Resolver o Simulado Psicólogo

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Psicologia

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Conforme o DSM-V, os ataques de pânico destacam-se, nos transtornos de ansiedade, como um tipo particular de resposta ao medo. Os transtornos de ansiedade diferem, entre si, nos tipos de objetos ou situações que induzem medo, ansiedade ou comportamento de esquiva e na ideação cognitiva associada. A respeito desse assunto, julgue os itens que se seguem.


I. As principais características do transtorno de ansiedade social (fobia social) são ansiedade e preocupação persistentes e excessivas acerca de vários domínios, incluindo desempenho no trabalho e escolar, que o indivíduo tem dificuldades de controlar. Além disso, são experimentados sintomas físicos, como, por exemplo, inquietação ou sensação de “nervos à flor da pele”; fadiga; dificuldade de concentração ou “ter brancos”; irritabilidade; tensão muscular; e perturbação do sono.
II. O indivíduo com agorafobia é temeroso, ansioso ou se esquiva de interações e situações sociais que envolvam a possibilidade de ser avaliado. Estão inclusas também as situações sociais de se encontrar com pessoas que não são familiares, as situações em que o indivíduo pode ser observado comendo ou bebendo e as situações de desempenho diante de outras pessoas. A ideação cognitiva associada é a de ser avaliado negativamente pelos demais, ficar embaraçado, ser humilhado ou rejeitado ou ofender os outros.
III. Os indivíduos com transtorno de ansiedade generalizada são apreensivos e ansiosos acerca de duas ou mais das seguintes situações: usar transporte público; estar em espaços abertos, estar em lugares fechados; ficar em fila ou estar no meio de uma multidão; ou estar fora de casa sozinho em outras situações. O indivíduo teme essas situações devido aos pensamentos de que pode ser difícil escapar ou de que pode não haver auxílio disponível caso desenvolva sintomas de pânico ou outros sintomas incapacitantes ou constrangedores.

Assinale a alternativa correta.

  • A Nenhum item está certo.
  • B Apenas o item I está certo.
  • C Apenas o item II está certo.
  • D Apenas o item III está certo.
  • E Apenas os itens I e II estão certos.
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Sobre a sintomatologia depressiva, bastante presente entre os enfermos que cursam internados, é incorreto afirmar que:

  • A Diminuição da energia, cansaço e fadiga são comuns e até tarefas leves podem exigir um esforço substancial.
  • B A perturbação do sono mais comumente associada com um episódio depressivo maior é a insônia, tipicamente intermediária ou terminal.
  • C Com maior frequência os indivíduos apresentam sonolência excessiva, na forma de episódios prolongados de sono noturno ou de sono durante o dia.
  • D Há relatos de prejuízo na capacidade de pensar, concentrarse e tomar decisões. Pode haver queixas de dificuldades de memória.
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A partir das assertivas a seguir, é incorreto afirmar:

  • A Ao examinar a ansiedade em pacientes, é frequente a sobreposição de sintomas, onde a depressão é sempre uma possibilidade.
  • B Na aplicação das escalas Beck, ao ser identificada a presença de sintomas depressivos, é necessário utilizar a escala BHS (Escala de desesperança de Beck) para identificar se há algum potencial suicida.
  • C Dentre a sintomatologia investigada na BDI (Inventário de depressão de Beck), estão a redução da libido, a perda de apetite e a expectativa de punição.
  • D A BSI (Escala de ideação suicida de Beck) é um auto-relato que objetiva investigar a presença de ideação suicida e a gravidade das ideias, planos e desejos de suicídio.
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É considerada falta ética na atuação do psicólogo hospitalar, em relação ao uso de testes:

  • A Fotocopiar folhas respostas de testes psicológicos, quando estas não estiverem disponíveis.
  • B O psicólogo deve considerar a necessidade de explicação sobre o resultado dos testes psicológicos aplicados aos solicitantes da avaliação.
  • C Faz-se necessária a explicação sobre os objetivos da aplicação dos testes psicológicos a todos os sujeitos avaliados.
  • D Não permitir a aplicação de testes psicológicos por pessoal não qualificado.
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Sobre Neuropsicologia, é incorreto afirmar:

  • A Dentre as funções neuropsicológicas avaliadas, são exemplos de funções executivas a capacidade de discernimento, raciocínio e flexibilidade mental.
  • B A avaliação neuropsicológica não deve, em condições ideais, ser realizada durante momentos de crise vividos pelo paciente.
  • C Instrumentos de rastreio sensíveis não devem ser aplicados pelo psicólogo no ambiente hospitalar para a detecção de sinais e/ou sintomas de déficits cognitivos.
  • D A não adesão do enfermo ao tratamento médico pode estar associada à presença de déficits cognitivos.
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Ao considerar as reações de ajustamento que o enfermo pode apresentar ao ambiente hospitalar, assinale a resposta correta:

  • A Delirium é uma síndrome de curso crônico.
  • B O nível de consciência mostra-se alterado.
  • C A função atencional é reduzida, assim como a memória de trabalho.
  • D Está associada à presença de confusão mental.
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O transtorno do estresse pós-traumático apresenta alguns critérios para seu diagnóstico, exceto:

  • A Na classificação de quadro agudo, a duração dos sintomas é inferior a dois meses.
  • B O indivíduo acometido pode ter testemunhado um ou mais eventos ligados à morte ou ameaça à integridade física própria ou a de outros.
  • C A resposta ao evento deve envolver medo intenso, impotência ou horror.
  • D O evento traumático pode ser revivido de várias maneiras, onde a pessoa tem recordações recorrentes e intrusivas do evento.
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Sobre a medida psicométrica e o conceito de “traço latente”, é correto afirmar que:

  • A Spearman (1904) defende a teoria do fator intelectual geral e único, o fator G.
  • B Piaget (1952) defende o desenvolvimento das estruturas cognitivas em sucessivos estágios.
  • C No campo da personalidade, temos concepções a partir de Jung (1921), de Kretschmer (1925) e de Sheldon (1940, 1942).
  • D Nas tipologias mais modernas do temperamento, a tendência é de considerar os traços latentes como pequenas estruturas que variam de sujeito a sujeito.
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No ambulatório o psicólogo pode acompanhar pacientes que estão em processo de pré e pós-internação. Sobre esta forma de atenção psicológica, é correto afirmar que:

  • A Quanto ao atendimento psicológico no ambulatório, cabe ao psicólogo observar questões vinculadas diretamente às queixas do enfermo.
  • B O psicólogo deve intervir apenas quando houver “cronificação” do ponto de vista emocional do enfermo, situação em que tende a apresentar dependência, regressão e passividade.
  • C Somente deverão ser acompanhados no ambulatório de psicologia, aqueles pacientes cujo problema principal guarde estreita relação com a enfermidade.
  • D No atendimento ambulatorial, o psicólogo não atua no nível da atenção psicoeducativa, nem estimula comportamentos de saúde.
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A respeito dos conhecimentos em Psicoterapia Breve, é correto afirmar que:

  • A Se utilizada em situação de emergência, proporciona ao indivíduo ajuda psicológica com a finalidade de intervir na ressignificação da sua história de vida.
  • B No hospital geral as intervenções psicológicas aliviam e previnem reações desadaptadas do indivíduo internado.
  • C No hospital geral são observadas crises depressivas reacionais, ansiedade pré e pós-operatória e reações emocionais que são objeto de intervenção do processo em psicoterapia breve.
  • D Requer formação específica do psicólogo e terapêutica orientada por objetivos.
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Quanto aos aspectos ligados à ansiedade, é incorreto afirmar:

  • A O transtorno de ansiedade devido a uma condição médica geral é uma ansiedade clinicamente significativa decorrente dos efeitos fisiológicos diretos de uma patologia.
  • B Um dos aspectos que diferenciam a ansiedade não-patológica do transtorno de ansiedade generalizada é que a segunda pode ocorrer sem a presença de desencadeantes.
  • C No transtorno de ansiedade generalizada os indivíduos experimentam irritabilidade, dores musculares ou outros sintomas somáticos.
  • D A intensidade e frequência da ansiedade são claramente proporcionais a real probabilidade ou impacto do evento temido.
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O laudo psicológico é um dos documentos que podem ser emitidos no âmbito hospitalar. Sobre as possibilidades de registro documental do psicólogo, é correto afirmar:

  • A A resolução 7/2003 do Conselho Federal de Psicologia institui o Manual de Elaboração de Documentos Escritos.
  • B O laudo visa informar a ocorrência de fatos ou situações objetivas relacionadas ao atendimento psicológico.
  • C O atestado é um documento fundamentado e resumido sobre uma questão focal do campo psicológico.
  • D A declaração é a apresentação descritiva sobre situações e/ou condições psicológicas pesquisadas no processo de avaliação psicológica.
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Sobre as assertivas abaixo, é incorreto afirmar que:

  • A As fabulações podem ser entendidas como elementos da imaginação do doente ou mesmo lembranças isoladas que completam artificialmente as lacunas de sua memória.
  • B Nas fabulações, também chamadas confabulações, há a intenção do paciente de enganar o entrevistador.
  • C Na anosognosia, o paciente não reconhece um déficit ou patologia que o acomete, enquanto a anosodiaforia é a incapacidade de reconhecer o próprio estado afetivo.
  • D A memória semântica está relacionada ao conhecimento do significado das palavras e costuma estar bastante preservada na síndrome de Wernicke-Korsakoff.
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Considerando a presença do psicólogo em unidades de emergência, é correto afirmar que:

  • A O psicólogo precisa de habilidades que envolvam rapidez de raciocínio, perícia em ações e contar com o apoio de psicólogos clínicos especializados em pronto atendimento.
  • B É necessário que o psicólogo hospitalar esteja disponível para reagendar atendimentos sempre que solicitado pelo paciente.
  • C O profissional de Psicologia desenvolve uma escuta ativa que, necessariamente, facilita a expressão do paciente.
  • D Cabe ao profissional psicólogo o papel de humanizador da instituição.
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Sobre a atenção psicológica em Cardiologia é incorreto afirmar:

  • A Assim mostra-se a simbologia do coração: um órgão que durante milênios tem sido considerado sede das emoções, fonte do amor e até o centro do intelecto.
  • B Cabe ao psicólogo no período pré-operatório da cirurgia de revascularização do miocárdio a percepção do paciente sobre a elaboração de “conteúdos internos” mesmo que isso não faça referência aos comportamentos pós-cirúrgicos.
  • C No período pré-operatório, espera-se que o enfermo apresente um nível moderado de ansiedade, que contribua para o seu “preparo” para a cirurgia.
  • D Ao retornar da UTI pós-operatória é comum que o enfermo apresente dois sentimentos conflitantes: medo de intercorrências e euforia por ter sobrevivido à cirurgia.
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Ao considerar a evolução do atendimento psicológico no prontuário do paciente, é correto afirmar que:

  • A É uma das funções da evolução psicológica fazer observações sobre o comportamento do paciente e solicitar avaliações de outros profissionais.
  • B A escrita deve primar pela linguagem técnica e descrição superficial do atendimento, além de dar atenção à data, hora e assinatura do psicólogo.
  • C Devido ao sigilo necessário à atuação psicológica, ao paciente deve ser vedada a leitura do seu prontuário.
  • D Devem ser minuciosamente detalhados os aspectos emocionais do paciente sempre que demandados pela equipe de saúde.
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Sobre as assertivas abaixo, é FALSO afirmar:

  • A O termo afeto pode referir-se a qualquer estado de humor, sentimento ou emoção e acompanham uma idéia ou representação mental.
  • B Os sentimentos são estados e configurações mentais afetivas menos reativos a estímulos passageiros. Diferentemente, as emoções são experiências psíquicas e somáticas ao mesmo tempo, que desconcerta, comove e perturba o instável equilíbrio existencial.
  • C O estado emocional basal e difuso no qual se encontra a pessoa em determinado momento pode ser definido como humor ou estado de ânimo.
  • D No circuito cerebral das emoções, o hipocampo tem um importante papel na expressão emocional e o giro do cíngulo seria uma região receptora da experiência emocional.
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A respeito da Unidade de Terapia Intensiva, é incorreto afirmar que:

  • A Pacientes com tubo endotraqueal ou ventilação mecânica perdem o controle da comunicação, têm medo da morte, estão com privação de sono, vulneráveis e solitários.
  • B A agitação psicomotora não pode ser considerada uma das manifestações da presença de ansiedade.
  • C Os fatores de personalidade do paciente colaboram diferentemente para a presença de determinados comportamentos na unidade.
  • D Um papel fundamental do psicólogo é intermediar a relação entre familiares dos pacientes atendidos e profissionais de saúde.
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Sobre a atenção psicológica durante o processo cirúrgico, é correto afirmar que:

  • A Os aspectos cognitivos e comportamentais de não adesão ao tratamento médico devem ser avaliados no período pré-cirúrgico pelo psicólogo.
  • B Durante o período pré-cirúrgico cabe informar apenas ao paciente, detalhes dos riscos, benefícios e limitações eventuais, para que ele possa eliminar a presença de fantasias que possam estar presentes.
  • C A assistência psicológica no período de recuperação pós-cirúrgica imediata é obrigatoriamente individual ao paciente.
  • D Ao longo do período pré-cirúrgico, a única modalidade de atendimento psicológico possível é a forma individual ao paciente quando o objetivo é acompanhar seus fatores emocionais.
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A respeito da Teoria da crise, é incorreto afirmar:

  • A Segundo Caplan (1980), crise é um estado de perturbação que ocorre quando o indivíduo é exposto a um problema insuperável pelos seus modos habituais de solução de problemas.
  • B Moffat (1981) faz uma classificação descritiva das crises em evolutivas e acidentais.
  • C Simon (1989) define crise como um aumento ou redução significativa do universo pessoal, o qual é constituído da própria pessoa e de todos os objetos que a cercam.
  • D Rogers (1963) enfoca que os objetivos no apoio são ajudar a pessoa a aceitar a perda e lidar com os sentimentos predominantes.

Português

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TEXTO I
Os outros que ajudam (ou não)

Muitos anos atrás, conheci um alcoólatra, que, aos quarenta anos, quis parar de beber. O que o levou a decidir foi um acidente no qual ele, bêbado, quase provocara a morte da companheira que ele amava, por quem se sentia amado e que esperava um filho dele.
O homem frequentou os Alcoólicos Anônimos. Deu certo, mas, depois de um tempo, houve uma recaída brutal. Desanimado, mas não menos decidido, com o consenso de seu grupo do AA o homem se internou numa clínica especializada, onde ficou quase um ano – renunciando a conviver com o filho bebê. Voltou para casa (e para as reuniões do AA), convencido de que nunca deixaria de ser um alcoólatra – apenas poderia se tornar, um dia, um "alcoólatra abstêmio".
Mesmo assim, um dia, depois de dois anos, ele se declarou relativamente fora de perigo. Naquele dia, o homem colocou o filhinho na cama e sentou-se na mesa para festejar e jantar. E eis que a mulher dele chegou da cozinha erguendo, triunfalmente, uma garrafa de premier cru de Château Lafite: agora que estava bem, certamente ele poderia apreciar um grande vinho, para brindar, não é? O homem saiu na noite batendo a porta. A mulher que ele amava era uma idiota? Ou era (e sempre foi) não sua companheira de vida, mas de sua autodestruição? Seja como for, a mulher dessa história não é um caso isolado. Quem foi fumante e conseguiu parar quase certamente já encontrou um amigo que um dia lhe propôs um cigarro "sem drama": agora que parou, você vai poder fumar de vez em quando – só um não pode fazer mal.
Também há os que patrocinam qualquer exceção ao regime que você tenta manter estoicamente: se for só hoje, massa não vai fazer diferença, nem uma carne vermelha. Seja qual for a razão de seu regime e a autoridade de quem o prescreveu, para parentes e próximos, parece que há um prazer em você transgredir.
Há hábitos que encurtam a vida, comprometem as chances de se relacionar amorosa e sexualmente e, mais geralmente, levam o indivíduo a lidar com um desprezo que ele já não sabe se vem dos outros ou dele mesmo. Se você precisar se desfazer de um desses hábitos, procure encorajamento em qualquer programa que o leve a encontrar outros que vivem o mesmo drama e querem os mesmos resultados. É desses outros que você pode esperar respeito pelo seu esforço – e até elogios (quando merecidos).
Hoje, encontrar esses outros é fácil. Há comunidades on-line de pessoas que querem se livrar do sedentarismo, da obesidade, do fumo, do alcoolismo, da toxicomania etc. Os membros registram e transmitem, todos os dias, os seus fracassos e os seus sucessos. No caso do peso, por exemplo, há uma comunidade cujos integrantes instalam em casa uma balança conectada à internet: o indivíduo se pesa, e os demais sabem imediatamente se ele progrediu ou não.
Parêntese. A balança on-line não funciona pela vergonha que provoca em quem engorda, mas pelos elogios conquistados por quem emagrece. Podemos modificar nossos hábitos por sentirmos que nossos esforços estão sendo reconhecidos e encorajados, mas as punições não têm a mesma eficácia. Ou seja, Skinner e o comportamentalismo têm razão: uma chave da mudança de comportamento, quando ela se revela possível, está no reforço que vem dos outros ("Valeu! Força!"). Já as ideias de Pavlov são menos úteis: os reflexos condicionados existem, mas, em geral, se você estapeia alguém a cada vez que ele come, fuma ou bebe demais, ele não vai parar de comer, fumar ou beber – apenas vai passar a comer, fumar e beber com medo.
Volto ao que me importa: por que, na hora de tentar mudar um hábito, é aconselhável procurar um grupo de companheiros de infortúnio desconhecidos? Por que os nossos próximos, na hora em que um reforço positivo seria bem-vindo, preferem nos encorajar a trair nossas próprias intenções?
Há duas hipóteses. Uma é que eles tenham (ou tivessem) propósitos parecidos com os nossos, mas fracassados; produzindo o nosso malogro, eles encontrariam uma reconfortante explicação pelo seu. Outra, aparentemente mais nobre, diz que é porque eles nos amam e, portanto, querem ser a nossa exceção, ou seja, querem ser aqueles que nós amamos mais do que a nossa própria decisão de mudar. Como disse Voltaire, "que Deus me proteja dos meus amigos. Dos inimigos, cuido eu".

CONTARDO, Calligaris. Todos os reis estão nus. Org. Rafael Cariello. São Paulo: Três Estrelas, 2014.

O uso dos dois-pontos no trecho “No caso do peso, por exemplo, há uma comunidade cujos integrantes instalam em casa uma balança conectada à internet: o indivíduo se pesa, e os demais sabem imediatamente se ele progrediu ou não”, explica-se, pois

  • A anuncia uma citação.
  • B trata-se de uma enumeração explicativa.
  • C indica a consequência do que foi enunciado.
  • D exprime uma interrupção da fala do narrador.
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TEXTO I
Os outros que ajudam (ou não)

Muitos anos atrás, conheci um alcoólatra, que, aos quarenta anos, quis parar de beber. O que o levou a decidir foi um acidente no qual ele, bêbado, quase provocara a morte da companheira que ele amava, por quem se sentia amado e que esperava um filho dele.
O homem frequentou os Alcoólicos Anônimos. Deu certo, mas, depois de um tempo, houve uma recaída brutal. Desanimado, mas não menos decidido, com o consenso de seu grupo do AA o homem se internou numa clínica especializada, onde ficou quase um ano – renunciando a conviver com o filho bebê. Voltou para casa (e para as reuniões do AA), convencido de que nunca deixaria de ser um alcoólatra – apenas poderia se tornar, um dia, um "alcoólatra abstêmio".
Mesmo assim, um dia, depois de dois anos, ele se declarou relativamente fora de perigo. Naquele dia, o homem colocou o filhinho na cama e sentou-se na mesa para festejar e jantar. E eis que a mulher dele chegou da cozinha erguendo, triunfalmente, uma garrafa de premier cru de Château Lafite: agora que estava bem, certamente ele poderia apreciar um grande vinho, para brindar, não é? O homem saiu na noite batendo a porta. A mulher que ele amava era uma idiota? Ou era (e sempre foi) não sua companheira de vida, mas de sua autodestruição? Seja como for, a mulher dessa história não é um caso isolado. Quem foi fumante e conseguiu parar quase certamente já encontrou um amigo que um dia lhe propôs um cigarro "sem drama": agora que parou, você vai poder fumar de vez em quando – só um não pode fazer mal.
Também há os que patrocinam qualquer exceção ao regime que você tenta manter estoicamente: se for só hoje, massa não vai fazer diferença, nem uma carne vermelha. Seja qual for a razão de seu regime e a autoridade de quem o prescreveu, para parentes e próximos, parece que há um prazer em você transgredir.
Há hábitos que encurtam a vida, comprometem as chances de se relacionar amorosa e sexualmente e, mais geralmente, levam o indivíduo a lidar com um desprezo que ele já não sabe se vem dos outros ou dele mesmo. Se você precisar se desfazer de um desses hábitos, procure encorajamento em qualquer programa que o leve a encontrar outros que vivem o mesmo drama e querem os mesmos resultados. É desses outros que você pode esperar respeito pelo seu esforço – e até elogios (quando merecidos).
Hoje, encontrar esses outros é fácil. Há comunidades on-line de pessoas que querem se livrar do sedentarismo, da obesidade, do fumo, do alcoolismo, da toxicomania etc. Os membros registram e transmitem, todos os dias, os seus fracassos e os seus sucessos. No caso do peso, por exemplo, há uma comunidade cujos integrantes instalam em casa uma balança conectada à internet: o indivíduo se pesa, e os demais sabem imediatamente se ele progrediu ou não.
Parêntese. A balança on-line não funciona pela vergonha que provoca em quem engorda, mas pelos elogios conquistados por quem emagrece. Podemos modificar nossos hábitos por sentirmos que nossos esforços estão sendo reconhecidos e encorajados, mas as punições não têm a mesma eficácia. Ou seja, Skinner e o comportamentalismo têm razão: uma chave da mudança de comportamento, quando ela se revela possível, está no reforço que vem dos outros ("Valeu! Força!"). Já as ideias de Pavlov são menos úteis: os reflexos condicionados existem, mas, em geral, se você estapeia alguém a cada vez que ele come, fuma ou bebe demais, ele não vai parar de comer, fumar ou beber – apenas vai passar a comer, fumar e beber com medo.
Volto ao que me importa: por que, na hora de tentar mudar um hábito, é aconselhável procurar um grupo de companheiros de infortúnio desconhecidos? Por que os nossos próximos, na hora em que um reforço positivo seria bem-vindo, preferem nos encorajar a trair nossas próprias intenções?
Há duas hipóteses. Uma é que eles tenham (ou tivessem) propósitos parecidos com os nossos, mas fracassados; produzindo o nosso malogro, eles encontrariam uma reconfortante explicação pelo seu. Outra, aparentemente mais nobre, diz que é porque eles nos amam e, portanto, querem ser a nossa exceção, ou seja, querem ser aqueles que nós amamos mais do que a nossa própria decisão de mudar. Como disse Voltaire, "que Deus me proteja dos meus amigos. Dos inimigos, cuido eu".

CONTARDO, Calligaris. Todos os reis estão nus. Org. Rafael Cariello. São Paulo: Três Estrelas, 2014.

No trecho “...levam o indivíduo a lidar com um desprezo que ele não sabe se vem dos outros ou dele mesmo.”, o termo em destaque exprime uma ideia de

  • A tempo.
  • B lugar.
  • C modo.
  • D intensidade.
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TEXTO I
Os outros que ajudam (ou não)

Muitos anos atrás, conheci um alcoólatra, que, aos quarenta anos, quis parar de beber. O que o levou a decidir foi um acidente no qual ele, bêbado, quase provocara a morte da companheira que ele amava, por quem se sentia amado e que esperava um filho dele.
O homem frequentou os Alcoólicos Anônimos. Deu certo, mas, depois de um tempo, houve uma recaída brutal. Desanimado, mas não menos decidido, com o consenso de seu grupo do AA o homem se internou numa clínica especializada, onde ficou quase um ano – renunciando a conviver com o filho bebê. Voltou para casa (e para as reuniões do AA), convencido de que nunca deixaria de ser um alcoólatra – apenas poderia se tornar, um dia, um "alcoólatra abstêmio".
Mesmo assim, um dia, depois de dois anos, ele se declarou relativamente fora de perigo. Naquele dia, o homem colocou o filhinho na cama e sentou-se na mesa para festejar e jantar. E eis que a mulher dele chegou da cozinha erguendo, triunfalmente, uma garrafa de premier cru de Château Lafite: agora que estava bem, certamente ele poderia apreciar um grande vinho, para brindar, não é? O homem saiu na noite batendo a porta. A mulher que ele amava era uma idiota? Ou era (e sempre foi) não sua companheira de vida, mas de sua autodestruição? Seja como for, a mulher dessa história não é um caso isolado. Quem foi fumante e conseguiu parar quase certamente já encontrou um amigo que um dia lhe propôs um cigarro "sem drama": agora que parou, você vai poder fumar de vez em quando – só um não pode fazer mal.
Também há os que patrocinam qualquer exceção ao regime que você tenta manter estoicamente: se for só hoje, massa não vai fazer diferença, nem uma carne vermelha. Seja qual for a razão de seu regime e a autoridade de quem o prescreveu, para parentes e próximos, parece que há um prazer em você transgredir.
Há hábitos que encurtam a vida, comprometem as chances de se relacionar amorosa e sexualmente e, mais geralmente, levam o indivíduo a lidar com um desprezo que ele já não sabe se vem dos outros ou dele mesmo. Se você precisar se desfazer de um desses hábitos, procure encorajamento em qualquer programa que o leve a encontrar outros que vivem o mesmo drama e querem os mesmos resultados. É desses outros que você pode esperar respeito pelo seu esforço – e até elogios (quando merecidos).
Hoje, encontrar esses outros é fácil. Há comunidades on-line de pessoas que querem se livrar do sedentarismo, da obesidade, do fumo, do alcoolismo, da toxicomania etc. Os membros registram e transmitem, todos os dias, os seus fracassos e os seus sucessos. No caso do peso, por exemplo, há uma comunidade cujos integrantes instalam em casa uma balança conectada à internet: o indivíduo se pesa, e os demais sabem imediatamente se ele progrediu ou não.
Parêntese. A balança on-line não funciona pela vergonha que provoca em quem engorda, mas pelos elogios conquistados por quem emagrece. Podemos modificar nossos hábitos por sentirmos que nossos esforços estão sendo reconhecidos e encorajados, mas as punições não têm a mesma eficácia. Ou seja, Skinner e o comportamentalismo têm razão: uma chave da mudança de comportamento, quando ela se revela possível, está no reforço que vem dos outros ("Valeu! Força!"). Já as ideias de Pavlov são menos úteis: os reflexos condicionados existem, mas, em geral, se você estapeia alguém a cada vez que ele come, fuma ou bebe demais, ele não vai parar de comer, fumar ou beber – apenas vai passar a comer, fumar e beber com medo.
Volto ao que me importa: por que, na hora de tentar mudar um hábito, é aconselhável procurar um grupo de companheiros de infortúnio desconhecidos? Por que os nossos próximos, na hora em que um reforço positivo seria bem-vindo, preferem nos encorajar a trair nossas próprias intenções?
Há duas hipóteses. Uma é que eles tenham (ou tivessem) propósitos parecidos com os nossos, mas fracassados; produzindo o nosso malogro, eles encontrariam uma reconfortante explicação pelo seu. Outra, aparentemente mais nobre, diz que é porque eles nos amam e, portanto, querem ser a nossa exceção, ou seja, querem ser aqueles que nós amamos mais do que a nossa própria decisão de mudar. Como disse Voltaire, "que Deus me proteja dos meus amigos. Dos inimigos, cuido eu".

CONTARDO, Calligaris. Todos os reis estão nus. Org. Rafael Cariello. São Paulo: Três Estrelas, 2014.

Em “Também os que patrocinam qualquer exceção ao regime que você tenta manter estoicamente...”, o verbo em destaque foi empregado corretamente, obedecendo às regras de concordância verbal. Assinale a alternativa em que a obediência a essas regras não foi observada

  • A Havia muitas pessoas que gostariam de provar novos sabores.
  • B Revisei o artigo que me foi entregue havia duas semanas.
  • C Devem haver muitos amigos que colaboram com o nosso fracasso.
  • D Hipóteses haverão de existir sobre as causas desses insucessos.
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TEXTO I
Os outros que ajudam (ou não)

Muitos anos atrás, conheci um alcoólatra, que, aos quarenta anos, quis parar de beber. O que o levou a decidir foi um acidente no qual ele, bêbado, quase provocara a morte da companheira que ele amava, por quem se sentia amado e que esperava um filho dele.
O homem frequentou os Alcoólicos Anônimos. Deu certo, mas, depois de um tempo, houve uma recaída brutal. Desanimado, mas não menos decidido, com o consenso de seu grupo do AA o homem se internou numa clínica especializada, onde ficou quase um ano – renunciando a conviver com o filho bebê. Voltou para casa (e para as reuniões do AA), convencido de que nunca deixaria de ser um alcoólatra – apenas poderia se tornar, um dia, um "alcoólatra abstêmio".
Mesmo assim, um dia, depois de dois anos, ele se declarou relativamente fora de perigo. Naquele dia, o homem colocou o filhinho na cama e sentou-se na mesa para festejar e jantar. E eis que a mulher dele chegou da cozinha erguendo, triunfalmente, uma garrafa de premier cru de Château Lafite: agora que estava bem, certamente ele poderia apreciar um grande vinho, para brindar, não é? O homem saiu na noite batendo a porta. A mulher que ele amava era uma idiota? Ou era (e sempre foi) não sua companheira de vida, mas de sua autodestruição? Seja como for, a mulher dessa história não é um caso isolado. Quem foi fumante e conseguiu parar quase certamente já encontrou um amigo que um dia lhe propôs um cigarro "sem drama": agora que parou, você vai poder fumar de vez em quando – só um não pode fazer mal.
Também há os que patrocinam qualquer exceção ao regime que você tenta manter estoicamente: se for só hoje, massa não vai fazer diferença, nem uma carne vermelha. Seja qual for a razão de seu regime e a autoridade de quem o prescreveu, para parentes e próximos, parece que há um prazer em você transgredir.
Há hábitos que encurtam a vida, comprometem as chances de se relacionar amorosa e sexualmente e, mais geralmente, levam o indivíduo a lidar com um desprezo que ele já não sabe se vem dos outros ou dele mesmo. Se você precisar se desfazer de um desses hábitos, procure encorajamento em qualquer programa que o leve a encontrar outros que vivem o mesmo drama e querem os mesmos resultados. É desses outros que você pode esperar respeito pelo seu esforço – e até elogios (quando merecidos).
Hoje, encontrar esses outros é fácil. Há comunidades on-line de pessoas que querem se livrar do sedentarismo, da obesidade, do fumo, do alcoolismo, da toxicomania etc. Os membros registram e transmitem, todos os dias, os seus fracassos e os seus sucessos. No caso do peso, por exemplo, há uma comunidade cujos integrantes instalam em casa uma balança conectada à internet: o indivíduo se pesa, e os demais sabem imediatamente se ele progrediu ou não.
Parêntese. A balança on-line não funciona pela vergonha que provoca em quem engorda, mas pelos elogios conquistados por quem emagrece. Podemos modificar nossos hábitos por sentirmos que nossos esforços estão sendo reconhecidos e encorajados, mas as punições não têm a mesma eficácia. Ou seja, Skinner e o comportamentalismo têm razão: uma chave da mudança de comportamento, quando ela se revela possível, está no reforço que vem dos outros ("Valeu! Força!"). Já as ideias de Pavlov são menos úteis: os reflexos condicionados existem, mas, em geral, se você estapeia alguém a cada vez que ele come, fuma ou bebe demais, ele não vai parar de comer, fumar ou beber – apenas vai passar a comer, fumar e beber com medo.
Volto ao que me importa: por que, na hora de tentar mudar um hábito, é aconselhável procurar um grupo de companheiros de infortúnio desconhecidos? Por que os nossos próximos, na hora em que um reforço positivo seria bem-vindo, preferem nos encorajar a trair nossas próprias intenções?
Há duas hipóteses. Uma é que eles tenham (ou tivessem) propósitos parecidos com os nossos, mas fracassados; produzindo o nosso malogro, eles encontrariam uma reconfortante explicação pelo seu. Outra, aparentemente mais nobre, diz que é porque eles nos amam e, portanto, querem ser a nossa exceção, ou seja, querem ser aqueles que nós amamos mais do que a nossa própria decisão de mudar. Como disse Voltaire, "que Deus me proteja dos meus amigos. Dos inimigos, cuido eu".

CONTARDO, Calligaris. Todos os reis estão nus. Org. Rafael Cariello. São Paulo: Três Estrelas, 2014.

É possível observar a obediência às regras de regência verbal no trecho “...levam o indivíduo a lidar com um desprezo que ele já não sabe se vem dos outros ou dele mesmo”, em que o verbo levar foi empregado como transitivo direto e indireto. Assinale a alternativa em que o verbo destacado não atende às regras de Regência Verbal, de acordo com a Norma Padrão da Língua Portuguesa.

  • A Os amigos não lhe perdoam por não conseguir perder peso.
  • B As reportagens sobre regimes e dietas não o interessavam mais.
  • C O gerente chamou os funcionários para uma reunião de urgência.
  • D jovem respondeu a pergunta que lhe foi feita objetivamente.
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Considere o seguinte trecho:


A popularização do modelo de educação _____ distância (EAD) tornou-a praticamente um sinônimo de acesso _____ tecnologia, refletindo os tempos atuais de amplo acesso _____ internet. No entanto, esse modelo já é secular. Data de meados de 1904 o primeiro curso profissionalizante por correspondência no Brasil. Após essa fase, tornaram-se comuns os cursos por rádio e televisão. O advento da internet – considerada a principal ferramenta do EAD – e a popularização dos microcomputadores pessoais impulsionaram _____ modalidade.

(Disponível em: http://www.amanha.com.br/posts/view/7188/un inter-democratizando-o-conhecimento)


Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas acima, na ordem em que aparecem no texto.

