certo, certo: ninguém ama a doença e, tirando casos extremos, ninguém deseja morrer. Mas sem a doença e a morte, a vida não teria qualquer valor em si mesma. Os projetos que fazemos; as viagens com que sonhamos; os amores que temos, perdemos, procuramos; e até a descendência que deixamos – tudo isso parte da mesma premissa: o fato singelo de não termos todo o tempo do mundo. Vivemos, escolhemos, amamos – porque temos urgência em viver, escolher e amar. Se retirarmos a urgência da equação, podemos ainda viver eternamente. Mas viveremos uma eternidade de tédio em que nada tem sentido porque nada precisa ter sentido. Sem importância do efêmero, nada se torna importante. 

    Os trans-humanistas sonham com um mundo pós-humano. É provável que esse mundo seja possível no futuro, quando a técnica suplantar a nossa casca primitiva. Mas esse mundo, até pela sua própria definição, será um filme diferente. Não será um filme para seres humanos tal como os conhecemos e reconhecemos.

    Viver até os cem? Agradeço. Cento e vinte também serve. Mas se me dissessem hoje mesmo que o meu futuro duraria uma eternidade, eu seria o primeiro a pular da janela sem hesitar.

COUTINHO, João Pereira. Vamos ao que interessa: cem crônicas da era da brutalidade. São Paulo: Três Estrelas, 2015.

O uso do travessão na passagem “Vivemos, escolhemos, amamos – porque temos urgência em viver, escolher e amar” é justificado, pois

  • A indica a mudança de interlocutor.
  • B assinala inflexões de natureza emocional.
  • C anuncia uma citação que será apresentada posteriormente.
  • D realça uma síntese do que se vinha dizendo anteriormente.
35

TEXTO I


Quem quer viver para sempre?  


    Eu já deveria estar morto. Ou a caminho de. Para alguns leitores, nunca uma frase soou tão verdadeira. Mas eu falo da história, não de afetos. Se tivesse nascido em Portugal, cem anos atrás, já haveria lápide e caixão. Dá para acreditar que, em inícios do século XX, a esperança média de vida para os homens portugueses rondasse os 35-40 anos? Hoje, andará pelos oitenta. O que significa que, com sorte e algum bom humor do Altíssimo, eu estou apenas a meio da viagem. Se juntarmos os progressos da medicina no futuro próximo, é possível que a viagem seja alargada mais um pouco. Cem anos, cento e tal. Nada mau.  

    Um artigo recente da Nature, aliás, promete revoluções para a minha pobre carcaça. O segredo está no hipotálamo cerebral e numa proteína do dito cujo que regula o envelhecimento humano. Não entro em pormenores, até porque eu próprio não os entendo. Mas eis o negócio: se a proteína é estimulada, os ratinhos morrem mais depressa. Se a proteína é inibida, acontece o inverso. Falamos de ratos, por enquanto, o que significa que a descoberta só terá aplicação imediata entre a classe política. Mas o leitor entende onde quero chegar.  

    E eu quero chegar à maior promessa de todas: o dia em que seremos finalmente imortais. Na história da cultura ocidental, esse dia pode estar no passado distante (ler Hesíodo, ler a Bíblia). Ou pode estar no futuro, como garantem os “trans-humanistas”. Falo de uma corrente bioética perfeitamente respeitável que se dedica a essa causa: o destino da humanidade não está em morrer aos cem. Está em viver indefinidamente depois dos cem, através dos avanços da tecnologia. Porque só a tecnologia permitirá aos homens suplantar a sua infantil condição mortal. O nosso corpo é apenas a primeira casca de todas as cascas que estarão por vir. E quem não gostaria de viver para sempre? 

    Curiosamente, há quem não queira. O filósofo Roger Scruton, em ensaio recente, dedica um capítulo específico aos transhumanistas. O livro intitula-se The Uses of Pessimism and the Dangers of False Hope. Segundo sei, será publicado no Brasil em breve. Recomendo. Primeiro, porque é uma súmula perfeita do pensamento de Scruton, escrito com elegância habitual do autor. Mas sobretudo porque é a mais brilhante refutação do pensamento utópico, e em particular do pensamento utópico trans-humanista de autores como Ray Kurzweil ou Max More, que me lembro de ter lido. Isso se deve, em grande parte, ao fato corajoso de Scruton ter sido capaz de virar o debate do avesso e perguntar: por que motivo a doença e a morte devem ser vistas como males intoleráveis que devemos erradicar? Não será possível olhar para eles como bens necessários?

    Certo, certo: ninguém ama a doença e, tirando casos extremos, ninguém deseja morrer. Mas sem a doença e a morte, a vida não teria qualquer valor em si mesma. Os projetos que fazemos; as viagens com que sonhamos; os amores que temos, perdemos, procuramos; e até a descendência que deixamos – tudo isso parte da mesma premissa: o fato singelo de não termos todo o tempo do mundo. Vivemos, escolhemos, amamos – porque temos urgência em viver, escolher e amar. Se retirarmos a urgência da equação, podemos ainda viver eternamente. Mas viveremos uma eternidade de tédio em que nada tem sentido porque nada precisa ter sentido. Sem importância do efêmero, nada se torna importante. 

    Os trans-humanistas sonham com um mundo pós-humano. É provável que esse mundo seja possível no futuro, quando a técnica suplantar a nossa casca primitiva. Mas esse mundo, até pela sua própria definição, será um filme diferente. Não será um filme para seres humanos tal como os conhecemos e reconhecemos.

    Viver até os cem? Agradeço. Cento e vinte também serve. Mas se me dissessem hoje mesmo que o meu futuro duraria uma eternidade, eu seria o primeiro a pular da janela sem hesitar.

COUTINHO, João Pereira. Vamos ao que interessa: cem crônicas da era da brutalidade. São Paulo: Três Estrelas, 2015.

Assinale a alternativa em que o termo destacado não funciona como adjetivo.

  • A “... o destino da humanidade não está em morrer aos cem”.
  • B “Mas eu falo da história, não de afetos”.
  • C “Na história da cultura ocidental, esse dia pode estar no passado distante...”
  • D “Se juntarmos os progressos da medicina no futuro próximo...”
36

TEXTO II


Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas


Disponível em: http://www.tudojuntoemisturado.info/2017/01/tirinhas-armandinho.html.

No segundo quadrinho, a palavra “tatuíras” é acentuada, pois

  • A há o “i”, sozinho na sílaba tônica do hiato.
  • B trata-se de uma paroxítona terminada em S.
  • C há a presença de um ditongo aberto.
  • D trata-se de uma proparoxítona.
37

TEXTO III  


    Seu pai a trazia às vezes, aos domingos, quando vinha cumprir o piedoso dever de amizade, visitando Quaresma. Há quanto tempo estava ele ali? Ela não se lembrava ao certo; uns três ou quatro meses, se tanto. 

    Só o nome da casa metia medo. O hospício! É assim como uma sepultura em vida, um semi-enterramento, enterramento do espírito, da razão condutora, de cuja ausência os corpos raramente se ressentem. 

    A saúde não depende dela e há muitos que parecem até adquirir mais força de vida, prolongar a existência, quando ela se evola não se sabe por que orifício do corpo e para onde. Com que terror, uma espécie de pavor de coisa sobrenatural, espanto de inimigo invisível e onipresente, não ouvia a gente pobre referir-se ao estabelecimento da Praia das Saudades! Antes uma boa morte, diziam. 

    No primeiro aspecto, não se compreendia bem esse pasmo, esse espanto, esse terror do povo por aquela casa imensa, severa e grave, meio hospital, meio prisão, com seu alto gradil, suas janelas gradeadas, a se estender por uns centos de metros, em face do mar imenso e verde, lá na entrada da baía, na Praia das Saudades. Entrava-se, viam-se uns homens calmos, pensativos, meditabundos, como monges em recolhimento e prece. 

    De resto, com aquela entrada silenciosa, clara e respeitável, perdia-se logo a ideia popular da loucura; o escarcéu, os trejeitos, as fúrias, o entrechoque de tolices ditas aqui e ali.  

