Resolver o Simulado Prefeitura Municipal de Santos - Professor - Educação Física - IBAM - Nível Superior

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Português

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No calor da hora

    Os impactos climáticos são mais agressivos e acelerados do que se supunha há uma década. A temperatura global entre 2015 e 2019, por exemplo, será mais alta que em qualquer período equivalente já registrado. “Ondas de calor disseminadas e duradouras, recordes de incêndios e outros eventos devastadores como ciclones tropicais, enchentes e secas têm impactos imensos no desenvolvimento socioeconômico e ambiental”, afirma o relatório das Nações Unidas publicado por ocasião do debate anual da Assembleia-Geral. O estudo, sugestivamente denominado Unidos na Ciência, foi produzido pelo Grupo Consultivo de Ciências da Cúpula da Ação Climática e compila de maneira altamente sintética as descobertas científicas decisivas mais recentes no domínio das pesquisas sobre mudanças climáticas.
    Estima-se que a temperatura global esteja hoje 1,1 grau Celsius acima da era pré-industrial (1850-1900) e 0,2 grau acima da média da temperatura global entre 2011 e 2015. Como resultado, a ascensão do nível do mar está acelerando e a água já se tornou 26% mais ácida do que no início da era industrial, com grande prejuízo para a vida marinha. Nos últimos 40 anos, a extensão de gelo ártico no mar declinou aproximadamente 12% por década. Entre 1979 e 2018 a perda anual de gelo do lençol glacial antártico sextuplicou. As ondas de calor aumentaram os índices de letalidade ambiental nos últimos cinco anos. No verão de 2019, os incêndios florestais na região ártica cresceram sem precedentes. Só em junho as queimadas emitiram 50 megatons de dióxido de carbono na atmosfera, mais do que a soma de todas as emissões no mesmo mês entre 2010 e 2018.
    Estima-se que, para atingir a meta dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável de limitar o aumento da temperatura em relação à era pré-industrial a 2 graus, os esforços atuais precisam ser triplicados. No caso da meta ideal de limitar esse aumento a 1,5 grau, esses esforços precisariam ser quintuplicados. Tecnicamente, dizem os pesquisadores, isso ainda é possível, mas demandará ações urgentes de intensificação e replicação das políticas mais bem-sucedidas.
    Em resumo, os crescentes impactos climáticos intensificam o risco de cruzar limites irreversíveis. Os pesquisadores apontam três setores que precisam investir diretamente na descarbonização: finanças, energia e indústria. Além disso, outras três áreas são decisivas: soluções baseadas na natureza, ações locais e urbanas e o incremento da resiliência e adaptação às mudanças climáticas, especialmente nos países mais vulneráveis.
(https://opiniao.estadao.com.br. Adaptado)

Assinale a alternativa que atende à norma-padrão de concordância.

  • A Será requerido ações urgentes de intensificação e replicação das políticas mais bem-sucedidas para limitar o aumento da temperatura a 1,5 grau.
  • B Os pesquisadores apontam que devem haver investimentos diretos na descarbonização por três setores: finanças, energia e indústria.
  • C Os países mais vulneráveis precisa que três áreas seja protagonista nas transformações: soluções baseadas na natureza, ações locais e urbanas e o incremento da resiliência e adaptação às mudanças climáticas.
  • D O desenvolvimento socioeconômico e ambiental sofre impacto devido às mudanças climáticas que põe o mundo em estado de alerta.
  • E Em junho, as queimadas emitiram 50 megatons de dióxido de carbono na atmosfera, mais do que a soma de todas as emissões que haviam sido realizadas no mesmo mês entre 2010 e 2018.
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Com relação à colocação dos pronomes átonos, assinale a alternativa correta.

  • A Se debatem muitas vezes, nas gestões municipais, interesses conflitantes, dado o grande número de segmentos que integram os municípios.
  • B Os gestores dos municípios brasileiros não podem deixar de se envolver com a discussão acerca do futuro do planeta.
  • C O governo local que não mune‐se de informações tem dificuldade de identificar e priorizar questões estratégicas para o planejamento de suas ações.
  • D Os governos municipais têm inquietado‐se com desafios de toda ordem e com a escassez de recursos financeiros.
  • E Nas gestões municipais, deveria‐se pensar, em primeiro lugar, em ações concretas para a melhoria da qualidade de vida da população local.
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No calor da hora

    Os impactos climáticos são mais agressivos e acelerados do que se supunha há uma década. A temperatura global entre 2015 e 2019, por exemplo, será mais alta que em qualquer período equivalente já registrado. “Ondas de calor disseminadas e duradouras, recordes de incêndios e outros eventos devastadores como ciclones tropicais, enchentes e secas têm impactos imensos no desenvolvimento socioeconômico e ambiental”, afirma o relatório das Nações Unidas publicado por ocasião do debate anual da Assembleia-Geral. O estudo, sugestivamente denominado Unidos na Ciência, foi produzido pelo Grupo Consultivo de Ciências da Cúpula da Ação Climática e compila de maneira altamente sintética as descobertas científicas decisivas mais recentes no domínio das pesquisas sobre mudanças climáticas.
    Estima-se que a temperatura global esteja hoje 1,1 grau Celsius acima da era pré-industrial (1850-1900) e 0,2 grau acima da média da temperatura global entre 2011 e 2015. Como resultado, a ascensão do nível do mar está acelerando e a água já se tornou 26% mais ácida do que no início da era industrial, com grande prejuízo para a vida marinha. Nos últimos 40 anos, a extensão de gelo ártico no mar declinou aproximadamente 12% por década. Entre 1979 e 2018 a perda anual de gelo do lençol glacial antártico sextuplicou. As ondas de calor aumentaram os índices de letalidade ambiental nos últimos cinco anos. No verão de 2019, os incêndios florestais na região ártica cresceram sem precedentes. Só em junho as queimadas emitiram 50 megatons de dióxido de carbono na atmosfera, mais do que a soma de todas as emissões no mesmo mês entre 2010 e 2018.
    Estima-se que, para atingir a meta dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável de limitar o aumento da temperatura em relação à era pré-industrial a 2 graus, os esforços atuais precisam ser triplicados. No caso da meta ideal de limitar esse aumento a 1,5 grau, esses esforços precisariam ser quintuplicados. Tecnicamente, dizem os pesquisadores, isso ainda é possível, mas demandará ações urgentes de intensificação e replicação das políticas mais bem-sucedidas.
    Em resumo, os crescentes impactos climáticos intensificam o risco de cruzar limites irreversíveis. Os pesquisadores apontam três setores que precisam investir diretamente na descarbonização: finanças, energia e indústria. Além disso, outras três áreas são decisivas: soluções baseadas na natureza, ações locais e urbanas e o incremento da resiliência e adaptação às mudanças climáticas, especialmente nos países mais vulneráveis.
(https://opiniao.estadao.com.br. Adaptado)

Considere as passagens do texto: • O estudo [...] compila de maneira altamente sintética as descobertas científicas decisivas mais recentes... (1º parágrafo) • ... a ascensão do nível do mar está acelerando... (2º parágrafo) • As ondas de calor aumentaram os índices de letalidade ambiental nos últimos cinco anos. (2º parágrafo) Conforme o contexto em que estão inseridos, os termos destacados significam, correta e respectivamente:

  • A junta; sumarizada; poluição; morbidade.
  • B reúne; resumida; elevação; mortalidade.
  • C expõe; condensada; alteração; morbidez.
  • D converte; explicativa; oscilação; extermínio.
  • E organiza; exemplificada; transformação; fatalidade.
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O sintomático desprezo pela ciência


Em março de 2018, António Guterres, secretário-geral da ONU, declarou: “As manchetes são naturalmente dominadas pela escalada das tensões, de conflitos ou de eventos políticos de alto nível, mas a verdade é que as mudanças climáticas permanecem a mais sistêmica ameaça à humanidade. Informações divulgadas recentemente pela Organização Meteorológica Mundial, pelo Banco Mundial e pela Agência Internacional de Energia mostram sua evolução implacável”. Meses antes, um discurso proferido em Riad por Christine Lagarde, diretora do Fundo Monetário Internacional, exibia um teor similar: “Se não fizermos nada a respeito das mudanças climáticas, seremos tostados, assados e grelhados num horizonte de tempo de 50 anos”. Ambas as advertências reconhecem a extrema gravidade de nossa situação, a respeito da qual o Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas (IPCC)é categórico:“O aquecimento do sistema climático é inequívoco. A influência humana sobre o sistema climático é clara. Limitar a mudança climática requer reduções substanciais e contínuas de emissões de gases de efeito estufa” (2007).

[...]

Malgrado esse acúmulo de saber e essa virtual unanimidade, a ciência do clima pode estar equivocada? Em princípio, sim. Ciência não é dogma, é diminuição da incerteza. Contestar um consenso científico, mesmo o mais sólido, não pode ser objeto de anátema. Mas quem o põe em dúvida deve apresentar argumentos convergentes e convincentes em sentido contrário. Na ausência destes, contestação torna-se simples denegação irracional, enfraquece o poder persuasivo da evidência, milita em favor da perda da autoridade da ciência na formação de uma visão minimamente racional do mundo e turbina a virulência das redes sociais, dos “fatos alternativos”, da pós-verdade, do fanatismo religioso e das crenças mais estapafúrdias e até há pouco inimagináveis. O negacionismo climático é apenas mais uma dessas crenças [...], e seu repertório esgrime as mesmas surradas inverdades, mil vezes refutadas: os cientistas estão divididos sobre a ciência do clima, os modelos climáticos são falhos, maiores concentrações atmosféricas de CO2 são efeito e não causa do aquecimento global e são benéficas para a fotossíntese, o próximo mínimo solar anulará o aquecimento global, não se deve temer esse aquecimento, mas a recaída numa nova glaciação etc. Esse palavreado resulta de esforços deliberados de denegação das evidências. Diretamente ou através, por exemplo, da Donors Trust e da Donors Capital Fund, as corporações injetam milhões de dólares em lobbies disseminadores de desinformação sobre as mudanças climáticas.

[...]

Malgrado alguma tangência ideológica entre certa esquerda e a extrema-direita, o negacionismo climático e a negação da ciência em geral são fundamentalmente uma bandeira da extrema-direita e é preciso pôr em evidência uma razão maior dessa estreita afinidade. Ela se encontra, a meu ver, numa mutação histórica fundamental do teor do discurso científico. Das revoluções científicas do século XVII a meados do século XX, a ciência galgou posição de hegemonia, destronando discursos de outra natureza, como o religioso e o artístico, porque foi capaz de oferecer às sociedades vitoriosas mais energia, mais mobilidade, mais bens em geral, mais capacidade de sobrevivência, em suma, mais segurança. Seus benefícios eram indiscutíveis e apenas confirmavam suas promessas, que pareciam ilimitadas. A partir de 1962, se quisermos uma data, o livro de Rachel Carson, “Primavera Silenciosa” punha a nu pela primeira vez o lado sombrio dessas conquistas da ciência: agrotóxicos como o DDT aumentavam, de fato, a produtividade agrícola, mas ao preço de danos tremendos à saúde e à biodiversidade. Essa primeira dissonância tornou-se muito maior nos anos 1980, quando o aquecimento global resultante das emissões de CO2 pela queima de combustíveis fósseis – justamente esses combustíveis aos quais devíamos o essencial de nosso progresso – tornou-se pela primeira vez inequívoco. A ciência começa, então, a mudar seu discurso. Ela passa a anunciar que havíamos passado da idade das promessas à idade das escolhas, de modo a evitar a idade das consequências. [...] Uma brecha começava a se abrir na imagem social da ciência. Enquanto os cientistas diziam o que queríamos ouvir, tudo era defesa e apologia da ciência. A partir do momento em que seu discurso converteu-se em alertas e advertências sobre os riscos crescentes a que começávamos a nos expor, esse entusiasmo arrefeceu.

[...]

Em nosso século, esse novo mal-estar na civilização não cessou de crescer. Ele toma hoje a forma de uma espécie de divisão esquizofrênica da autoimagem de uma sociedade moldada pela ciência. Quando entramos num avião, atravessamos uma ponte ou tomamos um remédio, somos gratos às tentativas da ciência de compreender o mundo e traduzi-lo em tecnologia. Mas quando dessa mesma ciência vem o aviso que é preciso mudar o modo de funcionamento de nossa economia, conter nossa voracidade, diminuir o consumo de carne, restaurar as florestas e redefinir nossa relação com a natureza, sob pena de nos precipitarmos num colapso de insondáveis proporções, a gratidão cede lugar à indiferença, ao descrédito e mesmo à hostilidade.

[...]

Disponível em:<https://adunicamp.org.br/artigo-o-sintomatico-desprezo-pela-ciencia/> . Acesso em: 2 ago. 2019.

A respeito da argumentação observada no texto sobre a contestação da ciência do clima, analise as afirmativas a seguir.


I. O autor não acredita na possibilidade de se contestar as notícias alarmantes sobre o tema.

II. A ideia de que “não se deve temer esse aquecimento,mas a recaída numa nova glaciação” é tomada pelo texto como uma contestação válida contra o alarmismo do aquecimento global.

III. Segundo o texto, existe uma motivação financeira impulsionando a desinformação a respeito dos avisos feitos pela ciência do clima.


Está correto o que se afirma em

  • A I, apenas.
  • B I e II, apenas.
  • C III, apenas.
  • D II e III, apenas.
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Assinale a alternativa em que todos os substantivos são do gênero masculino:

  • A eclipse – alface – champanha
  • B mascote – assombração – grama
  • C cal – jacaré – alface
  • D profeta – fantasma – telefonema
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PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA
Considerada um marco na educação brasileira, porém pouco praticada no cotidiano escolar, a Pedagogia Histórico-Crítica, teoria criada pelo pedagogo brasileiro Dermeval Saviani, tem como foco a transmissão de conteúdos científicos por parte da escola, porém sem ser conteudista. O ensino conteudista é aquele em que se passa uma quantidade enorme de conteúdo, sem se preocupar com o desenvolvimento intelectual, cultural e de raciocínio do aluno. A teoria de Saviani, no entanto, preza pelo acesso aos conhecimentos e sua compreensão por parte do estudante para que este seja inclusive capaz de transformar a sociedade.

Trata-se de uma pedagogia contra-hegemônica, inspirada no marxismo, portanto preocupada com os problemas educacionais decorrentes da exploração do homem pelo homem. É uma teoria de orientação socialista, organizada no Brasil a partir da década de 1980.

Na Pedagogia Histórico-Crítica, a educação escolar é valorizada, tendo o papel de garantir os conteúdos que permitam aos alunos compreender e participar da sociedade de forma crítica, superando a visão de senso comum. A ideia é socializar o saber sistematizado historicamente e construído pelo homem. Nesse sentido, o papel da escola é propiciar as condições necessárias para a transmissão e a assimilação desse saber.

Conforme Dermeval Saviani, que esteve em Sorocaba na segunda-feira passada, dia 10, para a aula inaugural do curso de Pedagogia na UFSCar, e concedeu entrevista exclusiva ao Educare, sua teoria pedagógica entende que a sociedade atual é injusta, baseada na exploração do trabalho pelo capital, por isso ele acredita que o movimento operário deve se organizar para que não existam mais exploradores e explorados. "Para que essa teoria se desenvolva efetivamente, é necessário um outro tipo de organização social e isso é difícil porque nesse caso a nossa sociedade é questionada, mas a ideia é assegurar aos alunos o domínio dos conhecimentos e conquistas humanas para que eles possam agir na sociedade de maneira diferente".

O professor frisa que as teorias dominantes tendem a desconsiderar a importância dos conhecimentos elaborados de base científica. "A Escola Nova secundariza o conhecimento do professor assim como o Construtivismo, entre outras propostas, que assumem posições negadoras da escola", afirma.

De acordo com Dermeval, para uma pessoa aprender a falar, ela não precisa da escola, mas para ler e escrever, sim. "Os conteúdos acabam sendo sonegados da população, dos trabalhadores na verdade, porque a elite dominante tem escolas que asseguram esse acesso. Por isso é que defendo a valorização dos conteúdos e conhecimentos sistematizados. A escola tem de priorizar isso", diz.

O educador observa que nos últimos anos as escolas têm sido incentivadas a cuidar de outras coisas. O que existe, afirma, é a inclusão de elementos que não são relevantes, que não precisam ou não deveriam entrar no currículo das escolas. "Mas há deputados que querem introduzir disciplinas. Teve um que queria incluir aula de xadrez nas escolas porque estimula o raciocínio, enfim, enquanto muitos estudantes questionam diversos tipos de conteúdos porque acreditam que não serão usados em seu dia a dia e serão esquecidos, eu defendo que eles são necessários para que se entre em outro patamar".

Como exemplo, Dermeval diz que é preciso ter acesso à norma culta da Língua Portuguesa para que o aluno tenha condições de ler os clássicos. "O andaime é indispensável para uma construção, não é porque ele não será usado mais tarde que devemos abrir mão do andaime. Então da mesma forma, na Educação, há coisas que a escola tem de desenvolver para que o estudante consiga alcançar outros degraus. O óbvio precisa ser reiterado porque acaba sendo esquecido", afirma.

Dermeval lembra que os alunos reclamam dos professores, alegando que as aulas são muito teóricas e que deveriam ser mais práticas. "Mas sem a teoria a prática fica cega. Por sua vez, a teoria sem a prática é mera abstração, então é preciso saber dosar, mas quiçá tivesse mesmo mais teorias, aí sim muita gente teria aprendido mais coisas."

Quando Dermeval fala de teoria, ele não está falando em "jogar conteúdos aos ventos", mas sim trabalhar adequadamente esses conhecimentos nas escolas.

Outra observação que o pedagogo faz é com relação às várias teorias existentes e que muitos professores têm se perdido. Alguns já não sabem mais o que seguir e acabam misturando conceitos. Aqui vai a dica: "Não cabe misturar teorias, pois isso não permite que seja feito um trabalho consistente. É preciso, sim, conhecer as várias teorias para superá-las", diz ele.

(JACINTO, Daniela. Criador da Pedagogia Histórico-Crítica fala sobre o papel da escola. Disponível em: http://bit.ly/2prSepa)

Com base no texto 'PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA', leia as afirmativas a seguir: I. A teoria de Saviani, de acordo com o texto, considera o estudante como um ser passivo, que recebe os conhecimentos advindos do mestre, sem um posicionamento crítico ante os saberes. II. Infere-se do texto que a leitura de clássicos é condição para que o estudante tenha concluído, com êxito, o seu processo de escolarização. Marque a alternativa CORRETA:

  • A As duas afirmativas são verdadeiras.
  • B A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.
  • C A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.
  • D As duas afirmativas são falsas.
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Quanto ao emprego do sinal indicativo de crase, assinale a alternativa correta.

  • A Vale considerar que, em um quadro de escassez de recursos, os governos municipais são instados à chamar para si as iniciativas que mais concretamente interferem sobre o cotidiano das pessoas.
  • B O investimento em saneamento, em suas várias dimensões, é importante para à melhoria da qualidade do ambiente e da saúde da população em todo o território nacional.
  • C Em condições de conflito, o grau de profissionalização alcançado pela burocracia estatal é posto a prova e os gestores devem mostrar capacidade para manter o Estado funcionando.
  • D O gestor municipal deve estar atento à execução eficiente das funções que lhe são incumbidas legalmente e à inclusão de novos temas de políticas públicas que emergem das mudanças que caracterizam o cotidiano da população.
  • E Os gestores que assumem à administração das prefeituras devem preservar os documentos indispensáveis a continuidade do funcionamento da máquina pública.
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Luciano Oliveira, na obra Coisas que todo professor de português precisa saber, discute a utilidade da literatura e apresenta a perspectiva de um escritor:


“Stephen Koch (2008, 52-53) nos conta a razão pela qual o premiado escritor norte-americano Phillip Roth lê e escreve textos literários: para se libertar da sua ‘própria perspectiva de vida estreita e sufocante’ e para deixar-se ‘fisgar pela afinidade imaginativa com um ponto de vista narrativo plenamente desenvolvido que não seja dele’”.


(OLIVEIRA, 2010, p. 191.)

Considerando que Luciano Oliveira (2010, p. 126), na obra Coisas que todo professor de português precisa saber, discute a atividade de escrita como um processo e sugere uma sequência de etapas para a produção textual, indique a ordem em que essas etapas devem acontecer, segundo esse autor.

( ) Organização da sequência de informações.

( ) Definição do leitor do texto.

( ) Redação do primeiro rascunho do texto.

( ) Editoração e reescrita do texto.

( ) Revisão e redação da versão final do texto.

( ) Escolha do tema do texto e do objetivo que se pretende atingir com ele.

( ) Ativação dos conhecimentos prévios e / ou construção de novos conhecimentos acerca do tema.

( ) Escolha das informações que vão constar no texto.

Assinale a sequência correta.

  • A 5ª 3ª 4ª 8ª 7ª 1ª 2ª 6ª
  • B 3ª 4ª 5ª 7ª 8ª 2ª 1ª 6ª
  • C 5ª 3ª 6ª 8ª 7ª 1ª 2ª 4ª
  • D 4ª 3ª 5ª 7ª 8ª 1ª 2ª 6ª
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Analise o trecho a seguir.


“Não por acaso, o novo conhecimento deixou o mundo perplexo e foi aplicado na investigação genética dos mais diversos casos: verificação de paternidade, de outros graus de parentesco, identificação de fósseis e até o estudo de predisposição genética a algumas doenças.”

Disponível em: <https://tinyurl.com/y2c3ot4f>. Acesso em: 5 ago. 2019.


A respeito do uso dos dois-pontos, é correto afirmar que, nesse trecho, eles marcam uma

  • A enumeração explicativa.
  • B síntese do que foi enunciado.
  • C citação de autoria diversa.
  • D consequência do que foi enunciado.
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Qual a alternativa em que ambos os adjetivos não se flexionam em gênero?

  • A juiz arrogante, sentimento fraterno
  • B cientista hindu, homem célebre
  • C elemento motor, tratamento médico-dentário
  • D esforço vão, passeio matinal
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PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA
Considerada um marco na educação brasileira, porém pouco praticada no cotidiano escolar, a Pedagogia Histórico-Crítica, teoria criada pelo pedagogo brasileiro Dermeval Saviani, tem como foco a transmissão de conteúdos científicos por parte da escola, porém sem ser conteudista. O ensino conteudista é aquele em que se passa uma quantidade enorme de conteúdo, sem se preocupar com o desenvolvimento intelectual, cultural e de raciocínio do aluno. A teoria de Saviani, no entanto, preza pelo acesso aos conhecimentos e sua compreensão por parte do estudante para que este seja inclusive capaz de transformar a sociedade.

Trata-se de uma pedagogia contra-hegemônica, inspirada no marxismo, portanto preocupada com os problemas educacionais decorrentes da exploração do homem pelo homem. É uma teoria de orientação socialista, organizada no Brasil a partir da década de 1980.

Na Pedagogia Histórico-Crítica, a educação escolar é valorizada, tendo o papel de garantir os conteúdos que permitam aos alunos compreender e participar da sociedade de forma crítica, superando a visão de senso comum. A ideia é socializar o saber sistematizado historicamente e construído pelo homem. Nesse sentido, o papel da escola é propiciar as condições necessárias para a transmissão e a assimilação desse saber.

Conforme Dermeval Saviani, que esteve em Sorocaba na segunda-feira passada, dia 10, para a aula inaugural do curso de Pedagogia na UFSCar, e concedeu entrevista exclusiva ao Educare, sua teoria pedagógica entende que a sociedade atual é injusta, baseada na exploração do trabalho pelo capital, por isso ele acredita que o movimento operário deve se organizar para que não existam mais exploradores e explorados. "Para que essa teoria se desenvolva efetivamente, é necessário um outro tipo de organização social e isso é difícil porque nesse caso a nossa sociedade é questionada, mas a ideia é assegurar aos alunos o domínio dos conhecimentos e conquistas humanas para que eles possam agir na sociedade de maneira diferente".

O professor frisa que as teorias dominantes tendem a desconsiderar a importância dos conhecimentos elaborados de base científica. "A Escola Nova secundariza o conhecimento do professor assim como o Construtivismo, entre outras propostas, que assumem posições negadoras da escola", afirma.

De acordo com Dermeval, para uma pessoa aprender a falar, ela não precisa da escola, mas para ler e escrever, sim. "Os conteúdos acabam sendo sonegados da população, dos trabalhadores na verdade, porque a elite dominante tem escolas que asseguram esse acesso. Por isso é que defendo a valorização dos conteúdos e conhecimentos sistematizados. A escola tem de priorizar isso", diz.

O educador observa que nos últimos anos as escolas têm sido incentivadas a cuidar de outras coisas. O que existe, afirma, é a inclusão de elementos que não são relevantes, que não precisam ou não deveriam entrar no currículo das escolas. "Mas há deputados que querem introduzir disciplinas. Teve um que queria incluir aula de xadrez nas escolas porque estimula o raciocínio, enfim, enquanto muitos estudantes questionam diversos tipos de conteúdos porque acreditam que não serão usados em seu dia a dia e serão esquecidos, eu defendo que eles são necessários para que se entre em outro patamar".

Como exemplo, Dermeval diz que é preciso ter acesso à norma culta da Língua Portuguesa para que o aluno tenha condições de ler os clássicos. "O andaime é indispensável para uma construção, não é porque ele não será usado mais tarde que devemos abrir mão do andaime. Então da mesma forma, na Educação, há coisas que a escola tem de desenvolver para que o estudante consiga alcançar outros degraus. O óbvio precisa ser reiterado porque acaba sendo esquecido", afirma.

Dermeval lembra que os alunos reclamam dos professores, alegando que as aulas são muito teóricas e que deveriam ser mais práticas. "Mas sem a teoria a prática fica cega. Por sua vez, a teoria sem a prática é mera abstração, então é preciso saber dosar, mas quiçá tivesse mesmo mais teorias, aí sim muita gente teria aprendido mais coisas."

Quando Dermeval fala de teoria, ele não está falando em "jogar conteúdos aos ventos", mas sim trabalhar adequadamente esses conhecimentos nas escolas.

Outra observação que o pedagogo faz é com relação às várias teorias existentes e que muitos professores têm se perdido. Alguns já não sabem mais o que seguir e acabam misturando conceitos. Aqui vai a dica: "Não cabe misturar teorias, pois isso não permite que seja feito um trabalho consistente. É preciso, sim, conhecer as várias teorias para superá-las", diz ele.

(JACINTO, Daniela. Criador da Pedagogia Histórico-Crítica fala sobre o papel da escola. Disponível em: http://bit.ly/2prSepa)

Com base no texto 'PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA', leia as afirmativas a seguir: I. Saviani elabora uma crítica ao Construtivismo e ao Movimento Escola Nova, pois, segundo ele, os pressupostos dessas teorias estão relacionados a uma visão centralizadora da escola e unilateral do professor. II. Pode-se dizer, a partir do texto, que o teórico defende uma sistematização dos saberes historicamente construídos, bem como a inclusão, no currículo escolar, de elementos que, aparentemente, não tenham relevância para o estudante, mas que lhe permitam ter acesso a alguns patamares. Marque a alternativa CORRETA:

  • A As duas afirmativas são verdadeiras.
  • B A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.
  • C A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.
  • D As duas afirmativas são falsas.
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Considerando o emprego dos tempos e modos verbais, assinale a alternativa correta.

  • A Embora a adoção de modelos participativos de gestão melhora as práticas de governo, nem todos os gestores facilitam a interlocução com a sociedade.
  • B A política de assistência social e as ações para interferir sobre as desigualdades de raça e gênero devam ganhar força nas agendas municipais.
  • C Atualmente, o ordenamento do espaço e a questão da mobilidade urbana tinham relevância crescente nos governos municipais.
  • D A gestão ambiental, as orientações para o uso e ocupação do solo, em conjunção com a questão fiscal, são fundamentais para que se atingem os objetivos de desenvolvimento sustentável.
  • E É importante que haja formação de parcerias com setores estratégicos e diálogo com a população para o bom encaminhamento das questões governamentais.
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INSTRUÇÃO: Leia o fragmento a seguir, que se encontra na obra Portos de passagem, de João Wanderley Geraldi, em que se discute, a propósito das concepções de leitura, o estatuto do texto nas aulas de língua portuguesa, para responder à questão.

“A questão já não é ‘corrigir’ leituras com base numa leitura privilegiada e apresentada como única; mas também não é admitir qualquer leitura como legitimável (ou legítima), como se o texto não fosse condição necessária à leitura e como se neste o autor não mobilizasse os recursos expressivos em busca de uma leitura possível. Trata-se agora de reconstruir, em face de uma leitura de um texto, a caminhada interpretativa do leitor: descobrir por que este sentido foi construído a partir das ‘pistas’ fornecidas pelo texto. Isto significa se perguntar, no mínimo, que variáveis sociais, culturais e linguísticas foram acionadas pelo aluno para produzir a leitura que produziu. Isto significa dar atenção ao fato de que a compreensão é uma forma de diálogo.”

(GERALDI, 2013, p. 112-113.)

Nesse fragmento, Geraldi defende a concepção de que a leitura

  • A é um processo de natureza dialógica, permeado por uma série de fatores, mas centrado no texto.
  • B diz respeito a um domínio eminentemente discursivo, centrado nas práticas sociais e culturais.
  • C deve considerar, antes de tudo, a produção de sentido pelo sujeito-leitor, em razão do qual os textos são produzidos.
  • D é um processo interlocutivo, no qual o autor conduz o leitor no percurso da interpretação.
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No calor da hora

    Os impactos climáticos são mais agressivos e acelerados do que se supunha há uma década. A temperatura global entre 2015 e 2019, por exemplo, será mais alta que em qualquer período equivalente já registrado. “Ondas de calor disseminadas e duradouras, recordes de incêndios e outros eventos devastadores como ciclones tropicais, enchentes e secas têm impactos imensos no desenvolvimento socioeconômico e ambiental”, afirma o relatório das Nações Unidas publicado por ocasião do debate anual da Assembleia-Geral. O estudo, sugestivamente denominado Unidos na Ciência, foi produzido pelo Grupo Consultivo de Ciências da Cúpula da Ação Climática e compila de maneira altamente sintética as descobertas científicas decisivas mais recentes no domínio das pesquisas sobre mudanças climáticas.
    Estima-se que a temperatura global esteja hoje 1,1 grau Celsius acima da era pré-industrial (1850-1900) e 0,2 grau acima da média da temperatura global entre 2011 e 2015. Como resultado, a ascensão do nível do mar está acelerando e a água já se tornou 26% mais ácida do que no início da era industrial, com grande prejuízo para a vida marinha. Nos últimos 40 anos, a extensão de gelo ártico no mar declinou aproximadamente 12% por década. Entre 1979 e 2018 a perda anual de gelo do lençol glacial antártico sextuplicou. As ondas de calor aumentaram os índices de letalidade ambiental nos últimos cinco anos. No verão de 2019, os incêndios florestais na região ártica cresceram sem precedentes. Só em junho as queimadas emitiram 50 megatons de dióxido de carbono na atmosfera, mais do que a soma de todas as emissões no mesmo mês entre 2010 e 2018.
    Estima-se que, para atingir a meta dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável de limitar o aumento da temperatura em relação à era pré-industrial a 2 graus, os esforços atuais precisam ser triplicados. No caso da meta ideal de limitar esse aumento a 1,5 grau, esses esforços precisariam ser quintuplicados. Tecnicamente, dizem os pesquisadores, isso ainda é possível, mas demandará ações urgentes de intensificação e replicação das políticas mais bem-sucedidas.
    Em resumo, os crescentes impactos climáticos intensificam o risco de cruzar limites irreversíveis. Os pesquisadores apontam três setores que precisam investir diretamente na descarbonização: finanças, energia e indústria. Além disso, outras três áreas são decisivas: soluções baseadas na natureza, ações locais e urbanas e o incremento da resiliência e adaptação às mudanças climáticas, especialmente nos países mais vulneráveis.
(https://opiniao.estadao.com.br. Adaptado)

Considere as passagens: • “Ondas de calor disseminadas e duradouras, recordes de incêndios e outros eventos devastadores como ciclones tropicais, enchentes e secas têm impactos imensos no desenvolvimento socioeconômico e ambiental”... (1º parágrafo) • Só em junho as queimadas emitiram 50 megatons de dióxido de carbono na atmosfera, mais do que a soma de todas as emissões no mesmo mês entre 2010 e 2018. (2º parágrafo) • Tecnicamente, dizem os pesquisadores, isso ainda é possível, mas demandará ações urgentes de intensificação e replicação das políticas mais bem-sucedidas. (3º parágrafo) As expressões destacadas são empregadas, respectivamente, com a função de:

  • A exemplificar; comparar; opor uma informação a outra.
  • B comparar; opor uma informação a outra; concluir.
  • C enumerar; comparar; explicar a informação anterior.
  • D exemplificar; resumir; adicionar uma informação a outra.
  • E comparar; comparar; indicar a condição da informação.
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Assinale a alternativa correta no que diz respeito à concordância nominal e verbal.

  • A Os ocupantes do cargo de prefeito atua em duas dimensões interligada e de forte impacto social: são agentes que desempenha papéis tanto no nível técnico quanto no político.
  • B Os assuntos que regra a conduta do gestor idealmente deveriam fazer parte dos valores que se aprende em casa: ética, solidariedade, transparência, empatia, honestidade.
  • C As áreas de políticas públicas setoriais, em sua natureza finalística, precisa ser trabalhada com rara qualidade: saúde e educação por si sós são o clamor das ruas e nenhum gestor poderá descuidar da busca de excelência para ambas.
  • D A gestão financeira e orçamentária exigem rigor no encontro de receita e despesa, no criterioso uso de recursos, na restrição de gastos supérfluo e ostentatório, na prestação de contas e na transparência.
  • E Atualmente, os cidadãos brasileiros são mais conscientes do que no passado e exigem seus direitos e maior qualidade de vida, interessando‐se pela sustentabilidade em uma perspectiva de perenidade do planeta.
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TEXTO I

‘Stamos em pleno mar... Abrindo as velas  

Ao quente arfar das virações marinhas,  

Veleiro brigue corre à flor dos mares,  

Como roçam na vaga as andorinhas...


Donde vem? onde vai?  Das naus errantes  

Quem sabe o rumo se é tão grande o espaço?  

Neste saara os corcéis o pó levantam,   

Galopam, voam, mas não deixam traço.


[...]


Negras mulheres, suspendendo às tetas   

Magras crianças, cujas bocas pretas   

Rega o sangue das mães:   

Outras moças, mas nuas e espantadas,   

No turbilhão de espectros arrastadas,  

Em ânsia e mágoa vãs!


E ri-se a orquestra irônica, estridente...  

E da ronda fantástica a serpente   

Faz doudas espirais...  

Se o velho arqueja, se no chão resvala,   

Ouvem-se gritos... o chicote estala.  

E voam mais e mais...


Presa nos elos de uma só cadeia,   

A multidão faminta cambaleia,  

E chora e dança ali!  

Um de raiva delira, outro enlouquece,   

Outro, que martírios embrutece,  

Cantando, geme e ri!


No entanto o capitão manda a manobra,  

E após fitando o céu que se desdobra,  

Tão puro sobre o mar,  

Diz do fumo entre os densos nevoeiros:  

“Vibrai rijo o chicote, marinheiros!

Fazei-os mais dançar!...”

                                                            (Navio Negreiro – Castro Alves – 1880).

Disponível em:<http://biblio.com.br/defaultz.asp?link=http://biblio.com.br/ conteudo/ Castro Alves/navionegreiro.htm>. Acesso em: 5 ago. 2019.


TEXTO II

Estamos em pleno mar, embarcações de ferro e aço

Onde pessoas disputam palmo a palmo por um espaço

Nesse imenso rio negro de piche e asfalto

Cristo observa tudo calado de braços abertos lá do alto

Onde a lei do silêncio impede que ecoe o grito do morro

Dos poetas em barracos sem forro, que clamam por socorro

Homens de pele escura, sem sobrenome importante

Filhos de reis e rainhas de uma terra tão distante

O mar separa o Brasil da África

Um rio separa as periferias das mansões de magnatas

Uniformes diferenciam funcionários de patrões

A cor denuncia vítimas antigas de explorações

Trazidos em porões e navios negreiros

Tratados como animais, vendidos a fazendeiros

Vivendo em cativeiros

Negociados como mercadoria

Enriquecendo a classe nobre, hoje chamada burguesia

Deixou pra trás dialetos e crença

Caçados, mortos e açoitados quem tentou resistência

Tratados como gado, sem direito à educação

Emudeceram seus tambores, amaldiçoaram sua religião


[...]

                                                     (Navio Negreiro – Slim Rimografia – 2011).

Disponível em:<https://www.letras.mus.br/slim-rimografia/navio-negreiro/> . Acesso em: 5 ago. 2019.

A respeito da relação que os dois textos estabelecem entre si, analise as afirmativas a seguir.


I. Apesar de se tratar de textos de gêneros textuais distintos (poesia e letra de música), ambos os abordam o processo de escravidão no Brasil.

II. A repetição do primeiro verso e o uso do mesmo título do texto I, feitos pelo texto II, contribuem para a construção do significado do texto II.

III. No texto I, observa-se o uso de aspectos estéticos da linguagem, trabalhada de forma poética por Castro Alvos. Essa característica não está presente no texto II.


Está correto o que se afirma em

  • A I, apenas
  • B I e II, apenas.
  • C I, II e III.
  • D III, apenas.
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Estão corretamente empregadas as palavras na frase:

  • A Os noivos receberam os cumprimentos no salão de festas.
  • B O detetive que investigava o caso agiu com descrição.
  • C O motorista foi autuado porque infligiu a velocidade permitida.
  • D As denúncias contra o deputado imergiram durante a eleição.
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PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA
Considerada um marco na educação brasileira, porém pouco praticada no cotidiano escolar, a Pedagogia Histórico-Crítica, teoria criada pelo pedagogo brasileiro Dermeval Saviani, tem como foco a transmissão de conteúdos científicos por parte da escola, porém sem ser conteudista. O ensino conteudista é aquele em que se passa uma quantidade enorme de conteúdo, sem se preocupar com o desenvolvimento intelectual, cultural e de raciocínio do aluno. A teoria de Saviani, no entanto, preza pelo acesso aos conhecimentos e sua compreensão por parte do estudante para que este seja inclusive capaz de transformar a sociedade.

Trata-se de uma pedagogia contra-hegemônica, inspirada no marxismo, portanto preocupada com os problemas educacionais decorrentes da exploração do homem pelo homem. É uma teoria de orientação socialista, organizada no Brasil a partir da década de 1980.

Na Pedagogia Histórico-Crítica, a educação escolar é valorizada, tendo o papel de garantir os conteúdos que permitam aos alunos compreender e participar da sociedade de forma crítica, superando a visão de senso comum. A ideia é socializar o saber sistematizado historicamente e construído pelo homem. Nesse sentido, o papel da escola é propiciar as condições necessárias para a transmissão e a assimilação desse saber.

Conforme Dermeval Saviani, que esteve em Sorocaba na segunda-feira passada, dia 10, para a aula inaugural do curso de Pedagogia na UFSCar, e concedeu entrevista exclusiva ao Educare, sua teoria pedagógica entende que a sociedade atual é injusta, baseada na exploração do trabalho pelo capital, por isso ele acredita que o movimento operário deve se organizar para que não existam mais exploradores e explorados. "Para que essa teoria se desenvolva efetivamente, é necessário um outro tipo de organização social e isso é difícil porque nesse caso a nossa sociedade é questionada, mas a ideia é assegurar aos alunos o domínio dos conhecimentos e conquistas humanas para que eles possam agir na sociedade de maneira diferente".

O professor frisa que as teorias dominantes tendem a desconsiderar a importância dos conhecimentos elaborados de base científica. "A Escola Nova secundariza o conhecimento do professor assim como o Construtivismo, entre outras propostas, que assumem posições negadoras da escola", afirma.

De acordo com Dermeval, para uma pessoa aprender a falar, ela não precisa da escola, mas para ler e escrever, sim. "Os conteúdos acabam sendo sonegados da população, dos trabalhadores na verdade, porque a elite dominante tem escolas que asseguram esse acesso. Por isso é que defendo a valorização dos conteúdos e conhecimentos sistematizados. A escola tem de priorizar isso", diz.

O educador observa que nos últimos anos as escolas têm sido incentivadas a cuidar de outras coisas. O que existe, afirma, é a inclusão de elementos que não são relevantes, que não precisam ou não deveriam entrar no currículo das escolas. "Mas há deputados que querem introduzir disciplinas. Teve um que queria incluir aula de xadrez nas escolas porque estimula o raciocínio, enfim, enquanto muitos estudantes questionam diversos tipos de conteúdos porque acreditam que não serão usados em seu dia a dia e serão esquecidos, eu defendo que eles são necessários para que se entre em outro patamar".

Como exemplo, Dermeval diz que é preciso ter acesso à norma culta da Língua Portuguesa para que o aluno tenha condições de ler os clássicos. "O andaime é indispensável para uma construção, não é porque ele não será usado mais tarde que devemos abrir mão do andaime. Então da mesma forma, na Educação, há coisas que a escola tem de desenvolver para que o estudante consiga alcançar outros degraus. O óbvio precisa ser reiterado porque acaba sendo esquecido", afirma.

Dermeval lembra que os alunos reclamam dos professores, alegando que as aulas são muito teóricas e que deveriam ser mais práticas. "Mas sem a teoria a prática fica cega. Por sua vez, a teoria sem a prática é mera abstração, então é preciso saber dosar, mas quiçá tivesse mesmo mais teorias, aí sim muita gente teria aprendido mais coisas."

Quando Dermeval fala de teoria, ele não está falando em "jogar conteúdos aos ventos", mas sim trabalhar adequadamente esses conhecimentos nas escolas.

Outra observação que o pedagogo faz é com relação às várias teorias existentes e que muitos professores têm se perdido. Alguns já não sabem mais o que seguir e acabam misturando conceitos. Aqui vai a dica: "Não cabe misturar teorias, pois isso não permite que seja feito um trabalho consistente. É preciso, sim, conhecer as várias teorias para superá-las", diz ele.

(JACINTO, Daniela. Criador da Pedagogia Histórico-Crítica fala sobre o papel da escola. Disponível em: http://bit.ly/2prSepa)

Com base no texto 'PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA', leia as afirmativas a seguir: I. De acordo com a autora do texto, as ideias da pedagogia Histórico-Crítica estão centradas num processo de aquisição real do conhecimento em que o educando assimila passivamente uma gama de saberes para mudança de classe social. II. Demerval Saviani sugere que haja um equilíbrio entre teoria e prática, pois uma não anula a existência da outra. Entretanto, lamenta não existir um maior arcabouço de teorias. Marque a alternativa CORRETA:

  • A As duas afirmativas são verdadeiras.
  • B A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.
  • C A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.
  • D As duas afirmativas são falsas.
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INSTRUÇÃO: Leia o excerto a seguir, retirado da obra Norma culta brasileira: desatando alguns nós, de Carlos Alberto Faraco, para responder à questão.

Ensinar gramática?

A crítica à gramatiquice e ao normativismo não significa, como pensam alguns desavisados, o abandono da reflexão gramatical e do ensino da norma culta / comum / standard. Refletir sobre a estrutura da língua e sobre seu funcionamento social é atividade auxiliar indispensável para o domínio fluente da fala e da escrita. E conhecer a norma culta / comum / standard é parte integrante do amadurecimento das nossas competências linguístico culturais, em especial as que estão relacionadas à cultura escrita. O lema aqui pode ser: reflexão gramatical sem gramatiquice e estudo da norma culta / comum / standard sem normativismo.

Não cabe, no ensino de português, apenas agir no sentido de os alunos ampliarem seu domínio das atividades de fala e escrita. Junto com esse trabalho (que é, digamos com todas as letras, a parte central do ensino), é necessário realizar sempre uma ação reflexiva sobre a própria língua, integrando as atividades verbais e o pensar sobre elas.

Esse pensar visa a compreensão do funcionamento interno da língua e deve caminhar de uma percepção intuitiva dos fatos a uma progressiva sistematização, acompanhada da introdução do vocabulário gramatical básico (aquele que é indispensável, por exemplo, para se entender as informações contidas nos dicionários). No fundo, trata-se de desenvolver uma atitude científica de observar e descrever a organização estrutural da língua, com destaque para a imensa variedade de formas expressivas alternativas à disposição dos falantes.

(FARACO, 2008, p. 157-158.)

Faraco recomenda ao professor que

  • A abandone o uso da nomenclatura apresentada pela gramática tradicional.
  • B restrinja o ensino de gramática às atividades de leitura e de produção textual.
  • C promova um ensino de gramática pautado na reflexão sobre as estruturas linguísticas.
  • D ensine gramática com o respaldo da metodologia descritiva das ciências exatas.
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INSTRUÇÃO: Leia o fragmento a seguir, que se encontra na obra Portos de passagem, de João Wanderley Geraldi, em que se discute, a propósito das concepções de leitura, o estatuto do texto nas aulas de língua portuguesa, para responder à questão.

“A questão já não é ‘corrigir’ leituras com base numa leitura privilegiada e apresentada como única; mas também não é admitir qualquer leitura como legitimável (ou legítima), como se o texto não fosse condição necessária à leitura e como se neste o autor não mobilizasse os recursos expressivos em busca de uma leitura possível. Trata-se agora de reconstruir, em face de uma leitura de um texto, a caminhada interpretativa do leitor: descobrir por que este sentido foi construído a partir das ‘pistas’ fornecidas pelo texto. Isto significa se perguntar, no mínimo, que variáveis sociais, culturais e linguísticas foram acionadas pelo aluno para produzir a leitura que produziu. Isto significa dar atenção ao fato de que a compreensão é uma forma de diálogo.”

(GERALDI, 2013, p. 112-113.)

Depreende-se desse texto que, ao professor, cabe a tarefa de

  • A ensinar ao aluno técnicas básicas de leitura.
  • B construir, junto com o aluno, possibilidades de leitura.
  • C permitir que o aluno, por seus próprios meios, desenvolva uma leitura ideal.
  • D facilitar, para o aluno, a leitura de textos que não estejam apropriados ao seu nível de escolaridade.

Noções de Primeiros Socorros

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Uma mulher estava alegre num restaurante, ria bastante com as amigas da universidade, mas não parava de comer as carnes do rodízio. De repente, ela engasgou; tentou tossir; disfarçou; mas estava em tensão e se complicando. Aquela situação ia se agravando. Ficou de pé; os olhos arregalados, lacrimejantes; agitou-se; levou as mãos ao pescoço e não conseguia falar nem respirar. O rosto foi arroxeando devido à hipóxia, ao estado de cianose, da baixa oxigenação no sangue, na cabeça. Imaginou que iria morrer. Acenou por ajuda, mas ninguém do grupo sabia o que fazer naquele momento. Todas estavam atônitas e desesperadas. Contudo, do corredor do centro do salão, veio uma jovem para ajudá-la. Imediatamente fez, cuidadosamente, umas quatro a seis compressões abdominais, para dentro e para cima, aumentando a pressão torácica. De repente, a mulher expulsou, lançou pela boca o pedaço da carne engasgada e voltou a respirar normalmente e foi se acalmando.

Conforme a imagem vista na figura abaixo, foi feito o socorro básico e necessário para salvá-la.

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

Com base no relato do caso e a respeito do procedimento da socorrista, a manobra executada foi a de
  • A Sellick.
  • B Adams.
  • C Valsalva.
  • D Heimlich.
  • E Guinard Demos e Hartmann.
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Os acidentes de motocicleta quase sempre são fatais, e alguns dos condutores desse tipo de veículo não cumprem as exigências de proteção e de direção defensiva estipulada pelas leis de trânsito. Os acidentados podem ficar com sequelas irreversíveis para sempre. Num resgate, o pessoal socorrista tenta, imediatamente, estabilizar a vítima e conduzi-la ao hospital específico mais próximo.

Temos abaixo a imagem do pessoal em atividade socorrista imobilizando uma vítima de acidente numa estrada.

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

Nesse caso, utilizam-se a prancha, as amarras e o colete cervical para evitar que o socorrido tenha
  • A uma crise nervosa de pânico e se desespere no momento do resgate.
  • B outras fraturas ósseas mais complicadas nos membros, no crânio e nas costelas.
  • C um melhor atendimento médico no hospital para onde está sendo transportado.
  • D estabilização da coluna vertebral, evitando lesões neurológicas graves.
  • E sangramentos mais intensos e venha a entrar em choque hipovolêmico e morrer.
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Mesmo quando todos os cuidados são tomados e apesar da supervisão atenta dos adultos, podem acontecer acidentes na instituição de Educação Infantil. Nesses casos, é necessário saber como agir para evitar que maiores danos sejam causados à saúde da criança. Seja qual for o acidente ocorrido e sua gravidade:

  • A a família deve ser sempre informada, com detalhes do que aconteceu com a criança.
  • B devemos sempre chamar o pronto-socorro, para evitar complicações jurídicas.
  • C todas as crianças devem ver o que aconteceu, para que aprendam a se cuidar.
  • D a culpa do acidente recai sobre o professor e o auxiliar de sala.
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O socorro de emergência não é um tratamento médico, mas sim uma ação de tomada de decisão que melhor se aplica à criança acidentada. Quando se tratar de cortes e ferimentos superficiais:

  • A abaixe bem o membro ferido para diminuir o sangue, se o ferimento for nos braços ou pernas.
  • B jamais faça pressão no local ferido com um pano limpo ou gaze.
  • C lavar o local com água e sabão, mesmo que ainda esteja sangrando.
  • D se o corte for muito grande ou o sangue não parar, encaminhe a criança ao médico ou posto.
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Os primeiros socorros para as crianças de 0 a 5 anos de idade se relacionam com os acidentes comuns nessa fase. O socorro de emergência não é um tratamento médico, mas sim uma ação de tomada de decisão que melhor se aplica à criança acidentada. Para que o tratamento de emergência seja eficiente, o primeiro passo é o professor manter a calma e assumir o controle da situação, tranquilizando a criança e afastando-a da fonte de perigo, caso essa remoção não ofereça maiores danos à criança acidentada. Acerca do exposto, analise cada uma das situações apresentadas e os procedimentos adotados quanto aos primeiros socorros.
I. Se a criança apresentar um corte superficial na perna deve-se levantar o membro ferido, fazer uma pequena pressão no local com um gaze e quando o sangue estiver contido, pode-se lavar o local com água e sabão.
II. Se a criança sofrer uma queda deve-se colocar gelo no local para evitar o inchaço ou formação de hematomas. É importante observar se o local apresenta inchaço ou se a criança queixa-se de dores para avaliar a necessidade de encaminhamento ao posto de saúde.
III. Se a criança for picada por escorpião, deve-se retirar o ferrão, lavar o local com água e sabão ficar atento ao local da ferroada, pois pode provocar alergia e coceira na criança.
IV. Se a criança for mordida por um cão, deve-se lavar o local com água e sabão, conter o sangue e cobrir com gaze. Em seguida, encaminhar a criança ao posto de saúde para avaliação da necessidade de tomar vacina contra tétano e profilaxia contra raiva.
Estão corretos os procedimentos
  • A I, II, III e IV.
  • B I e II, apenas.
  • C I, II e IV, apenas.
  • D I, III e IV, apenas.
  • E II, III e IV, apenas.
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São procedimentos de primeiros socorros adequados para atender vítima de atropelamento com hemorragia e perda abundante de sangue do corpo, exceto:

  • A Providenciar a sinalização do local para a segurança da vítima e de quem estiver prestando socorro.
  • B Realizar massagem cardíaca e aplicar açúcar ou pó de café para estancar a hemorragia.
  • C Acionar o serviço de emergência e solicitar a presença de uma ambulância com urgência ao local.
  • D Imobilizar a vítima e evitar movê-la a fim de prevenir lesões.
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Segundo Flegel (2008), a manobra de Heimlich deve ser utilizada em caso de

  • A lesão na face e na cabeça.
  • B lesão em órgãos internos.
  • C lesões em membros inferiores.
  • D lesões em membros superiores
  • E obstrução total das vias respiratórias.
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Os pais e cuidadores devem ser alertados quanto ao risco de morte súbita de crianças no primeiro ano de vida, sobretudo nos primeiros 6 meses. Eles devem receber a orientação de que a melhor maneira de prevenir casos assim é colocando a criança para dormir
  • A de barriga para cima.
  • B do lado esquerdo.
  • C do lado direito.
  • D de bruços com a cabeceira em linha reta.
  • E de bruços com a cabeceira elevada.
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Sobre medidas de primeiros socorros, em caso de queimaduras, considere:

I - Se a vítima estiver impregnada de substância química que proporcione queimadura é necessário removê-la imediatamente.

II - Caso a vítima esteja em chamas, é necessário envolvê-la em uma manta, toalha umedecida ou cobertor, fazendo com que o fogo cesse por meio da técnica de abafamento.

III - Em casos em que o socorrista não tenha nenhuma manta ou coisa parecida deve-se fazer com que a vítima role pelo chão até que o fogo cesse.

IV - Em caso de queimadura, não é recomendado dar água frequentemente para que à vítima beba.

Assinale a alternativa que apresenta a(s) afirmativa(s) correta(s).

  • A I e III.
  • B II e IV.
  • C III.
  • D I, II e III.
  • E I, II, III e IV.
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As paradas cardiorrespiratórias neonatais são predominantemente por asfixias. Contudo, quando há etiologia claramente cardíaca, realiza-se a razão de 15:2 ou 30:2 para reanimação cardiopulmonar, respectivamente com 2 ou 1 socorrista. Sendo assim, quando o motivo for asfixia, independente do número de socorristas, essa razão deve ser de?

  • A 3:1
  • B 6:1
  • C 10:2
  • D 15:2