Resolver o Simulado Prefeitura de Goianorte - TO - Pedagogo - IDIB

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Português

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TEXTO I


Quem quer viver para sempre?  


    Eu já deveria estar morto. Ou a caminho de. Para alguns leitores, nunca uma frase soou tão verdadeira. Mas eu falo da história, não de afetos. Se tivesse nascido em Portugal, cem anos atrás, já haveria lápide e caixão. Dá para acreditar que, em inícios do século XX, a esperança média de vida para os homens portugueses rondasse os 35-40 anos? Hoje, andará pelos oitenta. O que significa que, com sorte e algum bom humor do Altíssimo, eu estou apenas a meio da viagem. Se juntarmos os progressos da medicina no futuro próximo, é possível que a viagem seja alargada mais um pouco. Cem anos, cento e tal. Nada mau.  

    Um artigo recente da Nature, aliás, promete revoluções para a minha pobre carcaça. O segredo está no hipotálamo cerebral e numa proteína do dito cujo que regula o envelhecimento humano. Não entro em pormenores, até porque eu próprio não os entendo. Mas eis o negócio: se a proteína é estimulada, os ratinhos morrem mais depressa. Se a proteína é inibida, acontece o inverso. Falamos de ratos, por enquanto, o que significa que a descoberta só terá aplicação imediata entre a classe política. Mas o leitor entende onde quero chegar.  

    E eu quero chegar à maior promessa de todas: o dia em que seremos finalmente imortais. Na história da cultura ocidental, esse dia pode estar no passado distante (ler Hesíodo, ler a Bíblia). Ou pode estar no futuro, como garantem os “trans-humanistas”. Falo de uma corrente bioética perfeitamente respeitável que se dedica a essa causa: o destino da humanidade não está em morrer aos cem. Está em viver indefinidamente depois dos cem, através dos avanços da tecnologia. Porque só a tecnologia permitirá aos homens suplantar a sua infantil condição mortal. O nosso corpo é apenas a primeira casca de todas as cascas que estarão por vir. E quem não gostaria de viver para sempre? 

    Curiosamente, há quem não queira. O filósofo Roger Scruton, em ensaio recente, dedica um capítulo específico aos transhumanistas. O livro intitula-se The Uses of Pessimism and the Dangers of False Hope. Segundo sei, será publicado no Brasil em breve. Recomendo. Primeiro, porque é uma súmula perfeita do pensamento de Scruton, escrito com elegância habitual do autor. Mas sobretudo porque é a mais brilhante refutação do pensamento utópico, e em particular do pensamento utópico trans-humanista de autores como Ray Kurzweil ou Max More, que me lembro de ter lido. Isso se deve, em grande parte, ao fato corajoso de Scruton ter sido capaz de virar o debate do avesso e perguntar: por que motivo a doença e a morte devem ser vistas como males intoleráveis que devemos erradicar? Não será possível olhar para eles como bens necessários?

    Certo, certo: ninguém ama a doença e, tirando casos extremos, ninguém deseja morrer. Mas sem a doença e a morte, a vida não teria qualquer valor em si mesma. Os projetos que fazemos; as viagens com que sonhamos; os amores que temos, perdemos, procuramos; e até a descendência que deixamos – tudo isso parte da mesma premissa: o fato singelo de não termos todo o tempo do mundo. Vivemos, escolhemos, amamos – porque temos urgência em viver, escolher e amar. Se retirarmos a urgência da equação, podemos ainda viver eternamente. Mas viveremos uma eternidade de tédio em que nada tem sentido porque nada precisa ter sentido. Sem importância do efêmero, nada se torna importante. 

    Os trans-humanistas sonham com um mundo pós-humano. É provável que esse mundo seja possível no futuro, quando a técnica suplantar a nossa casca primitiva. Mas esse mundo, até pela sua própria definição, será um filme diferente. Não será um filme para seres humanos tal como os conhecemos e reconhecemos.

    Viver até os cem? Agradeço. Cento e vinte também serve. Mas se me dissessem hoje mesmo que o meu futuro duraria uma eternidade, eu seria o primeiro a pular da janela sem hesitar.

COUTINHO, João Pereira. Vamos ao que interessa: cem crônicas da era da brutalidade. São Paulo: Três Estrelas, 2015.

A respeito do trecho “E eu quero chegar à maior promessa de todas...”, a crase empregada poderá ser mantida caso o verbo em destaque seja substituído por

  • A ensinar.
  • B informar.
  • C obedecer.
  • D planejar.
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TEXTO I


Quem quer viver para sempre?  


    Eu já deveria estar morto. Ou a caminho de. Para alguns leitores, nunca uma frase soou tão verdadeira. Mas eu falo da história, não de afetos. Se tivesse nascido em Portugal, cem anos atrás, já haveria lápide e caixão. Dá para acreditar que, em inícios do século XX, a esperança média de vida para os homens portugueses rondasse os 35-40 anos? Hoje, andará pelos oitenta. O que significa que, com sorte e algum bom humor do Altíssimo, eu estou apenas a meio da viagem. Se juntarmos os progressos da medicina no futuro próximo, é possível que a viagem seja alargada mais um pouco. Cem anos, cento e tal. Nada mau.  

    Um artigo recente da Nature, aliás, promete revoluções para a minha pobre carcaça. O segredo está no hipotálamo cerebral e numa proteína do dito cujo que regula o envelhecimento humano. Não entro em pormenores, até porque eu próprio não os entendo. Mas eis o negócio: se a proteína é estimulada, os ratinhos morrem mais depressa. Se a proteína é inibida, acontece o inverso. Falamos de ratos, por enquanto, o que significa que a descoberta só terá aplicação imediata entre a classe política. Mas o leitor entende onde quero chegar.  

    E eu quero chegar à maior promessa de todas: o dia em que seremos finalmente imortais. Na história da cultura ocidental, esse dia pode estar no passado distante (ler Hesíodo, ler a Bíblia). Ou pode estar no futuro, como garantem os “trans-humanistas”. Falo de uma corrente bioética perfeitamente respeitável que se dedica a essa causa: o destino da humanidade não está em morrer aos cem. Está em viver indefinidamente depois dos cem, através dos avanços da tecnologia. Porque só a tecnologia permitirá aos homens suplantar a sua infantil condição mortal. O nosso corpo é apenas a primeira casca de todas as cascas que estarão por vir. E quem não gostaria de viver para sempre? 

    Curiosamente, há quem não queira. O filósofo Roger Scruton, em ensaio recente, dedica um capítulo específico aos transhumanistas. O livro intitula-se The Uses of Pessimism and the Dangers of False Hope. Segundo sei, será publicado no Brasil em breve. Recomendo. Primeiro, porque é uma súmula perfeita do pensamento de Scruton, escrito com elegância habitual do autor. Mas sobretudo porque é a mais brilhante refutação do pensamento utópico, e em particular do pensamento utópico trans-humanista de autores como Ray Kurzweil ou Max More, que me lembro de ter lido. Isso se deve, em grande parte, ao fato corajoso de Scruton ter sido capaz de virar o debate do avesso e perguntar: por que motivo a doença e a morte devem ser vistas como males intoleráveis que devemos erradicar? Não será possível olhar para eles como bens necessários?

    Certo, certo: ninguém ama a doença e, tirando casos extremos, ninguém deseja morrer. Mas sem a doença e a morte, a vida não teria qualquer valor em si mesma. Os projetos que fazemos; as viagens com que sonhamos; os amores que temos, perdemos, procuramos; e até a descendência que deixamos – tudo isso parte da mesma premissa: o fato singelo de não termos todo o tempo do mundo. Vivemos, escolhemos, amamos – porque temos urgência em viver, escolher e amar. Se retirarmos a urgência da equação, podemos ainda viver eternamente. Mas viveremos uma eternidade de tédio em que nada tem sentido porque nada precisa ter sentido. Sem importância do efêmero, nada se torna importante. 

    Os trans-humanistas sonham com um mundo pós-humano. É provável que esse mundo seja possível no futuro, quando a técnica suplantar a nossa casca primitiva. Mas esse mundo, até pela sua própria definição, será um filme diferente. Não será um filme para seres humanos tal como os conhecemos e reconhecemos.

    Viver até os cem? Agradeço. Cento e vinte também serve. Mas se me dissessem hoje mesmo que o meu futuro duraria uma eternidade, eu seria o primeiro a pular da janela sem hesitar.

COUTINHO, João Pereira. Vamos ao que interessa: cem crônicas da era da brutalidade. São Paulo: Três Estrelas, 2015.

No trecho “Isso se deve, em grande parte, ao fato corajoso de Scruton ter sido capaz...”, a ocorrência da crase dar-se-ia caso

  • A “ao” fosse substituído por “a”.
  • B “fato” fosse substituído por “assistências”.
  • C “corajoso” fosse substituído por “primordial”.
  • D “fato corajoso” fosse substituído por “ação corajosa”.
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TEXTO I


Quem quer viver para sempre?  


    Eu já deveria estar morto. Ou a caminho de. Para alguns leitores, nunca uma frase soou tão verdadeira. Mas eu falo da história, não de afetos. Se tivesse nascido em Portugal, cem anos atrás, já haveria lápide e caixão. Dá para acreditar que, em inícios do século XX, a esperança média de vida para os homens portugueses rondasse os 35-40 anos? Hoje, andará pelos oitenta. O que significa que, com sorte e algum bom humor do Altíssimo, eu estou apenas a meio da viagem. Se juntarmos os progressos da medicina no futuro próximo, é possível que a viagem seja alargada mais um pouco. Cem anos, cento e tal. Nada mau.  

    Um artigo recente da Nature, aliás, promete revoluções para a minha pobre carcaça. O segredo está no hipotálamo cerebral e numa proteína do dito cujo que regula o envelhecimento humano. Não entro em pormenores, até porque eu próprio não os entendo. Mas eis o negócio: se a proteína é estimulada, os ratinhos morrem mais depressa. Se a proteína é inibida, acontece o inverso. Falamos de ratos, por enquanto, o que significa que a descoberta só terá aplicação imediata entre a classe política. Mas o leitor entende onde quero chegar.  

    E eu quero chegar à maior promessa de todas: o dia em que seremos finalmente imortais. Na história da cultura ocidental, esse dia pode estar no passado distante (ler Hesíodo, ler a Bíblia). Ou pode estar no futuro, como garantem os “trans-humanistas”. Falo de uma corrente bioética perfeitamente respeitável que se dedica a essa causa: o destino da humanidade não está em morrer aos cem. Está em viver indefinidamente depois dos cem, através dos avanços da tecnologia. Porque só a tecnologia permitirá aos homens suplantar a sua infantil condição mortal. O nosso corpo é apenas a primeira casca de todas as cascas que estarão por vir. E quem não gostaria de viver para sempre? 

    Curiosamente, há quem não queira. O filósofo Roger Scruton, em ensaio recente, dedica um capítulo específico aos transhumanistas. O livro intitula-se The Uses of Pessimism and the Dangers of False Hope. Segundo sei, será publicado no Brasil em breve. Recomendo. Primeiro, porque é uma súmula perfeita do pensamento de Scruton, escrito com elegância habitual do autor. Mas sobretudo porque é a mais brilhante refutação do pensamento utópico, e em particular do pensamento utópico trans-humanista de autores como Ray Kurzweil ou Max More, que me lembro de ter lido. Isso se deve, em grande parte, ao fato corajoso de Scruton ter sido capaz de virar o debate do avesso e perguntar: por que motivo a doença e a morte devem ser vistas como males intoleráveis que devemos erradicar? Não será possível olhar para eles como bens necessários?

