Resolver o Simulado VUNESP - Nível Médio

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Português

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Ideologia e saúde

A ideologia é um troço esquisito. Ela não se limita a turvar a visão das pessoas em relação aos assuntos de sempre, como papel do Estado, aborto, legalização das drogas, mas também está sempre em busca de novos temas sobre os quais possa lançar seus feitiços.
Um caso bem documentado desse fenômeno é a atitude dos norte­-americanos em relação ao aquecimento global. Mais ou menos até os anos 80, a proteção ambiental em geral e o efeito estufa em particular não constituíam questões ideológicas. A probabilidade de um político norte­-americano defender uma plataforma ambientalista era muito baixa, fosse ele democrata ou republicano.
Do final dos anos 90 para cá, porém, o panorama mudou bastante.
Agora, assistimos praticamente ao vivo a um movimento semelhante em relação a um tema improvável: as vacinas. Os EUA vivem hoje um surto de sarampo que pode ser diretamente ligado à queda nas taxas de vacinação. E há dois tipos de pais que deixam deliberadamente de vacinar seus filhos.
Pela direita, temos ultraconservadores religiosos que desconfiam de tudo o que venha de cientistas ou do governo e, pela esquerda, há, principalmente na Califórnia, bolsões de liberais desmiolados que acreditam sem base fática que a vacina tríplice viral está associada a casos de autismo.
Em comum, ambos colocam suas convicções, que têm muito mais de emocional que de racional, à frente de sólidas evidências científicas. Pior, sua obstinação faz com que ponham em risco não só seus próprios filhos como também terceiros. Nunca foi tão verdadeira a máxima segundo a qual a ideologia faz mal à saúde.
(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo. 08.02.2015. Adaptado)

De acordo com o segundo parágrafo do texto, para os norte-­americanos, mais ou menos até os anos 80, as questões ambientais em geral e particularmente o efeito estufa.

  • A constituíam uma importante plataforma de debates políticos.
  • B estavam na base da sólida ideologia de proteção ambiental.
  • C constituíam uma ideologia, mas que não resultava em políticas.
  • D eram temas sobre os quais não se havia formado uma ideologia.
  • E já atraíam os debates políticos e constituíam uma tímida ideologia.
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“Xadrez que liberta”: estratégia, concentração e reeducação

João Carlos de Souza Luiz cumpre pena há três anos e dois meses por assalto. Fransley Lapavani Silva está há sete anos preso por homicídio. Os dois têm 30 anos. Além dos muros, grades, cadeados e detectores de metal, eles têm outros pontos em comum: tabuleiros e peças de xadrez.

O jogo, que eles aprenderam na cadeia, além de uma válvula de escape para as horas de tédio, tornou-se uma metáfora para o que pretendem fazer quando estiverem em liberdade.

“Quando você vai jogar uma partida de xadrez, tem que pensar duas, três vezes antes. Se você movimenta uma peça errada, pode perder uma peça de muito valor ou tomar um xeque-mate, instantaneamente. Se eu for para a rua e movimentar a peça errada, eu posso perder uma peça muito importante na minha vida, como eu perdi três anos na cadeia. Mas, na rua, o problema maior é tomar o xeque-mate”, afirma João Carlos.

O xadrez faz parte da rotina de cerca de dois mil internos em 22 unidades prisionais do Espírito Santo. É o projeto “Xadrez que liberta”. Duas vezes por semana, os presos podem praticar a atividade sob a orientação de servidores da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus). Na próxima sexta-feira, será realizado o primeiro torneio fora dos presídios desde que o projeto foi implantado. Vinte e oito internos de 14 unidades participam da disputa, inclusive João Carlos e Fransley, que diz que a vitória não é o mais importante.

“Só de chegar até aqui já estou muito feliz, porque eu não esperava. A vitória não é tudo. Eu espero alcançar outras coisas devido ao xadrez, como ser olhado com outros olhos, como estou sendo olhado de forma diferente aqui no presídio devido ao bom comportamento”.

Segundo a coordenadora do projeto, Francyany Cândido Venturin, o “Xadrez que liberta” tem provocado boas mudanças no comportamento dos presos. “Tem surtido um efeito positivo por eles se tornarem uma referência positiva dentro da unidade, já que cumprem melhor as regras, respeitam o próximo e pensam melhor nas suas ações, refletem antes de tomar uma atitude”.

Embora a Sejus não monitore os egressos que ganham a liberdade, para saber se mantêm o hábito do xadrez, João Carlos já faz planos. “Eu incentivo não só os colegas, mas também minha família. Sou casado e tenho três filhos. Já passei para a minha família: xadrez, quando eu sair para a rua, todo mundo vai ter que aprender porque vai rolar até o torneio familiar”.

“Medidas de promoção de educação e que possibilitem que o egresso saia melhor do que entrou são muito importantes. Nós não temos pena de morte ou prisão perpétua no Brasil. O preso tem data para entrar e data para sair, então ele tem que sair sem retornar para o crime”, analisa o presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos, Bruno Alves de Souza Toledo.

(Disponível em: www.inapbrasil.com.br/en/noticias/xadrez-que-liberta-estrategia- -concentracao-e-reeducacao/6/noticias. Acesso em: 18.08.2012. Adaptado)

Analise a seguinte frase do texto.

Se você movimenta uma peça errada, pode perder uma peça de muito valor ou tomar um xeque-mate, instantaneamente.

De acordo com a norma-padrão, substituindo-se a forma verbal “movimenta” por “movimentasse”, em lugar de “pode perder” deve-se empregar

  • A “pôde perder”
  • B “poderá perder”.
  • C “poderia perder”.
  • D “pudesse perder”
  • E “podia perder”.
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Assinale a alternativa correta quanto à concordância das palavras, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
  • A Existe razões diversas e desconhecidas por trás da formação de algumas ideologias.
  • B Haveriam, existindo interesse, meios de se construir uma nova política de proteção ambiental.
  • C A percepção dos acontecimentos a partir do qual formamos opinião não deveria estar “contaminada”.
  • D Algumas convicções traz danos, à medida que têm efeitos reais sobre a nossa percepção.
  • E Algumas crenças acabam se consolidando a ponto de se transformarem em ideologias.
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Desmantelo só quer começo

Onze controles remotos, eis o surpreendente saldo da minha faxina: 11 controles remotos que há muito já não controlavam, mesmo que remotamente, coisa alguma.
Ao longo dos anos, as TVs, aparelhos de som, DVDs e videocassetes a que serviram foram partindo e deixando-os para trás: órfãos, sem ocupação ou residência fixa, vagavam pela casa ao sabor do acaso. Terminada a arrumação, meti todos eles numa sacolinha plástica e joguei na lixeira.
Imagino que jogar controles remotos no lixo fira gravemente alguma regra ecológica, mas a visão daqueles defuntos eletrônicos me trouxe um sentimento de urgência: eram eles ou eu.
Meu finado tio-avô costumava dizer que “Desmantelo só quer começo". O cronista Humberto Werneck, atento à grandeza que o miúdo esconde, escreveu uma vez sobre a traiçoeira contribuição dos copos de requeijão para o fim de um casamento.
Aos poucos, esses intrusos vão cavando espaço no armário da cozinha, empurrando lá pro fundo as taças que, no início do namoro, assistiam da primeira fila aos beijos e abraços - é a vulgaridade galgando o terreno da paixão.
Até que um belo dia você acorda e descobre que o vinho do amor virou água da bica num copo da Itambé - “Desmantelo só quer começo".
Tenho medo: numa casa em que 11 finados controles remotos permanecem insepultos por anos a fio, o desmantelo já começou faz tempo, já criou raízes, frutos, lançou esporos. Minha cozinha é cheia de copos de requeijão.
Digo a mim mesmo, enquanto vejo o caminhão de lixo deglutir os expurgos da minha faxina: este é o início de uma nova fase, a partir de agora serei um exemplo de organização.
Entro em casa de queixo erguido, peito estufado e meu ânimo dura quatro segundos: só até ver minha mulher com as mãos enfiadas entre as almofadas do sofá, perguntando se por acaso eu não vi, em algum lugar, o controle da televisão.

(Antonio Prata, Folha de S.Paulo, 04.05.2014. Adaptado)

Considerando o contexto, com o comentário “eis o surpreendente saldo da minha faxina” (primeiro parágrafo), o autor revela que

  • A tinha se determinado a reencontrar muitos objetos velhos perdidos pela sua casa.
  • B ficou espantado com o número de controles remotos que recolheu em sua faxina.
  • C esperava encontrar vários controles remotos, pois tinha muitos aparelhos eletrônicos em casa.
  • D se distraiu tanto com aparelhos antigos, que acabou se esquecendo de terminar a faxina
  • E desistiu da arrumação que tinha se disposto a realizar porque começou a se entediar.
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Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do texto a seguir.

Coube_____elite imperial conduzir o processo de construção nacional, de modo_____evitar que o país fosse______falência.

  • A a … à … a.
  • B à … à … a.
  • C a … a … à.
  • D à … a … à.
  • E à … à … à.
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A tecnologia e o futuro do policiamento

O policiamento - como todas as demais atividades - está sendo reimaginado na era das montanhas de dados, sob a expectativa de que uma análise mais ampla e profunda sobre crimes passados, combinada a algoritmos1 sofisticados, possa ajudar a prever futuros delitos. Trata-se de uma prática conhecida como “policiamento preditivo” e, ainda que exista há apenas alguns anos, muitos especialistas a veem como uma revolução na forma pela qual o trabalho policial é realizado.
Um exemplo é o departamento de polícia de Los Angeles, que está usando um software chamado PredPol. O software começa pela análise de anos de estatísticas criminais disponíveis, depois divide o mapa de patrulha em zonas (de cerca de 45 metros quadrados) e calcula a distribuição e frequência de crimes em cada uma delas. Por fim, informa aos policiais sobre as probabilidades de local e horário de crimes, o que permite que eles policiem de maneira mais intensa as áreas sob ameaça.
A atraente ideia que embasa o policiamento preditivo é a de que é muito melhor prevenir um crime antes que aconteça do que chegar depois e investigá-lo. Assim, mesmo que os policiais em patrulha não apanhem o bandido em flagrante, sua presença no lugar certo e na hora certa pode exercer efeito dissuasório2.
A lógica parece sólida. Em Los Angeles, houve um declínio de 13% na criminalidade. A cidade de Santa Cruz, também usuária do PredPol, viu queda de 30% no número de furtos.
Mas, apesar do mérito inegável do novo sistema, há quem questione sua eficácia, uma vez que as ações da polícia não podem ser guiadas apenas pela interpretação de números aproximados. Isso porque, nos regimes democráticos, a polícia precisa de causa provável - alguma forma de prova, e não apenas um palpite - para deter e revistar alguém na rua.
Também há o problema dos crimes que passam sem denúncia. Embora a maioria dos homicídios seja denunciada, muitos estupros e furtos residenciais não são. Mesmo na ausência desse tipo de denúncia, a polícia continua a desenvolver métodos de descobrir quando algo de estranho acontece em um bairro. Os críticos do policiamento preditivo temem que esse conhecimento obtido pela análise atenta que os policiais fazem de seu entorno seja substituído pela análise exclusiva das estatísticas. Se apenas dados sobre crimes que foram registrados em queixas formais forem usados para prever futuros crimes e orientar o trabalho policial, algumas formas de crime poderão passar sem registro - e, com isso, sem qualquer repressão.
As recompensas do policiamento preditivo podem ser reais, mas seus perigos também o são. A polícia precisa sujeitar seus algoritmos a um rigoroso exame externo e enfrentar a questão das distorções implícitas que carreguem.

1 algoritmo: conjunto das regras e procedimentos lógicos que levam à solução de um problema.
2 dissuasório: que convence ou tenta convencer a desistir.



No trecho do sexto parágrafo – Se apenas dados sobre crimes que foram registrados em queixas formais forem usados para prever futuros crimes e orientar o trabalho policial, algumas formas de crime poderão passar sem registro – e, com isso, sem qualquer repressão. – a conjunção Se, em destaque, expressa:

  • A comparação.
  • B consequência.
  • C alternância.
  • D condição.
  • E finalidade.
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O Instituto Nacional de Administração Prisional (INAP) também desenvolve atividades lúdicas de apoio ______ ressocialização do indivíduo preso, com o objetivo de prepará-lo para o retorno _________ sociedade. Dessa forma, quando em liberdade, ele estará capacitado ________ ter uma profissão e uma vida digna.

(Disponível em: www.metropolitana.com.br/blog/qual_e_a_importancia_ da_ressocializacao_de_presos. Acesso em: 18.08.2012. Adaptado)

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do texto, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.

  • A à … à … à
  • B a … a … à
  • C a … à … à
  • D à … à ... a
  • E a … à … a
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Leia o texto para responder a questão.

Herança maldita

SÃO PAULO – O roteiro é manjado. O protesto, seja lá contra o que for, começa pacífico até que um grupo mascarado, como se atendesse a um comando único, toma a frente da marcha e começa a quebrar tudo o que surge pela frente.
“Chegaram os black blocs’”, costuma-se ouvir entre os manifestantes, num tom que mistura medo e um certo glamour da violência.
O “black bloc”, na verdade, não é um movimento, e sim uma estratégia de protesto anarquista. Seus adeptos cobrem o rosto e se vestem de preto para dificultar a identificação e a fim de parecer uma massa única, criando uma aura revolucionária.
Esse método apareceu nos protestos antiglobalização no fim da década de 1990. Símbolos capitalistas são os alvos preferidos, mas a versão tupiniquim tem especial atração por semáforos, radares, cabines da PM e outros equipamentos públicos.
Por aqui, seus adeptos deram as caras nos primeiros atos pela redução da tarifa de ônibus, em São Paulo. De lá para cá, entretanto, muita coisa mudou. Os “black blocs”, especialmente paulistas e cariocas, crescem em progressão geométrica, estão sempre preparados para a guerra e já organizam as suas próprias
manifestações.
Em “assembleia” assistida pela Folha, discutiram táticas para escapar da polícia, entre elas hospedar sites em servidores da Rússia ou de Taiwan, “impossíveis de derrubar”.
As “vozes das ruas” produziram conquistas inegáveis. A principal delas foi dar à classe política a sensação de estar sendo constantemente vigiada. Nesse balanço, porém, pode-se dizer que os “black blocs” são a herança maldita dos protestos.
(Alan Gripp, Herança maldita. Folha de S.Paulo, 01.08.2013. Adaptado)

Quanto à colocação pronominal, está correta a alternativa:

  • A Conheceram-se os primeiros “black blocs” no Brasil nos atos pela redução da tarifa de ônibus, em São Paulo.
  • B Se ouve comumente entre os manifestantes: “Chegaram os ‘black blocs’”.
  • C Os protestos com a presença dos “black blocs”, no Brasil, têm espalhado-se por diversas cidades.
  • D Os “black blocs” já organizam-se para realizar as suas próprias manifestações.
  • E Na versão tupiniquim, não tem-se nos símbolos capita- listas os alvos preferidos dos “black blocs”.
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Queixo duplo

Psicólogos, pedagogos e linguistas advertem: o smartphone é antissocial - ao mesmo tempo em que parece conectar as pessoas, na verdade as afasta e faz com que se confinem individualmente na mediocridade de uma telinha de três polegadas. Pode-se estar num restaurante, teatro, praia ou até passeando em Paris - se o sujeito estiver empalmando um smartphone, nada e ninguém mais existirá. A badalhoca abole a vida ao redor.
Apesar disso, raros se habilitam a tentar equilibrar essa servidão com a riqueza da vida real, onde as coisas têm forma, volume, peso, cheiros e cores. Neste momento, já há dezenas de milhões de crianças que não conheceram o mundo antes do smartphone. Mais um pouco e não acreditarão que esse mundo um dia existiu.
Se as pessoas insistem em ignorar as conclusões de tais estudiosos e não se importam de reduzir suas mentes à condição de apêndice de um aparelho, talvez se assustem ao saber que o smartphone também as atinge em algo que ainda devem valorizar: o corpo.
Cidadãos habituados a usar o smartphone enquanto caminham pela rua tendem a torcer o pé em buracos no calçamento, ser tragados por bueiros, tropeçar no meio-fio e abalroar-se uns aos outros. Os mais compenetrados não estão livres de ser atropelados pelo pipoqueiro.
Se isto não basta para que as pessoas deem um pouco de sossego ao smartphone, resta informar que, para alguns fisioterapeutas, a postura curvada - a cabeça em ângulo reto em relação ao pescoço, exigida para se ler ou escrever na telinha - pode vergar a coluna mais ereta à forma de um ponto de interrogação. E o queixo cravado ao peito tantas horas por dia está levando as pessoas mais bonitas a desenvolverem queixo duplo.

(Ruy Castro. Folha de S.Paulo, 12.05.2014. Adaptado)

Releia o seguinte trecho do texto para responder à questão.
Se as pessoas insistem em ignorar as conclusões de tais estudiosos e não se importam de reduzir suas mentes à condição de apêndice de um aparelho, talvez se assustem ao saber que o smartphone também as atinge em algo que ainda devem valorizar: o corpo.

O pronome as, em destaque no trecho, retoma a seguinte expressão:

  • A as pessoas.
  • B as conclusões.
  • C tais estudiosos.
  • D apêndice de um aparelho.
  • E o smartphone.
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O chato é um chato, mas é essencial nos negócios

