Sobre o regime constitucional atribuído à polícia civil e aos policiais civis, é CORRETO afirmar:
O Poder Legislativo do Município é exercido
A Constituição Federal de 1988 elencou vários princípios processuais penais, porém, no contexto de funcionamento integrado e complementar das garantias processuais penais, não se pode perder de vista que os Tratados Internacionais de Direitos Humanos firmados pelo Brasil também incluíram diversas garantias ao modelo processual penal brasileiro. Nessa ordem, a Convenção Americana sobre Direitos Humanos (CADH - Pacto de São José da Costa Rica) prevê diversos direitos relacionados à tutela da liberdade pessoal (Decreto 678/92, art. 7°), além de inúmeras garantias judiciais (Decreto 678/92, art. 8°).
Diante do enunciado, é CORRETO afirmar:
A Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 1988, também chamada de “Constituição Cidadã”, elenca no Capítulo I, do Título II, os direitos e deveres individuais e coletivos.
Das opções abaixo, assinale a que é INVERÍDICA.
Nossa Constituição Federal, ao dispor sobre a “Organização dos Poderes”, trata, no Capítulo IV, das funções essenciais à Justiça: o Ministério Público, a Advocacia Pública e a Defensoria Pública.
Quanto ao Ministério Público, a única opção que está em conformidade com nossa Carta Magna é:
Foram disposições acrescentadas no art. 5º da Constituição Federal de 1988, por meio da Emenda Constitucional n. 45, de 2004, EXCETO:
A partir de julgamentos de mandados de injunção coletivos, em 2007, entre eles o MI 708, o Supremo Tribunal Federal alterou seu entendimento acerca dos efeitos e da abrangência da decisão. Corresponde a essa mudança:
É imunidade extensível aos vereadores:
A competência para a explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado é do
É da competência exclusiva do Congresso Nacional, que independe da sanção do Presidente da República:
A Emenda Constitucional n. 80, de 4 de junho de 2014, foi responsável por alterar dispositivos do Capítulo IV - Das Funções Essenciais à Justiça, do Título IV - Da Organização dos Poderes. Em relação à Defensoria Pública, esta emenda
Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal proferido em Ação Direta de Inconstitucionalidade julgada em 2017, no que tange a ações penais ajuizadas em face de Governador de Estado, é CORRETO afirmar:
Segundo precedentes do Supremo Tribunal Federal, a comprovação da relação de pertinência temática em ação direta de inconstitucionalidade e ação declaratória de constitucionalidade NÃO é exigida para
João, candidato ao cargo de Delegado de Polícia do Estado de Minas Gerais, inconformado com sua reprovação no certame, impetrou ação mandamental argumentando a existência de ilegalidade decorrente da formulação de questões com base em legislação não prevista no edital. Sobre o caso, NÃO é correto afirmar:
O seguinte agente NÃO pode ser considerado autoridade coatora em sede de mandado de segurança:
O direito individual de petição garantido pela Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 OBRIGA as pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público?
O procedimento da ação constitucional de mandado de segurança ADMITE que, em seu âmbito, seja realizado controle de constitucionalidade?
A norma que prevê o princípio constitucional da dignidade da pessoa humana pode ser corretamente definida como
Considerando a pretensão de uma pessoa jurídica da Administração Pública de exigir direito previsto em norma constitucional dependente de regulamentação legal, seria CORRETO afirmar que
O Direito Penal Militar consagra, no Código Penal Militar, o Princípio da Reserva Legal como um dos direitos individuais fundamentais. São princípios decorrentes deste:
Em relação aos crimes tentados no Direito Penal Militar, é CORRETO afirmar:
No estado de necessidade, a legislação castrense estabelece:
Teodoro é policial militar e deveria retornar de férias no dia 25 de janeiro, às 22h. Contudo, o policial não compareceu ao serviço. Em relação à suposta deserção do policial, assinale a alternativa CORRETA:
O CPM prevê, dentre outras, as seguintes penas acessórias, marque a alternativa CORRETA.
Ocorre crase quando há a fusão da preposição “a” com o artigo definido feminino “a” ou entre a preposição “a” e o pronome demonstrativo “aquele” (e variações).
INDIQUE a alternativa que apresenta uso FACULTATIVO da crase.
Regência Nominal é a relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse nome.
INDIQUE a alternativa que apresenta Regência Nominal INCORRETA.
Seja feliz, tome remédios
Frei Betto 21/10/2017 - 06h00
A felicidade é um produto engarrafado que se adquire no supermercado da esquina? É o que sugere o neoliberalismo, criticado pelo clássico romance de Aldous Huxley, “Admirável Mundo Novo” (1932). A narrativa propõe construir uma sociedade saudável através da ingestão de medicamentos.
Aos deprimidos se distribui um narcótico intitulado “soma”, de modo a superarem seus sofrimentos e alcançar a felicidade pelo controle de suas emoções. Assim, a sociedade não estaria ameaçada por gente como o atirador de Las Vegas.
Huxley declarou mais tarde que a realidade havia confirmado muito de sua ficção. De fato, hoje a nossa subjetividade é controlada por medicamentos. São ingeridos comprimidos para dormir, acordar, ir ao banheiro, abrir o apetite, estimular o cérebro, fazer funcionar melhor as glândulas, reduzir o colesterol, emagrecer, adquirir vitalidade, obter energia etc. O que explica encontrar uma farmácia em cada esquina e, quase sempre, repleta de consumidores.
O neoliberalismo rechaça a nossa condição de seres pensantes e cidadãos. Seu paradigma se resume na sociedade consumista. A felicidade, adverte o sistema, consiste em comprar, comprar, comprar. Fora do mercado não há salvação. E dentro dele feliz é quem sabe empreender com sucesso, manter-se perenemente jovem, brilhar aos olhos alheios. A receita está prescrita nos livros de autoajuda que encabeçam a lista da biblioterapia.
Se você não corresponde ao figurino neoliberal é porque sofre de algum transtorno. As doenças estão em moda. Respiramos a cultura da medicalização. Não nos perguntamos por que há tantas enfermidades e enfermos. Esta indagação não convém à indústria farmacêutica nem ao sistema cujo objetivo primordial é a apropriação privada da riqueza.
Estão em moda a síndrome de pânico e o transtorno bipolar. Já em 1985, Freud havia diagnosticado a síndrome de pânico sob o nome de neurose de angústia. O transtorno bipolar era conhecido como psicose maníaco-depressiva. Muitas pessoas sofrem, de fato, dessas enfermidades, e precisam ser tratadas e medicadas. Há profissionais que se sentem afetados por elas devido à cultura excessivamente competitiva e à exigência de demonstrar altíssimos rendimentos no trabalho segundo os atléticos parâmetros do mercado.
Em relação às crianças se constata o aumento do Transtorno por Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Ora, é preciso cuidado no diagnóstico. Hiperatividade e impulsividade são características da infância, às vezes rebaixadas à categoria de transtorno neurobiológico, de desordem do cérebro. Submeta seu filho a um diagnóstico precoce.
Quando um suposto diagnóstico científico arvora-se em quantificar nosso grau de tristeza e frustração, de hiperatividade e alegria, é sinal de que não somos nós os doentes, e sim a sociedade que, submissa ao paradigma do mercado, pretende reduzir todos nós a meros objetos mecânicos, cujos funcionamentos podem ser decompostos em suas diferenças peças facilmente azeitadas por quilos de medicamentos.
(Carlos Alberto Libânio Christo, ou Frei Betto, é um frade dominicano e escritor brasileiro. Disponível em http://hojeemdia.com.br/opini%C3%A3o/colunas/frei-betto-1.334186/seja-feliztome-rem%C3%A9dios-1.568235. Acesso em 10/04/18).
Atente para o excerto e as afirmações sobre ele:
“Esta indagação não convém à indústria farmacêutica nem ao sistema cujo objetivo primordial é a apropriação privada da riqueza.”
Avalie as afirmativas sobre a oração sublinhada:
I. A oração sublinhada é subordinada e tem função adjetiva.
II. Ela exprime uma generalização em relação ao antecedente - “sistema”.
III. O pronome que introduz a oração indica ideia de posse.
Estão CORRETAS as afirmativas:
O valor da fofoca
Walcyr Carrasco
Dos aspectos negativos da fofoca, todos sabemos. Em Os miseráveis, Victor Hugo conta a história de Fantine, que se torna prostituta. Quem só viu o filme ou só assistiu ao musical não sabe muito bem como ela vai para as ruas. O livro conta: fofoca! Fantine é operária. Mas tem uma filha, sendo solteira, em época de moral rígida. Paga uma família para cuidar da menina, Cosette. Mas não sabe ler. Para enviar os pagamentos e pedir notícias, usa os trabalhos de um homem, que escreve e envia o dinheiro. As amigas desconfiam. Especulam. O homem não conta, mas uma consegue ver o endereço numa carta. E se dá ao trabalho de ir até o local onde vive Cosette. Volta com a história completa e conta às amigas. A história chega à direção da fábrica e Fantine é demitida por ser mãe solteira. Vende os dentes, os cabelos, torna-se prostituta, morre no hospital. Jean Valjean, que se esconde da polícia, era o dono da fábrica. Culpa-se pela insensibilidade, busca Cosette e a cria. Mas a questão é que a pobre Fantine teve de vender os dentes e se prostituir devido à avidez da fofoca. Hoje, em tempos menos rígidos, a intimidade de uma pessoa, confidenciada entre lágrimas, pode virar piada no próximo jantar de amigos. Ou seja: longe de mim defender a fofoca em si. Mas ela tem seu valor, psicológico e criativo.
Simples. A fofoca é uma forma de criar.
Sempre digo que as pessoas têm tanta necessidade de ficção na vida como do ar que respiram. Por isso precisam ler romances, assistir a filmes, novelas. Até mesmo conferir revistas sobre celebridades, uma forma de exercitar a imaginação, já que a vida real é muito mais árdua do que aparece nas reportagens. Criar também faz parte da natureza humana. Alguns se contentam botando posts no Instagram, inventando uma vida que não têm, com a taça de vinho emprestada de alguém, num hotel onde não se hospedaram. Outras preferem criar sobre a vida alheia. Aquela mulher que conta à outra sobre uma terceira, colega de escritório.
– Sabe que ela está saindo com um rapaz 20 anos mais jovem? E sustenta!
Pode ser verdade. Ou ela apenas viu a moça com o sobrinho, saindo do trabalho. O resto, inventou. Nem todo mundo é escritor, mas todo mundo pode criar ficção. Eu mesmo aprendi muito com a fofoca. Morava em um prédio onde vivia uma mulher já madura. De dia, recebia um, que a sustentava, dava carro, conforto material. De noite, recebia outro, que amava. Era a fofoca do prédio.
Acontece que era feia. Garanto, feia de verdade. Os dois senhores, pavorosos. Aliás, o que ela amava, um velho bem mais feio que o outro, o rico. Eu, que tinha certo preconceito estético, aprendi que beleza não é o mais importante. Havia amor, dinheiro e paixão naquela história de pessoas maduras. A fofoca me fez entender mais da vida. Em outra época, soube que o filho da vizinha não era filho, mas neto. Filho da moça que considerava irmã, mãe solteira. Toda a vila onde morava sabia, menos o menino. Isso me fez entender mais sobre os pais, que são capazes de acolher, dar solidariedade num momento difícil. Suponho que o garoto deve ter levado um susto quando soube. Mas é outra história.
Minha mãe, quando eu era criança, tinha um bazar. Pequeno, típico de interior, em Marília. Era o centro de informações sobre a vida alheia do bairro. Todas as mulheres passavam, comentavam. Eu tentava ouvir. Mamãe me punha para fora quando a história era mais pesada. Isso me ajudou a desenvolver um certo talento. Quando fiz faculdade de jornalismo, e mais tarde trabalhei no ramo, era ótimo com as perguntas ao entrevistar. Destemido. Fiz sucesso com colunas, jornalismo comportamental. Isso me ajuda até hoje. Quando vou construir uma história, falo com pessoas, converso. Extraio segredos. Conto por meio dos personagens. Vejam que ligação bonita saber da vida alheia tem com o ato de criar.
O que é uma grande biografia, a não ser a vida de alguém? Uma fofoca autenticada, impressa e aplaudida pela crítica?
Há um porém: a fofoca, mesmo real, passa pelo crivo de quem conta. Pelo meu, pelo seu, pelo nosso olhar. É a velha história – alguém me oferece meio copo de suco de laranja e posso dizer.
– Adorei, ganhei meio copo de suco refrescante.
– Odiei, imagine, me dar só meio copo? Era resto!
Quando ouvir uma fofoca, abra as orelhas. O que alguém diz sobre o outro revela mais sobre quem fala do que sobre o alvo em questão. Uma fofoca, como todo ato de criação, tira a máscara do criador.
Disponível em: https://epoca.globo.com/sociedade/walcyr-carrasco/noticia/2017/10/o-valor-da-fofoca.html. Acesso em: 08 maio 2018.
