Resolver o Simulado Motorista - Máxima - Nível Médio

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Português

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Leia: 


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No contexto da tira, funciona como verbo de ligação:
  • A parece
  • B disse
  • C jogar
  • D jogando
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(Fonte: https://br.pinterest.com/pin/804525920905262076/?lp=true,

acesso em fevereiro de 2020.)


“Só precisa de cuidado e paciência”, o verbo destacado é classificado segundo os estudos de regência verbal como:

  • A intransitivo.
  • B transitivo direto e indireto.
  • C transitivo direto.
  • D transitivo indireto.
  • E verbo de ligação.
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(Aurélien Casta. Le monde diplomatique. 7 de janeiro de 2020.)

Assinale a alternativa em que a palavra, no TEXTO I, apresente papel adjetivo.

  • A que (linha 5)
  • B menos (linha 7)
  • C estudantes (linha 14)
  • D vinte (linha 30)
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Segundo os autores de um novo estudo, a Stupendemys geographicus tinha uma distribuição geográfica ampla, num grande arco que ia do estado do Acre ao norte da Venezuela, passando pelo Peru e pela Colômbia. (linhas 7 a 11)


No trecho acima, há

  • A onze artigos e oito preposições.
  • B nove artigos e seis preposições.
  • C dez artigos e sete preposições.
  • D doze artigos e nove preposições.
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Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido acentuada seguindo regra distinta da das demais.

  • A Fósseis (linha 4)
  • B Colômbia (linha 11)
  • C crânios (linha 26)
  • D fêmeas (linha 35)
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Assinale a alternativa em que a palavra, no texto, exerça papel adjetivo.

  • A norte (linha 10)
  • B recentemente (linha 14)
  • C adquirido (linha 19)
  • D esses (linha 39)
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Universidades públicas realizam mais de 95% da ciência no Brasil

Quem minimamente acompanha a questão da produção científica no Brasil e do financiamento da pesquisa em ciência, tecnologia e inovação sabe que, ao lado da meta tão longamente sonhada da aplicação de 2% do PIB no setor, um bom equilíbrio entre investimentos públicos e privados nessas atividades constitui o segundo grande objeto de desejo de boa parte dos estrategistas e gestores da área – além, é claro, da parcela da comunidade científica nacional bem antenada às políticas de CT&I.
Isso se apresentou desde a redemocratização do país, na segunda metade dos anos 1980. O espelho em que todos miravam era obviamente o das nações mais desenvolvidas. O pensamento que então se espraiava, muito distante de recentíssimas tentações obscurantistas, era o de que o desenvolvimento científico e tecnológico constituía condição sine qua para um verdadeiro desenvolvimento socioeconômico e para a implantação de uma sociedade mais justa.
Na época, o Brasil andava ali pela casa de pouco mais de 0,7% do PIB em investimentos totais em ciência e tecnologia e a participação do setor privado, quer dizer, de empresas, ressalte-se, nesse bolo, mal ultrapassava a marca de 20%. De lá para cá, o país fez uma reviravolta nesses números, avançou muito, e pode-se mesmo dizer que cresceu espetacularmente, quando a métrica é o volume de artigos científicos indexados em bases de dados internacionais, um indicador mundialmente consagrado. Essa produção científica praticamente dobrou do começo para o fim da primeira década do século XXI. E continuou sua ascensão consistente (dados disponíveis até 2016).
A expansão notável, fruto de algumas políticas muito bem estruturadas que estão a merecer outros comentários no Ciência na rua, foi baseada na capacidade de produzir ciência das universidades públicas brasileiras, com a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), ou seja, duas grandes universidades estaduais paulistas, mais algumas grandes universidades federais, como a do Rio de Janeiro (UFRJ), a de Minas Gerais (UFMG) e a do Rio Grande do Sul (UFRGS), na liderança desse processo. Mais de 95% dessa produção científica do Brasil nas bases internacionais deve-se, assim, à capacidade de pesquisa de suas universidades públicas.
[...]
[...] O presidente da Academia Brasileira de Ciências, Luiz Davidovich, físico, professor da UFRJ, pesquisador dos mais respeitados por seus brilhantes trabalhos em emaranhamento quântico, [...] relata [...] que, “de acordo com recente publicação feita por Clarivate Analytics a pedido da CAPES, o Brasil, no período de 2011-2016, publicou mais de 250.000 artigos na base de dados Web of Science em todas as áreas do conhecimento, correspondendo à 13.ª posição na produção científica global (mais de 190 países)”. As áreas de maior impacto, prossegue, “correspondem a agricultura, medicina e saúde, física e ciência espacial, psiquiatria, e odontologia, entre outras”.
Davidovich ressalta que “todos os estados brasileiros estão representados” nessa produção, “o que mostra uma evolução em relação a períodos anteriores e o papel preponderante desempenhado pelas universidades públicas que estão presentes em todos os estados”.
Outro ponto fundamental de sua fala: “Mais de 95% das publicações referem-se às universidades públicas, federais e estaduais. O artigo lista as 20 universidades que mais publicam (5 estaduais e 15 federais), das quais 5 estão na região Sul, 11 na região Sudeste, 2 na região Nordeste e 2 na Centro-Oeste”.

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Essas publicações, destaca o presidente da ABC, “estão associadas a pesquisas que beneficiam a população brasileira e contribuem para a riqueza nacional. Graças a essas pesquisas, o petróleo do pré-sal representa atualmente mais de 50% do petróleo produzido no país, a agricultura brasileira sofisticou-se e aumentou sua produtividade, epidemias, como a do vírus da zika, são enfrentadas por grupos científicos de grande qualidade, novos fármacos são produzidos, alternativas energéticas são propostas, novos materiais são desenvolvidos e empresas brasileiras obtêm protagonismo internacional em diversas áreas de alto conteúdo tecnológico, como cosméticos, compressores e equipamentos elétricos”.

A realidade que os dados mostram

Coordenador do projeto Métricas, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o professor Jacques Marcovich, ex-reitor da USP (1997-2001), enviou a pedido do Ciência na Rua duas tabelas também muito reveladoras da produção científica das universidades brasileiras. A primeira, baseada no Leiden Ranking, “mostra que das 20 universidades que mais publicam no Brasil, não há nenhuma privada”, ele comentou.
A segunda, modificada do capítulo de autoria de Solange Santos na obra coletiva Repensar a Universidade (Repensar a universidade: desempenho acadêmico e comparações internacionais, organizado por Jacques Marcovitch, 256 pp, São Paulo, ComArte, 2018, disponível para download), mostra resultados de todas as universidades no Brasil em rankings internacionais e, ele observa, “aparecem apenas as PUCs em termos de privadas, e em posições relativamente baixas”.
Uma terceira tabela, mais extensa e bastante atualizada, foi obtida pelo diretor científico da Fapesp, professor Carlos Henrique de Brito Cruz, a partir da base de dados Incites. O que ele observa é que, “das 100 universidades brasileiras que mais publicaram artigos científicos no quinquênio 2014-2018, há 17 privadas. A melhor colocada é a PUC Paraná, em 37º lugar”.

Artigo de Mariluce Moura, publicado em 11 de abril no Ciência na Rua.
Disponível em: https://www.unifesp.br/reitoria/dci/noticias-anteriores-dci/item/3799-universidades-publicas-realizam-mais-de-95-daciencia-no-brasil
Acesso em: 10 de fevereiro de 2020 (Adaptado).

O vocábulo “que” funciona como conjunção integrante APENAS em:

  • A O pensamento que então se espraiava...
  • B ... pode-se mesmo dizer que cresceu espetacularmente...
  • C ...pelas universidades públicas que estão presentes em todos os estados...
  • D O artigo lista as 20 universidades que mais publicam...
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Universidades públicas realizam mais de 95% da ciência no Brasil

Quem minimamente acompanha a questão da produção científica no Brasil e do financiamento da pesquisa em ciência, tecnologia e inovação sabe que, ao lado da meta tão longamente sonhada da aplicação de 2% do PIB no setor, um bom equilíbrio entre investimentos públicos e privados nessas atividades constitui o segundo grande objeto de desejo de boa parte dos estrategistas e gestores da área – além, é claro, da parcela da comunidade científica nacional bem antenada às políticas de CT&I.
Isso se apresentou desde a redemocratização do país, na segunda metade dos anos 1980. O espelho em que todos miravam era obviamente o das nações mais desenvolvidas. O pensamento que então se espraiava, muito distante de recentíssimas tentações obscurantistas, era o de que o desenvolvimento científico e tecnológico constituía condição sine qua para um verdadeiro desenvolvimento socioeconômico e para a implantação de uma sociedade mais justa.
Na época, o Brasil andava ali pela casa de pouco mais de 0,7% do PIB em investimentos totais em ciência e tecnologia e a participação do setor privado, quer dizer, de empresas, ressalte-se, nesse bolo, mal ultrapassava a marca de 20%. De lá para cá, o país fez uma reviravolta nesses números, avançou muito, e pode-se mesmo dizer que cresceu espetacularmente, quando a métrica é o volume de artigos científicos indexados em bases de dados internacionais, um indicador mundialmente consagrado. Essa produção científica praticamente dobrou do começo para o fim da primeira década do século XXI. E continuou sua ascensão consistente (dados disponíveis até 2016).
A expansão notável, fruto de algumas políticas muito bem estruturadas que estão a merecer outros comentários no Ciência na rua, foi baseada na capacidade de produzir ciência das universidades públicas brasileiras, com a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), ou seja, duas grandes universidades estaduais paulistas, mais algumas grandes universidades federais, como a do Rio de Janeiro (UFRJ), a de Minas Gerais (UFMG) e a do Rio Grande do Sul (UFRGS), na liderança desse processo. Mais de 95% dessa produção científica do Brasil nas bases internacionais deve-se, assim, à capacidade de pesquisa de suas universidades públicas.
[...]
[...] O presidente da Academia Brasileira de Ciências, Luiz Davidovich, físico, professor da UFRJ, pesquisador dos mais respeitados por seus brilhantes trabalhos em emaranhamento quântico, [...] relata [...] que, “de acordo com recente publicação feita por Clarivate Analytics a pedido da CAPES, o Brasil, no período de 2011-2016, publicou mais de 250.000 artigos na base de dados Web of Science em todas as áreas do conhecimento, correspondendo à 13.ª posição na produção científica global (mais de 190 países)”. As áreas de maior impacto, prossegue, “correspondem a agricultura, medicina e saúde, física e ciência espacial, psiquiatria, e odontologia, entre outras”.
Davidovich ressalta que “todos os estados brasileiros estão representados” nessa produção, “o que mostra uma evolução em relação a períodos anteriores e o papel preponderante desempenhado pelas universidades públicas que estão presentes em todos os estados”.
Outro ponto fundamental de sua fala: “Mais de 95% das publicações referem-se às universidades públicas, federais e estaduais. O artigo lista as 20 universidades que mais publicam (5 estaduais e 15 federais), das quais 5 estão na região Sul, 11 na região Sudeste, 2 na região Nordeste e 2 na Centro-Oeste”.

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

Essas publicações, destaca o presidente da ABC, “estão associadas a pesquisas que beneficiam a população brasileira e contribuem para a riqueza nacional. Graças a essas pesquisas, o petróleo do pré-sal representa atualmente mais de 50% do petróleo produzido no país, a agricultura brasileira sofisticou-se e aumentou sua produtividade, epidemias, como a do vírus da zika, são enfrentadas por grupos científicos de grande qualidade, novos fármacos são produzidos, alternativas energéticas são propostas, novos materiais são desenvolvidos e empresas brasileiras obtêm protagonismo internacional em diversas áreas de alto conteúdo tecnológico, como cosméticos, compressores e equipamentos elétricos”.

A realidade que os dados mostram

Coordenador do projeto Métricas, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o professor Jacques Marcovich, ex-reitor da USP (1997-2001), enviou a pedido do Ciência na Rua duas tabelas também muito reveladoras da produção científica das universidades brasileiras. A primeira, baseada no Leiden Ranking, “mostra que das 20 universidades que mais publicam no Brasil, não há nenhuma privada”, ele comentou.
A segunda, modificada do capítulo de autoria de Solange Santos na obra coletiva Repensar a Universidade (Repensar a universidade: desempenho acadêmico e comparações internacionais, organizado por Jacques Marcovitch, 256 pp, São Paulo, ComArte, 2018, disponível para download), mostra resultados de todas as universidades no Brasil em rankings internacionais e, ele observa, “aparecem apenas as PUCs em termos de privadas, e em posições relativamente baixas”.
Uma terceira tabela, mais extensa e bastante atualizada, foi obtida pelo diretor científico da Fapesp, professor Carlos Henrique de Brito Cruz, a partir da base de dados Incites. O que ele observa é que, “das 100 universidades brasileiras que mais publicaram artigos científicos no quinquênio 2014-2018, há 17 privadas. A melhor colocada é a PUC Paraná, em 37º lugar”.

Artigo de Mariluce Moura, publicado em 11 de abril no Ciência na Rua.
Disponível em: https://www.unifesp.br/reitoria/dci/noticias-anteriores-dci/item/3799-universidades-publicas-realizam-mais-de-95-daciencia-no-brasil
Acesso em: 10 de fevereiro de 2020 (Adaptado).

Leia o trecho a seguir.


Isso se apresentou desde a redemocratização do país, na segunda metade dos anos 1980.


Todos os termos destacados nas alternativas a seguir exercem a mesma função sintática de “na segunda metade dos anos 1980”, EXCETO:

  • A Quem minimamente acompanha a questão da produção científica no Brasil...
  • B Isso se apresentou desde a redemocratização do país...
  • C Na época, o Brasil andava ali pela casa de pouco mais de 0,7% do PIB...
  • D ... e pode-se mesmo dizer que cresceu espetacularmente...
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Para Maria da Graça
Paulo Mendes Campos
Agora, que chegaste à idade avançada de 15 anos, Maria da Graça, eu te dou este livro: Alice no País das Maravilhas.
Este livro é doido, Maria. Isto é: o sentido dele está em ti.
Escuta: se não descobrires um sentido na loucura, acabarás louca. Aprende, pois, logo de saída para a grande vida, a ler este livro como um simples manual do sentido evidente de todas as coisas, inclusive as loucas. Aprende isso a teu modo, pois te dou apenas umas poucas chaves entre milhares que abrem as portas da realidade.
A realidade, Maria, é louca.
Nem o Papa, ninguém no mundo, pode responder sem pestanejar à pergunta que Alice faz à gatinha: "Fala a verdade Dinah, já comeste um morcego?"
Não te espantes quando o mundo amanhecer irreconhecível. Para melhor ou pior, isso acontece muitas vezes por ano. "Quem sou eu no mundo?" Essa indagação perplexa é lugar-comum de cada história de gente. Quantas vezes mais decifrares essa charada, tão entranhada em ti mesma como os teus ossos, mais forte ficarás. Não importa qual seja a resposta; o importante é dar ou inventar uma resposta. Ainda que seja mentira.
A sozinhez (esquece essa palavra que inventei agora sem querer) é inevitável. Foi o que Alice falou no fundo do poço: "Estou tão cansada de estar aqui sozinha!" O importante é que ela conseguiu sair de lá, abrindo a porta. A porta do poço! Só as criaturas humanas (nem mesmo os grandes macacos e os cães amestrados) conseguem abrir uma porta bem fechada ou viceversa, isto é, fechar uma porta bem aberta.
Somos todos tão bobos, Maria. Praticamos uma ação trivial, e temos a presunção petulante de esperar dela grandes consequências. Quando Alice comeu o bolo e não cresceu de tamanho, ficou no maior dos espantos. Apesar de ser isso o que acontece, geralmente, às pessoas que comem bolo.
Maria, há uma sabedoria social ou de bolso; nem toda sabedoria tem de ser grave.
A gente vive errando em relação ao próximo e o jeito é pedir desculpas sete vezes por dia, pois viver é falar de corda em casa de enforcado. Por isso te digo, para tua sabedoria de bolso: se gostas de gato, experimenta o ponto de vista do rato. Foi o que o rato perguntou à Alice: "Gostarias de gato se fosses eu?"
Os homens vivem apostando corrida, Maria. Nos escritórios, nos negócios, na política, nacional e internacional, nos clubes, nos bares, nas artes, na literatura, até amigos, até irmãos, até marido e mulher, até namorados, todos vivem apostando corrida. São competições tão confusas, tão cheias de truques, tão desnecessárias, tão fingindo que não é, tão ridículas muitas vezes, por caminhos tão escondidos, que, quando os atletas chegam exaustos a um ponto, costumam perguntar: "A corrida terminou! Mas quem ganhou?" É bobice, Maria da Graça, disputar uma corrida se a gente não irá saber quem venceu. Se tiveres de ir a algum lugar, não te preocupe a vaidade fatigante de ser a primeira a chegar. Se chegares sempre onde quiseres, ganhaste. [...]

Adaptado de: https://contobrasileiro.com.br/tag/cronica-de-paulomendes-campos/ Acesso em: 04/02/2020.
Assinale a alternativa que analisa corretamente a função sintática de “Dinah” no trecho “Fala a verdade Dinah, já comeste um morcego?”.
  • A Sujeito que pratica a ação de falar.
  • B Vocativo para quem o discurso é dirigido.
  • C Sujeito que pratica a ação de comer.
  • D Palavra que complementa o sentido do verbo “falar”, completando seu sentido.
  • E Palavra que complementa o sentido do nome “verdade”.
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Para Maria da Graça
Paulo Mendes Campos
Agora, que chegaste à idade avançada de 15 anos, Maria da Graça, eu te dou este livro: Alice no País das Maravilhas.
Este livro é doido, Maria. Isto é: o sentido dele está em ti.
Escuta: se não descobrires um sentido na loucura, acabarás louca. Aprende, pois, logo de saída para a grande vida, a ler este livro como um simples manual do sentido evidente de todas as coisas, inclusive as loucas. Aprende isso a teu modo, pois te dou apenas umas poucas chaves entre milhares que abrem as portas da realidade.
A realidade, Maria, é louca.
Nem o Papa, ninguém no mundo, pode responder sem pestanejar à pergunta que Alice faz à gatinha: "Fala a verdade Dinah, já comeste um morcego?"
Não te espantes quando o mundo amanhecer irreconhecível. Para melhor ou pior, isso acontece muitas vezes por ano. "Quem sou eu no mundo?" Essa indagação perplexa é lugar-comum de cada história de gente. Quantas vezes mais decifrares essa charada, tão entranhada em ti mesma como os teus ossos, mais forte ficarás. Não importa qual seja a resposta; o importante é dar ou inventar uma resposta. Ainda que seja mentira.
A sozinhez (esquece essa palavra que inventei agora sem querer) é inevitável. Foi o que Alice falou no fundo do poço: "Estou tão cansada de estar aqui sozinha!" O importante é que ela conseguiu sair de lá, abrindo a porta. A porta do poço! Só as criaturas humanas (nem mesmo os grandes macacos e os cães amestrados) conseguem abrir uma porta bem fechada ou viceversa, isto é, fechar uma porta bem aberta.
Somos todos tão bobos, Maria. Praticamos uma ação trivial, e temos a presunção petulante de esperar dela grandes consequências. Quando Alice comeu o bolo e não cresceu de tamanho, ficou no maior dos espantos. Apesar de ser isso o que acontece, geralmente, às pessoas que comem bolo.
Maria, há uma sabedoria social ou de bolso; nem toda sabedoria tem de ser grave.
A gente vive errando em relação ao próximo e o jeito é pedir desculpas sete vezes por dia, pois viver é falar de corda em casa de enforcado. Por isso te digo, para tua sabedoria de bolso: se gostas de gato, experimenta o ponto de vista do rato. Foi o que o rato perguntou à Alice: "Gostarias de gato se fosses eu?"
Os homens vivem apostando corrida, Maria. Nos escritórios, nos negócios, na política, nacional e internacional, nos clubes, nos bares, nas artes, na literatura, até amigos, até irmãos, até marido e mulher, até namorados, todos vivem apostando corrida. São competições tão confusas, tão cheias de truques, tão desnecessárias, tão fingindo que não é, tão ridículas muitas vezes, por caminhos tão escondidos, que, quando os atletas chegam exaustos a um ponto, costumam perguntar: "A corrida terminou! Mas quem ganhou?" É bobice, Maria da Graça, disputar uma corrida se a gente não irá saber quem venceu. Se tiveres de ir a algum lugar, não te preocupe a vaidade fatigante de ser a primeira a chegar. Se chegares sempre onde quiseres, ganhaste. [...]

Adaptado de: https://contobrasileiro.com.br/tag/cronica-de-paulomendes-campos/ Acesso em: 04/02/2020.

Sobre a formação e a função da palavra em destaque no trecho “A sozinhez (esquece essa palavra que inventei agora sem querer) é inevitável.”, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a alternativa com a sequência correta.
( ) O sufixo -ez permite que seja nomeada uma qualidade, a partir do adjetivo “sozinho”, assim como ocorre em “polidez”.

 ( ) A criação do vocábulo é inadequada, visto que já existe o adjetivo “solidão” para caracterizar pessoas solitárias. 

( ) O sufixo -ez indica origem, significando aquele que vem de um local solitário, tal como ocorre em “francês”.

  • A F – F – V.
  • B V – V – F.
  • C V – F – F.
  • D V – V – V.
  • E F – F – F.

Atualidades

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A partir da análise dos dados sobre as taxas de ocupação de cargos gerenciais e de subutilização do trabalho no ano de 2018, é correto afirmar:

  • A Brancos, pretos e pardos são igualmente afetados quando se consideram as taxas de subutilização devido aos efeitos da crise econômica do Brasil.
  • B Cargos gerenciais têm taxa de ocupação por brancos de aproximadamente 150% em relação aos mesmos cargos ocupados por pretos e pardos.
  • C Pretos ou pardos apresentam menor qualificação profissional, por isso tem presença menor em cargos que demandam conhecimentos superiores.
  • D Taxas semelhantes na ocupação de cargos gerenciais e de subutilização revelam tratamento igual para pretos e pardos nas duas situações.
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Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas


Os dados divulgados pelo IBGE em novembro de 2019 informam sobre a escolaridade de pretos e pardos comparados a de brancos.


Dessa forma, os dados apontam que

  • A as diferenças refletem a representatividade desses grupos dentro da sociedade, considerando até as mortes precoces que afetam pretos e pardos.
  • B as populações brancas revelam pouca variação de abandono escolar se comparadas a pretos e pardos, mantendo equilíbrio entre os seis e 24 anos de idade.
  • C estatisticamente pretos e pardos têm menor tendência a concluir a formação nos níveis mais elevados de escolarização.
  • D os valores apresentados, quando analisados a partir da média ponderada, permitem afirmar que o país atinge as metas educacionais governamentais.
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Uma infestação alta de mosquitos e a presença de um vírus diferente em um local onde a população não tem imunidade são a combinação perfeita para a epidemia.

O TEMPO, 21 nov. 2019. p. 22.


O trecho anterior é o depoimento de um médico, diretor da Sociedade Mineira de Infectologia, para explicar o quadro de epidemia de dengue que o estado de Minas Gerais viveu em 2019.


De acordo com esse depoimento, o quadro epidêmico pode ser explicado

  • A pela grande infestação de mosquitos, para a qual o estado não possui recursos suficientes de combate e controle.
  • B pela não vacinação da população em postos de saúde, aliada à grande infestação de mosquitos, favorecendo a proliferação da dengue em Minas.
  • C Porque, além de uma grande infestação de mosquitos, pode haver a presença de um tipo de vírus diferente do que já circulava no estado.
  • D porque o descuido da população com a limpeza provocou a grande infestação de mosquitos, o que ocasionou a crise epidêmica de 2019.
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A Black Friday, que tem se tornado um evento comum para os brasileiros, constitui-se como um(a)

  • A alternativa de compras a baixo custo oferecida pelos lojistas mineiros para driblar a crise econômica.
  • B competição estabelecida entre vários lojistas para estimular vendas por preços abaixo do custo.
  • C dia em que lojistas baixam os preços de seus produtos, para estimular vendas, provocando corrida às lojas.
  • D liquidação total de estoques dos lojistas para abrir a temporada de compras para o Natal e festas de fim de ano.
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Analise o gráfico a seguir.


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Esse gráfico apresenta a tendência ao crescimento do trabalho informal no Brasil. Trabalhador informal é

  • A quem trabalha sem carteira assinada e, portanto, sem a proteção dos direitos trabalhistas.
  • B Pessoa que, em função da natureza do ofício, trabalha em casa, não precisando de um escritório.
  • C profissional autônomo que presta serviços na condição de microempreendedor individual.
  • D indivíduo que, por causa do desemprego, aceita um emprego que exige qualificação inferior ao seu nível de formação.
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O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens [...] Levantamento do Centro de Referência da Saúde do homem revela que 60% dos pacientes do sexo masculino só procuram tratamento quando a doença está em estágio avançado.
Novembro azul desperta mais atenção para prevenir tumor. O Tempo, 9 nov. 2019, p. 18.

Sobre o câncer de próstata e tendo em vista esse trecho da reportagem, é correto afirmar:

  • A A maioria dos pacientes busca tratamento quando a doença está instalada, revelando algum descuido em relação à prevenção.
  • B O câncer de próstata é o que mais mata homens por questões culturais, pois eles se recusam a se submeter ao exame de toque.
  • C 0% dos homens desenvolvem o câncer de próstata porque buscam tratamento quando a doença já está em estado avançado.
  • D Sendo essa doença de manifestação silenciosa, a maioria dos homens não tem como identificar alertas que os leve a buscar tratamento.
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O Brasil deve ganhar em breve um banco de células-tronco induzidas que cobrirá as necessidades de 90% da população do país. [...]


Pesquisadores criam banco de células-tronco.

O Tempo, 9 nov. 2019, p. 19.


Células-tronco são

  • A células que precisam ser produzidas por material genético do próprio paciente, pois somente assim é possível garantir compatibilidade.
  • B células retiradas de indivíduos adultos que, manipuladas geneticamente, podem se transformar em qualquer tecido do corpo humano.
  • C materiais genéticos procedentes exclusivamente do cordão umbilical, já que o sangue do recém-nascido não teve contato com nenhuma doença.
  • D materiais genéticos que, pelo seu poder de regeneração, se adaptam a qualquer ambiente, podendo ser procedentes de qualquer doador.
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O número de matrículas de estudantes negros e pardos nas universidades e faculdades públicas no Brasil ultrapassou, pela primeira vez, o de brancos. Em 2018, esse grupo passou a representar 50,3% dos estudantes do ensino superior da rede pública, segundo a pesquisa Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil, publicada nesta quarta-feira (13/10/19) pelo IBGE. Embora representem hoje mais da metade dos estudantes nas universidades federais, esse grupo ainda permanece sub-representado [...]
Disponível em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2019/11/13/ politica/1573643039_261472.html>. Acesso em: 14 nov. 2019.

Os dados da pesquisa do IBGE revelam que a

  • A existência de uma política de redução da população branca permite à população negra e parda, estável, ocupar vagas ociosas no ensino público superior.
  • B miscigenação racial no Brasil favorece a ascensão econômica da população negra e parda, levando-a a ocupar as universidades públicas brasileira.
  • C população negra e parda do Brasil representa mais da metade da população total – 55,8% de acordo com o IBGE – por isso ela ainda está sub-representada.
  • D taxa de 50,3% de negros e pardos nas universidades públicas brasileiras revela a não existência de desigualdades sociais e raciais em seu interior.
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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) instalou na última quarta-feira (30 de outubro de 2019) a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva Cervejeira. [...] Até então, o Mapa tinha duas câmaras exclusivas para bebidas: a da Viticultura, Vinhos e Derivados e a da Cachaça. [...]

Mapa instala Câmara Setorial da Cadeia Produtiva Cervejeira. O Tempo, 2 nov. 2019, p. 12.

A criação de uma câmara setorial exclusiva para o setor cervejeiro pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento está relacionada à(ao)

  • A definição da cerveja como um elemento da cadeia alimentar.
  • B proteção do produtor artesanal frente às grandes empresas cervejeiras.
  • C controle da produção de cerveja artesanal, devido à presença de riscos alimentares.
  • D fato de o Brasil ser o terceiro maior produtor de cerveja no mundo.
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Enquanto 12,6 milhões de pessoas procuram emprego no país, 160 mil postos de trabalho na área de tecnologia da informação não possuem profissionais para ocupá-los em 2019 [...]. O estudo mostra que 75% das empresas têm dificuldade para recrutar profissionais de TI. [...] ”Temos tecnologias novas todos os dias. São poucos os candidatos que conseguem acompanhar esse movimento. [...] Mas a faculdade forma 30 pessoas por ano, e a gente tem uma única empresa com cem vagas por mês”, diz (a consultora sênior da empresa Michael Page).

O TEMPO. Sobram vagas para desenvolvedores de software.

3 nov. 2019, p. 10.


De acordo com o texto, há dificuldades por parte de empresas em contratar profissionais de Tecnologia da Informação (TI) porque

  • A as empresas exigem formação de nível superior em TI, e as faculdades, apegadas ao tradicionalismo pedagógico, não conseguem ampliar vagas para formação desses profissionais.
  • B o surgimento de tecnologias novas todos os dias é o fator que leva à rejeição das pessoas de ingressarem na área de TI, pois isso tende a demandar delas estudo constante.
  • C os profissionais de TI, por serem muito especializados, permanecem por longos períodos em seus postos de trabalho, causando estagnação na área.
  • D um número sensível de vagas ofertadas na área de TI não encontra, entre pessoas que buscam emprego, profissionais habilitados para ocupá-las.

Física

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Na Física, aprendemos a medir e comparar grandezas. Para muitas medidas com escalas graduadas, é desejável estimar uma fração da menor de suas divisões. Imagine a seguinte situação: você realiza a medida de um objeto com uma régua milimetrada e o resultado é um número não inteiro de divisões. Qual equipamento de medição você utilizará para a determinação da parte fracionária?

  • A Trena.
  • B Paquímetro.
  • C Micrômetro.
  • D Régua.
  • E Fita métrica.
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Para expressar as grandezas muito grandes ou muito pequenas frequentemente encontrada na Física, usa-se a notação científica, que emprega potência de 10. Sendo assim, essa notação 9.560.000.000 m é representada por:

  • A 9,56 x 10-9 m.
  • B 9 x 109 m.
  • C 9,56 x 109 m.
  • D 9 x 10-9 m.
  • E 9,56 x 10-6 .
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A água possui uma propriedade básica chamada calor específico , que é fundamental para termorregulação dos seres vivos. O calor específico da água é o mais alto entre os solventes. A quantidade de caloria necessária para elevar 1 grama de água em 1 grau centígrado é de:

  • A 1 caloria
  • B 2 calorias
  • C 3 calorias
  • D 4 calorias
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O Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foram acionados para prestar socorro às vítimas de um grave acidente de trânsito. Para chegar ao local do acidente, os dois veículos percorreram caminhos diferentes. Contudo, ambos saíram de seu local de origem no mesmo instante de tempo. O carro do corpo de bombeiros partiu da cidade A com uma velocidade constante de 40 km/h (quilômetros por hora) por 30 minutos. Em seguida, o carro do Corpo de Bombeiros ficou parado na pista por um período de 20 minutos devido à presença de um obstáculo na mesma. Após a liberação da pista, o carro do Corpo de Bombeiros continuou a sua trajetória com velocidade constante de 60 km/h (quilômetros por hora) por 40 minutos até chegar ao local do acidente. Já o carro do SAMU partiu da cidade B e percorreu uma distância de 60 km (quilômetros) com uma velocidade constante de 50 km/h (quilômetros por hora) para chegar ao local do acidente. Analise as afirmativas abaixo.
I. Para chegar ao local do acidente, o carro do Corpo de Bombeiros percorreu 20 km (quilômetros) a menos que o carro do SAMU. II. O SAMU chegou ao local do acidente 18 minutos antes do Corpo de Bombeiros. III. O carro do Corpo de Bombeiros percorreu uma distância de 60 km (quilômetros) até chegar ao local do acidente.
Assinale a alternativa correta.
  • A Apenas as afirmativas I e II estão corretas
  • B Apenas as afirmativas II e III estão corretas
  • C As afirmativas I, II e III estão corretas
  • D Apenas as afirmativas I e III estão corretas
  • E Apenas a afirmativa III está correta
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O consumo de energia elétrica de uma residência pode ser estimado considerando as principais fontes desse consumo. A tabela a seguir apresenta a potência elétrica e o tempo de funcionamento diário dos principais aparelhos presentes em uma casa onde moram quatro pessoas. O valor total da tarifa mensal é dividido igualmente entre os moradores da residência. Supondo que o custo de 1kWh (quilowatt-hora) é R$ 0,50 e que um mês tenha 30 dias, assinale a alternativa que apresenta o valor aproximado pago mensalmente por cada morador.
Aparelho Potência (W) Tempo de uso diário (h) Chuveiro 5500 1 Geladeira 500 24 TV 80 1 Ferro 1000 0,5 Ar condicionado 900 4
  • A R$ 75,00
  • B R$ 81,00
  • C R$ 66,00
  • D R$ 92,00
  • E R$ 53,00
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Transferência de calor é um processo de transferência de energia que ocorre quando dois corpos possuem temperaturas diferentes, tendendo ao equilíbrio térmico, ou seja, a troca de energia térmica ocorre enquanto existir a diferença de temperatura. A transferência de calor pode ocorrer de três formas: condução, convecção e radiação. Assinale a alternativa correta quanto aos mecanismos envolvidos nos processos de propagação de calor.
  • A A convecção é o processo de transferência de calor que proporciona o efeito das brisas marítimas e terrestres
  • B A condução térmica ocorre somente em meios líquidos
  • C O processo de irradiação térmica ocorre somente no vácuo
  • D Calor é a transferência de energia térmica em movimento e é apenas transmitido por meios materiais
  • E A convecção é o único mecanismo de transferência de calor que ocorre no vácuo
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Quatro resistores ôhmicos iguais estão ligados em paralelo entre si e esse conjunto em paralelo com uma fonte de alimentação ideal que fornece ao circuito uma diferença de potencial de 10 volts. Sabendo-se que a intensidade de corrente elétrica em cada resistor é de 1,0 ampère, qual o valor da potência total consumida no circuito?

  • A 1,0 W
  • B 4,0 W
  • C 10,0 W
  • D 40,0 W
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A Dinâmica é uma parte da Física que estuda os movimentos e as causas que os produzem ou os modificam. Um dos tópicos iniciais do estudo da Dinâmica está relacionado com as definições de peso e de massa. Dentre as alternativas a seguir, assinale aquela que está corretamente descrita.

  • A O peso e a massa são grandezas vetoriais.
  • B A massa de um corpo é a força com que a Terra o atrai.
  • C No topo de uma montanha um corpo pesará menos que este mesmo corpo ao nível do mar.
  • D Caso fosse utilizado um dinâmometro para determinar o peso do mesmo corpo, na Terra e na Lua, os valores medidos seriam os mesmos.
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Um corpo de massa m está apoiado sobre um plano inclinado, que forma um ângulo de 30º em relação à horizontal, conforme a figura a seguir. O valor do coeficiente de atrito estático que garante a condição de iminência de movimento desse corpo é?
Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

  • A 1/2.
  • B √2/2
  • C √3/2
  • D √3/3.
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Uma bússola é colocada em uma região na qual foi estabelecido um campo magnético uniforme. A agulha magnética dessa bússola tende a orientar-se e permanecer ______ às linhas de indução do campo magnético uniforme.

  • A paralela
  • B perpendicular
  • C em um ângulo de 45º
  • D em um ângulo de 60º