    Não havia nada disso; era uma calma, um silêncio, uma ordem perfeitamente naturais. No fim, porém, quando se examinavam bem, na sala das visitas, aquelas faces transtornadas, aqueles ares aparvalhados, alguns idiotas e sem expressão, outros como alheados e mergulhados em um sonho íntimo sem fim, e via-se também a excitação de uns, mais viva em face à atonia de outros, é que se sentia bem o horror da loucura, o angustioso mistério que ela encerra, feito não sei de que inexplicável fuga do espírito daquilo que se supõe o real, para se apossar e viver das aparências das coisas ou de outras aparências das mesmas. 

    Quem uma vez esteve diante deste enigma indecifrável da nossa própria natureza, fica amedrontado, sentindo que o gérmen daquilo está depositado em nós e que por qualquer coisa ele nos invade, nos toma, nos esmaga e nos sepulta numa desesperadora compreensão inversa e absurda de nós mesmos, dos outros e do mundo. Cada louco traz em si o seu mundo e para ele não há mais semelhantes: o que foi antes da loucura é outro muito outro do que ele vem a ser após.  


O vocábulo em destaque na frase “aqueles ares aparvalhados” tem o sentido de

  • A adormecidos.
  • B inúteis.
  • C lúcidos.
  • D tolos.
38

TEXTO III  


    Seu pai a trazia às vezes, aos domingos, quando vinha cumprir o piedoso dever de amizade, visitando Quaresma. Há quanto tempo estava ele ali? Ela não se lembrava ao certo; uns três ou quatro meses, se tanto. 

    Só o nome da casa metia medo. O hospício! É assim como uma sepultura em vida, um semi-enterramento, enterramento do espírito, da razão condutora, de cuja ausência os corpos raramente se ressentem. 

    A saúde não depende dela e há muitos que parecem até adquirir mais força de vida, prolongar a existência, quando ela se evola não se sabe por que orifício do corpo e para onde. Com que terror, uma espécie de pavor de coisa sobrenatural, espanto de inimigo invisível e onipresente, não ouvia a gente pobre referir-se ao estabelecimento da Praia das Saudades! Antes uma boa morte, diziam. 

    No primeiro aspecto, não se compreendia bem esse pasmo, esse espanto, esse terror do povo por aquela casa imensa, severa e grave, meio hospital, meio prisão, com seu alto gradil, suas janelas gradeadas, a se estender por uns centos de metros, em face do mar imenso e verde, lá na entrada da baía, na Praia das Saudades. Entrava-se, viam-se uns homens calmos, pensativos, meditabundos, como monges em recolhimento e prece. 

    De resto, com aquela entrada silenciosa, clara e respeitável, perdia-se logo a ideia popular da loucura; o escarcéu, os trejeitos, as fúrias, o entrechoque de tolices ditas aqui e ali.  

    Não havia nada disso; era uma calma, um silêncio, uma ordem perfeitamente naturais. No fim, porém, quando se examinavam bem, na sala das visitas, aquelas faces transtornadas, aqueles ares aparvalhados, alguns idiotas e sem expressão, outros como alheados e mergulhados em um sonho íntimo sem fim, e via-se também a excitação de uns, mais viva em face à atonia de outros, é que se sentia bem o horror da loucura, o angustioso mistério que ela encerra, feito não sei de que inexplicável fuga do espírito daquilo que se supõe o real, para se apossar e viver das aparências das coisas ou de outras aparências das mesmas. 

    Quem uma vez esteve diante deste enigma indecifrável da nossa própria natureza, fica amedrontado, sentindo que o gérmen daquilo está depositado em nós e que por qualquer coisa ele nos invade, nos toma, nos esmaga e nos sepulta numa desesperadora compreensão inversa e absurda de nós mesmos, dos outros e do mundo. Cada louco traz em si o seu mundo e para ele não há mais semelhantes: o que foi antes da loucura é outro muito outro do que ele vem a ser após.  


