Resolver o Simulado Técnico - Enfermagem - SELECON - Nível Médio

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Enfermagem

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No Mapa de Riscos Ocupacionais de um ambiente de trabalho, os riscos ergonômicos são indicados com a cor

  • A vermelha.
  • B azul.
  • C marrom.
  • D verde.
  • E amarela.
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Os riscos em um ambiente de trabalho podem ser classificados em diversos tipos, como físicos, químicos, biológicos e ergonômicos.

Os itens a seguir são considerados riscos ergonômicos, à exceção de um. Assinale-o.

  • A Calor excessivo.
  • B Fadiga muscular.
  • C Esforço físico intenso.
  • D Repetitividade.
  • E Postura inadequada.
3

A Ergonomia pode ser dividida em três segmentos distintos, identificados, a seguir, pelos algarismos I, II e III.


I. Atua de maneira restrita, modificando elementos parciais do posto de trabalho, como dimensões, iluminação, ruído, disposição de salas etc.

II. Interfere amplamente no projeto do posto de trabalho, dos instrumentos, da máquina do sistema de produção, organização do trabalho e formação pessoal.

III. Orienta os profissionais de diversas áreas de atuação, com o objetivo de transmitir os conhecimentos já existentes e fazer com que esses profissionais os utilizem.


Estes três segmentos são denominados, respectivamente,

  • A de correção, de conscientização e de concepção.
  • B de correção, de concepção e de conscientização.
  • C de concepção, de conscientização e de correção.
  • D de concepção, de correção e de conscientização.
  • E de conscientização, de correção e de concepção.
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Após a análise primária, constatou-se um afogamento nos graus 1 a 4, em uma vítima inconsciente, porém com batimentos cardíacos e respiração. Nesse caso, o tratamento recomendado para a vítima é composto de cinco etapas.


Assinale a opção que as apresenta na ordem correta.

  • A Aquecer a vítima / monitorar sinais vitais / limpar vômitos e secreções / posicionar a vítima em decúbito lateral direito / fazer oxigenoterapia.
  • B Posicionar a vítima em decúbito lateral direito / limpar vômitos e secreções / fazer oxigenoterapia / monitorar sinais vitais / aquecer a vítima.
  • C Fazer oxigenoterapia / posicionar a vítima em decúbito lateral direito / limpar vômitos e secreções / aquecer a vítima / monitorar sinais vitais.
  • D Limpar vômitos e secreções / posicionar a vítima em decúbito lateral direito / aquecer a vítima / fazer oxigenoterapia / monitorar sinais vitais.
  • E Monitorar sinais vitais / limpar vômitos e secreções / Posicionar a vítima em decúbito lateral direito / aquecer a vítima / fazer oxigenoterapia.
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A habituação ao risco é o termo utilizado para denominar

  • A a tendência das pessoas e dos trabalhadores a subestimar o risco das tarefas que realizam frequentemente.
  • B o processo de treinamento de uma pessoa a conviver com situações de risco.
  • C a conscientização das pessoas ao risco que incorrem ao realizar determinadas tarefas.
  • D a realização de procedimentos mitigatórios quando da ocorrência de acidentes.
  • E a preparação do ambiente em que uma pessoa trabalha, quando há risco de acidentes.
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Avaliando-se o comportamento das pessoas e o seu processo físico, a grande maioria dos afogamentos é composta de fases sucessivas, segundo a seguinte ordem:

  • A angústia, submersão e pânico.
  • B angústia, pânico e submersão.
  • C pânico, angústia e submersão.
  • D pânico, submersão e angústia.
  • E submersão, angústia e pânico.
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Leia atentamente os procedimentos a seguir.


I. Colocar uma mão sobre o tórax e a outra sob o abdômen do afogado

II. Realizar 30 compressões cardíacas, alternadas com 2 ventilações

III. Prosseguir apenas com as compressões quando houver retorno da respiração e batimentos cardíacos

IV. Entregar o afogado à equipe médica, quando esta chegar ao local


Dentre esses procedimentos, os indicados, durante um processo de RCP realizado por um socorrista, são

  • A I e II, somente.
  • B I e III, somente.
  • C II e IV, somente.
  • D I, II e IV, somente.
  • E I, II, III e IV.
8

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

Em relação à questão anterior, as manobras de “Tração da Mandíbula”, “Elevação do Queixo” e “Extensão da Cabeça” são alternativas para realizar o procedimento descrito no item

  • A I.
  • B II.
  • C III.
  • D IV.
  • E V.
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O protocolo de avaliação de uma vítima de afogamento é definido pelo mnemônico A.B.C.D.E., em que cada letra da sigla corresponde a determinado procedimento, dentre os listados a seguir.


I Expor a vítima ao ambiente, removendo trajes inadequados.

II Verificar circulação, através do pulso central e perfusão capilar.

III Estabilizar a coluna cervical manualmente e certificar-se da permeabilidade das vias aéreas.

IV Verificar disfunção neurológica.

V Verificar respiração.


Assinale a opção que apresenta a sequência adequada desses procedimentos.

  • A III – V – II - IV – I.
  • B II – IV – I - V – III.
  • C I – II – V – III – IV.
  • D IV – I – III – II – V.
  • E V – III – IV – I – II.
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Tecnicamente, o afogamento consiste em uma asfixia em meio líquido, que resulta em aspiração de água e alojamento de líquido nos alvéolos.


Assinale a opção que apresenta algumas das consequências desse processo e que causam vários distúrbios ao organismo.

  • A acúmulo de ácido lático, hiperoxia e aumento de CO2.
  • B redução de ácido lático, hipóxia e aumento de CO2.
  • C redução de ácido lático, hiperoxia e redução de CO2.
  • D acúmulo de ácido lático, hipóxia e aumento de CO2.
  • E acúmulo de ácido lático, hipóxia e redução de CO2.

Legislação Municipal

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Nos termos da Lei Orgânica do Município de Jaru, a Administração Municipal compreende:

  • A o Poder Executivo, exercido pelos Vereadores, e o Poder Legislativo, exercido pelos Secretários Municipais, sob orientação do Prefeito.
  • B o Poder Executivo, exercido pelo Prefeito, e o Poder Legislativo, exercido pela Câmara Municipal, através dos Vereadores.
  • C o Poder Judiciário, exercido pelos juízes de carreira, e o Poder Executivo, exercido pelo Prefeito.
  • D o Poder Judiciário, exercido através dos Secretários Municipais, e o Poder Legislativo, exercido pelo Prefeito.
  • E o Poder Legislativo, exercido pelo Congresso Nacional, e o Poder Executivo, exercido pelo Presidente da República.
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O Decreto Municipal nº 18.226/08 regula o Subsistema de Transporte Especial Complementar (STEC) do Município de Salvador.


Assinale a opção que indica, segundo esse decreto, a infração que, na primeira reincidência, acarretará multa ao permissionário.

  • A Manter pessoal de operação sem vínculo empregatício com os permissionários.
  • B Deixar de atender a programação de vistoria dos veículos estabelecida pela TRANSALVADOR.
  • C Abastecer ou efetuar a manutenção do veículo com passageiro a bordo.
  • D Trafegar com velocidade inferior à mínima estabelecida pelo CTB.
  • E Operar, após as 18 horas, com as luzes internas, letreiros e demais iluminações do veículo apagadas.
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O Decreto Municipal nº 25.966/15, que regula a operação do Serviço Público de Transporte Coletivo de Passageiros por Ônibus (STCO) no Município de Salvador, pune o condutor que utiliza telefone celular ou fone de ouvido conectado a qualquer aparelho eletrônico sonoro.


Assinale a opção que qualifica, corretamente, a infração e estabelece o valor da multa.

  • A Infração de natureza leve, punida com multa de valor correspondente a 10 vezes o valor da tarifa em vigor no STCO.
  • B Infração de natureza média, punida com multa de valor correspondente a 30 vezes o valor da tarifa em vigor no STCO.
  • C Infração de natureza média, punida com multa de valor correspondente a 50 vezes o valor da tarifa em vigor no STCO.
  • D Infração de natureza grave, punida com multa de valor correspondente a 100 vezes o valor da tarifa em vigor no STCO.
  • E Infração de natureza gravíssima, punida com multa de valor correspondente a 200 vezes o valor da tarifa em vigor no STCO.
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O Art. 7º, inciso IX, da Lei Orgânica Municipal de Salvador estabelece que compete ao Município dispor sobre o uso de logradouros públicos, especialmente no perímetro urbano. Assim sendo, o Prefeito Municipal editou o Decreto nº 27.862/16, aprovando o regulamento do Serviço de Transporte de Escolares (SETES).


O decreto publicado pelo Chefe do Executivo local, do ponto de vista formal,

  • A viola o princípio da separação dos Poderes, por conter normas gerais e abstratas, que deveriam ser editadas pelo Poder Legislativo.
  • B viola o princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional, eis que, por conter normas gerais e abstratas, deveria ser previamente ratificado Poder Judiciário.
  • C não viola qualquer princípio constitucional, porque decorre do poder hierárquico, que o autoriza a editar atos legislativos em substituição à Câmara Municipal.
  • D não viola o princípio da separação dos Poderes, porque decorre do poder regulamentar, que o autoriza a editar atos gerais e abstratos para complementar a lei e permitir a sua efetiva aplicação.
  • E não viola o princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional, porque decorre do poder disciplinar, que o autoriza a editar atos concretos e específicos para disciplinar a vida em sociedade.
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Joana, servidora pública estável do Município de Salvador, foi posta em disponibilidade. Após 8 meses, recebeu um comunicado de que iria ocupar um cargo de atribuições e vencimento compatíveis com o exercido anteriormente.


À luz da sistemática estabelecida pela Lei Complementar nº 1/1991 do Município de Salvador, é correto afirmar que o retorno de Joana é denominado de

  • A reintegração.
  • B aproveitamento.
  • C readaptação.
  • D progressão funcional.
  • E redistribuição funcional.
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Antônia, após regular concurso público, passou a desempenhar as funções afetas a determinado cargo de provimento efetivo no Município de Salvador. Após alguns meses ocupando o cargo, consultou um advogado sobre a aquisição de estabilidade.