  • A à – à – à – à
  • B à – à – à – a
  • C à – a – à – à
  • D a – à – à – a
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Em relação às regras de concordância verbal, assinale a alternativa CORRETA:

  • A Precisam-se de encanadores.
  • B Plastifica-se documentos.
  • C Necessita-se de porteiros.
  • D Aluga-se apartamentos na praia.
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Leia: 


Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

No contexto da tira, funciona como verbo de ligação:
  • A parece
  • B disse
  • C jogar
  • D jogando
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Marque a alternativa cuja palavra apresenta cinco fonemas:
  • A Filha
  • B Molhada
  • C Guerra
  • D Fixa
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Considere o seguinte trecho de um texto publicado na revista Mente Curiosa (Ano 3, nº 49, fev. 2019): As selfiessão comuns nas redes sociais. O termo americano não tem tradução para o português, elas basicamente funcionam como __________. O que as pessoas não sabem é que essas publicações revelam muito sobre a __________ de quem posta e têm um impacto direto na de quem vê.


Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas acima, na ordem em que aparecem no texto.

  • A auto retrato – auto estima.
  • B autorretrato – autoestima.
  • C auto-retrato – autoestima.
  • D auto-retrato – auto-estima.
  • E autorretrato – auto-estima
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As regras da Nova Ortografia - que passaram a fazer parte do nosso vocabulário oficialmente em 2016 - trouxeram algumas modificações, tais como a escrita da palavra "supercidadão". Seguindo as orientações de uso/desuso do hífen, assinale a alternativa que contém uma grafia "antiga" não aceita pela nova regra:

  • A Super-radical
  • B Hiperautoritário
  • C Superamigável
  • D Hiper-racional
  • E Super-moderno

Saúde Pública

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Sobre o Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro, de acordo com a Lei Federal nº 8080/1990, julgue (V), como verdadeiro, ou (F), como falso, e assinale a alternativa que indica a sequência correta de cima para baixo.


( ) O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público, constitui o Sistema Único de Saúde (SUS).

( ) Estão incluídas, na constituição do SUS, as instituições públicas federais, estaduais e municipais de controle de qualidade, pesquisa e produção de insumos, medicamentos, inclusive de sangue e hemoderivados, e de equipamentos para saúde.

( ) A iniciativa privada poderá participar do Sistema Único de Saúde (SUS), em caráter complementar.


  • A V, V, V.
  • B V, F, V
  • C F, V, V.
  • D V, F, F.
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De acordo com o art. 3º, da Portaria nº 1.600/2011, do Ministério da Saúde, a qual institui a Rede de Atenção às Urgências do Sistema Único de Saúde, assinale a alternativa correta sobre a organização, no âmbito do SUS, dessa Rede.

  • A A organização da Rede de Atenção às Urgências tem a finalidade de garantir os equipamentos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), objetivando ampliar o acesso aos usuários em situação de urgência e emergência nos serviços de saúde.
  • B A responsabilidade pela implementação da Rede de Atenção às Urgências é exclusiva dos municípios, devendo respeitar os critérios epidemiológicos e de densidade populacional.
  • C O acolhimento com classificação do risco, a qualidade e a resolutividade na atenção constituem a base do processo e dos fluxos assistenciais de toda Rede de Atenção às Urgências e devem ser requisitos de todos os pontos de atenção.
  • D A Rede de Atenção às Urgências priorizará as linhas de cuidados de saúde mental, violência e cerebrovascular.
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Analise as ações a seguir.


I. Realizar controle ambiental e controle de zoonoses.

II. Reduzir riscos e danos à saúde, incluindo ações de promoção à saúde.

III. Participar das ações educativas atuando na promoção da saúde e na prevenção das doenças bucais.


São ações a serem realizadas pelos agentes de combate às endemias:

  • A I e II, apenas
  • B II e III, apenas
  • C I e III, apenas
  • D I, II e III
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A Leishmaniose Visceral (LV) é uma protozoonose crônica, sistêmica, caracterizada em humanos por febre de onga duração, perda de peso, astenia, adinamia e anemia, entre outras manifestações. Quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% dos casos.

Fonte: BRASIL, Manual de Vigilância, Prevenção e Controle de Zoonoses: Normas, Técnicas e Operacionais (2016).


O principal reservatório e fonte de infecção da doença no meio urbano são:

  • A Marsupiais
  • B Cães
  • C Gatos
  • D Barbeiro
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Em relação ao levantamento rápido de índices de infestação do Aedes aegypti (LIRAa), assinale a alternativa INCORRETA.

  • A O levantamento é amostral, ou seja, não há necessidade de todas as casas serem visitadas.
  • B As amostras para análise e referenciamento do LIRAa são coletadas pela Vigilância Sanitária.
  • C A partir do LIRAa, é possível saber onde os mosquitos estão se desenvolvendo mais: se em locais de abastecimento de água, se em depósitos domiciliares e lixo.
  • D O resultado deste são índices de infestação predial e são divididos da seguinte forma: inferiores a 1%: estão em condições satisfatórias; de 1% a 3,9%: estão em situação de alerta; superior a 4%: há risco de surto de dengue.