A posição do pronome oblíquo é facultativa em:
Sobre os itens lexicais destacados no fragmento, estão corretas as afirmativas, EXCETO:
O valor da fofoca
Walcyr Carrasco
Dos aspectos negativos da fofoca, todos sabemos. Em Os miseráveis, Victor Hugo conta a história de Fantine, que se torna prostituta. Quem só viu o filme ou só assistiu ao musical não sabe muito bem como ela vai para as ruas. O livro conta: fofoca! Fantine é operária. Mas tem uma filha, sendo solteira, em época de moral rígida. Paga uma família para cuidar da menina, Cosette. Mas não sabe ler. Para enviar os pagamentos e pedir notícias, usa os trabalhos de um homem, que escreve e envia o dinheiro. As amigas desconfiam. Especulam. O homem não conta, mas uma consegue ver o endereço numa carta. E se dá ao trabalho de ir até o local onde vive Cosette. Volta com a história completa e conta às amigas. A história chega à direção da fábrica e Fantine é demitida por ser mãe solteira. Vende os dentes, os cabelos, torna-se prostituta, morre no hospital. Jean Valjean, que se esconde da polícia, era o dono da fábrica. Culpa-se pela insensibilidade, busca Cosette e a cria. Mas a questão é que a pobre Fantine teve de vender os dentes e se prostituir devido à avidez da fofoca. Hoje, em tempos menos rígidos, a intimidade de uma pessoa, confidenciada entre lágrimas, pode virar piada no próximo jantar de amigos. Ou seja: longe de mim defender a fofoca em si. Mas ela tem seu valor, psicológico e criativo.
Simples. A fofoca é uma forma de criar.
Sempre digo que as pessoas têm tanta necessidade de ficção na vida como do ar que respiram. Por isso precisam ler romances, assistir a filmes, novelas. Até mesmo conferir revistas sobre celebridades, uma forma de exercitar a imaginação, já que a vida real é muito mais árdua do que aparece nas reportagens. Criar também faz parte da natureza humana. Alguns se contentam botando posts no Instagram, inventando uma vida que não têm, com a taça de vinho emprestada de alguém, num hotel onde não se hospedaram. Outras preferem criar sobre a vida alheia. Aquela mulher que conta à outra sobre uma terceira, colega de escritório.
– Sabe que ela está saindo com um rapaz 20 anos mais jovem? E sustenta!
Pode ser verdade. Ou ela apenas viu a moça com o sobrinho, saindo do trabalho. O resto, inventou. Nem todo mundo é escritor, mas todo mundo pode criar ficção. Eu mesmo aprendi muito com a fofoca. Morava em um prédio onde vivia uma mulher já madura. De dia, recebia um, que a sustentava, dava carro, conforto material. De noite, recebia outro, que amava. Era a fofoca do prédio.
Acontece que era feia. Garanto, feia de verdade. Os dois senhores, pavorosos. Aliás, o que ela amava, um velho bem mais feio que o outro, o rico. Eu, que tinha certo preconceito estético, aprendi que beleza não é o mais importante. Havia amor, dinheiro e paixão naquela história de pessoas maduras. A fofoca me fez entender mais da vida. Em outra época, soube que o filho da vizinha não era filho, mas neto. Filho da moça que considerava irmã, mãe solteira. Toda a vila onde morava sabia, menos o menino. Isso me fez entender mais sobre os pais, que são capazes de acolher, dar solidariedade num momento difícil. Suponho que o garoto deve ter levado um susto quando soube. Mas é outra história.
Minha mãe, quando eu era criança, tinha um bazar. Pequeno, típico de interior, em Marília. Era o centro de informações sobre a vida alheia do bairro. Todas as mulheres passavam, comentavam. Eu tentava ouvir. Mamãe me punha para fora quando a história era mais pesada. Isso me ajudou a desenvolver um certo talento. Quando fiz faculdade de jornalismo, e mais tarde trabalhei no ramo, era ótimo com as perguntas ao entrevistar. Destemido. Fiz sucesso com colunas, jornalismo comportamental. Isso me ajuda até hoje. Quando vou construir uma história, falo com pessoas, converso. Extraio segredos. Conto por meio dos personagens. Vejam que ligação bonita saber da vida alheia tem com o ato de criar.
O que é uma grande biografia, a não ser a vida de alguém? Uma fofoca autenticada, impressa e aplaudida pela crítica?
Há um porém: a fofoca, mesmo real, passa pelo crivo de quem conta. Pelo meu, pelo seu, pelo nosso olhar. É a velha história – alguém me oferece meio copo de suco de laranja e posso dizer.
– Adorei, ganhei meio copo de suco refrescante.
– Odiei, imagine, me dar só meio copo? Era resto!
Quando ouvir uma fofoca, abra as orelhas. O que alguém diz sobre o outro revela mais sobre quem fala do que sobre o alvo em questão. Uma fofoca, como todo ato de criação, tira a máscara do criador.
Disponível em: https://epoca.globo.com/sociedade/walcyr-carrasco/noticia/2017/10/o-valor-da-fofoca.html. Acesso em: 08 maio 2018.
A divisão silábica está correta, EXCETO em:
Há marcas que vivem da inclusão, e outras que vivem da exclusão
Contardo Calligaris
Meu telefone, um iPhone 6, estava cada vez mais lento. Não era por nenhuma das causas apontadas nas inúmeras salas de conversa entre usuários de iPhones vagarosos.
Era mesmo o processador que estava se tornando exasperadamente lento, ao ponto em que havia um intervalo sensível de tempo entre digitar e a letra aparecer na tela.
Deixei para resolver quando chegasse a Nova York, onde, aliás, a coisa piorou: era suficiente eu tirar o celular do bolso ou deixá-lo num bolso externo (que não estivesse em contato com o calo0r do corpo) para que a carga da bateria baixasse, de repente, de 60% a zero.
Pensei que três anos é mesmo o tempo de vida útil para uma bateria. E lá fui à loja da Apple na Broadway.
Esperei duas horas para enfim ter acesso a alguém que me explicou que testaria minha bateria. Depois de contemplarmos os gráficos lindos e coloridos deixados no tablet pelo meu telefone, anunciou que minha bateria ainda não justificava uma troca – no tom pernóstico de um plantonista que sabe que não tem leitos disponíveis e manda você para casa com aquela dor no peito e a "certeza" de que "você não está enfartando, deve ser só digestão".
O mesmo jovem propôs uma reinstalação do sistema operacional, – que é uma trivialidade, mas foi anunciada como se fosse um cateterismo das coronárias.
Passei a noite me recuperando, ou seja, reinstalando aplicativos. Resultado: telefone lento como antes.
Voltei para a Apple (loja da Quinta Avenida), onde descobri que, como na história do hospital sem leitos, de fato, a Apple não dispunha mais de baterias para substituir a minha: muitos usuários estavam com o mesmo problema. Por coincidência, tudo conjurava para que eu comprasse um telefone novo.
Nos EUA, a Apple está sendo processada (15 casos coletivos, em diferentes Estados) por piorar propositalmente a experiência dos usuários de iPhone sem lhes oferecer alternativas –salvo, obviamente, a de adquirir um telefone novo.
A companhia pediu desculpas públicas, mas a humildade não é o forte do treinamento Apple. Basta se lembrar que o atendimento pós-venda da companhia se chama (o ridículo não mata ninguém) "genius bar", o balcão dos gênios.
Já pensou: você poderia ligar para seu serviço de TV a cabo porque a recepção está péssima e alguém diria: "Sim, senhor, pode marcar consulta com o balcão dos gênios".
A maioria dos usuários não acham isso cômico e despropositado. Por que será?
Há marcas que vivem de seu poder de inclusão, do tipo "nós fabricamos o carro que todos podem dirigir". E há marcas que vivem de seu poder de exclusão: tipo, será que você merece o que estou vendendo?
Você já entrou alguma vez numa loja cara onde os vendedores, envaidecidos pela aura do próprio produto que vendem, olham para você com desprezo, como se você não fosse um consumidor à altura da loja?
É uma estratégia básica de marketing: primeiro, espera-se que você inveje (e portanto deseje) o mundo do qual se sente excluído.
Você perguntará: de que adianta, se não poderei adquirir os produtos da marca? Em geral, nesses casos o projeto é vender os acessórios da casa. Pouquíssimos comprarão o casaco de R$ 15 mil, mas milhares comprarão um lencinho (com monograma) para se sentirem, assim, membros do clube.
A Apple mantém sua presença no mercado pela ideia de sua superioridade tecnológica - e pelo design elegante, claro.
Seriamente, alguém que usa processador de texto não deveria escolher um computador em que não dá para apagar letras da esquerda para a direita. Mas é como os carros ingleses dos anos 1950: havia a glória de viver perigosamente e dirigir sem suspensões posteriores independentes (sem capotar a cada curva).
Pouco importam as críticas. A Apple conseguiu convencer seus usuários de que eles mesmos, por serem usuários, fazem parte de uma arrojada elite tecnológica. Numa loja da Apple, todos, os usuários e os "gênios" vestem (real ou metaforicamente) a camiseta da marca.
Quer saber o que aconteceu com meu iPhone? Está ótimo. Fui ao Device Shop, em Times Square, no mesmo prédio do Hard Rock Cafe: atendimento imediato, troca de bateria em dez minutos, conversa agradável. Não havia gênios, só pessoas competentes. E custou menos de dois terços do que pagaria na Apple.
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/contardocalligaris/2018/01/1949427- ha-marcas-que-vivem-da-inclusao-e-outras-que-vivem-da-exclusao.shtml Acesso em 20 mar. 2018
Os verbos destacados estão flexionados no pretérito imperfeito do indicativo, EXCETO em:
Terrorismo lógico
Antônio Prata
Said e Chérif Kouachi eram descendentes de imigrantes. Said e Chérif Kouachi são suspeitos do ataque ao jornal "Charlie Hebdo", na França. Se não houvesse imigrantes na França, não teria havido ataque ao "Charlie Hebdo".
Said e Chérif Kouachi, suspeitos do ataque ao jornal "Charlie Hebdo", eram filhos de argelinos. Zinedine Zidane é filho de argelinos. Zinedine Zidane é terrorista.
Zinedine Zidane é filho de argelinos. Said e Chérif Kouachi, suspeitos do ataque ao jornal "Charlie Hebdo", eram filhos de argelinos. Said e Chérif Kouachi sabiam jogar futebol.
Muçulmanos são uma minoria na França. Membros de uma minoria são suspeitos do ataque terrorista. Olha aí no que dá defender minoria...
A esquerda francesa defende minorias. Membros de uma minoria são suspeitos pelo ataque terrorista. A esquerda francesa é culpada pelo ataque terrorista.
A extrema direita francesa demoniza os imigrantes. O ataque terrorista fortalece a extrema direita francesa. A extrema direita francesa está por trás do ataque terrorista.
Marine Le Pen é a líder da extrema direita francesa. "Le Pen" é "O Caneta", se tomarmos o artigo em francês e o substantivo em inglês. Eis aí uma demonstração de apoio da extrema direita francesa à liberdade de expressão – e aos erros de concordância nominal.
(Este último parágrafo não fez muito sentido. Os filmes do David Lynch não fazem muito sentido. Este último parágrafo é um filme do David Lynch.)
O "Charlie Hebdo" zoava Maomé. Eu zoo negão, zoo as bichinhas, zoo gorda, zoo geral! "Je suis Charlie!"
Humoristas brasileiros fazem piada racista, e as pessoas os criticam. "Charlie Hebdo" fez piada com religião, e terroristas o atacam. Criticar piada racista é terrorismo.
Numa democracia, é desejável que as pessoas sejam livres para se expressar. Algumas dessas expressões podem ofender indivíduos ou grupos. Numa democracia, é desejável que indivíduos ou grupos sejam ofendidos.
O "Charlie Hebdo" foi atacado por terroristas. A editora Abril foi pichada por meia dúzia de jacus. A editora Abril é Charlie.
Os terroristas que atacaram o jornal "Charlie Hebdo" usavam gorros pretos. "Black blocs" usam gorros pretos. "Black blocs" são terroristas.
"Black blocs" não são terroristas. A polícia os trata como terroristas. Os "black blocs" têm o direito de tocar o terror.
Os terroristas que atacaram o jornal "Charlie Hebdo" usavam gorros pretos. Drones não usam gorros pretos. Ataques com drones não são terrorismo.
Ataques com drones matam inocentes mundo afora. O "Ocidente" usa drones. É justificável o terror contra o "Ocidente".
O ataque terrorista contra o "Charlie Hebdo" foi no dia 7/1. A derrota brasileira para a Alemanha foi por 7 x 1. O 7 e o 1 devem ser imediatamente presos e submetidos a "técnicas reforçadas de interrogatório", tais como simulação de afogamento, privação de sono e alimentação via retal. Por via das dúvidas, o 6 e o 8 e o 0 e o 2 também.
Todo abacate é verde. O Incrível Hulk é verde. O Incrível Hulk é um abacate.
(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2015/01/1573334-terrorismo-logico.shtml. Acesso em: 2 fev. 2015.)
Em todas as alternativas, o hífen foi utilizado de forma incorreta ao menos uma vez, EXCETO em:
Terrorismo lógico
Antônio Prata
Said e Chérif Kouachi eram descendentes de imigrantes. Said e Chérif Kouachi são suspeitos do ataque ao jornal "Charlie Hebdo", na França. Se não houvesse imigrantes na França, não teria havido ataque ao "Charlie Hebdo".
Said e Chérif Kouachi, suspeitos do ataque ao jornal "Charlie Hebdo", eram filhos de argelinos. Zinedine Zidane é filho de argelinos. Zinedine Zidane é terrorista.
Zinedine Zidane é filho de argelinos. Said e Chérif Kouachi, suspeitos do ataque ao jornal "Charlie Hebdo", eram filhos de argelinos. Said e Chérif Kouachi sabiam jogar futebol.
Muçulmanos são uma minoria na França. Membros de uma minoria são suspeitos do ataque terrorista. Olha aí no que dá defender minoria...
A esquerda francesa defende minorias. Membros de uma minoria são suspeitos pelo ataque terrorista. A esquerda francesa é culpada pelo ataque terrorista.
A extrema direita francesa demoniza os imigrantes. O ataque terrorista fortalece a extrema direita francesa. A extrema direita francesa está por trás do ataque terrorista.
Marine Le Pen é a líder da extrema direita francesa. "Le Pen" é "O Caneta", se tomarmos o artigo em francês e o substantivo em inglês. Eis aí uma demonstração de apoio da extrema direita francesa à liberdade de expressão – e aos erros de concordância nominal.
(Este último parágrafo não fez muito sentido. Os filmes do David Lynch não fazem muito sentido. Este último parágrafo é um filme do David Lynch.)
O "Charlie Hebdo" zoava Maomé. Eu zoo negão, zoo as bichinhas, zoo gorda, zoo geral! "Je suis Charlie!"
Humoristas brasileiros fazem piada racista, e as pessoas os criticam. "Charlie Hebdo" fez piada com religião, e terroristas o atacam. Criticar piada racista é terrorismo.
Numa democracia, é desejável que as pessoas sejam livres para se expressar. Algumas dessas expressões podem ofender indivíduos ou grupos. Numa democracia, é desejável que indivíduos ou grupos sejam ofendidos.
O "Charlie Hebdo" foi atacado por terroristas. A editora Abril foi pichada por meia dúzia de jacus. A editora Abril é Charlie.
Os terroristas que atacaram o jornal "Charlie Hebdo" usavam gorros pretos. "Black blocs" usam gorros pretos. "Black blocs" são terroristas.
"Black blocs" não são terroristas. A polícia os trata como terroristas. Os "black blocs" têm o direito de tocar o terror.
Os terroristas que atacaram o jornal "Charlie Hebdo" usavam gorros pretos. Drones não usam gorros pretos. Ataques com drones não são terrorismo.
Ataques com drones matam inocentes mundo afora. O "Ocidente" usa drones. É justificável o terror contra o "Ocidente".
O ataque terrorista contra o "Charlie Hebdo" foi no dia 7/1. A derrota brasileira para a Alemanha foi por 7 x 1. O 7 e o 1 devem ser imediatamente presos e submetidos a "técnicas reforçadas de interrogatório", tais como simulação de afogamento, privação de sono e alimentação via retal. Por via das dúvidas, o 6 e o 8 e o 0 e o 2 também.
Todo abacate é verde. O Incrível Hulk é verde. O Incrível Hulk é um abacate.
(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2015/01/1573334-terrorismo-logico.shtml. Acesso em: 2 fev. 2015.)
Tendo em conta o Acordo Ortográfico de 1990, assinale a afirmativa CORRETA.
Terrorismo lógico
Antônio Prata
Said e Chérif Kouachi eram descendentes de imigrantes. Said e Chérif Kouachi são suspeitos do ataque ao jornal "Charlie Hebdo", na França. Se não houvesse imigrantes na França, não teria havido ataque ao "Charlie Hebdo".
Said e Chérif Kouachi, suspeitos do ataque ao jornal "Charlie Hebdo", eram filhos de argelinos. Zinedine Zidane é filho de argelinos. Zinedine Zidane é terrorista.
Zinedine Zidane é filho de argelinos. Said e Chérif Kouachi, suspeitos do ataque ao jornal "Charlie Hebdo", eram filhos de argelinos. Said e Chérif Kouachi sabiam jogar futebol.
Muçulmanos são uma minoria na França. Membros de uma minoria são suspeitos do ataque terrorista. Olha aí no que dá defender minoria...
A esquerda francesa defende minorias. Membros de uma minoria são suspeitos pelo ataque terrorista. A esquerda francesa é culpada pelo ataque terrorista.
A extrema direita francesa demoniza os imigrantes. O ataque terrorista fortalece a extrema direita francesa. A extrema direita francesa está por trás do ataque terrorista.
Marine Le Pen é a líder da extrema direita francesa. "Le Pen" é "O Caneta", se tomarmos o artigo em francês e o substantivo em inglês. Eis aí uma demonstração de apoio da extrema direita francesa à liberdade de expressão – e aos erros de concordância nominal.
(Este último parágrafo não fez muito sentido. Os filmes do David Lynch não fazem muito sentido. Este último parágrafo é um filme do David Lynch.)
O "Charlie Hebdo" zoava Maomé. Eu zoo negão, zoo as bichinhas, zoo gorda, zoo geral! "Je suis Charlie!"
Humoristas brasileiros fazem piada racista, e as pessoas os criticam. "Charlie Hebdo" fez piada com religião, e terroristas o atacam. Criticar piada racista é terrorismo.
Numa democracia, é desejável que as pessoas sejam livres para se expressar. Algumas dessas expressões podem ofender indivíduos ou grupos. Numa democracia, é desejável que indivíduos ou grupos sejam ofendidos.
O "Charlie Hebdo" foi atacado por terroristas. A editora Abril foi pichada por meia dúzia de jacus. A editora Abril é Charlie.
Os terroristas que atacaram o jornal "Charlie Hebdo" usavam gorros pretos. "Black blocs" usam gorros pretos. "Black blocs" são terroristas.
"Black blocs" não são terroristas. A polícia os trata como terroristas. Os "black blocs" têm o direito de tocar o terror.
Os terroristas que atacaram o jornal "Charlie Hebdo" usavam gorros pretos. Drones não usam gorros pretos. Ataques com drones não são terrorismo.
