Resolver o Simulado AOCP

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Português

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TEXTO 2

Diz uma lenda grega que a Esfinge, uma criatura mitológica das civilizações do Egito e da Mesopotâmia, após invadir a cidade de Tebas e destruir suas plantações, teria ameaçado os moradores que não conseguissem decifrar o seu enigma, dizendo: decifra-me ou te devoro. A lição extraída dessa passagem talvez não seja o suficiente para levar a sociedade a refletir sobre o significado das favelas na estrutura da cidade. Mas, de alguma forma, aponta um caminho para decifrar o seu enigma: o conhecimento da sua realidade, da sua complexa organização espacial, das suas particularidades, das suas vicissitudes, dos seus defeitos, das suas qualidades e, principalmente, da sua cultura.

Pode causar estranheza, mas quem hoje circula pelas ruas estreitas das velhas cidades medievais ou pelos caminhos íngremes e sinuosos das ilhas gregas, desfrutando da sua beleza singular, talvez não imagine que aquelas ruas e construções, em tempos remotos, já foram habitat das camadas pobres daquelas regiões. A transformação desses locais em ambientes acolhedores se deve, indiscutivelmente, à preocupação dos povos europeus em respeitar a espacialidade original das suas cidades e, concomitantemente, oferecer melhores condições de vida para os seus moradores. Portanto, não parece impossível antever um futuro semelhante para as favelas cariocas.

A resposta positiva que a sociedade vem dando às formas de integração social com as favelas pacificadas indica que essa possibilidade pode ser perfeitamente viabilizada. Já se percebe um grande contingente de pessoas frequentando regularmente as favelas, participando de eventos e interagindo com a população local sem as preocupações de outras épocas. Para que esses territórios sejam urbanizados e integrados definitivamente ao contexto urbano da cidade oficial basta que se tenha vontade política. (...)

Apesar da impressão que se tem de que o progresso jamais passou por perto dessas comunidades, é surpreendente verificar a existência de soluções criativas na produção do espaço construído. O exame dessas preexistências revela uma variedade extraordinária de manifestações técnicas e culturais transmitidas, de geração em geração, através de um rito de passagem que valoriza o conhecimento e o utiliza como instrumento de sobrevivência diante da carência de recursos materiais. (...)

É preciso entender que os moradores dessas comunidades possuem histórias de vida e que, nesse percurso, fizeram investimentos materiais e imateriais que não podem ser desconsiderados. Nas favelas e nos loteamentos irregulares a cultura se manifesta através da moradia individual e da organização social nos espaços públicos. Portanto, a vivência dessas pessoas, incorporada aos projetos de urbanização e de melhorias habitacionais, é o melhor caminho para a adequação espacial dessas comunidades e, consequentemente, para a sua integração ao tecido urbano da cidade. Ignorar o fato de que a favela faz parte da cultura carioca há mais de um século é negar a sua preexistência e, também, o seu modo espontâneo de habitar. Portanto, não há como justificar o emprego de soluções universais para resolver problemas particulares e de caráter específico. Vivemos em uma época de profundas transformações, onde, certamente, as culturas locais terão um papel relevante a desempenhar. Em meio ao turbilhão de ideias, conceitos e interesses diversos, somente o tempo poderá dizer se, de fato, o enigma da favela foi decifrado. Quem viver verá.

Os substantivos que se formam com o auxílio de prefixos que possuem o mesmo significado dos prefixos destacados em “INTERagir” (parágrafo 3) e “PREexistência” (parágrafo 4) são, respectivamente:

  • A incorporação - anticorpo.
  • B autodefesa - retroalimentação.
  • C periferia - refluxo.
  • D entressafra - antevisão.
  • E intravenoso - contraprova.
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Texto

A população brasileira

    Os primeiros habitantes do território, hoje conhecido como Brasil, chegaram aqui há milhares de anos. Por volta de 1500, havia diferentes povos indígenas espalhados por todo o território. Em 1500 chegaram os portugueses e, no século XVI, eles começaram a trazer os povos africanos. Assim, pode-se dizer que a população brasileira se originou do encontro desses três grupos.

    Outros povos, como os chineses, os italianos, os alemães e os japoneses, começaram a chegar no século XIX. Todos trouxeram importantes contribuições.

    A convivência entre diferentes povos deu à população brasileira uma de nossas principais características: a grande diversidade de costumes e tradições, que faz do nosso país um lugar muito rico culturalmente.

    A diversidade nem sempre foi respeitada em nosso país. Desde a chegada dos portugueses, em 1500, inúmeras situações de preconceito têm ocorrido em razão das diferenças de etnia, religião, sexo, classe social, nacionalidade, idade.

    Muita coisa ainda precisa melhorar, mas hoje existem leis que proíbem quaisquer manifestações e atitudes de preconceito. Elas também determinam que todos devem ser tratados com igualdade, respeito e tolerância.

(Cláudia Carvalho Neves)

“Os primeiros habitantes do território, hoje conhecido como Brasil, chegaram aqui há milhares de anos. Por volta de 1500, havia diferentes povos indígenas espalhados por todo o território. Em 1500, chegaram os portugueses e, no século XVI, eles começaram a trazer os povos africanos. Assim, pode-se dizer que a população brasileira se originou do encontro desses três grupos”. Na organização de um texto, a repetição de termos é um processo indispensável de coesão. Assinale a opção que indica o termo que se refere a um elemento anteriormente citado.
  • A território
  • B aqui
  • C povos indígenas
  • D portugueses
  • E século XVI
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TERNURA

Eu te peço perdão por te amar de repente

Embora o meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidos

Das horas que passei à sombra dos teus gestos

Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos

Das noites que vivi acalentado

Pela graça indizível dos teus passos eternamente fugindo

Trago a doçura dos que aceitam melancolicamente.

E posso te dizer que o grande afeto que te deixo

Não traz o exaspero das lágrimas nem a fascinação das promessas

Nem as misteriosas palavras dos véus da alma...

É um sossego, uma unção, um transbordamento de carícias

E só te pede que te repouses quieta, muito quieta

E deixes que as mãos cálidas da noite encontrem sem fatalidade o olhar

[extático da aurora.

