Você está rodeado por ondas eletromagnéticas. São ondas de rádio, luzes visíveis, infravermelho, ondas sonoras, micro-ondas, dentre outras.
Sobre os fenômenos ondulatórios, três candidatos fizeram as seguintes afirmações:
- Antônio: das ondas citadas acima, a mais veloz é a luz visível, que se propaga à velocidade da luz.
- Mônica: as ondas de rádio propagam-se com a mesma velocidade das ondas sonoras.
- Lucas: das ondas citadas acima, apenas as ondas sonoras são longitudinais.
Está CORRETO o que foi afirmado apenas por
Antes de realizar um experimento usando uma vela acesa, lentes e espelhos, Gabriel imaginou as imagens da chama que poderia obter usando um pedaço de papel. Ele imaginou que poderia obter:
I - uma imagem maior e invertida (de cabeça para baixo) da chama, se usasse um espelho côncavo.
II - uma imagem maior e não invertida da chama, se usasse uma lente divergente.
III - uma imagem menor e invertida (de cabeça para baixo) da chama, se usasse uma lente convergente.
IV - uma imagem menor e invertida (de cabeça para baixo) da chama, se usasse um espelho côncavo.
Estão CORRETAS apenas as imagens descritas em:
Quando uma pessoa pula de certa altura, ao atingir o chão, ela dobra os joelhos e rola pelo chão, até parar. Fisicamente, o procedimento é CORRETO porque:
É comum as pessoas tomarem café quente aos golinhos, para não queimarem a boca. Uma quantidade maior de café pode levar a pessoa a ter queimaduras que podem levar dias para deixarem de ser sentidas. Comparando grandes e pequenas quantidades de café, podemos chegar à conclusão que ambas têm
Num escritório, um ventilador fazia muito barulho e ventilava muito. Paulo, atento, percebeu que o ventilador tinha uma chave 110-220 V. Ele mudou a posição da chave, que estava em 110 V, para 220 V.
Ao fazer isso, a potência do chuveiro
Fábio e Vitória conversam. A frequência da voz de Fábio é a metade do valor da frequência da voz de Vitória. Em relação a essa situação, é CORRETO afirmar que as duas vozes têm
Um aluno tinha diante de si os seguintes aparelhos óticos, que chamaram muito a sua atenção:
1. aparelho 1: uma lente que fornecia uma imagem invertida de objetos;
2. aparelho 2: um espelho que fornecia uma imagem não invertida e do mesmo tamanho de um objeto colocado próximo a ele;
3. aparelho 3: um espelho que fornecia uma imagem ampliada e não invertida de um objeto colocado próximo a ele.
Para queimar um pedaço de papel, usando a luz solar, poderíamos usar apenas o(s) aparelho(s)
Um segundo de desatenção pode custar uma vida. Muito mais do que retórica, essa frase mostra como o desconhecimento de Física pode ser fatal.
Um motorista estava a 90 km/h quando o seu celular tocou. Sua mão direita procura o aparelho na pasta. Não o encontra. Seu olhar é desviado para a pasta. Pronto! Foram apenas 2,0 s de desatenção. Em termos de tempo parece pouco. No entanto, em termos de distância, não! Nesses 2,0 s, o carro percorreu uma distância de:
Do alto de um edifício, uma pedra é abandonada. Sua energia potencial gravitacional nesse instante era de 400 J.
A resistência do ar não é desprezível durante a queda.
São feitas quatro afirmações sobre o movimento da pedra, do instante em que foi abandonada até o instante imediatamente anterior a ela tocar o solo.
A afirmação CORRETA é:
O emprego do pronome relativo “onde” está correto, EXCETO em:
Os termos destacados estão corretamente interpretados entre parênteses, EXCETO em
PASSEIO SOCRÁTICO
Frei Betto
Ao viajar pelo Oriente, mantive contatos com monges do Tibete, da Mongólia, do Japão e da China. Eram homens serenos, comedidos, recolhidos em paz em seus mantos cor de açafrão.
Outro dia, eu observava o movimento do aeroporto de São Paulo: a sala de espera cheia de executivos com telefones celulares, preocupados, ansiosos, geralmente comendo mais do que deviam. Com certeza, já haviam tomado café da manhã em casa, mas como a companhia aérea oferecia um outro café, todos comiam vorazmente. Aquilo me fez refletir:
- "Qual dos dois modelos produz felicidade?"
Encontrei Daniela, 10 anos, no elevador, às nove da manhã, e perguntei: - "Não foi à aula?"
Ela respondeu: - "Não, tenho aula à tarde". Comemorei:
- "Que bom, então de manhã você pode brincar, dormir até mais tarde".
- "Não", retrucou ela, "tenho tanta coisa de manhã..."
- "Que tanta coisa?", perguntei.
- "Aulas de inglês, de balé, de pintura, piscina", e começou a elencar seu programa de garota robotizada.
Fiquei pensando: - "Que pena, a Daniela não disse: "Tenho aula de meditação!"
Estamos construindo super-homens e supermulheres, totalmente equipados, mas emocionalmente infantilizados. Por isso, as empresas consideram agora que, mais importante que o QI, é a IE, a Inteligência Emocional. Não adianta ser um superexecutivo se não se consegue se relacionar com as pessoas. Ora, como seria importante os currículos escolares incluírem aulas de meditação!
Uma progressista cidade do interior de São Paulo tinha, em 1960, seis livrarias e uma academia de ginástica; hoje, tem sessenta academias de ginástica e três livrarias! - Não tenho nada contra malhar o corpo, mas me preocupo com a desproporção em relação à malhação do espírito. Acho ótimo, vamos todos morrer esbeltos: "Como estava o defunto?". "Olha, uma maravilha, não tinha uma celulite!" Mas como fica a questão da subjetividade? Da espiritualidade? Da ociosidade amorosa?
Outrora, falava-se em realidade: análise da realidade, inserir-se na realidade, conhecer a realidade. Hoje, a palavra é virtualidade. Tudo é virtual. Pode-se fazer sexo virtual pela internet: não se pega aids, não há envolvimento emocional, controla-se no mouse. Trancado em seu quarto, em Brasília, um homem pode ter uma amiga íntima em Tóquio, sem nenhuma preocupação de conhecer o seu vizinho de prédio ou de quadra! Tudo é virtual, entramos na virtualidade de todos os valores, não há compromisso com o real! É muito grave esse processo de abstração da linguagem, de sentimentos: somos místicos virtuais, religiosos virtuais, cidadãos virtuais. Enquanto isso, a realidade vai por outro lado, pois somos também eticamente virtuais…
A cultura começa onde a natureza termina. Cultura é o refinamento do espírito. Televisão, no Brasil - com raras e honrosas exceções -, é um problema: a cada semana que passa, temos a sensação de que ficamos um pouco menos cultos. A palavra hoje é "entretenimento"; domingo, então, é o dia nacional da imbecilização coletiva. Imbecil o apresentador, imbecil quem vai lá e se apresenta no palco, imbecil quem perde a tarde diante da tela.
Como a publicidade não consegue vender felicidade, passa a ilusão de que felicidade é o resultado da soma de prazeres: "Se tomar este refrigerante, vestir este tênis, usar esta camisa, comprar este carro, você chega lá!" O problema é que, em geral, não se chega! Quem cede desenvolve de tal maneira o desejo, que acaba precisando de um analista. Ou de remédios. Quem resiste, aumenta a neurose.
Os psicanalistas tentam descobrir o que fazer com o desejo dos seus pacientes. Colocá-los onde? Eu, que não sou da área, posso me dar o direito de apresentar uma sugestão. Acho que só há uma saída: virar o desejo para dentro. Porque, para fora, ele não tem aonde ir! O grande desafio é virar o desejo para dentro, gostar de si mesmo, começar a ver o quanto é bom ser livre de todo esse condicionamento globalizante, neoliberal, consumista. Assim, pode-se viver melhor. Aliás, para uma boa saúde mental três requisitos são indispensáveis: amizades, autoestima, ausência de estresse.
Há uma lógica religiosa no consumismo pós-moderno. Se alguém vai à Europa e visita uma pequena cidade onde há uma catedral, deve procurar saber a história daquela cidade - a catedral é o sinal de que ela tem história. Na Idade Média, as cidades adquiriam status construindo uma catedral; hoje, no Brasil, constrói-se um shopping center. É curioso: a maioria dos shopping centers tem linhas arquitetônicas de catedrais estilizadas; neles não se pode ir de qualquer maneira, é preciso vestir roupa de missa de domingos. E ali dentro sente-se uma sensação paradisíaca: não há mendigos, crianças de rua, sujeira pelas calçadas...
Entra-se naqueles claustros ao som do gregoriano pós-moderno, aquela musiquinha de esperar dentista. Observam-se os vários nichos, todas aquelas capelas com os veneráveis objetos de consumo, que são acolitados por belas sacerdotisas. Quem pode comprar à vista, sente-se no reino dos céus. Se deve passar cheque pré- datado, pagar a crédito, entrar no cheque especial, sente-se no purgatório. Mas se não pode comprar, certamente vai se sentir no inferno... Felizmente, terminam todos na eucaristia pós-moderna, irmanados na mesma mesa, com o mesmo suco e o mesmo hambúrguer do McDonald\'s…
Costumo advertir os balconistas que me cercam à porta das lojas: "Estou apenas fazendo um passeio socrático." Diante de seus olhares espantados, explico: Sócrates, filósofo grego, também gostava de descansar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas. Quando vendedores como vocês o assediavam, ele respondia: Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz.
Disponível em: http://www.freibetto.org/index.php/artigos?start=8 Acesso em: 17 maio 2012.
Assinale a alternativa em que NÃO haja erro.
Uma espécie de macaco que vinha sendo acusada de egoísta por biólogos finalmente mostrou em um experimento que é capaz de querer bem ao próximo.
A posição do pronome oblíquo está correta, EXCETO em
Percebe-se a interlocução entre a locutora e os locutários em:
Em: “As crianças precisam de nós, pais e professores, para começar a aprender isso.", isso se refere a
Viver para postar
Gregório Duduvier
Amo fazer aniversário. Quando era pequeno (continuo pequeno, eu sei, mas nessa época era bem pequeno), lembro da frase mágica: "Hoje você pode fazer o que você quiser" – e o que eu queria era muita coisa. Queria o Tívoli Park, o chico cheese, o Parque da Mônica, tudo ao mesmo tempo. Sempre acabava optando pelo Tívoli Park – Pasárgada da minha infância, onde era feliz – e sabia.
Hoje já não tem Tívoli Park – minha Pasárgada fechou depois de diversos casos de assalto dentro do trem-fantasma – mas a memória dessa liberdade plena e irrestrita volta sempre que faço aniversário. Por isso, não reclamem se esta coluna flertar com a autoajuda. Hoje esse é o meu Tívoli Park.
Ser feliz é a melhor maneira de parecer um idiota completo. Para muita gente, a felicidade dos outros é um acinte. E não estou falando dos invejosos. Não consigo acreditar que existam invejosos de mim, para mim essa paranoia com a inveja alheia é delírio narcísico.
Estou falando dos cronicamente insatisfeitos – esses sim existem, e são muitos. Experimenta dizer que está feliz. O olhar vai ser fulminante, assim como a resposta mental: "Como é que esse imbecil pode ser feliz num país desses, num calor desses, com um dólar desses?".
Aprendi que reclamar do calor ou do dólar não reduz a temperatura nem o dólar. Aprendi que a lei de Murphy só existe pra quem acredita nela. E aprendi que reparar na felicidade te ajuda a reconhecê-la quando esbarrar com ela de novo – e acho que isso foi o mais importante.
"A gente só reconhece a felicidade pelo barulhinho que ela faz quando vai embora", dizia o Jacques Prévert. Dificílimo reconhecer a felicidade quando ela ainda está no recinto. Caso reconheça, é fundamental fotografar, escrever, desenhar, filmar. Para isso servem nossos smartphones: para estocar os mais diversos tipos de felicidade em pixels, áudios e blocos de nota. Às vezes a necessidade de registro pode parecer uma fuga do presente, mas, pelo contrário, é a documentação da felicidade que estica o presente para a vida toda.
Sempre que se depara com os melhores momentos da vida – e no caso dele isso acontece quase todo dia – meu padrasto exclama, com voz de barítono: "Felicidade é isso aqui". Aproveito para dizer: hoje faço 29 anos e estou irremediavelmente feliz. Desculpem todos. Vai passar. Mas enquanto isso, aproveito para exclamar, antes que passe: "Felicidade é isso aqui”.
Disponível em:http://www1.folha.uol.com.br/colunas/gregorioduvivier/2015/04/1615741-viver-parapostar.shtml Acesso em:7 set. 2016.
Vocabulário:
Tivoli Park foi um parque de diversões localizado no bairro da Lagoa, na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil. Funcionou de 1973 a 1995.
Todas as constatações abaixo podem ser feitas com base no texto, EXCETO:
Em “Quem fará essa escola?”, o pronome demonstrativo essa foi usado para indicar
chamar [Do lat. clamare, por via pop.] Verbo transitivo direto. 1. Dizer em alta voz o nome de (alguém) para que venha, ou para verificar se está presente. 2. Fazer ir ou vir: O professor disse que o chamara para dar-lhe parabéns. 3. Acordar (1): Deixou recado para que o chamassem às 10 horas. 4. Dizer, invocando: Quando se viu em perigo, chamou o nome de todos os santos. 5. Convocar por meio do toque de campainha, sino, sineta, de apito, ou outro sinal: O sino chama os fiéis para a missa. 6. Convocar (1): O rei chamou a corte. 7. Atrair; seduzir: “ali na sala, na modorra da tarde vazia do domingo, seu corpo adquiria calor e me chamava.” (Carlos Heitor Cony, A Verdade de Cada Dia, p. 112). 8. Fazer funcionar o mecanismo de (o elevador), acionando circuito elétrico ligado a botão de comando: Chamou o elevador e desceu. 9. Bras. Gír. Comer vorazmente; devorar, comer: Puseram três pratos em sua frente e ele chamou tudo. 10. Exigir, reclamar: “O amor que a exalta e a pede e a chama e a implora” (Manuel Bandeira, Estrela da Vida Inteira, p. 13); Tamanha injustiça chama o castigo dos Céus. Verbo transitivo indireto. 11. Chamar (1): Assustado, o pequenino saiu correndo, chamando pela mãe. 12. Chamar (4); invocar: Chamar pelo santo de sua devoção. Verbo transitivo direto e indireto. 13. Convidar, escolher (alguém) para (cargo ou emprego). 14. Atrair, angariar; despertar: Não logrou chamar a atenção dos presentes para o que se passava. 15. Fazer vir; trazer: Procurou, por todos os meios, chamá-lo à realidade. 16. Avocar; tomar: Chamou a si a responsabilidade do acontecido. Verbo transitivo direto e circunstancial. 17. Fazer ir ou vir: “Uma tourada real chama-ra a corte a Salvaterra.” (Rebelo da Silva, Contos e Lendas, p. 172.) Verbo transobjetivo. 18. Dar nome; designar; qualificar: Chamei-o inteligente; Chamam-lhe sábio; “e voz em grita chamaram-lhe de herege luterano” (Fr. Luís de Sousa, Vida de D. Fr. Bertolameu dos Mártires, II, p. 35); “Como Sofia não confessasse nada, Rubião chamou-lhe de bonita, e ofereceu-lhe o solitário que tinha no dedo” (Machado de Assis, Quincas Borba, p. 287). Verbo intransitivo. 19. Dar sinal, com a voz ou com o gesto, para que alguém venha. 20. Dar (o telefone ou aparelho similar) sinal de chamada, fazendo vibrar a campainha; tocar. 21. Bras. S. Ir à frente da tropa ou dos bois encangados, para guiar a marcha. Verbo pronominal. 22. Ter nome; ter por nome: “A primeira namorada de João Ribeiro chamava-se América” (Joaquim Ribeiro, 9 Mil Dias com João Ribeiro, p. 152); “O primeiro romance publicado depois da morte do autor [Franz Kafka] foi O Processo. O seu herói chama-se K., simplesmente K.” (Oto Maria Carpeaux, A Cinza do Purgatório, p. 152); “Quinquina, a babá de Ceceu. / Joaquina se chamava.” (Antônio Carlos Vilaça, O Desafio da Liberdade, p. 25). 23. Recolher-se, acolher-se: Chamou-se à justiça. 24. Dar a si mesmo nome ou epíteto; tratar a si mesmo por ele: “chamei-me pródigo, lancei o cruzado à conta das minhas dissipações antigas”
(Machado de Assis, Memórias Póstumas de Brás Cubas, p. 74). Chamar o raul. Bras. V. vomitar (11).
Assinale a alternativa que, de acordo com o verbete acima, transcrito do dicionário Aurélio, NÃO se encontra entre as possibilidades de construção com o verbo “chamar”.
Em “Nessa fase da vida temos consciência de tudo o que ocorre: perdas físicas e mentais.”, o termo o é
O mais terrível não era a menina me chamando de "tio" e pedindo um trocado, ela de pé no chão no asfalto e eu no meu carro de bacana. O mais terrível não era eu escolhendo a cara e a voz para dizer que não tinha trocado, desculpe, como se a vergonha tivesse um protocolo que a absolvesse. O mais terrível foi nem a naturalidade com que ela cuspiu na minha cara. O mais terrível foi que ela era tão pequena que a cusparada não me atingiu.
Somos boas pessoas, bons cidadãos e bons pais, mas somos tios relapsos. Nossas sobrinhas e nossos sobrinhos enchem as ruas de nossas cidades, cercam nossos carros, invadem nossas vidas e insistem que são nossa família, e não temos nada para lhes dar ou dizer, além de esmola ou "desculpe". Na família brasileira "tios" e sobrinhos têm um diálogo de ameaça e medo, revolta e remorso, e poucas palavras. Nenhum consolo possível, nenhuma esperança, nenhuma explicação. O que dizer a uma sobrinha cuja cabeça mal chega à janela do carro e tenta cuspir na cara do tio? Feio. Falta de educação. Papai do céu castiga. Paciência, minha filha, este é apenas um ciclo econômico e a nossa geração foi escolhida para este vexame, você aí desse tamanho pedindo esmola e eu aqui sem nada para te dizer, agora afasta que abriu o sinal. Não pergunte ao titio quem fez a escolha, é tudo muito complicado e, mesmo, você não entenderia a teoria. Vá cheirar cola, para passar. Vá morrer, para esquecer. Ou vá crescer, para me matar na próxima esquina.
A história, dizem, terminou, e os mocinhos ganharam. Os realistas, os antiutópicos, os racionais. Ficou provado que a solidariedade é antinatural e que cada um deve cuidar dos apetites dos seus. Ou seja: ninguém é "tio" de ninguém. A família humana é um mito, o sofrimento alheio é um estorvo e se a miséria à tua volta te incomoda, compra uma antena parabólica. Ninguém é insensível, dizem os mocinhos, mas a compaixão não funciona. Todos esses anos de convivência com a dor dos outros, que deviam ter nos educado para a compaixão, nos educaram para a autodefesa, para cuspir primeiro. Os bons sentimentos faliram, dizem os mocinhos. Confiemos o futuro ao mercado, que não tem sentimentos, que tritura gerações entre seus dedos invisíveis, pra que se envolver? Afasta do carro que abriu o sinal.
Mas mais terrível do que tudo é eu ficar aqui, escolhendo frases para encher o papel, até cuidando o estilo, já que é domingo. Como se fizesse alguma diferença. Como se isso fosse nos salvar, o tio da sua impotência e cumplicidade e a sobrinha anônima do seu destino. Desculpe.
A suposta fala que NÃO foi dirigida à criança é:
O autor estabelece um diálogo com o leitor ou a ele se dirige em:
A crase deve ser empregada, EXCETO em:
Instituto de Criminalística promove série de palestras na capital
Disponível em: https://www.policiacivil.mg.gov.br/noticia/exibir/geral/175569
Sobre o Texto 2, é CORRETO afrmar:
Em “São tantos os estímulos e tanta a pressão para que o entorno seja completamente desvendado que aprendemos a ver e/ou fazer várias coisas ao mesmo tempo.”, o verbo destacado está flexionado no
Viver para postar
Gregório Duduvier
Amo fazer aniversário. Quando era pequeno (continuo pequeno, eu sei, mas nessa época era bem pequeno), lembro da frase mágica: "Hoje você pode fazer o que você quiser" – e o que eu queria era muita coisa. Queria o Tívoli Park, o chico cheese, o Parque da Mônica, tudo ao mesmo tempo. Sempre acabava optando pelo Tívoli Park – Pasárgada da minha infância, onde era feliz – e sabia.
Hoje já não tem Tívoli Park – minha Pasárgada fechou depois de diversos casos de assalto dentro do trem-fantasma – mas a memória dessa liberdade plena e irrestrita volta sempre que faço aniversário. Por isso, não reclamem se esta coluna flertar com a autoajuda. Hoje esse é o meu Tívoli Park.
Ser feliz é a melhor maneira de parecer um idiota completo. Para muita gente, a felicidade dos outros é um acinte. E não estou falando dos invejosos. Não consigo acreditar que existam invejosos de mim, para mim essa paranoia com a inveja alheia é delírio narcísico.
Estou falando dos cronicamente insatisfeitos – esses sim existem, e são muitos. Experimenta dizer que está feliz. O olhar vai ser fulminante, assim como a resposta mental: "Como é que esse imbecil pode ser feliz num país desses, num calor desses, com um dólar desses?".
Aprendi que reclamar do calor ou do dólar não reduz a temperatura nem o dólar. Aprendi que a lei de Murphy só existe pra quem acredita nela. E aprendi que reparar na felicidade te ajuda a reconhecê-la quando esbarrar com ela de novo – e acho que isso foi o mais importante.
"A gente só reconhece a felicidade pelo barulhinho que ela faz quando vai embora", dizia o Jacques Prévert. Dificílimo reconhecer a felicidade quando ela ainda está no recinto. Caso reconheça, é fundamental fotografar, escrever, desenhar, filmar. Para isso servem nossos smartphones: para estocar os mais diversos tipos de felicidade em pixels, áudios e blocos de nota. Às vezes a necessidade de registro pode parecer uma fuga do presente, mas, pelo contrário, é a documentação da felicidade que estica o presente para a vida toda.
Sempre que se depara com os melhores momentos da vida – e no caso dele isso acontece quase todo dia – meu padrasto exclama, com voz de barítono: "Felicidade é isso aqui". Aproveito para dizer: hoje faço 29 anos e estou irremediavelmente feliz. Desculpem todos. Vai passar. Mas enquanto isso, aproveito para exclamar, antes que passe: "Felicidade é isso aqui”.
Disponível em:http://www1.folha.uol.com.br/colunas/gregorioduvivier/2015/04/1615741-viver-parapostar.shtml Acesso em:7 set. 2016.
Vocabulário:
Tivoli Park foi um parque de diversões localizado no bairro da Lagoa, na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil. Funcionou de 1973 a 1995.
O que é pronome relativo em:
Em “A diferença é que se vai exigir o que tem sentido na vida do estudante [...]”, o é:
Nos períodos abaixo, o que permite mais de uma concordância para o verbo destacado é
Simplificando a expressão a5 - a2b3 + 2a4b + a3b2 - 2ab4 - b5 / a3 + a2b - ab2 - b3 ,obtém-se
Considere o número , em que B é o algarismo das unidades e A, o algarismo das centenas. Sabendo-se que M é divisível por 15, então, A - B pode ser
O combustível de um automóvel é composto de 25% de álcool e 75% de gasolina. Se o preço do litro de álcool é R$ 2,28 e o de gasolina é R$ 3,00, o preço do litro da mistura é igual a
O número N= 2x .43 .54 possui 60 divisores naturais. O valor de x é
Adicionando-se a um número o dobro da soma de 1/3 e 1/5 , obtém-se 2/5 . O valor desse número é
Um determinado veículo percorre uma pista a uma velocidade constante de 72 Km/h enquanto outro veículo percorre a mesma pista a uma velocidade constante de 20 m/s. Pode-se afirmar que
As tabelas abaixo se referem a uma aplicação com o prazo de seis meses em regimes de capitalização distintos: capitalização simples e capitalização composta.
TABELA 1 TABELA 2
Prazo (meses) Montante(R$) Prazo(meses) Montante (R$)
0 1.200,00 0 1.200,00
1 1.206,00 1 1.206,00
2 1.212,00 2 1.212,03
3 1.218,00 3 1.218,09
4 1.224,00 4 1.224,18
5 1.230,00 5 1.230,30
6 1.236,00 6 1.236,45
Baseando-se nos dados das tabelas, é CORRETO afirmar que
A área de uma região é 1 Km2 . Num mapa cuja escala é 1:1000, essa região ocupará uma área de
Analise as afirmativas e indique a que contém um argumento VÁLIDO: