Resolver o Simulado Nível Médio

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Português

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Política pública de saneamento básico: as bases do saneamento como direito de cidadania e os debates sobre novos modelos de gestão

Ana Lucia Britto
Professora Associada do PROURB-FAU-UFRJ
Pesquisadora do INCT Observatório das Metrópoles

    A Assembleia Geral da ONU reconheceu em 2010 que o acesso à água potável e ao esgotamento sanitário é indispensável para o pleno gozo do direito à vida. É preciso, para tanto, fazê-lo de modo financeiramente acessível e com qualidade para todos, sem discriminação. Também obriga os Estados a eliminarem progressivamente as desigualdades na distribuição de água e esgoto entre populações das zonas rurais ou urbanas, ricas ou pobres.
    No Brasil, dados do Ministério das Cidades indicam que cerca de 35 milhões de brasileiros não são atendidos com abastecimento de água potável, mais da metade da população não tem acesso à coleta de esgoto, e apenas 39% de todo o esgoto gerado são tratados. Aproximadamente 70% da população que compõe o déficit de acesso ao abastecimento de água possuem renda domiciliar mensal de até ½ salário mínimo por morador, ou seja, apresentam baixa capacidade de pagamento, o que coloca em pauta o tema do saneamento financeiramente acessível.
    Desde 2007, quando foi criado o Ministério das Cidades, identificam-se avanços importantes na busca de diminuir o déficit já crônico em saneamento e pode-se caminhar alguns passos em direção à garantia do acesso a esses serviços como direito social. Nesse sentido destacamos as Conferências das Cidades e a criação da Secretaria de Saneamento e do Conselho Nacional das Cidades, que deram à política urbana uma base de participação e controle social.
    Houve também, até 2014, uma progressiva ampliação de recursos para o setor, sobretudo a partir do PAC 1 e PAC 2; a instituição de um marco regulatório (Lei 11.445/2007 e seu decreto de regulamentação) e de um Plano Nacional para o setor, o PLANSAB, construído com amplo debate popular, legitimado pelos Conselhos Nacionais das Cidades, de Saúde e de Meio Ambiente, e aprovado por decreto presidencial em novembro de 2013.
    Esse marco legal e institucional traz aspectos essenciais para que a gestão dos serviços seja pautada por uma visão de saneamento como direito de cidadania: a) articulação da política de saneamento com as políticas de desenvolvimento urbano e regional, de habitação, de combate à pobreza e de sua erradicação, de proteção ambiental, de promoção da saúde; e b) a transparência das ações, baseada em sistemas de informações e processos decisórios participativos institucionalizados.
    A Lei 11.445/2007 reforça a necessidade de planejamento para o saneamento, por meio da obrigatoriedade de planos municipais de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgotos, drenagem e manejo de águas pluviais, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos. Esses planos são obrigatórios para que possam ser estabelecidos contratos de delegação da prestação de serviços e para que possam ser acessados recursos do governo federal (OGU, FGTS e FAT), com prazo final para sua elaboração terminando em 2017. A Lei reforça também a participação e o controle social, através de diferentes mecanismos como: audiências públicas, definição de conselho municipal responsável pelo acompanhamento e fiscalização da política de saneamento, sendo que a definição desse conselho também é condição para que possam ser acessados recursos do governo federal.
    O marco legal introduz também a obrigatoriedade da regulação da prestação dos serviços de saneamento, visando à garantia do cumprimento das condições e metas estabelecidas nos contratos, à prevenção e à repressão ao abuso do poder econômico, reconhecendo que os serviços de saneamento são prestados em caráter de monopólio, o que significa que os usuários estão submetidos às atividades de um único prestador.

FONTE: adaptado de http://www.assemae.org.br/artigos/item/1762-saneamento-basico-como-direito-de-cidadania
Assinale a alternativa em que todos os vocábulos do enunciado são acentuados pela mesma regra.
  • A Uma sólida política de saneamento tem que levar em conta os problemas econômicos da população.
  • B Há um sistema acessível, mas também regulatório.
  • C Pressente-se um crônico sentimento de impotência, resíduo da própria história.
  • D Os termos de privacidade do sistema construído pelos estagiários são inaceitáveis.
  • E As audiências públicas são realizadas em caráter extraordinário.
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Texto


O menino parado no sinal de trânsito vem em minha direção e pede esmola. Eu preferia que ele não viesse. [...] Sua paisagem é a mesma que a nossa: a esquina, os meios-fios, os postes. Mas ele se move em outro mapa, outro diagrama. Seus pontos de referência são outros.

Como não tem nada, pode ver tudo. Vive num grande playground, onde pode brincar com tudo, desde que “de fora”. O menino de rua só pode brincar no espaço “entre” as coisas. Ele está fora do carro, fora da loja, fora do restaurante. A cidade é uma grande vitrine de impossibilidades. [...] Seu ponto de vista é o contrário do intelectual: ele não vê o conjunto nem tira conclusões históricas – só detalhes interessam. O conceito de tempo para ele é diferente do nosso. Não há segunda-feira, colégio, happy hour. Os momentos não se somam, não armazenam memórias. Só coisas “importantes”: “Está na hora do português da lanchonete despejar o lixo...” ou “estão dormindo no meu caixote...”[...]

Se não sentir fome ou dor, ele curte. Acha natural sair do útero da mãe e logo estar junto aos canos de descarga pedindo dinheiro. Ele se acha normal; nós é que ficamos anormais com a sua presença.

(JABOR, A. O menino está fora da paisagem. O Estado de São

Paulo, São Paulo, 14 abr. 2009. Caderno 2, p. D 10)

Em “Eu preferia que ele não viesse.” (1º§), nota-se um emprego mais coloquial da regência do verbo preferir, contrariando a norma culta. Isso se explica devido:
  • A ao uso de apenas um dos complementos exigidos pelo verbo.
  • B à presença de um complemento verbal na forma de oração.
  • C à ausência da preposição “a” antes do complemento verbal.
  • D ao emprego do conectivo “que” como ferramenta coesiva.
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Assinale a alternativa em que a colocação de ambos os pronomes destacados nas expressões está de acordo com a norma-padrão.

  • A Nem sempre nos damos conta da importância de preservarmo-nos da exposição pública.
  • B Ainda encontram-se pessoas dispostas a fazer amigos fora das redes sociais, atitude que traria-lhes mais privacidade.
  • C Nos propomos ajudar em tudo e concentraremo-nos nas causas mais urgentes e humanitárias.
  • D Viam-se pessoas revoltadas, que não tinham conformado-se com a perda de suas casas durante o incêndio.
  • E Esforçam-se para que as mensagens do celular não distraiam-nos durante o expediente.
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Leia o texto para responder à questão.


    A vida de Virginia Woolf (1882-1941), que sempre se orgulhou de ser autodidata, pode ser resumida através de uma das suas obras: A Viagem (The Voyage Out). Escrito 26 anos antes de ela morrer, foi seu primeiro romance, mas pode ser definido como o livro sobre a sua vida. Nele, a reconhecida autora britânica reflete sobre suas preocupações – as pessoais e as do momento social que lhe coube viver no começo do século XX –, suas paixões e suas insônias. E tudo isso com um estilo literário em constante experimentação, procurando sempre a identidade própria de personagens com grande sensibilidade e nostalgia.

    Desde seu início na literatura, Virginia Woolf sempre quis ampliar suas perspectivas de estilo para além da narração comum, com fios condutores guiados pelo processo mental do ser humano: pensamentos, consciência, visões, desejos e até odores. Perspectivas narrativas definitivamente incomuns, que incluíam estados de sono e prosa de livre associação. Sua técnica narrativa do monólogo interior e seu estilo poético se destacam como as contribuições mais importantes para o romance moderno.

    Com nove romances publicados e mais de 30 livros de outros gêneros, Virginia Woolf é considerada por muitos a autora que mais revolucionou a narrativa no século XX e que mais defendeu os direitos das mulheres por meio de seus textos.


(Alberto López. Virginia Woolf, a escritora premonitória inesgotável. El País. https://brasil.elpais.com. 25.01.2018. Adaptado)

Considerando-se o emprego do acento indicativo de crase, um substituto correto para a expressão destacada no trecho do texto está entre colchetes em:

  • A A vida de Virginia Woolf ... pode ser resumida através de uma das suas obras... [à partir]
  • B … foi seu primeiro romance, mas pode ser definido como o livro sobre a sua vida.... [à respeito da]
  • C … a reconhecida autora britânica reflete sobre suas preocupações... [dedica-se à reflexão]
  • D Perspectivas narrativas definitivamente incomuns, que incluíam estados de sono... [às quais]
  • E ... a autora que ... mais defendeu os direitos das mulheres por meio de seus textos. [se voltou à defender]
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Leia o texto para responder à questão.


    A vida de Virginia Woolf (1882-1941), que sempre se orgulhou de ser autodidata, pode ser resumida através de uma das suas obras: A Viagem (The Voyage Out). Escrito 26 anos antes de ela morrer, foi seu primeiro romance, mas pode ser definido como o livro sobre a sua vida. Nele, a reconhecida autora britânica reflete sobre suas preocupações – as pessoais e as do momento social que lhe coube viver no começo do século XX –, suas paixões e suas insônias. E tudo isso com um estilo literário em constante experimentação, procurando sempre a identidade própria de personagens com grande sensibilidade e nostalgia.

    Desde seu início na literatura, Virginia Woolf sempre quis ampliar suas perspectivas de estilo para além da narração comum, com fios condutores guiados pelo processo mental do ser humano: pensamentos, consciência, visões, desejos e até odores. Perspectivas narrativas definitivamente incomuns, que incluíam estados de sono e prosa de livre associação. Sua técnica narrativa do monólogo interior e seu estilo poético se destacam como as contribuições mais importantes para o romance moderno.

    Com nove romances publicados e mais de 30 livros de outros gêneros, Virginia Woolf é considerada por muitos a autora que mais revolucionou a narrativa no século XX e que mais defendeu os direitos das mulheres por meio de seus textos.


(Alberto López. Virginia Woolf, a escritora premonitória inesgotável. El País. https://brasil.elpais.com. 25.01.2018. Adaptado)

Está escrito em conformidade com a concordância da norma-padrão este livre comentário sobre o texto:

  • A As personagens de Virginia Woolf dispõe de grande sensibilidade e densidade.
  • B As inquietações que couberam a ela registrar em seu livro tem origem autobiográfica.
  • C A escritora sempre buscou meios para que suas perspectivas de estilo se ampliasse.
  • D Trata-se de obras densas, que enfocam a natureza humana em sua complexidade.
  • E A narrativa no século XX foi revolucionado pelos escritos de Virginia Woolf.
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                                Tuíto, logo existo


      Não tenho Twitter nem estou no Facebook. A Constituição me permite isso. Todavia, há no Twitter um falso perfil meu, assim como de muitas pessoas. Certa vez uma senhora me disse com o olhar cheio de reconhecimento que sempre me lê no Twitter e que já interagiu muitas vezes comigo, para seu grande proveito intelectual. Tentei explicar que se tratava de um falso eu, mas ela olhou para mim como se estivesse dizendo que eu não sou eu. Se estava no Twitter, eu existia. Tuíto, logo existo.

      Não me preocupei em convencê-la porque, a despeito do que a senhora pensasse de mim, essa história não mudaria a história do mundo – aliás não mudaria sequer a minha própria história pessoal.

      A irrelevância das opiniões expressas no Twitter é que todos falam, e entre estes todos há quem acredite nas coisas mais insensatas. Falam de tudo e mais alguma coisa, um contradiz o outro e todos juntos não dão uma ideia do que pensam as pessoas, mas apenas do que pensam certos pensadores desarvorados.

      O Twitter é igual ao bar da esquina de qualquer cidadezinha ou periferia. Falam o idiota da aldeia, o pequeno proprietário que se considera perseguido pela receita, o médico do interior amargurado por não ter conseguido o diploma de uma grande universidade, o passante que já bebeu todas. Mas tudo se consome ali mesmo: os bate-bocas no bar nunca mudaram a política internacional. No geral, o que a maioria das pessoas pensa é apenas um dado estatístico no momento em que, depois de refletir, cada um vota – e vota pelas opiniões emitidas por outro alguém.

      Assim, o éter da internet é atravessado por opiniões irrelevantes, mesmo porque não é possível expressar magistralmente ideias em menos de cento e quarenta caracteres*.

(Umberto Eco. Pape satàn aleppe: Crônicas de uma sociedade líquida. Editora Record, Rio de Janeiro: 2017. Adaptado)

* antigo limite de caracteres para postagem de mensagens no Twitter 

O termo em destaque na frase – ... o médico do interior amargurado por não ter conseguido o diploma de uma grande universidade... – expressa ideia de

  • A causa.
  • B modo.
  • C oposição.
  • D ausência.
  • E finalidade.
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Leia o texto abaixo e responda à questão.


O ANJO DA NOITE


    O guarda-noturno caminha com delicadeza, para não assustar, para não acordar ninguém. Lá vão seus passos vagarosos, cadenciados, cosendo a sua sombra com a pedra da calçada.
    Vagos rumores de bondes, de ônibus, os últimos veículos, já sonolentos, que vão e voltam quase vazios. O guarda-noturno, que passa rente às casas, pode ouvir ainda a música de algum rádio, o choro de alguma criança, um resto de conversa, alguma risada. Mas vai andando. A noite é serena, a rua está em paz, o luar põe uma névoa azulada nos jardins, nos terraços, nas fachadas: o guarda-noturno para e contempla.
    À noite, o mundo é bonito, como se não houvesse desacordos, aflições, ameaças. Mesmo os doentes, parece que são mais felizes: esperam dormir um pouco à suavidade da sombra e do silêncio. Há muitos sonhos em cada casa. É bom ter uma casa, dormir, sonhar. O gato retardatário que volta apressado, com certo ar de culpa, num pulo exato galga o muro e desaparece; ele também tem o seu cantinho para descansar. O mundo podia ser tranquilo. As criaturas podiam ser amáveis. No entanto, ele mesmo, o guarda-noturno, traz um bom revólver no bolso, para defender uma rua...
    E se um pequeno rumor chega ao seu ouvido e um vulto parece apontar da esquina, o guarda-noturno torna a trilhar longamente, como quem vai soprando um longo colar de contas de vidro.
    E recomeça a andar, passo a passo, firme e cauteloso, dissipando ladrões e fantasmas. É a hora muito profunda em que os insetos do jardim estão completamente extasiados, ao perfume da gardênia e à brancura da lua. E as pessoas adormecidas sentem, dentro de seus sonhos, que o guarda-noturno está tomando conta da noite, a vagar pelas ruas, anjo sem asas, porém armado.

(MEIRELES, Cecilia. Quadrante 2. In ww w.gotasdeliteraturabrasileira.blogspot.com )

Sobre a acentuação gráfica dos vocábulos do texto estão corretas as afirmativas abaixo, EXCETO:

  • A ônibus, últimos e veículos acentuam-se em obediência à mesma regra: são proparoxítonas.
  • B rádio acentua-se em obediência à mesma regra que justifica o acento gráfico em névoa e retardatário.
  • C revólver acentua-se pela mesma razão por que são acentuados os vocábulos âmbar e caráter.
  • D também e porém acentuam-se por serem oxítonas, ao contrário de temem e podem, que são paroxítonas.
  • E amáveis e gardênia acentuam-se por serem paroxítonas: a primeira por estar no plural e a segunda, no singular.
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Atenção: Leia abaixo o Capítulo I do romance Dom Casmurro, de Machado de Assis, para responder à questão.

Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho Novo, encontrei num trem da Central um rapaz aqui do bairro, que eu conheço de vista e de chapéu. Cumprimentou-me, sentou-se ao pé de mim, falou da lua e dos ministros, e acabou recitando-me versos. A viagem era curta, e os versos pode ser que não fossem inteiramente maus. Sucedeu, porém, que como eu estava cansado, fechei os olhos três ou quatro vezes; tanto bastou para que ele interrompesse a leitura e metesse os versos no bolso.

– Continue, disse eu acordando.

– Já acabei, murmurou ele.

– São muito bonitos.

Vi-lhe fazer um gesto para tirá-los outra vez do bolso, mas não passou do gesto; estava amuado. No dia seguinte entrou a dizer de mim nomes feios, e acabou alcunhando-me Dom Casmurro. Os vizinhos, que não gostam dos meus hábitos reclusos e calados, deram curso à alcunha, que afinal pegou. Nem por isso me zanguei. Contei a anedota aos amigos da cidade, e eles, por graça, chamam-me assim, alguns em bilhetes: “Dom Casmurro, domingo vou jantar com você.” – “Vou para Petrópolis, dom Casmurro; a casa é a mesma da Renânia; vê se deixas essa caverna do Engenho Novo, e vai lá passar uns quinze dias comigo.” – “Meu caro dom Casmurro, não cuide que o dispenso do teatro amanhã; venha e dormirá aqui na cidade; dou-lhe camarote, dou-lhe chá, dou-lhe cama; só não lhe dou moça.

Não consultes dicionários. Casmurro não está aqui no sentido que eles lhe dão, mas no que lhe pôs o vulgo de homem calado e metido consigo. Dom veio por ironia, para atribuir-me fumos de fidalgo. Tudo por estar cochilando! Também não achei melhor título para a minha narração; se não tiver outro daqui até ao fim do livro, vai este mesmo. O meu poeta do trem ficará sabendo que não lhe guardo rancor. E com pequeno esforço, sendo o título seu, poderá cuidar que a obra é sua. Há livros que apenas terão isso dos seus autores; alguns nem tanto.

(ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 79-80.)

...como eu estava cansado, fechei os olhos três ou quatro vezes... (1° parágrafo)


Em relação à oração que a sucede, a oração destacada expressa sentido de

  • A causa.
  • B comparação.
  • C consequência.
  • D proporção.
  • E conclusão.
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Em qual das frases abaixo há erro de concordância?

  • A Os Estados Unidos são uma nação curiosa.
  • B As abelhas são animais férteis e sabem se valer disso.
  • C Cita-se como exemplos sempre os mesmos alunos.
  • D O barulho das máquinas é ensurdecedor.
  • E Não se sabe quem são os responsáveis pelo ato.
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      As cirurgias plásticas nunca estiveram tão presentes e ao alcance como agora.

      A partir do barateamento dos recursos de reprodução de imagens em grande escala, ocorreu um fenômeno diferente, senão oposto, daquele proposto por Oswald de Andrade e pelo movimento antropofágico de 1928. Da antropofagia criativa, nós, consumidores, passamos para a “iconofagia”, a devoração indiscriminada de padrões de uma cultura universal de imagens pasteurizadas e homogeneizadas.

      A transformação do corpo em corpo-imagem é alardeada pelos mais diversos aparatos midiáticos como um avanço da medicina estética. Existem inúmeros veículos destinados a mostrar que nosso corpo não corresponde ao modelo imagético vigente e que cada um deve investir tempo e dinheiro para ficar “em forma”.

      O “corpo ideal” almejado por tantas mulheres (famosas ou não) faz parte de um ideal estético que Umberto Eco denominou “beleza da mídia”. Uma beleza “de e para o consumo” (de coisas ou imagens). Portar uma “beleza midiática” não significa ser saudável, mas ter uma imagem moldada para ser exposta.

      As diversas possibilidades de tornar o formato dos corpos reais o mais próximo possível da “beleza midiática” são artifícios de uma era iconofágica, de uma era de imagens que valem mais do que os corpos.

      Quando milhares de mulheres veem na mídia atributos esculpidos digitalmente, ou encontram nas celebridades exemplos de formatos corporais a serem seguidos, essas imagens não fazem outra coisa senão devorá-las diariamente.

      A “beleza midiática”, ou seja, tornar-se uma imagem poderosa, arrebata a mulher de forma avassaladora. Se há uma propriedade inerente às imagens, é sua capacidade de condensar e carregar sentidos, emoções e sentimentos, histórias, anseios, sonhos e projetos. Daí emerge seu enorme poder de captura.

(Adaptado de: SANCHES, Rodrigo Daniel e BAITELLO Jr, Norval. Folha de São Paulo.) 

Quando milhares de mulheres veem na mídia atributos esculpidos digitalmente...


Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será:

  • A são vistos.
  • B é visto.
  • C viu-se.
  • D são vistas.
  • E foram vistas.

Noções de Informática

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O computador é uma máquina eletrônica que trabalha com dados e informações e que pode executar vários tipos de tarefas e cálculos.


Qual é a estrutura básica de periféricos de um computador?

  • A Mouse, Webcam, Monitor e Teclado.
  • B Webcam, Mouse, Teclado e Impressora.
  • C Webcam, Monitor, Teclado e Impressora.
  • D Mouse, Monitor, Teclado e CPU/Gabinete.
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Acerca dos conhecimentos de Firewall, marque a alternativa incorreta acerca de seu funcionamento.

  • A Controla o tráfego de uma rede.
  • B Previne o acesso não autorizado a uma rede de computadores.
  • C Determina qual conteúdo é autorizado a circular em uma rede.
  • D Substitui a utilização de antivírus.
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Marque a alternativa que contém apenas memória do tipo não volátil.

  • A Disco rígido e memória principal.
  • B Pendrive e memória RAM.
  • C Memória cache e CD-ROM.
  • D Memória ROM e disco rígido.
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Observe o texto a seguir.
Retórica dos namorados, dá-me uma comparação exata e poética para dizer o que foram aqueles olhos de Capitu. Não me acode imagem capaz de dizer, sem quebra da dignidade do estilo, o que eles foram e me fizeram. Olhos de ressaca? Vá, de ressaca! Machado de Assis
Observe ainda o mesmo texto, depois que um comando de substituição foi executado no Word.
Retórica dos namorados, dá-me uma comparação exata e poética para dizer o que foram aqueles olhos de Capitu. Não me acode imagem capaz de dizer, sem quebra da dignidade do estilo, o que eles foram e me fizeram. Olhos de ressaca? Vá, de ressaca. Machado de Assis
O conteúdo da caixa “Localizar:”, usado no comando de substituição, é exibido a seguir.
ressaca!^p
Assinale a opção que exibe o conteúdo da caixa “Substituir por:” fornecido no mesmo comando.

  • A ressaca^p
  • B ressaca!
  • C ressaca.^p
  • D ressaca^?^v
  • E ressaca.^v
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No contexto da criação de uma imagem do sistema no Windows 7, analise as afirmativas a seguir.
I. É possível manter várias versões da imagem do sistema. II. A mídia onde a imagem é gravada pode estar formatada em um file system diferente do que está em uso no sistema do Windows. III. Não é possível gravar uma imagem de sistema em um USB flash-drive.
Está correto o que se afirma em

  • A I, apenas.
  • B II, apenas.
  • C III, apenas.
  • D I e II, apenas.
  • E II e III, apenas.
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Informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma abaixo sobre arquivos e pastas no Windows 7. A seguir, marque a opção com a sequência correta, de cima para baixo.


(__) Um arquivo do sistema é qualquer arquivo no computador que seja essencial para a execução do Windows. Os arquivos do sistema costumam ficar localizados na pasta do Windows ou na pasta Arquivos de Programas.

(__) É possível alterar a forma como arquivos e pastas funcionam, e como itens são exibidos no computador usando Opções de Pasta, no Painel de Controle.

(__) Arquivos compactados usam menos espaço de armazenamento também, sendo que é possível combinar vários arquivos em uma única pasta compactada.

  • A F – V – V
  • B F – F – V
  • C V – F – F
  • D V – V – F
  • E V – V – V
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Uma empresa deseja controlar os gastos dos salários dos seus funcionários. Para tal, utilizou o aplicativo para planilha eletrônica Microsoft Excel instalado em português. Os salários dos empregados estão postos na coluna C, ocupando as células de C2 até C35. Se o conteúdo da célula C36 for a média aritmética dos salários de todos os empregados, então C36 terá a expressão

  • A =MÉDIA(C2;C35).
  • B =MÉDIA(C2:C35).
  • C =MED(C2;C35).
  • D =MED(C2:C35).
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Wagner está editando uma planilha no MS-Excel 2016, em que preenche o CEP em uma das células. Ele possui outra planilha que tem uma relação de CEPs e a Cidade correspondente. Para que o Excel preencha automaticamente a cidade em sua planilha atual, com base no CEP que ele digitou, a fórmula que ele deve utilizar é:

  • A SOMASE
  • B PROCV
  • C BASE
  • D ENCONTRAR
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Observe a planilha abaixo, criada no Excel 2007, versão em português, onde foram inseridas:
I - na célula E4, uma fórmula para determinar o menor valor, dentre todos, mostrados em B4, C4 e D4. Procedimento análogo foi realizado para determinar as expressões em ES e E6. II - na célula F4, uma fórmula para determinar o valor médio, dentre todos, mostrados em B4, C4 e D4. Procedimento análogo foi realizado para determinar as expressões em FS e F6.
Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

As fórmulas inseridas em E6 e F4 são respectivamente:

  • A =MENOR(B6:D6) e =MÉDIA(B4:D4)
  • B =MÍNIMO(B6:D6) e =MÉDIA(B4:D4)
  • C =MENOR(B6:D6) e =MED(B4:D4)
  • D =MÍNIMO(B6:D6) e =MED(B4:D4)
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Ransomware é um software maligno que criptografa arquivos em seu computador e bloqueia completamente seu acesso a eles. Um servidor, com o sistema operacional Windows 7, com dados importantes de uma empresa foi infectado pelo software maligno Apocalypse, um Ransomware de 64 bits. Qual ação deverá ser executada pelo assistente de tecnologia da informação para recuperar os dados?

  • A Formatar o computador e reinstalar o sistema operacional.
  • B Iniciar a restauração do sistema no Windows 7 para a última data disponível.
  • C Atualizar o antivírus e executar a limpeza profunda para a remoção do vírus.
  • D Pagar a quantia solicitada pelos cibercriminosos para recuperar os dados.
  • E Usar uma ferramenta de decodificação de Ransomware gratuita, visto que a chave de 64 bits do Apocalypse é de fácil decodificação.