    Certo, certo: ninguém ama a doença e, tirando casos extremos, ninguém deseja morrer. Mas sem a doença e a morte, a vida não teria qualquer valor em si mesma. Os projetos que fazemos; as viagens com que sonhamos; os amores que temos, perdemos, procuramos; e até a descendência que deixamos – tudo isso parte da mesma premissa: o fato singelo de não termos todo o tempo do mundo. Vivemos, escolhemos, amamos – porque temos urgência em viver, escolher e amar. Se retirarmos a urgência da equação, podemos ainda viver eternamente. Mas viveremos uma eternidade de tédio em que nada tem sentido porque nada precisa ter sentido. Sem importância do efêmero, nada se torna importante. 

    Os trans-humanistas sonham com um mundo pós-humano. É provável que esse mundo seja possível no futuro, quando a técnica suplantar a nossa casca primitiva. Mas esse mundo, até pela sua própria definição, será um filme diferente. Não será um filme para seres humanos tal como os conhecemos e reconhecemos.

    Viver até os cem? Agradeço. Cento e vinte também serve. Mas se me dissessem hoje mesmo que o meu futuro duraria uma eternidade, eu seria o primeiro a pular da janela sem hesitar.

COUTINHO, João Pereira. Vamos ao que interessa: cem crônicas da era da brutalidade. São Paulo: Três Estrelas, 2015.

O uso do travessão na passagem “Vivemos, escolhemos, amamos – porque temos urgência em viver, escolher e amar” é justificado, pois

  • A indica a mudança de interlocutor.
  • B assinala inflexões de natureza emocional.
  • C anuncia uma citação que será apresentada posteriormente.
  • D realça uma síntese do que se vinha dizendo anteriormente.
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TEXTO I


Quem quer viver para sempre?  


    Eu já deveria estar morto. Ou a caminho de. Para alguns leitores, nunca uma frase soou tão verdadeira. Mas eu falo da história, não de afetos. Se tivesse nascido em Portugal, cem anos atrás, já haveria lápide e caixão. Dá para acreditar que, em inícios do século XX, a esperança média de vida para os homens portugueses rondasse os 35-40 anos? Hoje, andará pelos oitenta. O que significa que, com sorte e algum bom humor do Altíssimo, eu estou apenas a meio da viagem. Se juntarmos os progressos da medicina no futuro próximo, é possível que a viagem seja alargada mais um pouco. Cem anos, cento e tal. Nada mau.  

    Um artigo recente da Nature, aliás, promete revoluções para a minha pobre carcaça. O segredo está no hipotálamo cerebral e numa proteína do dito cujo que regula o envelhecimento humano. Não entro em pormenores, até porque eu próprio não os entendo. Mas eis o negócio: se a proteína é estimulada, os ratinhos morrem mais depressa. Se a proteína é inibida, acontece o inverso. Falamos de ratos, por enquanto, o que significa que a descoberta só terá aplicação imediata entre a classe política. Mas o leitor entende onde quero chegar.  

    E eu quero chegar à maior promessa de todas: o dia em que seremos finalmente imortais. Na história da cultura ocidental, esse dia pode estar no passado distante (ler Hesíodo, ler a Bíblia). Ou pode estar no futuro, como garantem os “trans-humanistas”. Falo de uma corrente bioética perfeitamente respeitável que se dedica a essa causa: o destino da humanidade não está em morrer aos cem. Está em viver indefinidamente depois dos cem, através dos avanços da tecnologia. Porque só a tecnologia permitirá aos homens suplantar a sua infantil condição mortal. O nosso corpo é apenas a primeira casca de todas as cascas que estarão por vir. E quem não gostaria de viver para sempre? 

    Curiosamente, há quem não queira. O filósofo Roger Scruton, em ensaio recente, dedica um capítulo específico aos transhumanistas. O livro intitula-se The Uses of Pessimism and the Dangers of False Hope. Segundo sei, será publicado no Brasil em breve. Recomendo. Primeiro, porque é uma súmula perfeita do pensamento de Scruton, escrito com elegância habitual do autor. Mas sobretudo porque é a mais brilhante refutação do pensamento utópico, e em particular do pensamento utópico trans-humanista de autores como Ray Kurzweil ou Max More, que me lembro de ter lido. Isso se deve, em grande parte, ao fato corajoso de Scruton ter sido capaz de virar o debate do avesso e perguntar: por que motivo a doença e a morte devem ser vistas como males intoleráveis que devemos erradicar? Não será possível olhar para eles como bens necessários?

    Certo, certo: ninguém ama a doença e, tirando casos extremos, ninguém deseja morrer. Mas sem a doença e a morte, a vida não teria qualquer valor em si mesma. Os projetos que fazemos; as viagens com que sonhamos; os amores que temos, perdemos, procuramos; e até a descendência que deixamos – tudo isso parte da mesma premissa: o fato singelo de não termos todo o tempo do mundo. Vivemos, escolhemos, amamos – porque temos urgência em viver, escolher e amar. Se retirarmos a urgência da equação, podemos ainda viver eternamente. Mas viveremos uma eternidade de tédio em que nada tem sentido porque nada precisa ter sentido. Sem importância do efêmero, nada se torna importante. 

    Os trans-humanistas sonham com um mundo pós-humano. É provável que esse mundo seja possível no futuro, quando a técnica suplantar a nossa casca primitiva. Mas esse mundo, até pela sua própria definição, será um filme diferente. Não será um filme para seres humanos tal como os conhecemos e reconhecemos.