O chato é um chato. Não é o tipo de companhia que se quer para tomar um vinho ou ir ao cinema. O chato tem a insuportável mania de apontar o dedo para as coisas, enxergar os problemas que não queremos ver, fazer comentários desconcertantes.
Por isso, é pouco recomendável ter um deles por perto nos momentos nos quais tudo o que você não quer fazer é tomar decisões. Para todos os outros - e isso envolve o dia a dia dos negócios - é bom ter um desses cada vez mais raros e discriminados exemplares da fauna empresarial por perto.
Conselho dado por alguém que entende muito de ganhar dinheiro, Warren Buffett, um dos homens mais ricos do mundo: “Ouça alguém que discorda de você”. No início de maio, Buffett convidou um sujeito chamado Doug Kass para participar de um dos painéis que compuseram a reunião anual de investidores de sua empresa, a Berkshire Hathaway.
Como executivo de um fundo de investimento, Kass havia apostado contra as ações da Berkshire. Buffett queria entender o porquê. Kass foi o chato escolhido para alertá-lo sobre eventuais erros que ninguém havia enxergado.
Buffett conhece o valor desse tipo de pessoa. O chato é o sujeito que ainda acha que as perguntas simples são o melhor caminho para chegar às melhores respostas, é alguém que não tem medo. Não se importa de ser tachado de inábil no trato com as pessoas ou de ser politicamente incorreto. Questiona. Coloca o dedo na ferida. Insiste em ser um animal pensante, quando todo mundo sabe que dá menos trabalho deixar tudo como está.
Quase sempre, as coisas que o chato diz fazem um tremendo sentido. Nada pode ser mais devastador para seus críticos do que a constatação de que o chato, feitas as contas, tem razão.
Pobre do chefe que não reconhece, não escuta e não tolera os chatos que cruzam seu caminho. Ele acredita que está seguro num mundo de certezas próprias, de verdades absolutas. Ora, o controle total de um negócio é uma miragem. Coisas boas e ruins acontecem o tempo todo nas empresas sem que ele se dê conta. Pensar que é possível estar no comando de tudo, o tempo todo, só vai torná-lo mais vulnerável como líder. E vai, mais dia ou menos dia, afastar definitivamente os chatos, os questionadores, aqueles que fazem as perguntas incômodas e necessárias.
Por isso, só existem chatos em lugares onde há alguma perspectiva de futuro. Esse espécime de profissional só prolifera em ambientes onde a liberdade de pensamento e expressão é respeitada, onde a dúvida não é um mal em si, onde existe disposição, coragem e humildade para mudar de trajetória quando essa parece ser a melhor opção.

(Cláudia Vassallo, http://exame.abril.com.br, 07.07.2013. Adaptado)

No primeiro parágrafo do texto, o termo chato é usado para caracterizar uma pessoa

  • A insensata.
  • B invejável.
  • C inconveniente.
  • D inconsequente.
  • E introvertida.
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TEXTO 2
RECADOS
José Miguel Wisnik

O Cerrado é o Matusalém dos biomas. Enquanto a Amazônia tem três mil anos de formada, e a Mata Atlântica, sete mil, o Cerrado tem quarenta milhões. É, ou chegou a ser, o maior viveiro de espécies florais do planeta. Ali, em sua lentidão ancestral, um buriti de vinte e cinco ou trinta metros de altura tem a idade do Brasil. Nas suas áreas planas, a água das chuvas é absorvida pela vegetação nativa, tendo esta a maior parte da sua estrutura dentro da terra, como uma verdadeira floresta invertida. Por suas raízes são alimentados os lençóis freáticos e os lençóis artesianos dos aquíferos, cuja carga interna afora, por sua vez, na forma das nascentes dos rios (ou, para dizer como Guimarães Rosa, “rebrotam desengolidos num bilo-bilo fácil").
Essa respiração hídrica veio sendo sufocada, no entanto, pela introdução de gramíneas para o pastoreio, pela expansão da fronteira agrícola com a soja e o algodão, cujas raízes são superficiais, pela ação dos fertilizantes, pela devastação dos insetos e animais polinizadores, impedindo a renovação da vegetação nativa, ditadas todas pela ocupação desenfreada que o agronegócio impôs ao Cerrado desde os anos 1970. Aparentemente, teríamos aí apenas uma mudança de paisagem, e a substituição da flora anciã pelas inovações progressistas das monoculturas, junto com o império do eucalipto a ser convertido em carvão. Mas, [...] o processo envolve uma devastação invisível de grandes consequências estruturais: é a floresta subterrânea das raízes que desaparece junto com a vegetação nativa, com ela o bioma de milhões de anos e o sistema que alimenta e realimenta os aquíferos.
Assim, dezenas de pequenos rios vêm desaparecendo, enquanto as nascentes dos grandes rios estão secando ou migrando para áreas mais baixas, à medida que o lençol que as abastece vai sendo também rebaixado. O esvaziamento a olhos nus das represas que abastecem São Paulo teria seu correspondente literalmente mais profundo no esgotamento invisível dos reservatórios subterrâneos, que deu seu sinal emblemático, faz poucos dias, com o estancamento da nascente do São Francisco. As chuvas que sobrevierem, quando vierem, não têm a mesma capacidade de nutrir, na falta da vegetação mediadora, os enfraquecidos reservatórios ocultos. O Brasil não pode mais ser visto, senão irresponsavelmente, como o paraíso dos mananciais inesgotáveis.

O Globo, 25, out. 2014

Assinale a alternativa em que o uso do sinal indicativo de crase está de acordo com a modalidade escrita formal da Língua Portuguesa.

  • A Pequenos rios do Cerrado morrem à cada hora.
  • B A visita àqueles biomas revelou a redução da fora.
  • C A vegetação do Cerrado não brota mais à passos largos.
  • D A atenção à áreas ameaçadas deve ser reforçada.
  • E O Brasil deve à esta região do Cerrado sua abundância.
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Leia o texto para responder a questão.
                                   
                                      Ideologia e saúde

A ideologia é um troço esquisito. Ela não se limita a turvar a visão das pessoas em relação aos assuntos de sempre, como papel do Estado, aborto, legalização das drogas, mas também está sempre em busca de novos temas sobre os quais possa lançar seus feitiços.
Um caso bem documentado desse fenômeno é a atitude dos norte-americanos em relação ao aquecimento global.
Mais ou menos até os anos 80, a proteção ambiental em geral e o efeito estufa em particular não constituíam questões ideológicas. A probabilidade de um político norte-americano defender uma plataforma ambientalista era muito baixa, fosse ele democrata ou republicano.
Do final dos anos 90 para cá, porém, o panorama mudou bastante.
Agora, assistimos praticamente ao vivo a um movimento semelhante em relação a um tema improvável: as vacinas.
Os EUA vivem hoje um surto de sarampo que pode ser diretamente ligado à queda nas taxas de vacinação. E há dois tipos de pais que deixam deliberadamente de vacinar seus filhos.
Pela direita, temos ultraconservadores religiosos que desconfiam de tudo o que venha de cientistas ou do governo e, pela esquerda, há, principalmente na Califórnia, bolsões de liberais desmiolados que acreditam sem base fática que a vacina tríplice viral está associada a casos de autismo.
Em comum, ambos colocam suas convicções, que têm muito mais de emocional que de racional, à frente de sólidas evidências científicas. Pior, sua obstinação faz com que ponham em risco não só seus próprios filhos como também terceiros. Nunca foi tão verdadeira a máxima segundo a qual a ideologia faz mal à saúde.

(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo. 08.02.2015. Adaptado)

Segundo a opinião do autor expressa no primeiro parágrafo do texto, a ideologia está sempre em busca de novos temas sobre os quais possa:

  • A ajudar as pessoas a concebê-los a partir de seu próprio ponto de vista, por meio do qual poderão formar suas próprias opiniões.
  • B criar obstáculos para que as pessoas os percebam com clareza, sendo esta essencial para que possam formar suas próprias opiniões.
  • C fornecer elementos para que as pessoas possam compreendê-los de maneira imparcial, a fim de que possam formar suas próprias opiniões.
  • D propiciar meios para que as pessoas os compreendam com base na percepção coerente da realidade, e possam formar suas próprias opiniões.
  • E criar condições para que as pessoas os percebam a partir de suas impressões pessoais, com base nas quais poderão formar suas próprias opiniões.
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Japão irá auxiliar Minas Gerais com a experiência no
enfrentamento de tragédias

Acostumados a lidar com tragédias naturais, os japoneses costumam
se reerguer em tempo recorde depois de catástrofes. Minas irá buscar
experiência e tecnologias para superar a tragédia em Mariana

      A partir de janeiro, Minas Gerais irá se espelhar na experiência de enfrentamento de catástrofes e tragédias do Japão, para tentar superar Mariana e recuperar os danos ambientais e sociais. Bombeiros mineiros deverão receber treinamento por meio da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), a exemplo da troca de experiências que já acontece no Estado com a polícia comunitária, espelhada no modelo japonês Koban.
     O terremoto seguido de um tsunami que devastou a costa nordeste do Japão em 2011 deixando milhares de mortos e desaparecidos, e prejuízos que quase chegaram a US$ 200 bilhões, foi uma das muitas tragédias naturais que o país enfrentou nos últimos anos. Menos de um ano depois da catástrofe, no entanto, o Japão já voltava à rotina. É esse tipo de experiência que o Brasil vai buscar para lidar com a tragédia ocorrida em Mariana.
(Juliana Baeta, http://www.otempo.com.br, 10.12.2015. Adaptado)
De acordo com a notícia, Minas Gerais terá o auxílio do Japão, porque
  • A o governo pretende que o Estado volte à rotina pós-tragédia em menos de um ano.
  • B o modelo japonês de enfrentamento às tragédias é econômico e rápido.
  • C a cidade de Mariana viveu uma tragédia pior que o tsunami japonês de 2011.
  • D os mineiros estão carentes de recursos tecnológicos para enfrentar tragédias.
  • E este país tem um histórico considerável para contornar tragédias ambientais.
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Das musas, entidades mitológicas da Grécia Antiga, dizia-se que eram capazes de inspirar criações artísticas e científicas. Mulheres belas, talentosas e descendentes diretas de Zeus já foram homenageadas por Shakespeare, Dante e Rafael.

Pois a musa inspiradora de Felipe Alves Elias tinha 15 m de comprimento e 6 m de altura, pesava até sete toneladas e estaria, hoje, com idade bem avançada: 145 milhões de anos. Funcionário do Museu de Zoologia da USP, Felipe leva tatuado no braço um crânio de espinossauro e é um paleoartista. Ele diz: “Faço a representação visual de uma hipótese paleontológica sobre a anatomia, a aparência ou a ecologia das espécies fósseis." Apesar da explicação complicada, todos já devem ter visto obras de paleoartistas em livros didáticos, exposições ou filmes. O trabalho deles, contudo, não aparece nos Flintstones ou no Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros.

“A paleoarte tem como função a divulgação científica", diz Ariel Milani, um dos grandes estudiosos da área no Brasil. “No cinema, é entretenimento. Visualmente é lindo, mas tudo ali é uma grande liberdade artística". Ao dizer isso, ele jura que não é dor de cotovelo. Pioneiro da paleoarte no Brasil, Ariel desenha dinossauros há quase 20 anos e atualmente faz doutorado na Unicamp. Ele afirma: “Meu trabalho tenta formalizar a paleoarte dentro das ciências biológicas. O problema é que as pessoas não entendem o limite entre arte e ciência. Para os cientistas, somos artistas; para os artistas, somos cientistas."

Para estimular o crescimento da área no país, anualmente a Paleo SP – reunião anual da Sociedade Brasileira de Paleontologia – organiza um concurso de paleoarte. O próximo evento está marcado para dezembro e Ariel será o juiz técnico, por isso sugere alguns macetes que podem levar os aspirantes à vitória. “O dinossauro não pode ser magnífico, se estiver andando em cima da grama, está errado. A grama só surgiu depois dos dinossauros.Também não pode colocar um T-Rex ao lado de um dinossauro do período Triássico."

(Revista da Folha, junho de 2015. Adaptado)


Substituindo-se a conjunção contudo em – O trabalho deles, contudo, não aparece nos Flintstones ou no Jurassic WorldO Mundo dos Dinossauros. – a frase permanece com o mesmo sentido em:

  • A O trabalho deles, desse modo, não aparece nos Flintstones ou no Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros.
  • B O trabalho deles, portanto, não aparece nos Flintstones ou no Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros.
  • C O trabalho deles, consequentemente, não aparece nos Flintstones ou no Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros.
  • D O trabalho deles, logo, não aparece nos Flintstones ou no Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros.
  • E O trabalho deles, porém, não aparece nos Flintstones ou no Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros.
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                                É permitido sonhar

      Os bastidores do vestibular são cheios de histórias – curiosas, estranhas, comoventes. O jovem que chega atrasado por alguns segundos, por exemplo, é uma figura clássica, e patética. Mas existem outras figuras capazes de chamar a atenção.

      Takeshi Nojima é um caso. Ele fez vestibular para a Faculdade de Medicina da Universidade do Paraná. Veio do Japão aos 11 anos, trabalhou em várias coisas, e agora quer começar uma carreira médica.

      Nada surpreendente, não fosse a idade do Takeshi: ele tem 80 anos. Isto mesmo, 80. Numa fase em que outros já passaram até da aposentadoria compulsória, ele se prepara para iniciar nova vida. E o faz tranquilo: “Cuidei de meus pais, cuidei dos meus filhos. Agora posso realizar um sonho que trago da infância”.

      Não faltará quem critique Takeshi Nojima: ele está tirando o lugar de jovens, dirá algum darwinista social. Eu ponderaria que nem tudo na vida se regula pelo critério cronológico. Há pais que passam muito pouco tempo com os filhos e nem por isso são maus pais; o que interessa é a qualidade do tempo, não a quantidade. Talvez a expectativa de vida não permita ao vestibulando Nojima uma longa carreira na profissão médica. Mas os anos, ou meses, ou mesmo os dias que dedicar a seus pacientes terão em si a carga afetiva de uma existência inteira.

      Não sei se Takeshi Nojima passou no vestibular; a notícia que li não esclarecia a respeito. Mas ele mesmo disse que isto não teria importância: se fosse reprovado, começaria tudo de novo. E aí de novo ele dá um exemplo. Os resultados do difícil exame trazem desilusão para muitos jovens, e não são poucos os que pensam em desistir por causa de um fracasso. A estes eu digo: antes de abandonar a luta, pensem em Takeshi Nojima, pensem na força de seu sonho. Sonhar não é proibido. É um dever.

(Moacyr Scliar. Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar, 1996. Adaptado)

No último parágrafo do texto, na passagem –… se fosse reprovado, começaria tudo de novo. E aí de novo ele dá um exemplo. –, a repetição das expressões em destaque ressalta a ideia de

  • A perseverança.
  • B desilusão.
  • C proibição.
  • D abandono.
  • E fracasso.

Matemática

16

Carlos, Pedro e João trabalham em uma mesma fundação e têm regimes diferenciados de folgas. Carlos sempre trabalha três dias consecutivos e depois folga um único dia; Pedro sempre trabalha quatro dias consecutivos e depois folga um único dia; e João sempre trabalha cinco dias consecutivos e folga um único dia. Terça­feira passada, Carlos, Pedro e João folgaram. Dessa forma, mantidos os regimes, o próximo dia em que esses três trabalhadores estarão de folga no mesmo dia, novamente, será

  • A uma quarta-­feira.
  • B uma quinta-­feira.
  • C uma sexta-­feira.
  • D um sábado.
  • E um domingo.
17
Um retângulo foi dividido em 4 partes, conforme mostra a figura.

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

É correto afirmar que os triângulos A, B, C e D têm
  • A a mesma área, mas perímetros diferentes.
  • B a mesma área e mesmo perímetro.
  • C o mesmo perímetro, mas áreas diferentes.
  • D as áreas e os perímetros diferentes.
  • E o perímetro de 36 cm e a área de 56 cm2 .
18

Certo capital, C1, permaneceu aplicado durante 4 meses a uma taxa de juro simples de 18% ao ano e rendeu R$ 450,00 de juros. Outro capital, C2, igual a 80% de C1, foi aplicado por 8 meses e rendeu R$ 600,00 de juros. O capital C2 foi aplicado a uma taxa mensal de juros simples de

  • A 1,5%
  • B 1,25%
  • C 1,2%
  • D 1%
  • E 0,75%
19

Para comprar figurinhas, uma criança retirou de seu cofrinho a seguinte quantidade de moedas: cinco de R$ 1,00, cinco de R$ 0,50, três de R$ 0,25, sete de R$ 0,10 e duas de R$ 0,05. Sabendo-se que cada pacotinho de figurinha custa R$ 1,25 e que essa criança comprou o máximo possível de pacotinhos, pagando com o maior número de moedas, pode- -se concluir que o número de moedas que restaram foi:

  • A 5
  • B 4
  • C 3
  • D 2
  • E 1
20

A temperatura de um freezer cai 5°C a cada 4 minutos e 30 segundos. Esse freezer está a uma temperatura de 8°C. Assim, o tempo necessário para atingir a temperatura de –22°C será de

  • A 32 minutos.
  • B 27 minutos.
  • C 25 minutos.
  • D 24 minutos.
  • E 18 minutos.
21

Com o volume de água contido em uma piscina olímpica, que tem a forma de um bloco retangular com 50 m de comprimento, 25 m de largura e 2,4 m de profundidade, seria possível abastecer uma residência com 200 litros de água todos os dias do ano, por um tempo, em anos, de, aproximadamente,

Dado: 1 ano = 365 dias

  • A 51.
  • B 48.
  • C 46.
  • D 43.
  • E 41.
22

Renato pediu R$ 3.000,00 emprestados para pagar depois de 5 meses, à taxa de 3% ao mês, no regime de juro simples. Ao fim desse período, Renato deverá pagar, de juro,

  • A R$ 45,00.
  • B R$ 90,00.
  • C R$ 180,00.
  • D R$ 450,00.
  • E R$ 900,00.
23

Para a elaboração de um projeto arquitetônico, um terreno com a forma de um trapézio retângulo foi dividido em duas regiões, I e II, conforme mostra a figura.

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

A medida da frente desse terreno, voltada para a Rua Giras- sol, é igual, em metros, a

  • A 12
  • B 14.
  • C 15.
  • D 16.
  • E 18.
24

Em um posto de saúde, um médico gasta 5 horas por dia no atendimento a pacientes, demorando 15 minutos em cada atendimento. Se ele demorasse 10 minutos em cada atendimento, o número de pacientes que ele poderia atender a mais, nesse dia, trabalhando o mesmo número de horas, seria:

  • A 16.
  • B 18.
  • C 12.
  • D 10.
  • E 14.
25

Em um grupo de 10 pessoas, duas têm 20 anos, três têm 25 anos, quatro têm 30 anos e uma pessoa tem 40 anos. A média de idade desse grupo de pessoas, em anos, é

  • A 27,5.
  • B 28,75.
  • C 57,5.
  • D 58,75.
  • E 137,5.
26

A soma de dois números racionais é igual a 5/4 e a diferença entre eles é 1/4. O produto desses dois números é igual a

  • A 5/4
  • B 3/4
  • C 3/8
  • D 1/5
  • E 1/8
27

Nove recipientes idênticos comportam um total de 28 litros de água. Para comportar 16 litros de água, será necessário, desses recipientes, o número mínimo de

  • A 2.
  • B 3.
  • C 4.
  • D 5.
  • E 6.
28

Se Arnaldo tivesse R$ 6,50 a mais do que tem, ele poderia comprar 7 unidades de um determinado produto. Logo, ele comprou apenas 6 unidades desse produto e ainda ficou com R$ 6,00. Lucas, na mesma loja e pagando o mesmo preço, comprou 15 unidades desse produto. Sendo assim, Lucas tinha de dinheiro, a mais do que Arnaldo, no mínimo,

  • A R$ 99,00.
  • B R$ 104,00.
  • C R$ 106,50.
  • D R$ 111,50.
  • E R$ 114,50.
29

A tabela mostra os valores de algumas latinhas de bebidas vendidas em um clube e a quantidade consumida por uma família, em certo dia.