Em “No fim, porém, quando se examinavam bem, na sala das visitas, aquelas faces transtornadas...”, o termo em destaque pode ser substituído, sem prejuízo de sentido, por

  • A conquanto
  • B por conseguinte.
  • C porquanto.
  • D todavia.
39

TEXTO III  


    Seu pai a trazia às vezes, aos domingos, quando vinha cumprir o piedoso dever de amizade, visitando Quaresma. Há quanto tempo estava ele ali? Ela não se lembrava ao certo; uns três ou quatro meses, se tanto. 

    Só o nome da casa metia medo. O hospício! É assim como uma sepultura em vida, um semi-enterramento, enterramento do espírito, da razão condutora, de cuja ausência os corpos raramente se ressentem. 

    A saúde não depende dela e há muitos que parecem até adquirir mais força de vida, prolongar a existência, quando ela se evola não se sabe por que orifício do corpo e para onde. Com que terror, uma espécie de pavor de coisa sobrenatural, espanto de inimigo invisível e onipresente, não ouvia a gente pobre referir-se ao estabelecimento da Praia das Saudades! Antes uma boa morte, diziam. 

    No primeiro aspecto, não se compreendia bem esse pasmo, esse espanto, esse terror do povo por aquela casa imensa, severa e grave, meio hospital, meio prisão, com seu alto gradil, suas janelas gradeadas, a se estender por uns centos de metros, em face do mar imenso e verde, lá na entrada da baía, na Praia das Saudades. Entrava-se, viam-se uns homens calmos, pensativos, meditabundos, como monges em recolhimento e prece. 

    De resto, com aquela entrada silenciosa, clara e respeitável, perdia-se logo a ideia popular da loucura; o escarcéu, os trejeitos, as fúrias, o entrechoque de tolices ditas aqui e ali.  

    Não havia nada disso; era uma calma, um silêncio, uma ordem perfeitamente naturais. No fim, porém, quando se examinavam bem, na sala das visitas, aquelas faces transtornadas, aqueles ares aparvalhados, alguns idiotas e sem expressão, outros como alheados e mergulhados em um sonho íntimo sem fim, e via-se também a excitação de uns, mais viva em face à atonia de outros, é que se sentia bem o horror da loucura, o angustioso mistério que ela encerra, feito não sei de que inexplicável fuga do espírito daquilo que se supõe o real, para se apossar e viver das aparências das coisas ou de outras aparências das mesmas. 

    Quem uma vez esteve diante deste enigma indecifrável da nossa própria natureza, fica amedrontado, sentindo que o gérmen daquilo está depositado em nós e que por qualquer coisa ele nos invade, nos toma, nos esmaga e nos sepulta numa desesperadora compreensão inversa e absurda de nós mesmos, dos outros e do mundo. Cada louco traz em si o seu mundo e para ele não há mais semelhantes: o que foi antes da loucura é outro muito outro do que ele vem a ser após.  


No trecho “Não havia nada disso...”, o termo em destaque refere-se

  • A à entrada silenciosa.
  • B a monges em recolhimento.
  • C a tolices ditas aqui e ali.
  • D à ordem natural.

Raciocínio Lógico

40
Cinco pessoas, identificadas como P1, P2, P3, P4 e P5, estão em uma clínica médica aguardando a vez para realizar dois tipos de exames laboratoriais. Sabe-se que duas dessas pessoas, cada uma na sua vez, irão fazer o exame de Hemograma e as outras três, também cada um na sua vez, irão fazer o exame de Glicemia. Sabe-se também que P3 e P4 irão fazer o mesmo tipo de exame, P2 e P4 irão fazer exames de tipos diferentes e P2 e P5 irão fazer exames de tipos diferentes. Com base nessas informações, é correto afirmar que
  • A P1 irá fazer o exame de Glicemia.
  • B P5 irá fazer o exame de Hemograma.
  • C P3 irá fazer o exame de Hemograma.
  • D P2 irá fazer o exame de Glicemia.
  • E P4 irá fazer o exame de Glicemia.
41
Considere a seguinte sequência numérica, tal que os termos dessa sequência foram dispostos obedecendo a uma lei (lógica) de formação, em que ainda falta identificar o último termo: (– 8, – 7, – 3, 4, 14, __). Seguindo a lógica de formação dessa sequência, então o último termo da sequência dada é igual a
  • A 33.
  • B 31.
  • C 29.
  • D 27.
  • E 25.
42

Gabriel, Ana e Maria são irmãos. Um deles tem 2 anos, outro 6 anos e o terceiro 11 anos, não necessariamente nesta ordem. Se apenas uma das afirmações a seguir é verdadeira


I. Gabriel tem 6 anos;

II. Ana não tem 6 anos;

III. Maria não tem 11 anos;


Então,

  • A Gabriel tem 6 anos, Ana 2 anos e Maria 11 anos.
  • B Gabriel tem 2 anos, Ana 6 anos e Maria 11 anos.
  • C Gabriel tem 11 anos, Ana 2 anos e Maria 6 anos.
  • D Gabriel tem 11 anos, Ana 6 anos e Maria 2 anos.
  • E Gabriel tem 6 anos, Ana 11 anos e Maria 2 anos.
43

Na Câmara Municipal de certa cidade do Amapá, há 9 vereadores. 2 desses vereadores têm desavenças pessoais que os impedem de participar de uma mesma comissão.


Com base nesse caso hipotético, é correto afirmar que há

  • A 28 modos de se constituir uma comissão com 5 vereadores.
  • B 56 modos de se constituir uma comissão com 5 vereadores.
  • C 72 modos de se constituir uma comissão com 5 vereadores.
  • D 81 modos de se constituir uma comissão com 5 vereadores.
  • E 91 modos de se constituir uma comissão com 5 vereadores.
44

No jargão militar, uma escala de 24 x 48 (vinte e quatro por quarenta e oito) significa que o policial cumprirá 24 horas de serviço e terá 48 horas de folga. Com base nisso, considere que, em determinada companhia de polícia militar, há 12 soldados prontos para o serviço. Supondo que, para cada serviço, são necessários 3 soldados, qual é a escala dos soldados nessa companhia?

  • A 24 x 24
  • B 24 x 48
  • C 24 x 72
  • D 24 x 96
  • E 24 x 120
45

O dia 9 de outubro de 2020 foi uma sexta‐feira e, nesse dia, a cidade de Campo Grande concedeu uma escola pública a uma organização não governamental (ONG), por um período experimental de 3.000 dias.
Com base nessa situação hipotética, é correto afirmar que o último dia de vigência da concessão será uma

  • A segunda‐feira.
  • B terça‐feira.
  • C quarta‐feira.
  • D quinta‐feira.
  • E sexta‐feira.
46

Para numerar as páginas de um manual a partir do número 1, foram utilizados 1.191 dígitos.
Com base nessa situação hipotética, é correto afirmar que o manual possui

  • A 433 páginas.
  • B 483 páginas.
  • C 523 páginas.
  • D 583 páginas.
  • E 613 páginas.
47

Considere a sequência 222, 244, 286, 348, 431, 445, 499, 593, 628, …. em que todos os seus elementos têm três algarismos. Considere agora uma segunda sequência, que tenha o mesmo padrão de formação da sequência anterior, de maneira que seu primeiro elemento seja 333 e que todos os seus elementos têm três algarismos. O número de elementos dessa nova sequência compreendidos entre 600 e 800 é

  • A 2.
  • B 3.
  • C 4.
  • D 5.
  • E 6.
48

Um baralho contém 52 cartas. Duas delas são retiradas de forma aleatória e sem reposição. Determine a probabilidade de ambas serem de paus.

  • A 1/11
  • B 1/15
  • C 1/17
  • D 1/19
49

Considere a seguinte proposição condicional: “Se o desconto for de 30%, então comprarei o fogão.” Por definição, a contra positiva dessa proposição condicional será dada por:

  • A “Se eu comprar o fogão, então o desconto não foi de 30%.”
  • B “Se eu não comprar o fogão, então o desconto não foi de 30%.”
  • C “Se eu não comprar o fogão, então o desconto foi de 30%.”
  • D “Se o desconto não foi de 30%, então comprarei o fogão.”