    Viver até os cem? Agradeço. Cento e vinte também serve. Mas se me dissessem hoje mesmo que o meu futuro duraria uma eternidade, eu seria o primeiro a pular da janela sem hesitar.

COUTINHO, João Pereira. Vamos ao que interessa: cem crônicas da era da brutalidade. São Paulo: Três Estrelas, 2015.

Assinale a alternativa em que o termo destacado não funciona como adjetivo.

  • A “... o destino da humanidade não está em morrer aos cem”.
  • B “Mas eu falo da história, não de afetos”.
  • C “Na história da cultura ocidental, esse dia pode estar no passado distante...”
  • D “Se juntarmos os progressos da medicina no futuro próximo...”
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TEXTO II


Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas


Disponível em: http://www.tudojuntoemisturado.info/2017/01/tirinhas-armandinho.html.

No segundo quadrinho, a palavra “tatuíras” é acentuada, pois

  • A há o “i”, sozinho na sílaba tônica do hiato.
  • B trata-se de uma paroxítona terminada em S.
  • C há a presença de um ditongo aberto.
  • D trata-se de uma proparoxítona.
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TEXTO III  


    Seu pai a trazia às vezes, aos domingos, quando vinha cumprir o piedoso dever de amizade, visitando Quaresma. Há quanto tempo estava ele ali? Ela não se lembrava ao certo; uns três ou quatro meses, se tanto. 

    Só o nome da casa metia medo. O hospício! É assim como uma sepultura em vida, um semi-enterramento, enterramento do espírito, da razão condutora, de cuja ausência os corpos raramente se ressentem. 

    A saúde não depende dela e há muitos que parecem até adquirir mais força de vida, prolongar a existência, quando ela se evola não se sabe por que orifício do corpo e para onde. Com que terror, uma espécie de pavor de coisa sobrenatural, espanto de inimigo invisível e onipresente, não ouvia a gente pobre referir-se ao estabelecimento da Praia das Saudades! Antes uma boa morte, diziam. 

    No primeiro aspecto, não se compreendia bem esse pasmo, esse espanto, esse terror do povo por aquela casa imensa, severa e grave, meio hospital, meio prisão, com seu alto gradil, suas janelas gradeadas, a se estender por uns centos de metros, em face do mar imenso e verde, lá na entrada da baía, na Praia das Saudades. Entrava-se, viam-se uns homens calmos, pensativos, meditabundos, como monges em recolhimento e prece. 

    De resto, com aquela entrada silenciosa, clara e respeitável, perdia-se logo a ideia popular da loucura; o escarcéu, os trejeitos, as fúrias, o entrechoque de tolices ditas aqui e ali.  

    Não havia nada disso; era uma calma, um silêncio, uma ordem perfeitamente naturais. No fim, porém, quando se examinavam bem, na sala das visitas, aquelas faces transtornadas, aqueles ares aparvalhados, alguns idiotas e sem expressão, outros como alheados e mergulhados em um sonho íntimo sem fim, e via-se também a excitação de uns, mais viva em face à atonia de outros, é que se sentia bem o horror da loucura, o angustioso mistério que ela encerra, feito não sei de que inexplicável fuga do espírito daquilo que se supõe o real, para se apossar e viver das aparências das coisas ou de outras aparências das mesmas. 

    Quem uma vez esteve diante deste enigma indecifrável da nossa própria natureza, fica amedrontado, sentindo que o gérmen daquilo está depositado em nós e que por qualquer coisa ele nos invade, nos toma, nos esmaga e nos sepulta numa desesperadora compreensão inversa e absurda de nós mesmos, dos outros e do mundo. Cada louco traz em si o seu mundo e para ele não há mais semelhantes: o que foi antes da loucura é outro muito outro do que ele vem a ser após.  


O vocábulo em destaque na frase “aqueles ares aparvalhados” tem o sentido de

  • A adormecidos.
  • B inúteis.
  • C lúcidos.
  • D tolos.
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TEXTO III  


    Seu pai a trazia às vezes, aos domingos, quando vinha cumprir o piedoso dever de amizade, visitando Quaresma. Há quanto tempo estava ele ali? Ela não se lembrava ao certo; uns três ou quatro meses, se tanto. 

    Só o nome da casa metia medo. O hospício! É assim como uma sepultura em vida, um semi-enterramento, enterramento do espírito, da razão condutora, de cuja ausência os corpos raramente se ressentem. 

    A saúde não depende dela e há muitos que parecem até adquirir mais força de vida, prolongar a existência, quando ela se evola não se sabe por que orifício do corpo e para onde. Com que terror, uma espécie de pavor de coisa sobrenatural, espanto de inimigo invisível e onipresente, não ouvia a gente pobre referir-se ao estabelecimento da Praia das Saudades! Antes uma boa morte, diziam. 

    No primeiro aspecto, não se compreendia bem esse pasmo, esse espanto, esse terror do povo por aquela casa imensa, severa e grave, meio hospital, meio prisão, com seu alto gradil, suas janelas gradeadas, a se estender por uns centos de metros, em face do mar imenso e verde, lá na entrada da baía, na Praia das Saudades. Entrava-se, viam-se uns homens calmos, pensativos, meditabundos, como monges em recolhimento e prece. 

    De resto, com aquela entrada silenciosa, clara e respeitável, perdia-se logo a ideia popular da loucura; o escarcéu, os trejeitos, as fúrias, o entrechoque de tolices ditas aqui e ali.  

    Não havia nada disso; era uma calma, um silêncio, uma ordem perfeitamente naturais. No fim, porém, quando se examinavam bem, na sala das visitas, aquelas faces transtornadas, aqueles ares aparvalhados, alguns idiotas e sem expressão, outros como alheados e mergulhados em um sonho íntimo sem fim, e via-se também a excitação de uns, mais viva em face à atonia de outros, é que se sentia bem o horror da loucura, o angustioso mistério que ela encerra, feito não sei de que inexplicável fuga do espírito daquilo que se supõe o real, para se apossar e viver das aparências das coisas ou de outras aparências das mesmas. 

    Quem uma vez esteve diante deste enigma indecifrável da nossa própria natureza, fica amedrontado, sentindo que o gérmen daquilo está depositado em nós e que por qualquer coisa ele nos invade, nos toma, nos esmaga e nos sepulta numa desesperadora compreensão inversa e absurda de nós mesmos, dos outros e do mundo. Cada louco traz em si o seu mundo e para ele não há mais semelhantes: o que foi antes da loucura é outro muito outro do que ele vem a ser após.  


Em “No fim, porém, quando se examinavam bem, na sala das visitas, aquelas faces transtornadas...”, o termo em destaque pode ser substituído, sem prejuízo de sentido, por

  • A conquanto
  • B por conseguinte.
  • C porquanto.
  • D todavia.
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TEXTO III  


    Seu pai a trazia às vezes, aos domingos, quando vinha cumprir o piedoso dever de amizade, visitando Quaresma. Há quanto tempo estava ele ali? Ela não se lembrava ao certo; uns três ou quatro meses, se tanto. 

    Só o nome da casa metia medo. O hospício! É assim como uma sepultura em vida, um semi-enterramento, enterramento do espírito, da razão condutora, de cuja ausência os corpos raramente se ressentem. 

    A saúde não depende dela e há muitos que parecem até adquirir mais força de vida, prolongar a existência, quando ela se evola não se sabe por que orifício do corpo e para onde. Com que terror, uma espécie de pavor de coisa sobrenatural, espanto de inimigo invisível e onipresente, não ouvia a gente pobre referir-se ao estabelecimento da Praia das Saudades! Antes uma boa morte, diziam. 

    No primeiro aspecto, não se compreendia bem esse pasmo, esse espanto, esse terror do povo por aquela casa imensa, severa e grave, meio hospital, meio prisão, com seu alto gradil, suas janelas gradeadas, a se estender por uns centos de metros, em face do mar imenso e verde, lá na entrada da baía, na Praia das Saudades. Entrava-se, viam-se uns homens calmos, pensativos, meditabundos, como monges em recolhimento e prece. 

    De resto, com aquela entrada silenciosa, clara e respeitável, perdia-se logo a ideia popular da loucura; o escarcéu, os trejeitos, as fúrias, o entrechoque de tolices ditas aqui e ali.  

    Não havia nada disso; era uma calma, um silêncio, uma ordem perfeitamente naturais. No fim, porém, quando se examinavam bem, na sala das visitas, aquelas faces transtornadas, aqueles ares aparvalhados, alguns idiotas e sem expressão, outros como alheados e mergulhados em um sonho íntimo sem fim, e via-se também a excitação de uns, mais viva em face à atonia de outros, é que se sentia bem o horror da loucura, o angustioso mistério que ela encerra, feito não sei de que inexplicável fuga do espírito daquilo que se supõe o real, para se apossar e viver das aparências das coisas ou de outras aparências das mesmas. 

    Quem uma vez esteve diante deste enigma indecifrável da nossa própria natureza, fica amedrontado, sentindo que o gérmen daquilo está depositado em nós e que por qualquer coisa ele nos invade, nos toma, nos esmaga e nos sepulta numa desesperadora compreensão inversa e absurda de nós mesmos, dos outros e do mundo. Cada louco traz em si o seu mundo e para ele não há mais semelhantes: o que foi antes da loucura é outro muito outro do que ele vem a ser após.  


No trecho “Não havia nada disso...”, o termo em destaque refere-se

  • A à entrada silenciosa.
  • B a monges em recolhimento.
  • C a tolices ditas aqui e ali.
  • D à ordem natural.
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TEXTO III  


    Seu pai a trazia às vezes, aos domingos, quando vinha cumprir o piedoso dever de amizade, visitando Quaresma. Há quanto tempo estava ele ali? Ela não se lembrava ao certo; uns três ou quatro meses, se tanto. 

    Só o nome da casa metia medo. O hospício! É assim como uma sepultura em vida, um semi-enterramento, enterramento do espírito, da razão condutora, de cuja ausência os corpos raramente se ressentem. 

    A saúde não depende dela e há muitos que parecem até adquirir mais força de vida, prolongar a existência, quando ela se evola não se sabe por que orifício do corpo e para onde. Com que terror, uma espécie de pavor de coisa sobrenatural, espanto de inimigo invisível e onipresente, não ouvia a gente pobre referir-se ao estabelecimento da Praia das Saudades! Antes uma boa morte, diziam. 

    No primeiro aspecto, não se compreendia bem esse pasmo, esse espanto, esse terror do povo por aquela casa imensa, severa e grave, meio hospital, meio prisão, com seu alto gradil, suas janelas gradeadas, a se estender por uns centos de metros, em face do mar imenso e verde, lá na entrada da baía, na Praia das Saudades. Entrava-se, viam-se uns homens calmos, pensativos, meditabundos, como monges em recolhimento e prece. 

    De resto, com aquela entrada silenciosa, clara e respeitável, perdia-se logo a ideia popular da loucura; o escarcéu, os trejeitos, as fúrias, o entrechoque de tolices ditas aqui e ali.  

    Não havia nada disso; era uma calma, um silêncio, uma ordem perfeitamente naturais. No fim, porém, quando se examinavam bem, na sala das visitas, aquelas faces transtornadas, aqueles ares aparvalhados, alguns idiotas e sem expressão, outros como alheados e mergulhados em um sonho íntimo sem fim, e via-se também a excitação de uns, mais viva em face à atonia de outros, é que se sentia bem o horror da loucura, o angustioso mistério que ela encerra, feito não sei de que inexplicável fuga do espírito daquilo que se supõe o real, para se apossar e viver das aparências das coisas ou de outras aparências das mesmas. 

    Quem uma vez esteve diante deste enigma indecifrável da nossa própria natureza, fica amedrontado, sentindo que o gérmen daquilo está depositado em nós e que por qualquer coisa ele nos invade, nos toma, nos esmaga e nos sepulta numa desesperadora compreensão inversa e absurda de nós mesmos, dos outros e do mundo. Cada louco traz em si o seu mundo e para ele não há mais semelhantes: o que foi antes da loucura é outro muito outro do que ele vem a ser após.  


A forma verbal em destaque no trecho “Há quanto tempo estava ele ali?” exprime uma ação

  • A passada habitual.
  • B incerta sobre fatos atuais.
  • C que se produziu no passado.
  • D que ocorreu antes de outra ação passada.
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TEXTO III  


    Seu pai a trazia às vezes, aos domingos, quando vinha cumprir o piedoso dever de amizade, visitando Quaresma. Há quanto tempo estava ele ali? Ela não se lembrava ao certo; uns três ou quatro meses, se tanto. 

    Só o nome da casa metia medo. O hospício! É assim como uma sepultura em vida, um semi-enterramento, enterramento do espírito, da razão condutora, de cuja ausência os corpos raramente se ressentem. 

    A saúde não depende dela e há muitos que parecem até adquirir mais força de vida, prolongar a existência, quando ela se evola não se sabe por que orifício do corpo e para onde. Com que terror, uma espécie de pavor de coisa sobrenatural, espanto de inimigo invisível e onipresente, não ouvia a gente pobre referir-se ao estabelecimento da Praia das Saudades! Antes uma boa morte, diziam. 

    No primeiro aspecto, não se compreendia bem esse pasmo, esse espanto, esse terror do povo por aquela casa imensa, severa e grave, meio hospital, meio prisão, com seu alto gradil, suas janelas gradeadas, a se estender por uns centos de metros, em face do mar imenso e verde, lá na entrada da baía, na Praia das Saudades. Entrava-se, viam-se uns homens calmos, pensativos, meditabundos, como monges em recolhimento e prece. 

    De resto, com aquela entrada silenciosa, clara e respeitável, perdia-se logo a ideia popular da loucura; o escarcéu, os trejeitos, as fúrias, o entrechoque de tolices ditas aqui e ali.  

    Não havia nada disso; era uma calma, um silêncio, uma ordem perfeitamente naturais. No fim, porém, quando se examinavam bem, na sala das visitas, aquelas faces transtornadas, aqueles ares aparvalhados, alguns idiotas e sem expressão, outros como alheados e mergulhados em um sonho íntimo sem fim, e via-se também a excitação de uns, mais viva em face à atonia de outros, é que se sentia bem o horror da loucura, o angustioso mistério que ela encerra, feito não sei de que inexplicável fuga do espírito daquilo que se supõe o real, para se apossar e viver das aparências das coisas ou de outras aparências das mesmas. 

    Quem uma vez esteve diante deste enigma indecifrável da nossa própria natureza, fica amedrontado, sentindo que o gérmen daquilo está depositado em nós e que por qualquer coisa ele nos invade, nos toma, nos esmaga e nos sepulta numa desesperadora compreensão inversa e absurda de nós mesmos, dos outros e do mundo. Cada louco traz em si o seu mundo e para ele não há mais semelhantes: o que foi antes da loucura é outro muito outro do que ele vem a ser após.  


Na oração “Não havia nada disso...” o verbo em destaque é classificado como impessoal. Assinale a alternativa em que o verbo haver não é classificado como impessoal.

  • A A enfermeira tinha adoecido havia quinze dias.
  • B Durante a discussão, a cliente que se houvesse com o gerente da loja.
  • C Deve haver muitas diferenças entre as mercadorias adquiridas.
  • D trovoadas e muita chuva por toda a parte.

Pedagogia

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Os Parâmetros Curriculares Nacionais de História fazem parte do saber histórico, as tradições de ensino da área, as vivências sociais de professores e alunos, bem como as representações do que e como estudar. Levando em consideração tal definição, analise as seguintes afirmações:
I. Nas convivências entre as gerações, nas fotos e lembranças dos antepassados e de outros tempos, os alunos socializam-se, aprendem regras sociais e costumes, agregam valores, projetam o futuro e questionam o tempo. II. Para o PCN de História, o professor deve possibilitar aos alunos que estes reelaborem esses muitos saberes, constituindo assim o que se chama de saber histórico escolar. III. Para os Parâmetros, fazem parte desse saber, as tradições de ensino da área, as vivências sociais de professores e alunos, as representações do que e como estudar, as produções escolares de docentes e discentes, o conhecimento, fruto das pesquisas dos historiadores.
Está correto o que se afirma

  • A apenas em I.
  • B apenas em II e III.
  • C apenas em I e III.
  • D em I, II e III.
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Embora predominantemente interessado em explicar a origem do conhecimento, evidenciando uma inclinação mais epistemológica do que propriamente psicológica ou pedagógica, Piaget não deixa de discutir, em alguns de seus textos, o papel da educação na formação de personalidades moral e intelectualmente autônomas. Segundo o autor, esta finalidade só seria alcançada com

  • A o ajustamento dos objetivos e métodos educacionais à realidade e interesses da criança.
  • B o alinhamento da idade cronológica com a idade biológica.
  • C a aproximação da criança educanda com as demais, evidenciando a importância da troca e do convívio social.
  • D o distanciamento da criança educanda dos seus pais ou cuidadores, oportunizando assim a necessidade de sobrevivência.
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De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, formar leitores é algo que requer condições favoráveis para a prática de leitura — que não se restringem apenas aos recursos materiais disponíveis, pois, na verdade, o uso que se faz dos livros e demais materiais impressos é o aspecto mais determinante para o desenvolvimento da prática e do gosto pela leitura. Sabendo disso, atribua V, caso verdadeiro, ou F, caso falso, para as condições leitoras expostas a seguir:
( ) O professor deve evitar ler para seus alunos, para permitir que eles sejam mais participativos nas aulas e, assim, possam treinar mais a leitura. ( ) Possibilitar aos alunos a escolha de suas leituras. Fora da escola, o autor, a obra ou o gênero são decisões do leitor. Tanto quanto for possível, é necessário que isso se preserve na escola. ( ) Durante o momento de leitura dos alunos, é interessante o professor interromper para perguntar sobre o que estão achando, se estão entendendo e outras questões. ( ) Possibilitar aos alunos o empréstimo de livros na escola. Bons textos podem ter o poder de provocar momentos de leitura junto com outras pessoas da casa. ( ) Construir na escola uma política de formação de leitores na qual os mais aptos possam contribuir com sugestões para desenvolver uma prática constante de leitura que envolva o conjunto da unidade escolar
A sequência correta obtida, no sentido de cima para baixo, é

  • A F – V – F – F – V.
  • B V – F – V – V – F.
  • C F – V – F – V – F.
  • D V – V – F – F – V.
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No Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI), a oralidade, a leitura e a escrita devem ser trabalhadas de forma integrada e complementar, potencializando-se os diferentes aspectos que cada uma dessas linguagens solicita das crianças. Nesse sentido, assinale a alternativa correta no que se refere a crianças de zero a três anos.

  • A O professor precisa conversar com bebês e crianças, para ajudá-los a se expressarem, mostrando-lhes várias maneiras de comunicar o que precisam.
  • B Na comunicação, é importante que o adulto utilize a sua fala de forma infantilizada, imitando a forma como a criança fala.
  • C A repetição da fala é uma forma cada vez mais competente da criança utilizar a oralidade.
  • D Trabalhar a linguagem oral dispensa o uso de planejamento, pois a fala é espontânea.
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O ensino da escrita de acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI) orienta que I. Nas salas de educação infantil, a criança pode aprender como escrever realizando oralmente composições com propósito escrito. II. A escrita pode ser uma forma de comunicação em que a criança realiza produções escritas de próprio punho. III. Para ensinar escrita, na educação infantil, é preciso que o professor utilize como base a oralidade. É correto o que se afirma

  • A apenas em I e II.
  • B apenas em I e III.
  • C apenas em II e III.
  • D em I, II e III.
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Monteiro Lobato foi um dos precursores da Literatura Infantil no Brasil. Sobre a literatura infantil na escola, analise as afirmativas a seguir: I. O Sítio do Pica Pau Amarelo, obra de Monteiro Lobato, inaugura a literatura infantil brasileira. Os personagens fazem parte do imaginário nacional. II. A literatura em sala de aula, para ser utilizada de forma efetiva, deve ter linguagem adequada ao público infantil. III. Os clássicos da literatura brasileira precisam ser inseridos na educação infantil para que as crianças tenham acesso ao contexto cultural. É correto o que se afirma

  • A em I, II e III.
  • B apenas em I e II.
  • C apenas em I e III.
  • D apenas em II e III.
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O Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA – Lei nº 8.069/90 dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente. Nesse sentido, sobre o direito da criança, assinale a alternativa correta. I. Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais. II. A criança e o adolescente com deficiência serão atendidos, sem discriminação ou segregação, em suas necessidades gerais de saúde e específicas de habilitação e reabilitação, caso a mãe tenha um cadastro prévio informando a realidade de sua criança. III. No processo educacional, respeitar-se-ão os valores culturais, artísticos e históricos próprios do contexto social da criança e do adolescente, garantindo-se a estes a liberdade da criação e o acesso às fontes de cultura. É correto o que se afirma

  • A em I, II e III.
  • B apenas em I e II.
  • C apenas em I e III.
  • D apenas em II e III.
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Segundo Vygotsky (1998) as crianças se desenvolvem e aprendem através das brincadeiras e brinquedos. Nesse sentido, assinale a alternativa correta sobre a didática de ensino nos anos iniciais.

  • A Ao simular uma brincadeira de faz-de-conta, o professor motiva que as crianças possam criar relações novas e reconstruir elementos da sociedade que as cerca imprimindo novos significados.
  • B O brincar em sala de aula é positivo caso haja jogos digitais adequados à idade das crianças.
  • C As brincadeiras em sala de aula precisam ser conduzidas por um profissional especializado em jogos infantis.
  • D Para que o brincar seja considerado em sala de aula, é preciso que haja estrutura adequada para que as atividades sejam realizadas com as crianças.
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A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96) firmou a obrigatoriedade de um Projeto Pedagógico para planejar e acompanhar as atividades escolares. Nesse sentido, o Projeto político-pedagógico da escola precisa

  • A ser elaborado pela Secretaria de educação de cada região e executado sem modificação em todas as escolas que estão alocadas ali.
  • B conter impreterivelmente a condição socioeconômica do público das escolas do Estado, que deve ser a mesma para todas as escolas.
  • C conter um plano de ação e de gestão elaborado por profissionais da educação e da comunidade escolar.
  • D seguir a gestão pedagógica orientada pelo Ministério da Educação, igualmente para todas as escolas.
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Sobre a consciência fonológica, assinale a alternativa correta. I. Segundo Morais (2012), a consciência fonológica se refere às aptidões no qual se constituem os segmentos sonoros dos vocábulos. Além disso, a habilidade de refletir sobre os elementos sonoros de maneira consciente. Por isso II. Para ampliar a consciência fonológica dos alunos, os professores precisam valorizar atividades de treinos fonêmicos como requisitos para alfabetização.

  • A A assertiva I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira.
  • B A assertiva I é uma proposição verdadeira e a II é uma justificativa correta da I.
  • C Ambas as assertivas são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
  • D A assertiva I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa.

Administração Geral

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Quanto à especialização do trabalho, sabe-se que existem vantagens e desvantagens para as organizações. Sobre o tema, analise as afirmativas a seguir e identifique aquelas que apresentam somente vantagens da especialização do trabalho para as organizações:

A especialização de tarefas permite à empresa combinar os funcionários com as tarefas, baseadas em suas habilidades e interesses.

Os colaboradores tornam-se especialistas em suas áreas, ampliando assim a sua visão do todo organizacional.

Os trabalhos são menores e podem ser feitos de maneira mais eficiente.

Empregados especializados tendem a focar em suas funções individuais, e perder de vista o todo organizacional.

São vantagens da especialização o que se apresenta

  • A apenas em I e II.
  • B apenas em III e IV.
  • C apenas em I e III.
  • D apenas em I, II e IV.
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No contexto da função organizar do processo administrativo, o que significa estrutura organizacional?

  • A É o conjunto de recursos humanos, financeiros e materiais que compõem uma organização.
  • B Refere-se ao modo como as atividades de uma organização são ordenadas para possibilitar o alcance dos objetivos.
  • C Refere-se à forma que o arranjo físico da empresa está organizado para alcançar os seus objetivos.
  • D Faz referência às máquinas, equipamentos e instalações de uma empresa e à sua capacidade de gerarem resultados positivos para a organização.
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De acordo com Maximiano (2000), as organizações formais são burocráticas, ou seja, são baseadas em normas e regulamentos. Segundo o autor, isso traz diversos benefícios, tais como a formalização e profissionalização das organizações. Porém, ele também afirma que existem disfunções na burocracia. As alternativas abaixo apresentam disfunções da burocracia, de acordo com a abordagem de Maximiano (2000), exceto

  • A defesa de interesses pessoais e vazamento de informações de níveis superiores.
  • B mecanicismo e defesa de grupos externos.
  • C valorização da hierarquia e individualismo.
  • D valorização dos regulamentos e mecanicismo.
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De acordo com Maximiano (2000), as organizações são compostas por três grupos de componentes, sendo estes: os recursos, a organização e os objetivos. Assinale a alternativa que apresente somente componentes do grupo organização.

  • A processos de transformação, informações e serviços
  • B produtos, divisão do trabalho e finanças
  • C coordenação, divisão do trabalho e informações
  • D divisão do trabalho, processos de transformação e coordenação
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Chiavenato (1995) aponta várias características do planejamento, exceto que

  • A visa relacionar, entre várias alternativas disponíveis, um determinado curso de ação.
  • B é sistêmico, pois deve considerar a empresa ou o órgão ou a unidade como uma totalidade.
  • C visa determinar como as variáveis externas irão se comportar no futuro e como as empresas devem se comportar de acordo com as influências externas.
  • D é uma técnica de mudança e inovação.
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Qual das alternativas a seguir apresenta a ideia principal da teoria burocrática da administração?

  • A Ênfase na divisão do trabalho, centralização e seguimento de normas.
  • B Comportamento individual das pessoas e a motivação humana.
  • C Visão da empresa como um todo.
  • D Administração racional e centrada na autoridade.
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Quanto à ordem ou sequência das etapas do planejamento, assinale a alternativa correta.

  • A Definição dos objetivos; avaliação da situação atual; desenvolvimento de cenários futuros; análise e escolha entre as alternativas; implementação e avaliação do plano e dos resultados alcançados.
  • B Avaliação da situação atual; definição dos objetivos; desenvolvimento de cenários futuros; análise e escolha entre as alternativas; implementação e avaliação do plano e dos resultados alcançados.
  • C Análise dos resultados passados; identificação dos pontos de melhoria; definição do plano de ação; simulação de cenários futuros e análise e escolha entre as alternativas.
  • D Não há consenso entre os autores sobre a ordem das fases do planejamento.
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Analise as afirmativas a seguir sobre a etiqueta empresarial:


I. Atualmente, as chamadas soft skills têm sido valorizadas no contexto da etiqueta empresarial.

II. Quanto mais extrovertido e indiscreto for o profissional no ambiente de trabalho, mais ganhará a confiança e o respeito dos seus superiores.

III. A etiqueta empresarial tem por base os ensinamentos recebidos de pai para filho, os quais, bem ou mal, se estendem para o convívio com amigos, familiares e colegas de trabalho.


É correto o que se afirma

  • A apenas em I.
  • B apenas em I e III.
  • C apenas em II e III.
  • D em nenhuma das afirmativas.
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Sobre os mapas estratégicos, analise as afirmativas a seguir:


I. Os mapas estratégicos auxiliam na visualização dos objetivos estratégicos e dos indicadores envolvidos.

II. O mapa estratégico é o papel impresso, em cores, da história da estratégia de uma organização.

III. É proibido colocar, no mapa estratégico, os fatores ou objetivos da organização.


É correto o que se afirma

  • A apenas em I.
  • B apenas em I e II.
  • C apenas em II e III.
  • D em nenhuma das afirmativas.
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Analise as afirmativas a seguir sobre a Administração e o Planejamento:


I. As instituições públicas, por sofrerem ingerência dos governos, não devem adotar as técnicas administrativas aplicadas pelas instituições privadas.

II. A Administração não foca na necessidade de medição do desempenho dos órgãos públicos, pois objetiva basicamente que eles cumpram as suas finalidades institucionais.

III. Planejar é a arte de promover a abundância de recursos e o excesso de competividade nas organizações.


É correto o que se afirma

  • A apenas em I.
  • B apenas em I e III.
  • C apenas em II e III.
  • D em nenhuma das afirmativas.