Bebidas (latinha) Valor unitário Quantidade Consumida

Refrigerante R$ 4,00 8
Suco R$ 5,00 6
Cerveja x 4

Considerando-se o número total de latinhas consumidas por essa família nesse dia, na média, o preço de uma latinha saiu por R$ 5,00. Então, o preço de uma latinha de cerveja era

  • A R$ 5,00.
  • B R$ 5,50.
  • C R$ 6,00.
  • D R$ 6,50.
  • E R$ 7,00.
30

Um comerciante comprou uma caixa de ossinhos para cães e, para revendê-los, fez pacotinhos menores, todos com a mesma quantidade de ossinhos. Ao iniciar a montagem dos pacotinhos, percebeu que poderia formar pacotinhos com 6 ou com 8 ou com 10 ossinhos em cada pacotinho e que não restaria nenhum ossinho na caixa. O menor número de ossinhos existentes nessa caixa era

  • A 100.
  • B 120.
  • C 140.
  • D 160.
  • E 200.

Raciocínio Lógico

31

Considere a afirmação: “Se passei no exame, então estudei muito e não fiquei nervoso”. Do ponto de vista lógico, uma afirmação equivalente a essa é:

  • A Se estudei muito, então não fiquei nervoso e passei no exame.
  • B Se passei no exame, então não estudei muito e fiquei nervoso.
  • C Passei no exame porque quem estuda muito só pode passar.
  • D Se não fiquei nervoso, então passei no exame ou estudei muito.
  • E Se fiquei nervoso ou não estudei muito, então não passei no exame.
32

Quando um argumento dedutivo é válido, isso significa que

  • A se as premissas são falsas, a conclusão é falsa.
  • B premissas e conclusão devem ter sempre o mesmo valor de verdade.
  • C se a conclusão é falsa, deve haver alguma premissa falsa.
  • D não existe situação em que as premissas são verdadeiras e a conclusão falsa.
  • E as premissas são sempre verdadeiras.
33

Uma negação para a afirmação “Carlos foi aprovado no concurso e Tiago não foi aprovado” está contida na alternativa:

  • A Tiago foi aprovado no concurso ou Carlos não foi aprovado.
  • B Carlos não foi aprovado no concurso e Tiago foi aprovado
  • C Tiago não foi aprovado no concurso ou Carlos foi aprovado
  • D Carlos e Tiago foram aprovados no concurso.
  • E Carlos e Tiago não foram aprovados no concurso.
34
Um azulejo com base retangular medindo 20 por 30 centímetros precisa ser proporcionalmente reduzido, de modo que a área de sua base corresponda a 64% da área da base atual. Nessas condições, o perímetro da base do azulejo reduzido, em centímetros, deverá ser de
  • A 70.
  • B 72,5.
  • C 75.
  • D 77,5.
  • E 80.
35

Para a resolução das questões de números 84 e 85, considere a seguinte notação dos conectivos lógicos:

∧ para conjunção, ∨ para disjunção e ¬ para negação.

Uma proposição composta é tautológica quando ela é verdadeira em todas as suas possíveis interpretações.

Considerando essa definição, assinale a alternativa que apresenta uma tautologia.

  • A p ∨ ¬ q
  • B p ∧ ¬ p
  • C ¬ p ∧ q
  • D p ∨ ¬ p
  • E p ∧ ¬ q

Legislação Municipal

36

Nos termos do que dispõe o Regimento Jurídico Único dos Servidores Públicos do Município de Poá, assinale a alternativa correta.

  • A Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço por 2 (dois) dias em razão do falecimento de avós e netos, e por 01 (um) dia por ano, para doação de sangue.
  • B A contagem de tempo de serviço prestado concomitantemente em mais de um cargo ou função de órgãos ou entidades dos Poderes da União e dos Estados será contada para todos os fins legais.
  • C O servidor fará jus a 30 (trinta) dias de férias por ano de serviço, que podem ser acumulados até o máximo de quatro períodos, no caso de necessidade imperiosa da Administração.
  • D As férias do servidor poderão ser interrompidas, a critério do chefe do órgão em que seja lotado o respectivo servidor.
  • E O servidor que opera direta e permanentemente com raios X ou substâncias radioativas, obrigatoriamente, terá 15 (quinze) dias de férias, por trimestre da atividade profissional, podendo acumular dois períodos de férias.
37
Quanto à Lei municipal nº 2.674/2014, que dispõe sobre o orçamento anual do município de Duque de Caxias para o exercício 2015, é correto afirmar que:
  • A a lei fixa as despesas e prevê as receitas municipais.
  • B a norma fixa as receitas e prevê as metas orçamentárias.
  • C é o instrumento para estimar as despesas para o ano de 2015.
  • D é o instrumento que define as diretrizes do gasto público municipal.
38
O Estatuto dos Servidores Públicos do Município de Jaboticabal prevê, acerca dos cargos em comissão, que
  • A são reservados 10 (dez) por cento do cômputo em geral dos cargos em comissão para a nomeação de servidores do quadro efetivo.
  • B o servidor efetivo nomeado para cargo em comissão fará jus à remuneração prevista em lei para o cargo efetivo para o qual prestou concurso público e em cuja carreira se encontra inserido.
  • C eles destinam-se às atribuições de direção, chefia e assessoramento e serão providos mediante livre escolha da autoridade competente de cada Poder, autarquia ou fundação pública.
  • D aos servidores ocupantes exclusivamente de cargo em comissão, alheios aos quadros de pessoal permanente do Município, aplicam-se os direitos e vantagens previstos na Consolidação das Leis Trabalhistas.
  • E os servidores ocupantes exclusivamente de cargo em comissão fazem jus às gratificações de função, natalina e de produtividade, bem como aos adicionais de férias, de serviço extraordinário e pelo exercício de atividades perigosas ou insalubres.
39

Uma casa de shows com lotação máxima de 600 lugares foi licenciada nos termos da legislação municipal vigente e terá que renovar seu licenciamento. O AVCB será renovado

  • A no prazo determinado em legislação estadual específica.
  • B mediante vistoria de agente fiscal municipal, quando da renovação da licença.
  • C anualmente, mediante vistoria do corpo de bombeiros.
  • D anualmente, mediante declaração do responsável técnico de segurança da casa.
  • E a cada dois anos, mediante declaração de engenheiro civil ou de segurança do trabalho.
40
O conjunto de atribuições que a Mesa Diretora da Câmara Municipal de Jaboticabal confere, individualmente, a determinado funcionário para execução em caráter transitório, de acordo com as disposições da Lei nº 4.677/15, corresponde à definição de
  • A funcionário.
  • B empregado.
  • C delegação de competência.
  • D emprego público.
  • E função pública.

Noções de Informática

41

No Apache Open Office Calc 4.1.2, em sua configuração original, a célula A1 contém o valor 3,1461. Assinale a alternativa que apresenta o resultado da fórmula =ARRED(A1;2) inserida na célula A2.

  • A 3
  • B 3,1461
  • C 3,15
  • D 6,2922
  • E 6,30
42

Em uma apresentação criada com o Apache Open Office Impress 4.1.2, em sua configuração original, um usuário inseriu um retângulo a partir da barra de ferramentas Desenho, clicou com o botão secundário do mouse nesse retângulo e selecionou a opção Interação…

Assinale a alternativa que contém uma ação válida pelo clique do mouse.

  • A Criar slide.
  • B Eliminar slide.
  • C Duplicar slide.
  • D Imprimir apresentação.
  • E Ir para o último slide.
43

Com relação ao ambiente Linux, analise as afirmações a seguir.

I. O KDE e o Gnome são um conjunto de bibliotecas e aplicativos para configuração do sistema e desenvolvimento de aplicativos no Linux.

II. Uma das limitações ao uso do Linux em relação ao Windows é a sua dificuldade de manutenção por usuários iniciantes.

III. Uma das desvantagens do Linux é a permissão de acesso ao código-fonte, podendo alterar, compilar e verificar mudanças e erros.

IV. O Wine é uma solução que viabiliza o suporte a programas nativos do Windows em ambiente Linux.

Então, assinale a alternativa que contempla somente afirmações corretas

  • A II, III e IV
  • B I, II e III
  • C I, II e IV
  • D I, II, III e IV
44
A figura a seguir apresenta um trecho de um texto digitado no Word com suas linhas numeradas.
Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

Considerando a formatação do texto e os caracteres de controles apresentados NÃO é correto afirmar que
  • A o texto apresenta o recurso de hifenização desativado.
  • B o símbolo “¶" indica locais onde a tecla ENTER foi pressionada e o “." onde a tecla espaço foi pressionada.
  • C entre os parágrafos que iniciam nas linhas 6, 14 e 20 existe configuração de espaçamento antes do parágrafo.
  • D a linha tracejada entre as linhas 3 e 4 representa uma quebra de página manual e a quebra de página representada na linha 22 é uma quebra automática.
45

O comando SQL que retorna todas as linhas e colunas de uma determinada tabela ou visão é:

  • A SELECT * FROM TAB_CADASTRO
  • B UPDATE ALL FROM TAB_CADASTRO.
  • C SELECT ALL FROM TAB_CADASTRO.
  • D UPDATE * FROM TAB_CADASTRO.
46

Uma mensagem de e-mail foi editada em um software de e-mail típico e será enviada para antonio@daqui.com . Caso se deseje que a mesma mensagem seja copiada para manuel@dali.com, sem que antonio@daqui.com saiba sobre a cópia, o endereço manuel@dali.com deve ser inserido no campo:

  • A Cc:
  • B Cco:
  • C Anexo:
  • D Assunto;
  • E Para;
47

A quantidade de números no sistema de base dois que possui exatamente três algarismos está indicada na seguinte alternativa:

  • A 1
  • B 2
  • C 3
  • D 4
48

Na Prefeitura Municipal, foi criada uma planilha de controle, por meio do MS-Excel 2010 na sua configuração padrão, conforme ilustra a figura. Na coluna A, consta o nome da creche, na coluna B, a quantidade de funcionários alocada na creche, na coluna C, a quantidade de crianças atendidas, na coluna D, a verba repassada para cada creche, e na E, consta o total de salários gastos com os funcionários em cada creche. Para calcular o total de salários gastos com as creches que contêm mais de 20 funcionários e que atendem mais de 100 crianças, a fórmula a ser aplicada na célula B10 é:

  • A =SOMASES(E2:E8;B2:B8;">20";C2:C8;">100")
  • B =SOMASES(B2:B8;E2:E8;">20";C2:C8;">100")
  • C =SOMASES(E2:E8;C2:C8;">20";B2:B8;">100")
  • D =SOMASE(E2;E8:B2:B8;">20";C2:C8;">100")
  • E =SOMASE(C2:C8;B2;B8;">20";E2:E8;">100")
49

Observe a planilha a seguir, editada por meio do MS-Excel 2010, em sua configuração padrão.

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

Assinale a alternativa que contém o resultado que será exibido na célula A3, após ser preenchida com a fórmula =MÉDIA(A1:C2;B1)

  • A 1
  • B 2
  • C 3
  • D 4
  • E 5
50

Observe as figuras a seguir, obtidas de um slide do MS-PowerPoint 2010, em sua configuração original. As figuras apresentam a mesma imagem selecionada em dois momentos: antes (figura I) e depois (figura II) da utilização de uma ferramenta de imagem.

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

Qual opção do grupo Ajustar, guia Formatar das Ferramentas de Imagem, que foi utilizada para gerar a imagem exposta na figura II?

  • A Redefinir Imagem.
  • B Alterar Imagem.
  • C Efeitos Artísticos.
  • D Correções.
  • E Remover Plano de Fundo.