Ataques com drones matam inocentes mundo afora. O "Ocidente" usa drones. É justificável o terror contra o "Ocidente".
O ataque terrorista contra o "Charlie Hebdo" foi no dia 7/1. A derrota brasileira para a Alemanha foi por 7 x 1. O 7 e o 1 devem ser imediatamente presos e submetidos a "técnicas reforçadas de interrogatório", tais como simulação de afogamento, privação de sono e alimentação via retal. Por via das dúvidas, o 6 e o 8 e o 0 e o 2 também.
Todo abacate é verde. O Incrível Hulk é verde. O Incrível Hulk é um abacate.
(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2015/01/1573334-terrorismo-logico.shtml. Acesso em: 2 fev. 2015.)
Todas as alternativas trazem ocorrência(s) que contraria(m) o Acordo Ortográfico de 1990, EXCETO:
Terrorismo lógico
Antônio Prata
Said e Chérif Kouachi eram descendentes de imigrantes. Said e Chérif Kouachi são suspeitos do ataque ao jornal "Charlie Hebdo", na França. Se não houvesse imigrantes na França, não teria havido ataque ao "Charlie Hebdo".
Said e Chérif Kouachi, suspeitos do ataque ao jornal "Charlie Hebdo", eram filhos de argelinos. Zinedine Zidane é filho de argelinos. Zinedine Zidane é terrorista.
Zinedine Zidane é filho de argelinos. Said e Chérif Kouachi, suspeitos do ataque ao jornal "Charlie Hebdo", eram filhos de argelinos. Said e Chérif Kouachi sabiam jogar futebol.
Muçulmanos são uma minoria na França. Membros de uma minoria são suspeitos do ataque terrorista. Olha aí no que dá defender minoria...
A esquerda francesa defende minorias. Membros de uma minoria são suspeitos pelo ataque terrorista. A esquerda francesa é culpada pelo ataque terrorista.
A extrema direita francesa demoniza os imigrantes. O ataque terrorista fortalece a extrema direita francesa. A extrema direita francesa está por trás do ataque terrorista.
Marine Le Pen é a líder da extrema direita francesa. "Le Pen" é "O Caneta", se tomarmos o artigo em francês e o substantivo em inglês. Eis aí uma demonstração de apoio da extrema direita francesa à liberdade de expressão – e aos erros de concordância nominal.
(Este último parágrafo não fez muito sentido. Os filmes do David Lynch não fazem muito sentido. Este último parágrafo é um filme do David Lynch.)
O "Charlie Hebdo" zoava Maomé. Eu zoo negão, zoo as bichinhas, zoo gorda, zoo geral! "Je suis Charlie!"
Humoristas brasileiros fazem piada racista, e as pessoas os criticam. "Charlie Hebdo" fez piada com religião, e terroristas o atacam. Criticar piada racista é terrorismo.
Numa democracia, é desejável que as pessoas sejam livres para se expressar. Algumas dessas expressões podem ofender indivíduos ou grupos. Numa democracia, é desejável que indivíduos ou grupos sejam ofendidos.
O "Charlie Hebdo" foi atacado por terroristas. A editora Abril foi pichada por meia dúzia de jacus. A editora Abril é Charlie.
Os terroristas que atacaram o jornal "Charlie Hebdo" usavam gorros pretos. "Black blocs" usam gorros pretos. "Black blocs" são terroristas.
"Black blocs" não são terroristas. A polícia os trata como terroristas. Os "black blocs" têm o direito de tocar o terror.
Os terroristas que atacaram o jornal "Charlie Hebdo" usavam gorros pretos. Drones não usam gorros pretos. Ataques com drones não são terrorismo.
Ataques com drones matam inocentes mundo afora. O "Ocidente" usa drones. É justificável o terror contra o "Ocidente".
O ataque terrorista contra o "Charlie Hebdo" foi no dia 7/1. A derrota brasileira para a Alemanha foi por 7 x 1. O 7 e o 1 devem ser imediatamente presos e submetidos a "técnicas reforçadas de interrogatório", tais como simulação de afogamento, privação de sono e alimentação via retal. Por via das dúvidas, o 6 e o 8 e o 0 e o 2 também.
Todo abacate é verde. O Incrível Hulk é verde. O Incrível Hulk é um abacate.
(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2015/01/1573334-terrorismo-logico.shtml. Acesso em: 2 fev. 2015.)
Assinale a alternativa em que o hífen tenha sido CORRETAMENTE utilizado na formação de compostos e na indicação de divisão silábica, em situação de escrita de um texto, tendo em conta que a barra sinaliza final de linha.
RAPIDINHO
Todos nos beneficiamos e nos orgulhamos das conquistas da vida moderna, especialmente da crescente velocidade com que fazemos as coisas acontecerem. Mudanças que antigamente levavam séculos para se efetivarem agora podem ser realizadas em poucos anos, às vezes em poucos meses. Quando não em poucas semanas, ou até em poucos dias. Nas sociedades tradicionais, as normas de conduta, as leis, os costumes, o modo de se vestir, os estilos artísticos tinham uma extraordinária capacidade de perdurar. Tudo se modificava, é claro, mas sempre muito devagar. [...]
Na utilização dos meios de comunicação, os mensageiros foram substituídos pelo telégrafo elétrico, que cedeu lugar ao telégrafo sem fio, ao telefone, à televisão, ao fax, ao e-mail e às maravilhas da eletrônica contemporânea. Não somos bobos, tratamos de aproveitar as possibilidades criadas por todos os novos recursos tecnológicos. Para que perder tempo? Se podemos fazer depressa o que os nossos antepassados só conseguiam fazer devagar, por que não haveríamos de acelerar nossas ações? Um dos expoentes do espírito pragmático da modernidade, o americano Benjamin Franklin, já ensinava no século XVIII: “Tempo é dinheiro”, time is money.[...]
Dedicamo-nos, então, a uma frenética corrida contra os ponteiros do relógio. Para sermos eficientes, competitivos, apressamos cada vez mais nossos movimentos. Saímos de casa correndo para o trabalho, somos cobrados para dar conta correndo de nossas tarefas e — habituados à corrida — alimentamo-nos às pressas (ah, a chamada fast food!), para depois voltarmos, correndo, para casa. [...]