Considerando os termos da Lei Complementar nº 1/1991 do Município de Salvador, o advogado respondeu corretamente que Antônia

  • A tornara-se estável ao iniciar o exercício da função.
  • B tornar-se-á estável após 3 anos, período no qual estará em estágio probatório.
  • C tornar-se-á estável após 2 anos, período no qual estará em estágio probatório.
  • D tornar-se-á estável após 1 anos, período no qual estará em estágio probatório.
  • E não irá adquirir estabilidade enquanto não for aprovada no exame de estabilidade previsto em lei.
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A jornada diária de trabalho de Pedro, servidor público do Município de Salvador, foi fixada em 8 horas pelo respectivo Plano de Carreira e Vencimentos. Em determinado momento, Pedro foi comunicado por sua chefia imediata que, naquele dia, seria necessária a prorrogação da duração do trabalho normal por motivo de força maior.


Considerando que Pedro não desempenhava jornada especial e muito menos trabalhava em regime de turnos, é correto afirmar, à luz da Lei Complementar nº 1/1991, que o ato da chefia imediata é

  • A lícito, desde que a prorrogação da jornada de trabalho do dia não ultrapasse 12 horas.
  • B ilícito, pois a jornada de trabalho de Pedro não poderia ser prorrogada.
  • C lícito, desde que a prorrogação da jornada de trabalho não ultrapasse 16 horas e seja assegurada folga no dia posterior.
  • D Ilícito, pois a jornada de trabalho somente pode ser prorrogada por força de dissídio coletivo.
  • E lícito, desde que a prorrogação da jornada de trabalho do dia não ultrapasse 10 horas.
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Antônio foi aprovado em concurso público para o provimento de cargo efetivo no Município de Salvador, concurso este devidamente homologado. Considerando os termos do Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos do Município de Salvador, é correto afirmar que, anteriormente ao início do exercício funcional, Antônio deve passar pelas seguintes fases:

  • A inspeção médica oficial, apresentação da documentação necessária à nomeação, nomeação e posse.
  • B apresentação da documentação necessária à nomeação, inspeção médica caso tenha deficiência, nomeação e posse
  • C inspeção médica oficial, apresentação da documentação necessária à nomeação, posse e nomeação.
  • D apresentação da documentação necessária à nomeação, inspeção médica caso tenha deficiência, nomeação e posse.
  • E apresentação da documentação necessária à nomeação, posse, nomeação e inspeção médica caso tenha deficiência.
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Diversas associações cujo objeto social era a preservação do regular desenvolvimento urbano do Município de Salvador, desenvolveram campanha com o objetivo de estabelecer modificações no Plano Diretor da cidade, a partir de projeto de lei de iniciativa do órgão competente.


Ao consultarem seus advogados a respeito dos obstáculos jurídicos a serem enfrentados, foram informadas corretamente de que o Plano Diretor do Município de Salvador

  • A não pode ser alterado após a sua aprovação.
  • B somente pode ser alterado 8 anos após a sua aprovação.
  • C pode ser alterado antes da revisão a ser realizada 8 anos após a sua aprovação.
  • D somente pode ser alterado antes de transcorridos 8 anos desde a sua aprovação por iniciativa de 2/3 dos vereadores.
  • E somente pode ser alterado antes de transcorridos 10 anos desde a sua aprovação por iniciativa de 1/3 dos vereadores.
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Ao tomar conhecimento de que parte da população estava insatisfeito com o modo como certos assuntos de interesse do Município de Salvador estavam disciplinados em sua lei orgânica, o Vereador Alfa solicitou que sua assessoria analisasse quem estava legitimado a propor a sua emenda.


A assessoria respondeu corretamente que a Lei Orgânica do Município de Salvador poderia ser emendada mediante proposta apresentada

  • A exclusivamente pelo Chefe do Poder Executivo.
  • B por qualquer vereador.
  • C por munícipes, que representem no mínimo 5% dos eleitores.
  • D por dois terços dos vereadores.
  • E por Comissão da Câmara Municipal.

Português

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Considere o texto abaixo para responder às questões.


Renato Janine Ribeiro: A velocidade ficou maior do que as pessoas conseguem alcançar. Somos bombardeados diariamente sobre novidades na produção do hardware e do software dos computadores. O indivíduo tem um computador e, em pouco tempo, é lançado outro mais potente. Talvez em breve as pessoas se convençam de que não há necessidade de uma renovação tão frequente. A grande maioria das pessoas usam bem pouco dos recursos de seus computadores. Devemos sempre lembrar que as invenções existem para nos servir, e não o contrário. Quer dizer, a demanda é que as pessoas se adaptem às máquinas, e não que as máquinas se adaptem às pessoas.

Flávio Gikovate: Tenho a impressão de que isso não ocorre só com a tecnologia. Tenho a sensação de que sempre chegamos tarde. As pessoas compram muitas coisas desnecessárias. Veja o caso das roupas: só porque a cintura da calça subiu ou desceu ligeiramente, elas trocam todas as que possuíam. Trata-se de um movimento em que as pessoas estão sempre devendo.


(Adaptado de: GIKOVATE, Flávio & RIBEIRO, Renato Janine. Nossa sorte, nosso norte. Campinas: Papirus, 2012)

No contexto, o verbo que pode ser flexionado no singular, sem prejuízo das relações de sentido e da correção, está sublinhado em:

  • A que as invenções existem para nos servir.
  • B que as máquinas se adaptem às pessoas.
  • C elas trocam todas as que possuíam.
  • D A velocidade ficou maior do que as pessoas conseguem alcançar.
  • E A grande maioria das pessoas usam bem pouco dos recursos de seus computadores.
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Considere o texto abaixo para responder às questões.


Renato Janine Ribeiro: A velocidade ficou maior do que as pessoas conseguem alcançar. Somos bombardeados diariamente sobre novidades na produção do hardware e do software dos computadores. O indivíduo tem um computador e, em pouco tempo, é lançado outro mais potente. Talvez em breve as pessoas se convençam de que não há necessidade de uma renovação tão frequente. A grande maioria das pessoas usam bem pouco dos recursos de seus computadores. Devemos sempre lembrar que as invenções existem para nos servir, e não o contrário. Quer dizer, a demanda é que as pessoas se adaptem às máquinas, e não que as máquinas se adaptem às pessoas.

Flávio Gikovate: Tenho a impressão de que isso não ocorre só com a tecnologia. Tenho a sensação de que sempre chegamos tarde. As pessoas compram muitas coisas desnecessárias. Veja o caso das roupas: só porque a cintura da calça subiu ou desceu ligeiramente, elas trocam todas as que possuíam. Trata-se de um movimento em que as pessoas estão sempre devendo.


(Adaptado de: GIKOVATE, Flávio & RIBEIRO, Renato Janine. Nossa sorte, nosso norte. Campinas: Papirus, 2012)

Flávio Gikovate: Tenho a impressão de que isso não ocorre só com a tecnologia. (2o parágrafo)


Transposto para o discurso indireto, o trecho acima assume a seguinte redação:

  • A Flávio disse que teria a impressão de que isso não ocorrerá só com a tecnologia.
  • B Flávio afirmou que teve a impressão de que isso não ocorreria só com tecnologia.
  • C Tem-se a impressão, conforme afirma Flávio, de que isso não ocorrerá só com a tecnologia.
  • D Flávio disse que tinha a impressão de que isso não ocorreu só com a tecnologia.
  • E Flávio afirmou que tinha a impressão de que isso não ocorria só com a tecnologia.
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Considere o texto abaixo para responder às questões.


Renato Janine Ribeiro: A velocidade ficou maior do que as pessoas conseguem alcançar. Somos bombardeados diariamente sobre novidades na produção do hardware e do software dos computadores. O indivíduo tem um computador e, em pouco tempo, é lançado outro mais potente. Talvez em breve as pessoas se convençam de que não há necessidade de uma renovação tão frequente. A grande maioria das pessoas usam bem pouco dos recursos de seus computadores. Devemos sempre lembrar que as invenções existem para nos servir, e não o contrário. Quer dizer, a demanda é que as pessoas se adaptem às máquinas, e não que as máquinas se adaptem às pessoas.

Flávio Gikovate: Tenho a impressão de que isso não ocorre só com a tecnologia. Tenho a sensação de que sempre chegamos tarde. As pessoas compram muitas coisas desnecessárias. Veja o caso das roupas: só porque a cintura da calça subiu ou desceu ligeiramente, elas trocam todas as que possuíam. Trata-se de um movimento em que as pessoas estão sempre devendo.


(Adaptado de: GIKOVATE, Flávio & RIBEIRO, Renato Janine. Nossa sorte, nosso norte. Campinas: Papirus, 2012)

Depreende-se corretamente do texto:

  • A Ao se referir ao caso das roupas (2o parágrafo), o autor assinala que a indústria da moda impõe estilos de beleza com os quais nem todos concordam.
  • B Com a afirmação de que isso não ocorre só com a tecnologia (2o parágrafo), critica-se o uso inadequado dos recursos oferecidos pelos computadores.
  • C No segmento e não o contrário (1o parágrafo), o autor reforça a ideia de que as invenções existem para servir às pessoas.
  • D Com o uso do termo bombardeados (1o parágrafo), o autor conclui que, se fosse possível, as pessoas prefeririam ser menos dependentes da tecnologia.
  • E Ao mencionar a velocidade (1o parágrafo) dos dias de hoje, o autor enaltece a tendência da indústria tecnológica de estar sempre à procura de ultrapassar a si mesma.
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Considere o texto abaixo para responder às questões.


Seis de janeiro, Epifania ou Dia de Reis (em referência aos reis magos), fecha o ciclo natalino que, entre os romanos, festejava o renascimento do sol depois do solstício de inverno (o dia mais curto do ano).

Era uma festa de invocação do sol, pelo fim das noites invernais. Durante esses festejos pagãos, os papéis sociais se confundiam. Havia troca de presentes e de identidades. O escravo assumia o lugar de senhor, o homem se vestia de mulher − como se, para agradar à natureza, tivéssemos de reconhecer a arbitrariedade das convenções culturais.

Nesse intervalo de poucos dias, o homem aceitava como natural o que por convenção as relações sociais e de poder não permitiam. Ameaçado pelos caprichos da natureza, reconhecia que as coisas são mais complexas do que estamos dispostos a ver.

É plausível que Shakespeare tenha escrito “Noite de Reis”, segundo Harold Bloom sua comédia mais bem-sucedida, pensando nessa carnavalização solar, para comemorar a Epifania. A peça conta a história de Viola e Sebastian, gêmeos que naufragam ao largo do que hoje seria Croácia, Montenegro ou Albânia, e que no texto se chama Ilíria. Viola acredita que o irmão se afogou. Ao oferecer seus serviços ao duque de Ilíria, ela se disfarça de homem, assumindo o nome de Cesário. É o suficiente para pôr em andamento uma comédia de erros na qual as identidades serão confrontadas com a relatividade das nossas convicções.

O sentido irônico do subtítulo da peça − “o que bem quiserem ou desejarem” − dá a entender que os desejos desafiam as convenções que os encobrem. As convenções se modificam conforme a necessidade. Os desejos as contradizem. Identidade e desejo são muitas vezes incompatíveis.

É o que reivindica a filósofa Rosi Braidotti. Braidotti critica a banalização dos discursos identitários, uma incapacidade de lidar com a complexidade, análoga às soluções simplistas que certos discursos contrapõem às contradições. Diante da complexidade, é natural seguir a ilusão das respostas mais simples.

Sob a graça da comédia, Shakespeare trata da fluidez das identidades. Epifania tem a ver com a luz, com o entendimento e a compreensão. Mas para voltar a ver e compreender é preciso admitir que as contradições são parte constitutiva do mundo. A democracia, em sua imperfeição e irrealização permanentes, depende disso.


(Adaptado de: CARVALHO, Bernardo. Disponível em: www1.folha.uol.com.br)

Está correta a redação deste livre comentário:

  • A Na medida em que nossas convicções sociais são relativas, não surpreendem que as noções de identidade sejam confrontadas a elas.
  • B Deve ser visto como fator inerente à consolidação da democracia as contradições que existem na sociedade.
  • C As convenções sociais podem ser assimiladas com clareza, mas o desejo que lhes confrontam costumam ser incompreensíveis.
  • D Demanda a democracia, sistema em permanente construção, o reconhecimento de que contradições são inerentes às sociedades humanas.
  • E Em nome do temor da instabilidade da natureza, já se criou rituais onde se suspendem critérios de controle de impulsos inconscientes.
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Considere o texto abaixo para responder às questões.


Seis de janeiro, Epifania ou Dia de Reis (em referência aos reis magos), fecha o ciclo natalino que, entre os romanos, festejava o renascimento do sol depois do solstício de inverno (o dia mais curto do ano).

Era uma festa de invocação do sol, pelo fim das noites invernais. Durante esses festejos pagãos, os papéis sociais se confundiam. Havia troca de presentes e de identidades. O escravo assumia o lugar de senhor, o homem se vestia de mulher − como se, para agradar à natureza, tivéssemos de reconhecer a arbitrariedade das convenções culturais.

Nesse intervalo de poucos dias, o homem aceitava como natural o que por convenção as relações sociais e de poder não permitiam. Ameaçado pelos caprichos da natureza, reconhecia que as coisas são mais complexas do que estamos dispostos a ver.

É plausível que Shakespeare tenha escrito “Noite de Reis”, segundo Harold Bloom sua comédia mais bem-sucedida, pensando nessa carnavalização solar, para comemorar a Epifania. A peça conta a história de Viola e Sebastian, gêmeos que naufragam ao largo do que hoje seria Croácia, Montenegro ou Albânia, e que no texto se chama Ilíria. Viola acredita que o irmão se afogou. Ao oferecer seus serviços ao duque de Ilíria, ela se disfarça de homem, assumindo o nome de Cesário. É o suficiente para pôr em andamento uma comédia de erros na qual as identidades serão confrontadas com a relatividade das nossas convicções.

O sentido irônico do subtítulo da peça − “o que bem quiserem ou desejarem” − dá a entender que os desejos desafiam as convenções que os encobrem. As convenções se modificam conforme a necessidade. Os desejos as contradizem. Identidade e desejo são muitas vezes incompatíveis.

É o que reivindica a filósofa Rosi Braidotti. Braidotti critica a banalização dos discursos identitários, uma incapacidade de lidar com a complexidade, análoga às soluções simplistas que certos discursos contrapõem às contradições. Diante da complexidade, é natural seguir a ilusão das respostas mais simples.

Sob a graça da comédia, Shakespeare trata da fluidez das identidades. Epifania tem a ver com a luz, com o entendimento e a compreensão. Mas para voltar a ver e compreender é preciso admitir que as contradições são parte constitutiva do mundo. A democracia, em sua imperfeição e irrealização permanentes, depende disso.


(Adaptado de: CARVALHO, Bernardo. Disponível em: www1.folha.uol.com.br)

Depreende-se do contexto que a filósofa Rosi Braidotti, mencionada no 6o parágrafo,

  • A lança dúvida sobre a noção de que identidade e desejo possam ser conciliados.
  • B incentiva a busca de respostas simples para problemas intrincados.
  • C critica a simplificação de questões identitárias complexas.
  • D considera ilusória a complexidade dos discursos identitários.
  • E defende a ideia de que ao discurso devem corresponder ações práticas.
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Considere o texto abaixo para responder às questões.


Seis de janeiro, Epifania ou Dia de Reis (em referência aos reis magos), fecha o ciclo natalino que, entre os romanos, festejava o renascimento do sol depois do solstício de inverno (o dia mais curto do ano).

Era uma festa de invocação do sol, pelo fim das noites invernais. Durante esses festejos pagãos, os papéis sociais se confundiam. Havia troca de presentes e de identidades. O escravo assumia o lugar de senhor, o homem se vestia de mulher − como se, para agradar à natureza, tivéssemos de reconhecer a arbitrariedade das convenções culturais.

Nesse intervalo de poucos dias, o homem aceitava como natural o que por convenção as relações sociais e de poder não permitiam. Ameaçado pelos caprichos da natureza, reconhecia que as coisas são mais complexas do que estamos dispostos a ver.

É plausível que Shakespeare tenha escrito “Noite de Reis”, segundo Harold Bloom sua comédia mais bem-sucedida, pensando nessa carnavalização solar, para comemorar a Epifania. A peça conta a história de Viola e Sebastian, gêmeos que naufragam ao largo do que hoje seria Croácia, Montenegro ou Albânia, e que no texto se chama Ilíria. Viola acredita que o irmão se afogou. Ao oferecer seus serviços ao duque de Ilíria, ela se disfarça de homem, assumindo o nome de Cesário. É o suficiente para pôr em andamento uma comédia de erros na qual as identidades serão confrontadas com a relatividade das nossas convicções.

O sentido irônico do subtítulo da peça − “o que bem quiserem ou desejarem” − dá a entender que os desejos desafiam as convenções que os encobrem. As convenções se modificam conforme a necessidade. Os desejos as contradizem. Identidade e desejo são muitas vezes incompatíveis.

É o que reivindica a filósofa Rosi Braidotti. Braidotti critica a banalização dos discursos identitários, uma incapacidade de lidar com a complexidade, análoga às soluções simplistas que certos discursos contrapõem às contradições. Diante da complexidade, é natural seguir a ilusão das respostas mais simples.

Sob a graça da comédia, Shakespeare trata da fluidez das identidades. Epifania tem a ver com a luz, com o entendimento e a compreensão. Mas para voltar a ver e compreender é preciso admitir que as contradições são parte constitutiva do mundo. A democracia, em sua imperfeição e irrealização permanentes, depende disso.


(Adaptado de: CARVALHO, Bernardo. Disponível em: www1.folha.uol.com.br)

É plausível que Shakespeare tenha escrito “Noite de Reis” [...] para comemorar a Epifania. A peça conta a história de Viola e Sebastian, gêmeos que naufragam ao largo do que hoje seria Croácia, Montenegro ou Albânia... (4o parágrafo)


Está correta a redação da seguinte frase, em que se contemplam as principais ideias do segmento transcrito acima:

  • A Admite-se que “Noite de Reis”, de Shakespeare, em cuja a peça se conta a história dos gêmeos, Viola e Sebastian, que naufragam ao largo do que hoje seria Croácia, Montenegro ou Albânia, fora escrita em comemoração à Epifania.
  • B A peça “Noite de Reis”, em que se conta a história dos gêmeos Viola e Sebastian, naufragados ao largo do que hoje seria Croácia, Montenegro ou Albânia, pode ter sido escrita por Shakespeare em comemoração da Epifania.
  • C A fim de comemorar a Epifania, conforme se atesta, Shakespeare escreveu “Noite de Reis”, peça à qual revela a história dos gêmeos Viola e Sebastian naufragando ao largo do que hoje seria Croácia, Montenegro ou Albânia.
  • D A partir da presunção de que Shakespeare escrevera “Noite de Reis” em comemoração à Epifania, têm-se, na peça, a história dos gêmeos Viola e Sebastian cujo naufrágio se deu ao largo do que hoje seria Croácia, Montenegro ou Albânia.
  • E Conforme se atribui à Shakespeare a comemoração da Epifania por meio da peça “Noite de Reis”, em que conta-se a história dos gêmeos Viola e Sebastian, que naufragam ao largo do que hoje seria Croácia, Montenegro ou Albânia.
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Considere o texto abaixo para responder às questões.


Seis de janeiro, Epifania ou Dia de Reis (em referência aos reis magos), fecha o ciclo natalino que, entre os romanos, festejava o renascimento do sol depois do solstício de inverno (o dia mais curto do ano).

Era uma festa de invocação do sol, pelo fim das noites invernais. Durante esses festejos pagãos, os papéis sociais se confundiam. Havia troca de presentes e de identidades. O escravo assumia o lugar de senhor, o homem se vestia de mulher − como se, para agradar à natureza, tivéssemos de reconhecer a arbitrariedade das convenções culturais.

Nesse intervalo de poucos dias, o homem aceitava como natural o que por convenção as relações sociais e de poder não permitiam. Ameaçado pelos caprichos da natureza, reconhecia que as coisas são mais complexas do que estamos dispostos a ver.

É plausível que Shakespeare tenha escrito “Noite de Reis”, segundo Harold Bloom sua comédia mais bem-sucedida, pensando nessa carnavalização solar, para comemorar a Epifania. A peça conta a história de Viola e Sebastian, gêmeos que naufragam ao largo do que hoje seria Croácia, Montenegro ou Albânia, e que no texto se chama Ilíria. Viola acredita que o irmão se afogou. Ao oferecer seus serviços ao duque de Ilíria, ela se disfarça de homem, assumindo o nome de Cesário. É o suficiente para pôr em andamento uma comédia de erros na qual as identidades serão confrontadas com a relatividade das nossas convicções.

O sentido irônico do subtítulo da peça − “o que bem quiserem ou desejarem” − dá a entender que os desejos desafiam as convenções que os encobrem. As convenções se modificam conforme a necessidade. Os desejos as contradizem. Identidade e desejo são muitas vezes incompatíveis.

É o que reivindica a filósofa Rosi Braidotti. Braidotti critica a banalização dos discursos identitários, uma incapacidade de lidar com a complexidade, análoga às soluções simplistas que certos discursos contrapõem às contradições. Diante da complexidade, é natural seguir a ilusão das respostas mais simples.

Sob a graça da comédia, Shakespeare trata da fluidez das identidades. Epifania tem a ver com a luz, com o entendimento e a compreensão. Mas para voltar a ver e compreender é preciso admitir que as contradições são parte constitutiva do mundo. A democracia, em sua imperfeição e irrealização permanentes, depende disso.


(Adaptado de: CARVALHO, Bernardo. Disponível em: www1.folha.uol.com.br)

Leia as afirmações abaixo a respeito da pontuação do texto.

I. As vírgulas que isolam o segmento segundo Harold Bloom sua comédia mais bem-sucedida (4o parágrafo) podem ser substituídas por parênteses sem prejuízo das relações de sentido estabelecidas no contexto.

II. Sem prejuízo do sentido original, uma pontuação alternativa para o segmento O sentido irônico do subtítulo da peça − “o que bem quiserem ou desejarem” − dá a entender que... (5o parágrafo) é: O sentido irônico do subtítulo da peça: “o que bem quiserem ou desejarem”, dá a entender que...

III. No segmento ...como se, para agradar à natureza, tivéssemos de reconhecer a arbitrariedade das convenções culturais (2o parágrafo), o segmento isolado por vírgulas assinala noção de finalidade.

Está correto o que se afirma APENAS em

  • A I e III.
  • B I.
  • C II e III.
  • D I e II.
  • E III.
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Considere o texto abaixo para responder às questões.


Seis de janeiro, Epifania ou Dia de Reis (em referência aos reis magos), fecha o ciclo natalino que, entre os romanos, festejava o renascimento do sol depois do solstício de inverno (o dia mais curto do ano).

Era uma festa de invocação do sol, pelo fim das noites invernais. Durante esses festejos pagãos, os papéis sociais se confundiam. Havia troca de presentes e de identidades. O escravo assumia o lugar de senhor, o homem se vestia de mulher − como se, para agradar à natureza, tivéssemos de reconhecer a arbitrariedade das convenções culturais.

Nesse intervalo de poucos dias, o homem aceitava como natural o que por convenção as relações sociais e de poder não permitiam. Ameaçado pelos caprichos da natureza, reconhecia que as coisas são mais complexas do que estamos dispostos a ver.

É plausível que Shakespeare tenha escrito “Noite de Reis”, segundo Harold Bloom sua comédia mais bem-sucedida, pensando nessa carnavalização solar, para comemorar a Epifania. A peça conta a história de Viola e Sebastian, gêmeos que naufragam ao largo do que hoje seria Croácia, Montenegro ou Albânia, e que no texto se chama Ilíria. Viola acredita que o irmão se afogou. Ao oferecer seus serviços ao duque de Ilíria, ela se disfarça de homem, assumindo o nome de Cesário. É o suficiente para pôr em andamento uma comédia de erros na qual as identidades serão confrontadas com a relatividade das nossas convicções.

O sentido irônico do subtítulo da peça − “o que bem quiserem ou desejarem” − dá a entender que os desejos desafiam as convenções que os encobrem. As convenções se modificam conforme a necessidade. Os desejos as contradizem. Identidade e desejo são muitas vezes incompatíveis.

É o que reivindica a filósofa Rosi Braidotti. Braidotti critica a banalização dos discursos identitários, uma incapacidade de lidar com a complexidade, análoga às soluções simplistas que certos discursos contrapõem às contradições. Diante da complexidade, é natural seguir a ilusão das respostas mais simples.

Sob a graça da comédia, Shakespeare trata da fluidez das identidades. Epifania tem a ver com a luz, com o entendimento e a compreensão. Mas para voltar a ver e compreender é preciso admitir que as contradições são parte constitutiva do mundo. A democracia, em sua imperfeição e irrealização permanentes, depende disso.


(Adaptado de: CARVALHO, Bernardo. Disponível em: www1.folha.uol.com.br)

A referência à comédia de Shakespeare acentua a seguinte ideia:

  • A O aspecto lúdico dos rituais de celebração da natureza visa à aceitação dos limites impostos pelas normas sociais.
  • B Normas sociais, ainda que arbitrárias, devem ser impostas no intuito de se dominar a natureza humana.
  • C As convenções sociais lembram ao homem que a soberania da natureza deve ser reconhecida.
  • D O impulso de transpor limites convencionais gera consequências indesejáveis e deve ser evitado.
  • E As convenções sociais são arbitrárias e costumam ir de encontro a desejos humanos.
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Considere o texto abaixo para responder às questões.


Seis de janeiro, Epifania ou Dia de Reis (em referência aos reis magos), fecha o ciclo natalino que, entre os romanos, festejava o renascimento do sol depois do solstício de inverno (o dia mais curto do ano).

Era uma festa de invocação do sol, pelo fim das noites invernais. Durante esses festejos pagãos, os papéis sociais se confundiam. Havia troca de presentes e de identidades. O escravo assumia o lugar de senhor, o homem se vestia de mulher − como se, para agradar à natureza, tivéssemos de reconhecer a arbitrariedade das convenções culturais.

Nesse intervalo de poucos dias, o homem aceitava como natural o que por convenção as relações sociais e de poder não permitiam. Ameaçado pelos caprichos da natureza, reconhecia que as coisas são mais complexas do que estamos dispostos a ver.

É plausível que Shakespeare tenha escrito “Noite de Reis”, segundo Harold Bloom sua comédia mais bem-sucedida, pensando nessa carnavalização solar, para comemorar a Epifania. A peça conta a história de Viola e Sebastian, gêmeos que naufragam ao largo do que hoje seria Croácia, Montenegro ou Albânia, e que no texto se chama Ilíria. Viola acredita que o irmão se afogou. Ao oferecer seus serviços ao duque de Ilíria, ela se disfarça de homem, assumindo o nome de Cesário. É o suficiente para pôr em andamento uma comédia de erros na qual as identidades serão confrontadas com a relatividade das nossas convicções.

O sentido irônico do subtítulo da peça − “o que bem quiserem ou desejarem” − dá a entender que os desejos desafiam as convenções que os encobrem. As convenções se modificam conforme a necessidade. Os desejos as contradizem. Identidade e desejo são muitas vezes incompatíveis.

É o que reivindica a filósofa Rosi Braidotti. Braidotti critica a banalização dos discursos identitários, uma incapacidade de lidar com a complexidade, análoga às soluções simplistas que certos discursos contrapõem às contradições. Diante da complexidade, é natural seguir a ilusão das respostas mais simples.

Sob a graça da comédia, Shakespeare trata da fluidez das identidades. Epifania tem a ver com a luz, com o entendimento e a compreensão. Mas para voltar a ver e compreender é preciso admitir que as contradições são parte constitutiva do mundo. A democracia, em sua imperfeição e irrealização permanentes, depende disso.


(Adaptado de: CARVALHO, Bernardo. Disponível em: www1.folha.uol.com.br)

Depreende-se do texto que, durante os festejos romanos mencionados,

  • A havia troca de presentes entre senhores e escravos, cujos papéis sociais, entretanto, não se confundiam.
  • B eram aceitas com naturalidade certas trocas de identidade habitualmente proibidas pela organização social.
  • C pessoas do povo recuperavam tradições culturais que haviam sido abolidas pelas classes dominantes.
  • D tradições religiosas eram temporariamente suspensas e retomadas após o solstício.
  • E ritos pagãos de veneração à natureza mesclavam-se a manifestações religiosas para homenagear os reis magos.
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Considere o texto abaixo para responder às questões.


Tendo em vista a textura volitiva da mente individual, a perene tensão entre o presente e o futuro nas nossas deliberações, entre o que seria melhor do ponto de vista tático ou local, de um lado, e o melhor do ponto de vista estratégico, mais abrangente, de outro, resulta em conflito.

Comer um doce é decisão tática; controlar a dieta, estratégica. Estudar (ou não) para a prova de amanhã é uma escolha tática; fazer um curso de longa duração faz parte de um plano de vida. As decisões estratégicas, assim como as táticas, são tomadas no presente. A diferença é que aquelas têm o longo prazo como horizonte e visam à realização de objetivos mais remotos e permanentes.

O homem, observou o poeta Paul Valéry, “é herdeiro e refém do tempo”. A principal morada do homem está no passado ou no futuro. Foi a capacidade de reter o passado e agir no presente tendo em vista o futuro que nos tirou da condição de animais errantes. Contudo, a faculdade de arbitrar entre as premências do presente e os objetivos do futuro imaginado é muitas vezes prejudicada pela propensão espontânea a atribuir um valor desproporcional àquilo que está mais próximo no tempo.

Como observa David Hume, “não existe atributo da natureza humana que provoque mais erros em nossa conduta do que aquele que nos leva a preferir o que quer que esteja presente em relação ao que está distante e remoto, e que nos faz desejar os objetos mais de acordo com a sua situação do que com o seu valor intrínseco”.


(Adaptado de: GIANNETTI, Eduardo. Auto-engano. São Paulo: Companhia das Letras, 1997, edição digital)

O homem [...] “é herdeiro e refém do tempo”. A principal morada do homem está no passado ou no futuro. (3o parágrafo)

Considerado o contexto, o sentido do que se diz acima está corretamente reproduzido em um único período em:

  • A A principal morada do homem está no passado ou no futuro, mas este é herdeiro e refém do tempo.
  • B A principal morada do homem, na qual é herdeiro e refém do tempo, está no passado ou no futuro.
  • C O homem é herdeiro e refém do tempo, conquanto sua principal morada esteja no passado ou no futuro.
  • D Embora o homem seja herdeiro e refém do tempo, sua principal morada está no passado ou no futuro.
  • E O homem, cuja principal morada está no passado ou no futuro, é herdeiro e refém do tempo.