(Texto extraído da antologia de Vinicius de Moraes –“Poesia completa e prosa", Editora Nova Aguilar - Rio de Janeiro, 1998, p. 259.).

E quanto às funções da linguagem? Qual é a função da linguagem predominante no poema de Vinicius de Morais? Assinale a alternativa correta. 
  • A Função Poética.
  • B Função Emotiva.
  • C Função Referencial.
  • D Função Apelativa.
  • E Função Metalinguística.
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BANANAS SE COMEM; VOTOS, NÃO

Clóvis Rossi, Folha de São Paulo 

            Comer a banana atirada ao campo por um descerebrado pode ter sido uma atitude inteligente do lateral Daniel Alves, do Barcelona, para repudiar o racismo. 

           Mas é muito pouco para enfrentar essa praga. Mais relevante foi a atitude da NBA (a Associação Nacional de Basquete norte-americana) de expulsar do esporte o dono do Los Angeles Clippers, flagrado em comentários racistas. 

            Esse episódio, mais que o de Daniel Alves, revela a profundidade do sentimento racista enraizado em fatias significativas da sociedade – e não só nos Estados Unidos.

           Convém lembrar que jogadores negros foram admitidos na NBA faz apenas meio século ou pouco mais (desde 1955), o que significa que a discriminação racial invadiu mais da metade do século 20. Esse passado está tão presente que o dono do LA Clippers consegue ter sentimentos infames em um esporte em que são negros, hoje, três de cada quatro jogadores, pouco mais ou pouco menos.

           No esporte, ainda é possível combater o racismo com atitudes como a de Daniel Alves e/ou punições como a da NBA ou a do Villareal, que expulsou de seu quadro de sócios o descerebrado que atirou a banana.

            O que incomoda mais é que, na política, não se podem comer votos, ao contrário da banana. 

            No Reino Unido, sociedade das mais multirraciais da Europa, William Henwood, candidato do Ukip (Partido pela Independência do Reino Unido, na sigla em inglês) às eleições europeias deste mês, mandou o ator Lenny Henry, negro, emigrar "para um país negro", só porque Henry se queixou de que a BBC dá pouco espaço, em seus programas, a representantes de minorias. 

           Parênteses: é uma queixa que poderia ser feita também no Brasil, por mais que, na novela das nove agora no ar pela Globo, haja um número razoável de atores e atrizes negras –e em papéis que não são, na maioria, de "escravos" modernos. 

        Voltando ao Reino Unido: a frase de seu candidato fez o Ukip perder votos? Ao contrário: a pesquisa mais recente de intenção de votos lhe dá o primeiro lugar, com 31% das preferências, três pontos à frente dos trabalhistas e a 12 dos conservadores. 

        Também na França, outro país multirracial, a Frente Nacional, xenófoba, lidera as pesquisas para o pleito europeu. 

        É verdade que se deve dar um desconto para esses resultados desalentadores: como o Parlamento Europeu tem pouca incidência sobre o cotidiano dos cidadãos de cada país, estes descontam suas frustrações votando em partidos "outsiders" nessa ocasião, mas não lhes dão maioria nem nada parecido nas eleições nacionais.

        Mesmo com essa ressalva, parece valer para o mundo a frase que o historiador Joel Rufino dos Santos usou para falar do episódio Daniel Alves, em artigo para esta Folha: "A vergonha de ser racista é que acabou, ou está acabando".

        Só a educação para a convivência pode mudar o cenário, o que não está à vista: recente pesquisa da CBS mostrou que 46% dos norte-americanos acham que discriminação racial sempre existirá.

“Convém lembrar que (1)jogadores negros foram admitidos na NBA faz apenas meio século ou pouco mais (desde 1955), o que (2) significa que (3) a discriminação racial invadiu mais da metade do século 20. Esse passado está tão presente que (4)o dono do LA Clippers consegue ter sentimentos infames em um esporte em que (5) são negros, hoje, três de cada quatro jogadores, pouco mais ou pouco menos.”

Das ocorrências do vocábulo sublinhado nesse segmento do texto, pertencem à mesma classe gramatical:

  • A 1-2-3
  • B 1-5, apenas
  • C 2-4-5
  • D 2-3-5
  • E 2-5, apenas
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De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e em relação à regência verbal, assinale a alternativa incorreta.

  • A Algumas pessoas preferem os tratamentos homeopáticos do que os alopáticos
  • B A nova medida visa à liberação de medicamentos importantes que vinham perdendo espaço no mercado.
  • C A medida aspira ao resgate de medicamentos importantes que perderam espaço no mercado, valorizando a biodiversidade do Brasil.
  • D A aprovação da medida poderá não agradar a todos.
  • E A lista preparada pela Anvisa precisará os medicamentos eficazes, por meio de relatos da literatura científica sobre o uso tradicional.
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                                                A CHAVE

                    Ela abre mais do que uma porta, inaugura um novo tempo

                                                                                                                   IVAN MARTINS

     Certos objetos dão a exata medida de um relacionamento. A chave, por exemplo. Embora caiba no bolso, ela tem importância gigantesca na vida dos casais. O momento em que você oferece a chave da sua casa é aquele em que você renuncia à sua privacidade, por amor. Quando pede a chave de volta - ou troca a fechadura da porta - está retomando aquilo que havia oferecido, por que o amor acabou. O primeiro momento é de exaltação e esperança. O segundo é sombrio.

      Quem já passou pela experiência sabe como é gostoso carregar no bolso - ou na bolsa - aquela cópia de cinco reais que vai dar início à nova vida. Carregada de expectativas e temores, a chave será entregue de forma tímida e casual, como se não fosse importante, ou pode vir embalada em vinho e flores, pondo violinos na ocasião. Qualquer que seja a cena, não cabe engano: foi dado um passo gigantesco. Alguém pôs na mão de outro alguém um totem de confiança.

      Não interessa se você dá ou ganha a chave, a sensação é a mesma. Ou quase.

      Quem a recebe se enche de orgulho. No auge da paixão, e a pessoa que provoca seus melhores sentimentos (a pessoa mais legal do mundo, evidentemente) põe no seu chaveiro a cópia discreta que abre a casa dela. Você só nota mais tarde, quando chega à sua própria casa e vai abrir a porta. Primeiro, estranha a cor e o formato da chave nova, mas logo entende a delicadeza da situação. Percebe, com um sorriso nos lábios, que suas emoções são compartilhadas. Compreende que está sendo convidado a participar de outra vida. Sente, com enorme alívio, que foi aceito, e que uma nova etapa tem início, mais intensa e mais profunda que anterior. Aquela chave abre mais do que uma porta. Abre um novo tempo.

      O momento de entregar a chave sempre foi para mim o momento de máximo otimismo.

      [...]

      Você tem certeza de que a outra pessoa ficará feliz e comovida, mas ao mesmo tempo teme, secretamente, ser recusado. Então vê nos olhos dela a alegria que havia antecipado e desejado. O rosto querido se abre num sorriso sem reservas, que você não ganharia se tivesse lhe dado uma joia ou uma aliança. (Uma não vale nada; para a outra ela não está pronta). Por isto ela esperava, e retribui com um olhar cheio de amor. Esse é um instante que viverá na sua alma para sempre. Nele, tudo parece perfeito. É como estar no início de um sonho em que nada pode dar errado. A gente se sente adulto e moderno, herdeiro dos melhores sonhos da adolescência, parte da espécie feliz dos adultos livres que são amados e correspondidos - os que acharam uma alma gêmea, aqueles que jamais estarão sozinhos.

      Se as chaves de despedida parecem a pior coisa do mundo, não são.

      [...]

      A gente sabe que essas coisas, às vezes, são efêmeras, mas é tão bonito.

      Pode ser que dentro de três meses ou três anos a chave inútil e esquecida seja encontrada no bolso de uma calça ou no fundo de uma bolsa. Ela já não abrirá porta alguma exceto a da memória, que poderá ser boa ou ruim. O mais provável é que o tato e a visão daquela ferramenta sem propósito provoquem um sorriso agridoce, grisalho de nostalgia. Essa chave do adeus não dói, ela constata e encerra.

      Nestes tempos de arrogante independência, em que a solidão virou estandarte exibido como prova de força, a doação de chaves ganhou uma solenidade inesperada. Com ela, homens e mulheres sinalizam a disposição de renunciar a um pedaço da sua sagrada liberdade pessoal. Sugerem ao outro que precisam dele e o desejam próximo. Cedem o seu terreno, correm o risco. É uma forma moderna e eloquente de dizer “eu te amo”. E, assim como a outra, dispensa “eu também”. Oferece a chave quem está pronto, aceita a chave quem a deseja, reciproca, oferecendo a sua, quem sente que é o caso, verdadeiramente. Nada mais triste que uma chave falsa. Ela parece abrir uma esperança, mas abre somente uma ilusão.

Adaptado de http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/ivan-martins/noticia/2015/04/chave.html

Em “Não interessa se você dá ou ganha a chave...”, temos
  • A um período composto apenas por coordenação.
  • B um período simples.
  • C um período composto apenas por subordinação.
  • D um período composto por subordinação e coordenação.
  • E dois períodos.
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VIVER EM SOCIEDADE

Dalmo de Abreu Dallari

A sociedade humana é um conjunto de pessoas ligadas pela necessidade de se ajudarem umas às outras, a fim de que possam garantir a continuidade da vida e satisfazer seus interesses e desejos. Sem vida em sociedade, as pessoas não conseguiriam sobreviver, pois o ser humano, durante muito tempo, necessita de outros para conseguir alimentação e abrigo.

E no mundo moderno, com a grande maioria das pessoas morando na cidade, com hábitos que tornam necessários muitos bens produzidos pela indústria, não há quem não necessite dos outros muitas vezes por dia. Mas as necessidades dos seres humanos não são apenas de ordem material, como os alimentos, a roupa, a moradia, os meios de transportes e os cuidados de saúde.

Elas são também de ordem espiritual e psicológica. Toda pessoa humana necessita de afeto, precisa amar e sentir-se amada, quer sempre que alguém lhe dê atenção e que todos a respeitem. Além disso, todo ser humano tem suas crenças, tem sua fé em alguma coisa, que é a base de suas esperanças.

Os seres humanos não vivem juntos, não vivem em sociedade, apenas porque escolhem esse modo de vida, mas porque a vida em sociedade é uma necessidade da natureza humana. Assim, por exemplo, se dependesse apenas da vontade, seria possível uma pessoa muito rica isolar-se em algum lugar, onde tivesse armazenado grande quantidade de alimentos.Mas essa pessoa estaria, em pouco tempo, sentindo falta de companhia, sofrendo a tristeza da solidão, precisando de alguém com quem falar e trocar ideias, necessitada de dar e receber afeto. E muito provavelmente ficaria louca se continuasse sozinha por muito tempo.

Mas, justamente porque vivendo em sociedade é que a pessoa humana pode satisfazer suas necessidades, é preciso que a sociedade seja organizada de tal modo que sirva, realmente, para esse fim. E não basta que a vida social permita apenas a satisfação de algumas necessidades da pessoa humana ou de todas as necessidades de apenas algumas pessoas. A sociedade organizada com justiça é aquela em que se procura fazer com que todas as pessoas possam satisfazer todas as suas necessidades, é aquela em que todos, desde o momento em que nascem, têm as mesmas oportunidades, aquela em que os benefícios e encargos são repartidos igualmente entre todos.

Para que essa repartição se faça com justiça, é preciso que todos procurem conhecer seus direitos e exijam que eles sejam respeitados, como também devem conhecer e cumprir seus deveres e suas responsabilidades sociais.

Rosenthal, Marcelo et al. Interpretação de textos e semântica para concursos. Rio de Janeiro: Essevier, 2012.

A partir do texto lido, podemos afirmar que, para o autor, viver em sociedade é:

  • A uma condição imprescindível para a sobrevivência, uma vez que o homem não conseguiria viver isolado.
  • B uma forma que um grupo de pessoas unidas encontra para satisfazer seus interesses pessoais.
  • C como viver em uma comunidade preparada para o caos futuro.
  • D uma forma de regressão como ser humano.
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Atenção: Nesta prova, considera-se uso correto da Língua Portuguesa o que está de acordo com a norma padrão escrita.

Leia o texto a seguir para responder as questões sobre seu conteúdo.

A VIDA DA LÍNGUA


Por: Leandro Karnal. Adaptado de: http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,a-vida-dalingua,70001665676 16 fev 2017.

A língua é um fenômeno vivo. Pertence aos seus usuários e muda constantemente. Esperneiam gramáticos, exasperam-se puristas, descabelam-se professores: ela ignora molduras e flui orgânica nas ruas e famílias.

Há um uso regido pela gramática normativa que estabelece regras. Às vezes, elas são divertidas. Por exemplo: existe uma parte da gramática que trata da produção oral das palavras, ou seja, como pronunciar ou onde cairia a sílaba tônica de cada termo. Você tem dúvida, por exemplo, deve-se dizer rubrica ou rúbrica? Esse setor da gramática resolve. O correto seria pronunciar o “e” fechado na palavra obeso ou aberto? Por que eu falei que era um setor divertido? Porque a parte da gramática que trata das dúvidas sobre sílabas tônicas e outras é ortoepia ou ortoépia, ou seja, admite duas formas de pronúncia. Quem deveria me dizer qual a forma correta admite duas formas.

Existe o campo da linguística, que irritava o solene gramático Napoleão Mendes de Almeida. Ela é ampla e abrange, inclusive, a gramática normativa. Porém, antes de indicar o certo e o errado, analisa a apropriação/construção/ produção de sentidos de comunicação para uma pessoa ou para um grupo. Assim, ir “de a pé” ou ser “de menor” não seriam, do ponto de vista linguístico, erros, mas usos com explicação racional para o porquê do desvio da norma culta. Por vezes, é uma tentativa de hipercorreção, como é o caso do emprego de “menas”. Figura ser mais correto concordar o gênero e muita gente lasca um “menas pessoas” porque parece contraditório dizer menos. Em outras ocasiões, nossa resistência lusófona ao excesso de consoantes provoca a introdução de uma vogal onde não caberia na ortoepia ortodoxa. Surgem “adevogados”, trocam-se “pineus” e o monstro verde irritadiço é o incrível “Hulki”. O uso recebe um nome complexo: suarabácti (ou anaptixe), a criação de uma vogal de apoio. A pronúncia “pissicologia” causa-lhe horror, ó meu parnasiano leitor? Como eu afirmei, a língua é viva. [...]

Nós sintetizamos (vossa mercê vira você e daí surge o internético vc), colocamos vogais, adaptamos, decompomos e refazemos. O império de Napoleão (o gramático) dá origem a muitas pequenas repúblicas, vivas, pulsantes e indiferentes às vestais oficiais e oficiosas do tabernáculo das regras. No sentido empregado por Noam Chomski, eu preciso de uma gramaticalidade para minha expressão, e nem sempre é a prevista no código napoleônico.

Língua é história. Em 1912, um navio britânico a caminho dos EUA naufragou de forma trágica. A elite brasileira leu sobre o evento e pronunciou o nome do navio como se fosse francês: Titanic, enfatizando a sílaba final e produzindo o gracioso biquinho da francofonia. Ninguém pronunciou com sonoridade inglesa ou traduziu para Titânico. Mais de um século, ainda falamos como se o navio tivesse zarpado de Marselha e sido confeccionado em um porto gaulês. Por quê? A elite brasileira era usuária da língua de Paris.

[...] Criamos muito. Deletar, por exemplo: não é inglês e não é português. Na origem, uma palavra latina que chegou ao francês e ultrapassou o canal da Mancha. É a nossa tradicional antropofagia, analisada pelos Andrades, Oswald e Mário. Pedem-me budget e eu penso na antiga, sólida e útil palavra orçamento. A reunião flui assim: “O senhor será keynote speaker e a escolha é em função do seu know-how sobre o modelo ted para CEOs. [...]

Não adianta solidificar uma armadura que defenda o português. O ataque não é externo, é opção dos cidadãos de dentro. Podemos insistir que ludopédio seria mais correto, futebol está consagrado e ponto. O chá da academia será acompanhado de cookies e de cupcakes. A língua pode até morrer um dia, mas nós, seus usuários, partiremos antes. Isto assusta ou consola? Good luck!

Há apenas uma alternativa correta. Assinale-a. O texto foi escrito principalmente para:

  • A Provocar reflexão sobre a presença de vida na língua portuguesa, que evolui em suas convenções e comportamento dos falantes.
  • B Instruir sobre a forma adequada de uso da língua portuguesa, orientando-se pela realidade de emprego do idioma.
  • C Relatar dados importantes sobre a forma como a língua evolui, comprovando que é um fenômeno vivo.
  • D Divulgar informações científicas sobre campos da gramática que nem sempre são respeitados pelos falantes.
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Viver com menos

De quantos objetos você precisa para ter uma vida tranquila? Certamente o kit essencial inclui peças de roupas, celular, cartões de crédito, móveis e eletrodomésticos como cama, geladeira, fogão, computador, e uma casa para guardar tudo isso. Talvez você também tenha um carro e acredite que para levar uma vida plena só precisa de mais aquela casa na praia. Se dinheiro não for um empecilho, a lista pode aumentar. Não é preciso ir muito longe para perceber que vivemos cercados por uma enorme quantidade de objetos e acabamos gastando boa parte do tempo cuidando de sua manutenção.

Nosso objetivo é tornar a vida mais fácil e confortável, mas muitas vezes acabamos reféns de nossos próprios objetos de desejo. Um dos lugares que ostentam as consequências do consumo excessivo são os engarrafamentos. Diante do sonho do carro próprio, as pessoas preferem ficar presas em um engarrafamento do que andar de transporte público.

Mas de quantas dessas coisas de fato precisamos e quantas não são apenas desperdícios de espaço, de dinheiro e de tempo? Por que compramos coisas que sabemos que não iremos usar? Para alguns estudiosos, a diferença entre o que precisamos e o que desejamos acaba se confundindo na cabeça do consumidor em meio à enxurrada de publicidade que recebemos todos os dias. Os objetos que compramos geralmente se encaixam em três categorias: a das necessidades, a dos desejos e a dos “necejos”, os objetos de desejo que, por imposição da publicidade, acabam se tornando uma necessidade. Tão necessários que as pessoas têm de lutar contra a corrente do marketing.

Mas há uma tendência que se contrapõe a isso, a do minimalismo – também conhecido como “consumo mínimo” ou “simplicidade voluntária”. Por exemplo, alguns assumem o desafio de viver um ano com apenas 100 itens, incluindo roupas, livros, aparelhos eletrônicos, lembranças de família e objetos pessoais. Outros procuram ir ainda mais fundo, vivendo sem casa e com apenas 50 itens. Há quem pregue o desafio de ficar um ano sem comprar nada, vivendo na base de trocas e doações.

O minimalismo não trata apenas da quantidade ou do valor dos itens que se encontram em nossas casas. Minimalismo é viver com o essencial, e cada pessoa decide o que é essencial para si. Então, por definição, o minimalismo sempre será algo subjetivo e individual. Por exemplo, todo mundo que mora numa casa ou apartamento grande em uma área mais barata da cidade poderia, pelo mesmo valor, morar em um cubículo mais bem localizado. Essa é uma revolução minimalista: ter menos tralha e mais experiências.

O Texto I defende a ideia de que, para viver melhor, é preciso

  • A viver à base de trocas e doações para resistir à enxurrada da publicidade minimalista.
  • B adquirir objetos divulgados em campanhas publicitárias voltadas ao cultivo do prazer.
  • C passar um ano sem comprar coisas desnecessárias para evitar o excesso de consumo.
  • D combater a tendência ao consumismo para reduzir o desperdício e viver com o essencial.
  • E morar em um apartamento pequeno em áreas mais desvalorizadas das grandes cidades.
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Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

A charge acima efetiva uma crítica bem humorada a um dos grandes desafios do mundo contemporâneo no que diz respeito à sustentabilidade: a alocação do lixo. Além da exploração dos recursos visuais, o humor efetiva-se:
  • A Pelo desespero dos personagens evidenciado em suas falas.
  • B Pelo comprometimento do senhor com o conteúdo que está lendo.
  • C Pela duplicidade de sentido de um dos vocábulos.
  • D Pela necessidade de mudança defendida com vigor.
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Calor verbal

Diferentemente do que ocorre nos Estados Unidos, onde é notória a agressividade da oposição parlamentar ao governo de Barack Obama, o debate ideológico brasileiro tem se destacado por uma singular dualidade de estilos. No reino virtual da intenet, blogueiros e comentaristas amiúde adotam uma linguagem de extrema virulência.
No mundo político real, entretanto, o ambiente vinha se caracterizando há tempos por um relativo marasmo.
As semanas sufocantes deste verão acumulam, todavia – não tanto pela impaciência com as condições meteorológicas, e bem mais pelo avançar do calendário eleitoral –, claros sinais de que se passa a apostar em novos tons de beligerância política.

(Folha de S.Paulo, 13.02.2013. Adaptado)


Nas passagens – uma singular dualidade de estilos, / – blogueiros e comentaristas amiúde adotam uma linguagem, / – As semanas sufocantes deste verão, – as palavras em destaque significam, respectivamente,
  • A excepcional / ocasionalmente / asfixiantes.
  • B excepcional / oportunamente / insuportáveis.
  • C diferente / raramente / irritantes.
  • D incomum / frequentemente / abafadiças.
  • E extravagante / impreterivelmente / opressivas.
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A forra do peão

O baiano Renato Pereira dos Santos, 26 anos, é brasileiro desses que se encontra em qualquer ponto de ônibus. Há quatro anos, viajou a São Paulo com uma mala de couro para tentar mudar de vida. Não conseguiu emprego fixo nem teto para morar. Trabalhando como pedreiro, quando tem serviço dorme em galpão de obra. Desempregado, reside de favor na casa de amigos. Todos os domingos. Renato passava em frente a um bar na Vila Madalena, um dos pontos mais animados de São Paulo, e admirava a alegria dos fregueses. Na madrugada de segunda-feira, 10, o pedreiro Renato resolveu ir à forra.
Depois que todos haviam ido embora, arrombou o bar com um pedaço de ferro. Ao entrar, foi direto para cozinha. Ele já trabalhou como garçom e não teve dificuldades de preparar o cardápio de sua refeição.
No freezer escolheu dois pedaços de frango. Preparou um molho de pimenta e farofa. No barril de chope, serviu-se à vontade. De sobremesa, sorvete de morango. Separou 22 CDs, 9 fitas de vídeo, e alguns alto-falantes em uma sacola. Caiu no sono. O pedreiro acordou com o barulho da porta de ferro se abrindo. As proprietárias chegaram, chamaram a polícia. Renato foi preso.

( Revista Veja – 1994)
Há uma palavra trissílaba em:
  • A fatos.
  • B simples.
  • C carroça.
  • D organização
  • E nenhuma alternativa está correta
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Uma manchete do Estado de São Paulo, 10/04/2017, dizia o seguinte:

“Atentados contra cristãos matam 44 no Egito e país decreta emergência”.

As duas orações desse período mantêm entre si a seguinte relação lógica:

  • A causa e consequência;
  • B informação e comprovação;
  • C fato e exemplificação;
  • D afirmação e explicação;
  • E tese e argumentação.
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Texto I

Diploma garantido

Muitos pais têm contratado planos de previdência para os filhos menores de idade. A diferença é que, ao fazer isso, não estão pensando em investir na aposentadoria dos rebentos, mas sim em oferecer condições para que, ao atingir a maioridade, eles tenham dinheiro para arcar com despesas relacionadas à educação, como uma boa faculdade, um curso de especialização ou um intercâmbio no exterior.
Segundo dados da Federação Nacional de Previdência Privada Vida (FenaPrevi), entidade que reúne empresas do setor, os planos de previdência para menores arrecadaram só no ano passado, 1,7 bilhão de reais – 24% a mais do que em 2010.

Falta de disciplina para fazer os depósitos e saques não programados prejudicam quem quer poupar para o futuro. “A contribuição deve ser encarada como uma despesa da casa, assim como as contas de água e luz", diz Carolina Wanderley, consultora sênior de previdência privada da empresa de investimentos Mercer. Ou seja, não se deve “pular" o investimento na previdência em meses de dinheiro curto, muito menos usar o montante reservado nela para cobrir despesas acima do normal.

Para contornar imprevistos desse gênero, os especialistas recomendam pedir ao banco que as mensalidades sejam postas em débito automático ou cobradas via boleto e manter um segundo investimento – como uma poupança – destinado a “apagar incêndios".
(Veja, 9 de maio 2012. Com adaptações)

De acordo com as ideias expressas no texto é correto afirmar que

  • A a contratação de planos de previdência para menores tem crescido significativamente nos últimos anos devido ao baixo investimento na aposentadoria.
  • B para que um plano de previdência possa alcançar o objetivo é necessário que haja disciplina por parte do contratante não realizando ações sem planejamento.
  • C a previdência privada é um dever de todos assim como as demais despesas cotidianas como água e luz.
  • D a contratação de um plano de previdência privada para os filhos menores é a garantia de sucesso profissional, inclusive internacional.
  • E o investimento na aposentadoria privada está defasado e não apresenta vantagens em relação à aposentadoria tradicional.
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       Saudável exercício para um leitor de jornal iniciante é ler um artigo de jornal e relacionar esse artigo a outros artigos de jornal sobre o mesmo tema. O leitor iniciante de jornal contrasta a maneira como o artigo lido produz os sentidos com a maneira como cada um dos outros artigos produz os seus próprios sentidos. A esse leitor iniciante que confronta o texto de jornal primeiramente lido com outros sobre o mesmo tema é proporcionada a chance de construir sua própria opinião sobre esse tema. 

Saudável exercício para um leitor de jornal iniciante é ler um artigo de jornal e relacionar esse artigo a outros artigos de jornal sobre o mesmo tema.


Sobre o período acima, afirma-se com propriedade:

  • A O emprego do adjetivo Saudável mostra-se inadequado, pois a acepção “o que é bom para a saúde” não é aplicável à caracterização de um exercício de leitura de texto.
  • B O emprego do adjetivo Saudável implica um legítimo deslizamento semântico: o exercício é saudável pelos benefícios que propicia.
  • C O adjetivo Saudável, se usado na frase “As refeições que nutrem satisfatoriamente o corpo são, essas sim, saudável”, estaria corretamente empregado.
  • D Em um leitor de jornal iniciante, o segmento destacado, ao delinear o perfil do leitor, anula o valor semântico do artigo indefinido, o de apresentar o ser de maneira indeterminada.
  • E A inserção de ponto e vírgula antes da palavra “e” não enfraquece a adesão entre ler e relacionar; se, na frase original, a ações fossem consideradas igualmente importantes, tal atenuação, se ocorresse, seria relevante.
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Marque a opção em que a frase está correta, de acordo com as regras de concordância.

  • A Só três por cento da platéia pagou ingresso.
  • B Estes automóveis são tais qual aqueles outros.
  • C Aqueles meninos parecem estarem desatentos.
  • D A série primeira e segunda são as mais difíceis.
  • E Os acordos australos-chineses já foram assinados.
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Leia o texto abaixo e responda à questão proposta.

O Brasil é minha morada


1 Permita-me que lhes confesse que o Brasil é a minha morada. O meu teto quente, a minha sopa fumegante. É casa da minha carne e do meu espírito. O alojamento provisório dos meus mortos. A caixa mágica e inexplicável onde se abrigam e se consomem os dias essenciais da minha vida.


2 É a terra onde nascem as bananas da minha infância e as palavras do meu sempre precário vocabulário. Neste país conheci emoções revestidas de opulenta carnalidade que nem sempre transportavam no pescoço o sinete da advertência, justificativa lógica para sua existência.


3 S e m dúvida, o Brasil é o paraíso essencial da minha memória. O que a vida ali fez brotar com abundância, excedeu ao que eu sabia. Pois cada lembrança brasileira corresponde à memória do mundo, onde esteja o universo resguardado. Portanto, ao apresentar-me aqui como brasileira, automaticamente sou romana, sou egípcia, sou hebraica. Sou todas as civilizações que aportaram neste acampamento brasileiro.


4 Nesta terra, onde plantando-se nascem a traição, a sordidez, a banalidade, também afloram a alegria, a ingenuidade, a esperança, a generosidade, atributos alimentados pelo feijão bem temperado, o arroz soltinho, o bolo de milho, o bife acebolado, e tantos outros anjos feitos com gema de ovo, que deita raízes no mundo árabe, no mundo luso.


5 Deste país surgiram inesgotáveis sagas, narradores astutos, alegres mentirosos. Seres anônimos, heróis de si mesmos, poetas dos sonhos e do sarcasmo, senhores de máscaras venezianas, africanas, ora carnavalescas, ora mortuárias. Criaturas que, afinadas com a torpeza e as inquietudes do seu tempo, acomodam-se esplêndidas à sombra da mangueira só pelo prazer de dedilhar as cordas da guitarra e do coração.


6 Neste litoral, que foi berço de heróis, de marinheiros, onde os saveiros da imaginação cruzavam as águas dos mares bravios em busca de peixes, de sereias e da proteção de Iemanjá, ali se instalaram civilizações feitas das sobras de outras tantas culturas. Cada qual fincando hábitos, expressões, loucas demências nos nossos peitos.


7 Este Brasil que critico, examino, amo, do qual nasceu Machado de Assis, cujo determinismo falhou ao não prever a própria grandeza. Mas como poderia este mulato, este negro, este branco, esta alma miscigenada, sempre pessimista e feroz, acatar uma existência que contrariava regras, previsões, fatalidades? Como pôde ele, gênio das Américas, abraçar o Brasil, ser sua face, soçobrar com ele e revivê-lo ao mesmo tempo?


8 Fomos portugueses, espanhóis e holandeses, até sermos brasileiros. Uma grei de etnias ávidas e belas, atraída pelas aventuras terrestres e marítimas. Inventora, cada qual, de uma nação foragida da realidade mesquinha, uma espécie de ficção compatível com uma fábula que nos habilite a frequentar com desenvoltura o teatro da história.


(PIÑON, Nélida. Aprendiz de Homero. Rio de Janeiro: Editora Record, 2008, p. 241-243, fragmento.)

“Deste país surgiram inesgotáveis sagas, narradores astutos, alegres mentirosos. Seres anônimos, heróis de si mesmos, poetas dos sonhos e do sarcasmo, senhores de máscaras venezianas, africanas, ora carnavalescas, ora mortuárias.” (5º §)


Entre os dois períodos do fragmento transcrito acima, a coesão textual se estabelece pelo fato de o 2º período estar para o 1º na função de:

  • A predicado.
  • B objeto direto.
  • C sujeito.
  • D predicativo.
  • E aposto.
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Considerando as orações abaixo.

I. “O homem sábio é aquele que não se entristece com as coisas que não tem, mas rejubila com as que tem.” - Epicteto

II. “Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância.” - Sócrates

A palavra “sábio” nas orações I e II classificam-se, respectivamente, como: 

  • A adjetivo e substantivo.
  • B substantivo e adjetivo.
  • C adjetivo e verbo.
  • D pronome e adjetivo.
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Leia a frase abaixo.

Carlos é trabalhador, ao passo que seus irmãos não gostam de trabalhar.

Assinale a opção em que o significado da locução destacada está indicado corretamente.

  • A Tempo.
  • B Exclusão.
  • C Concessão.
  • D Proporção.
  • E Contraste.

Raciocínio Lógico

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Um homem contratou uma secretária para seu escritório por um salário fixo de R$ 1500,00. No primeiro pagamento, ele pagou junto com o salário as horas extras que essa funcionária tinha feito durante o mês. Sabendo que o valor das horas extras foi de 2/5 do salário dessa secretária, qual foi o valor total que ela recebeu?
  • A R$ 600,00.
  • B R$ 800,00.
  • C R$ 2100,00.
  • D R$ 2200,00.
  • E R$ 2500,00.
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Um teclado alfanumérico com 105 teclas tem um terço de suas teclas com algum número. As teclas sem números estão em quantidade igual a
  • A 35.
  • B 105.
  • C 70.
  • D 26.
  • E 23.
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A idade média de um grupo de dezoito amigos é 34. Outras duas pessoas se juntaram ao grupo: uma tem 48 anos de idade, a outra, 40. A média das idades do novo grupo, composto pelas vinte pessoas, é igual a:

  • A 35
  • B 36
  • C 37
  • D 38
  • E 39
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Em uma praia chamava a atenção um catador de cocos (a água do coco já havia sido retirada). Ele só pegava cocos inteiros e agia da seguinte maneira: o primeiro coco ele colocava inteiro de um lado; o segundo ele dividia ao meio e colocava as metades em outro lugar; o terceiro coco ele dividia em três partes iguais e colocava os terços de coco em um terceiro lugar, diferente dos outros lugares; o quarto coco ele dividia em quatro partes iguais e colocava os quartos de coco em um quarto lugar diferente dos outros lugares. No quinto coco agia como se fosse o primeiro coco e colocava inteiro de um lado, o seguinte dividia ao meio, o seguinte em três partes iguais, o seguinte em qua- tro partes iguais e seguia na sequência: inteiro, meios, três partes iguais, quatro partes iguais, inteiro, meios, três partes iguais, quatro partes iguais. Fez isso com exatamente 59 cocos quando alguém disse ao catador: eu quero três quintos dos seus terços de coco e metade dos seus quartos de coco. O catador consentiu e deu para a pessoa

  • A 52 pedaços de coco.
  • B 55 pedaços de coco.
  • C 59 pedaços de coco.
  • D 98 pedaços de coco.
  • E 101 pedaços de coco.
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Aproximadamente 13% da população brasileira é obesa. Uma pesquisa prevê que essa população pode crescer até 2020, chegando a 20% da população. Se essa previsão se realizar, a porcentagem de obesos no Brasil crescerá, aproximadamente:

  • A 7%.
  • B 15,4%.
  • C 54%
  • D 154%.

Noções de Informática

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Analise as afirmações abaixo:


I. No Linux, todo arquivo executável tem como extensão o sufixo .exe.


II. Nas várias distribuições Linux, os navegadores que rodam nativamente nesse ambiente são: Microsoft Internet Explorer, Mozilla Firefox e Google Chrome.


III. O Linux não possui interface de usuário gráfica (GUI). Por essa razão, seu uso é bem menos popular que o do Microsoft Windows.


IV. Usuários com permissões totais de superusuário são os únicos capazes de reiniciar o sistema operacional.

  • A Todas as afirmativas são verdadeiras.
  • B Somente I e II são verdadeiras.
  • C Somente I, II e III são verdadeiras.
  • D Somente IV é verdadeira.
  • E Nenhuma afirmativa é verdadeira.
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Ao digitar o endereço de uma URL em um navegador, a primeira parte deste endereço se refere ao protocolo que será utilizado, como por exemplo, o protocolo HTTP. Dentre estes protocolos que podem ser utilizados, estão os de conexão segura e transferência de arquivos, sendo eles, respectivamente, 
  • A SSL e TLS.
  • B HTTPS e FTP.
  • C TCP/IP e FILE.
  • D SSH e FILE.
  • E DNS e PROXY.
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No MS-PowerPoint 2010, em sua configuração padrão, as transições de slide são efeitos que ocorrem no modo de exibição ____________ quando você muda de um slide para o próximo.

Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna.

  • A Classificação de Slides
  • B Apresentação de Slides
  • C Conteúdo
  • D Normal
  • E Tópicos
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Função do Microsoft Excel, versão português do Office 2010, que verifica se uma condição foi satisfeita e retorna um valor se for verdadeiro ou retorna outro valor se for falso:

  • A CONT.SE
  • B SE
  • C SEERRO
  • D SOMASE
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Faça a correlação entre a 1ª e a 2ª colunas.

1ª Coluna

1. É um software que permite cálculos automáticos através de fórmulas em tabelas.

2. Copiar o conteúdo de um arquivo residente em outro computador para o seu, independente da distância

3. Página introdutória de um site.

4. Browser da Microsoft

5. Processo de conexão à rede que inclui a identificação e à senha de controle.

2ª Coluna

( ) Internet Explorer

( ) Planilhas Eletrônicas

( ) Download

( ) Login

( ) Homepage

A sequência CORRETA da correlação entre colunas é :

  • A 4 – 1 – 2 – 5 – 3
  • B 3 – 5 – 2 – 1 – 4
  • C 5 – 1 – 2 – 3 – 4
  • D 2 – 1 – 5 – 2 – 4
  • E 1– 2 – 4 – 5 – 1

Direito Constitucional

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Em relação ao Presidente da República é incorreto afirmar:

  • A O processo por crime de responsabilidade é levado a efeito pelo Senado Federal , mas sob a presidência do Presidente do Supremo Tribunal Federal/STF.
  • B Os crimes de responsabilidade que lhe forem imputados serão objeto de acusação e processo nos termos da lei que trata da improbidade administrativa.
  • C Ficará suspenso de suas funções se for recebida denúncia criminal ou queixa-crime contra ele pelo Supremo Tribunal Federal/STF.
  • D Após a instauração do processo por crime de responsabilidade, ficará suspenso de suas funções.
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À luz do sistema de controle de constitucionalidade de leis e atos normativos vigente no Brasil, analise as seguintes assertivas:

I. Cabe ao Supremo Tribunal Federal exercer o controle difuso de constitucionalidade ao julgar as ações diretas de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos federais ou estaduais.
II. A Mesa da Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal consta no rol constitucional de legitimados para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade.
III. A arguição de descumprimento de preceito fundamental será apreciada originariamente pelo Superior Tribunal de Justiça, cabendo ao Supremo Tribunal Federal julgá-la em sede de recurso extraordinário.

Está correto o que se afirma em

  • A I, II e III.
  • B II, apenas.
  • C I e II, apenas.
  • D II e III, apenas.
  • E I e III, apenas.
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No que diz respeito ao instituto da repercussão geral, inovação criada pela EC 45/2004 e regulamentada pela Lei n.º 11.418/2006, assinale a opção correta.

  • A Tal inovação tem por finalidade aumentar o número de processos que devem ser apreciados no STF, a fim de que as questões relevantes sejam todas julgadas o mais breve possível.
  • B Para a rejeição da repercussão geral, é necessária a manifestação da maioria absoluta dos membros do STF.
  • C A competência para a verificação da existência de repercussão geral, por decisão irrecorrível, é dos tribunais superiores e do STF.
  • D A decisão que nega a existência de repercussão geral vale para todos os recursos que versem sobre matéria idêntica, os quais serão indeferidos liminarmente.

Direito Penal

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Segundo o Código Penal, são causas interruptivas da prescrição

  • A o recebimento da denúncia ou da queixa; a pronúncia; a circunstância de ter sido resolvida, em outro processo, questão de que dependa o reconhecimento da existência do crime.
  • B o início ou continuação do cumprimento da pena; o oferecimento da denúncia ou da queixa; a reincidência.
  • C o recebimento da denúncia ou da queixa; o cumprimento, pelo agente, de pena no exterior; o início ou continuação do cumprimento da pena.
  • D a pronúncia; o recebimento da denúncia ou da queixa; a publicação de sentença ou acórdão condenatórios recorríveis.
  • E a reincidência; a publicação de sentença ou acórdão condenatórios recorríveis; o oferecimento da denúncia ou da queixa.
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Assinale a altemativa incorreta:

  • A A superveniencia de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado.
  • B No caso de fato superveniente que, de forma independente, excluiu os efeitos dos fatos anteriores, faz que que estes deixem de ser imputáveis.
  • C Pode haver crime omissivo quando o omitente podia agira para evitar o resultado ou quando tinha o dever legal de agir mas não o fez.
  • D Diz-se que o crime é tentado quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.
  • E O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados.

Direito Penal Militar

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Com relação ao Código Penal castrense, assinale a opção correta.

  • A No concurso de crimes, material ou formal, a pena a ser aplicada será a soma das penas previstas para cada um, sejam da mesma espécie ou sejam de espécies diferentes.
  • B Estabelece o mesmo critério que o Código Penal comum para o apenamento do crime continuado, ou seja, a aplicação da pena de um só dos crimes, se idênticas, com sua elevação, conforme o caso, de um sexto a um terço.
  • C O crime de ..violência contra inferior é classificado como crime contra honra.
  • D O crime de oposição à ordem de de sentinela é punido com pena de impedimento e multa.
  • E Estabelece como penas principais: a morte; a reclusão; a detenção; a prisão; impedimento; suspensão do exercício do posto, graduação, cargo ou função e reforma.
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ANALISE AS PROPOSIÇÕES ABAIXO E ASSINALE A RESPOSTA CORRETA.

I – O sujeito ativo do crime militar de usurpação de função é o civil.
II – O indivíduo que, sem tê-la, alega possuir influência sobre funcionário da Junta Militar e por conta disso, solicita dinheiro ao conscrito, a pretexto de incluí-lo no excesso de contingente, comete o crime de estelionato.
III – No crime militar de inutilização de livro ou documento (CPM, art. 337 – subtração ou inutilização de livro, processo ou documento), se o sujeito ativo possui a guarda do objeto material, o crime será o do art. 321 do CPM (extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento), de semelhante nomen iuris.
IV – Tanto o crime militar de impedimento, perturbação ou fraude de concorrência (CPM, art. 339), como seu semelhante no direito penal comum (CP, art. 335), foram revogados pelos artigos 93 e 95, da Lei 8.666 de 21.06.1993, que instituiu normas específicas para licitações e contratos.
  • A I e II estão corretas
  • B I e III estão corretas e II e IV estão erradas
  • C I está errada e IV está correta
  • D I e IV estão erradas