Impõem-se, contudo, algumas perguntas: nas condições em que somos mais ou menos obrigados a viver, não estaremos, de qualquer maneira, pagando um preço altíssimo, mesmo se formos bons corredores e nos mostrarmos aptos para vencer? Os ritmos que nos são impostos e que aguçam algumas das nossas faculdades não resultam, ao mesmo tempo, num empobrecimento de alguns aspectos importantes da nossa sensibilidade e da nossa inteligência? A necessidade de assimilar com urgência as informações essenciais para a ação imediata não acarreta uma grave incapacidade de digerir conhecimentos sutis e complexos, cheios de caroços e mediações que, embora careçam de serventia direta, são imprescindíveis ao aprofundamento da minha compreensão da condição humana? Uma reflexão que se sabe condenada a desenvolver-se num exíguo prazo predeterminado não será, inevitavelmente, superficial? O pensamento que se formula rapidinho não tende a ser sempre meio oco? (Leandro Konder. In: O Globo, 29/08/96)
https://pt.linkedin.com/pulse/%C3%A0-luz-do-fil%C3%B3sofo-karine-gomes-moura
Os termos destacados têm natureza adverbial, EXCETO:
RAPIDINHO
Todos nos beneficiamos e nos orgulhamos das conquistas da vida moderna, especialmente da crescente velocidade com que fazemos as coisas acontecerem. Mudanças que antigamente levavam séculos para se efetivarem agora podem ser realizadas em poucos anos, às vezes em poucos meses. Quando não em poucas semanas, ou até em poucos dias. Nas sociedades tradicionais, as normas de conduta, as leis, os costumes, o modo de se vestir, os estilos artísticos tinham uma extraordinária capacidade de perdurar. Tudo se modificava, é claro, mas sempre muito devagar. [...]
Na utilização dos meios de comunicação, os mensageiros foram substituídos pelo telégrafo elétrico, que cedeu lugar ao telégrafo sem fio, ao telefone, à televisão, ao fax, ao e-mail e às maravilhas da eletrônica contemporânea. Não somos bobos, tratamos de aproveitar as possibilidades criadas por todos os novos recursos tecnológicos. Para que perder tempo? Se podemos fazer depressa o que os nossos antepassados só conseguiam fazer devagar, por que não haveríamos de acelerar nossas ações? Um dos expoentes do espírito pragmático da modernidade, o americano Benjamin Franklin, já ensinava no século XVIII: “Tempo é dinheiro”, time is money.[...]
Dedicamo-nos, então, a uma frenética corrida contra os ponteiros do relógio. Para sermos eficientes, competitivos, apressamos cada vez mais nossos movimentos. Saímos de casa correndo para o trabalho, somos cobrados para dar conta correndo de nossas tarefas e — habituados à corrida — alimentamo-nos às pressas (ah, a chamada fast food!), para depois voltarmos, correndo, para casa. [...]
Impõem-se, contudo, algumas perguntas: nas condições em que somos mais ou menos obrigados a viver, não estaremos, de qualquer maneira, pagando um preço altíssimo, mesmo se formos bons corredores e nos mostrarmos aptos para vencer? Os ritmos que nos são impostos e que aguçam algumas das nossas faculdades não resultam, ao mesmo tempo, num empobrecimento de alguns aspectos importantes da nossa sensibilidade e da nossa inteligência? A necessidade de assimilar com urgência as informações essenciais para a ação imediata não acarreta uma grave incapacidade de digerir conhecimentos sutis e complexos, cheios de caroços e mediações que, embora careçam de serventia direta, são imprescindíveis ao aprofundamento da minha compreensão da condição humana? Uma reflexão que se sabe condenada a desenvolver-se num exíguo prazo predeterminado não será, inevitavelmente, superficial? O pensamento que se formula rapidinho não tende a ser sempre meio oco? (Leandro Konder. In: O Globo, 29/08/96)
https://pt.linkedin.com/pulse/%C3%A0-luz-do-fil%C3%B3sofo-karine-gomes-moura
Com relação às regras de colocação do pronome oblíquo, a posição do pronome é facultativa em:
A divisão silábica está correta, EXCETO em:
Twitter e Facebook viciam mais do que álcool e cigarro, diz estudo
Se você é daqueles que não desgruda das redes sociais, cuidado: pode estar viciado. De acordo com uma pesquisa feita na Universidade de Chicago sobre autocontrole e desejo, é mais difícil resistir ao Twitter e Facebook do que ao cigarro e álcool.
Pesquisadores deram smartphones para 205 adultos e pediram para que eles usassem seus aparelhos, especialmente as redes sociais, sete vezes por dia durante algumas semanas. Quando os voluntários foram recrutados responderam questionários sobre vícios e desejos e, ao final do processo, participaram de uma nova sondagem sobre o mesmo assunto.
Nos questionários iniciais, os desejos mais relatados pelos participantes foram sono e sexo. Inesperadamente, álcool e cigarro não estavam no topo da lista, como se suspeitava inicialmente. Já no questionário respondido ao final do estudo, os pesquisadores notaram que, uma vez estimulado a manterem contato constante com a internet, os voluntários haviam adquirido um novo vício: o de navegar na web.
A maioria dos participantes tinha dificuldade de parar de verificar suas redes sociais, mesmo quando eles não tinham tempo ou estavam compromissados com outros assuntos. Outro vício que pode ser notado foi o trabalho. Muitos participantes aproveitavam para usar seus smartphones como uma extensão do trabalho, mesmo quando estavam em suas horas de lazer.
Diante desse quadro, os pesquisadores puderam verificar que se envolver com redes sociais tornou-se uma atividade tão inerentemente atraente que ela pode acabar deslocando o indivíduo de todas as outras atividades.
Para os pesquisadores, o vício é uma questão de desequilíbrio entre o desejo pessoal de se engajar no comportamento viciante e o desejo conflitante, de evitar as consequências negativas de tal comportamento. Como no uso de redes sociais, os aspectos negativos não estão aparentes, o potencial de vício dessas ferramentas é muito maior do que drogas como cigarro e álcool.
Disponível em: http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI293747- 17770,00TWITTER+E+FACEBOOK+VICIAM+MAIS+DO+QUE+ALCOOL+E+CIGARRO+DIZ+ESTUDO.html Acesso em: 26 fev.2018
As palavras destacadas são adjetivos, EXCETO em:
Leia o Texto 1 a seguir e responda à questão.
Texto 1:
O discurso relatado em depoimentos da justiça
Evocar ou reproduzir os enunciados emitidos por outros é comum na nossa fala cotidiana. Nos depoimentos prestados na justiça brasileira, isso também acontece, pois, de acordo com a bibliografia jurídica, a testemunha depõe sobre suas percepções sensoriais a respeito dos fatos, o que inclui as falas pronunciadas diante dela ou as que chegaram ao seu conhecimento por meio de outras pessoas. A citação da fala do outro ocupa, portanto, um lugar de destaque nos depoimentos, uma vez que somente por meio dela pode-se reconstruir alguns fatos.
Logo, o discurso citado aparece nos depoimentos como recurso empregado pela testemunha para incluir ou para compor informações. Entretanto, ele aparece também como mecanismo utilizado pelo agente da justiça (juiz, delegado ou escrivão) para realizar o assentamento escrito da fala da testemunha.
Embora a oralidade seja um dos princípios do processo penal, os depoimentos orais são reduzidos a termo pelo escrivão ou consignados pelo juiz, passando a fazer parte do processo, sob uma formalização escrita. Essa passagem do oral para o escrito contribui para o caráter polifônico e controvertido da prova testemunhal, pois é responsável por uma série de interferências dos agentes da justiça na elaboração dos textos escritos, causando um remanejamento de estruturas e de pontos de vista em relação à voz original. [...]
Fonte: ROMUALDO, Edson C. O discurso relatado em depoimentos da justiça: formas e funções. Acta Scientiarum. Human and Social Sciences. Maringá, v. 25, n. 2, p. 233-240, 2003.
No Texto 1, o autor defende uma ideia e expõe seu ponto de vista, apresentando argumentos para fundamentá-lo.
Sobre a argumentação do autor do Texto 1, é INCORRETO afirmar:
São múltiplas as possibilidades de combinar e relacionar as orações num período composto, em função do efeito de sentido pretendido para aquele enunciado.
No período: “A tempestade foi tão intensa que em poucos minutos a cidade foi completamente inundada.”, a relação estabelecida é de:
As palavras dispostas nas orações exercem diferentes funções sintáticas, de modo a possibilitar a transmissão da informação.
INDIQUE o termo da oração que NÃO consta na frase a seguir:
“Trata-se de uma atividade dialógica de seleção, reordenação e reconstrução de sentidos.”
As formas nominais dos verbos podem desempenhar diferentes funções: formar locuções adverbiais, tempos compostos, orações reduzidas, além de funções típicas do substantivo, adjetivo e advérbio.
O período em que ocorreu uso INCORRETO das formas nominais é:
O tipo de ameaça à segurança de um computador que consiste em um programa completo que se replica de forma autônoma para se propagar para outros computadores é:
Considere a planilha abaixo do Microsoft Excel, versão português do Office 2013:
A opção do grupo “Incluir” da guia “MENSAGEM” da janela de edição de uma nova mensagem no Microsoft Outlook, versão português do Office 2013, que permite, por exemplo, enviar um documento do Word como anexo em uma mensagem é:
O tipo de malware que modifica ou substitui um ou mais programas existentes para ocultar o fato de que um computador tenha sido comprometido, ocultando vestígios de ataque, é:
A opção de menu do LibreOffice Impress 5.4.7, versão português, que permite acessar o slide mestre, onde é possível adicionar elementos que deverão aparecer em todos os slides da apresentação que utilizam o mesmo slide mestre é:
Em relação aos grupos de opções disponíveis nas guias do Microsoft Word, versão português do Office 2013, considerando a configuração de instalação padrão, correlacione as colunas a seguir:
Grupo 1. Estilo 2. Organizar 3. Tabelas 4. Formatação do Documento
Guia ( ) Inserir ( ) Página Inicial ( ) Layout de Página ( ) Design
A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:
Analise as seguintes afirmativas sobre as opções disponíveis nos grupos e guias do Microsoft PowerPoint, versão português Office 2013:
I – Apagar, Dividir e Barras Aleatórias são opções de Transição de Slides. II – O atalho de teclado “Shift+F5” inicia a apresentação a partir do slide que estiver selecionado. III – Esmaecer, Surgir e Dividir são opções de Animação de elementos contidos em um Slide.
Está CORRETO o que se afirma em:
Uma janela anônima no navegador Google Chrome 69.x, versão português, é um modo que abre uma nova janela onde é possível navegar na Internet em modo privado, sem que o Chrome salve os sites que o usuário visita. O atalho de teclado que abre uma nova janela anônima é:
São exemplos de atalhos padrão disponíveis na seção “Favoritos” do Windows Explorer do Microsoft Windows 7, versão português, EXCETO:
A função do LibreOffice Calc 5.4.7, versão português, que verifica se dois textos são idênticos é:
Considere o objeto abaixo do Microsoft Word, versão português do Office 2013:
Sobre as opções de menu do LibreOffice Impress 5.4.7, versão português, é CORRETO afirmar que
São exemplos de bibliotecas padrão acessíveis no Windows Explorer do Microsoft Windows 7, versão português, para acessar arquivos e pastas, EXCETO:
Analise as seguintes afirmativas sobre as opções disponíveis no grupo “Plano de Fundo da Página” da guia “DESIGN” do Microsoft Word, versão português do Office 2013:
I – O ícone corresponde à opção “Marca D’água”.
II – O ícone corresponde à opção “Cor da Página”.
III – O ícone corresponde à opção “Margens da Página”.
Estão CORRETAS as afirmativas:
O texto abaixo apresenta em destaque um parágrafo do Microsoft Word, versão português do Office 2013, que começa com a palavra “Exemplo” e termina com a palavra “teclado”, no qual foram utilizadas as seguintes opções de formatação de parágrafo “Recuo” e “Espaçamento”, para se definir a posição inicial do parágrafo e o espaçamento entre as linhas do texto:
Considere o seguinte gráfico do Microsoft Excel, versão português do Office 2013:
Todas as afirmativas a seguir estão corretas, EXCETO:
Analise as seguintes afirmativas sobre as opções disponíveis na guia “MENSAGEM” quando uma mensagem enviada pelo Microsoft Outlook, versão português do Office 2013, estiver aberta na tela do computador:
I – Para “Encaminhar” a mensagem a outros destinatários, basta acionar o atalho de teclado “Ctrl + Shift + R”.
II – Para encaminhar a mensagem como um anexo de uma nova mensagem, basta selecionar a opção “Mais” do grupo “Responder” e, em seguida, selecionar a opção “Encaminhar como Anexo”.
III – Para cancelar uma mensagem enviada, basta acionar a opção “Ações” do grupo “Mover” e, em seguida, selecionar a opção “Cancelar Mensagem Enviada...”.
Estão CORRETAS as afirmativas:
São atalhos de teclado para abrir uma nova guia nos navegadores Google Chrome 63.0 e Microsoft Internet Explorer 11, versão português, respectivamente:
Fonte padrão de um novo documento do OpenOffice Writer 4.1.3, versão português, logo após a instalação: