Resolver o Simulado Marinha do Brasil - Marinha

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Português

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Marque a opção em que a frase está correta, de acordo com as regras de concordância.

  • A Só três por cento da platéia pagou ingresso.
  • B Estes automóveis são tais qual aqueles outros.
  • C Aqueles meninos parecem estarem desatentos.
  • D A série primeira e segunda são as mais difíceis.
  • E Os acordos australos-chineses já foram assinados.
2

Em que opção a frase está de acordo com a norma padrão?

  • A As provas e os processos vão anexo.
  • B As provas e os processos vão anexa.
  • C As provas e os processos vão em anexo.
  • D As provas e os processos vão em anexas.
  • E As provas e os processos vão em anexa.
3

Em qual opção todas as palavras estão corretamente acentuadas?

  • A gênio - açúcar - juíz
  • B têxtil - ruína - júri
  • C enjôo - cajú - sequência
  • D amêndoa - linguista - Piauí
  • E linguística - rúbrica - ônix
4

De acordo com a norma padrão, marque a opção em que a forma verbal destacada está correta.

  • A Eles aguam as plantações todos os dias pela manhã.
  • B As costureiras embaínham as calças com rapidez.
  • C Eu remedeio minhas gripes com cama e sopa de galinha.
  • D As professoras interviram na discussão entre os alunos.
  • E Tendo em vista os riscos, eu ópto por não viajar.
5

                                       O dono do livro


      Li outro dia um fato real narrado pelo escritor moçambicano Mia Couto. Ele disse que certa vez chegou em casa no fim do dia, já havia anoitecido, quando um garoto humilde de 16 anos o esperava sentado no muro. O garoto estava com um dos braços para trás, o que perturbou o escritor, que imaginou que pudesse ser assaltado.

      Mas logo o menino mostrou o que tinha em mãos: um livro do próprio Mia Couto. Esse livro é seu? perguntou o menino. Sim, respondeu o escritor. Vim devolver. O garoto explicou que horas antes estava na rua quando viu uma moça com aquele livro nas mãos, cuja capa trazia a foto do autor.

      O garoto reconheceu Mia Couto pelas fotos que já havia visto em jornais. Então perguntou para a moça: Esse livro é do Mia Couto? Ela respondeu: É. E o garoto mais que ligeiro tirou o livro das mãos dela e correu para a casa do escritor para fazer a boa ação de devolver a obra ao verdadeiro dono.

      Uma história assim pode acontecer em qualquer país habitado por pessoas que ainda não estejam familiarizadas com os livros - aqui no Brasil, inclusive. De quem é o livro? A resposta não é a mesma de quando se pergunta: "Quem escreveu o livro?".

      O autor é quem escreve, mas o livro é de quem lê, e isso de uma forma muito mais abrangente do que o conceito de propriedade privada - comprei, é meu. O livro é de quem lê mesmo quando foi retirado de uma biblioteca, mesmo que seja emprestado, mesmo que tenha sido encontrado num banco de praça.

      O livro é de quem tem acesso às suas páginas e através delas consegue imaginar os personagens, os cenários, a voz e o jeito com que se movimentam. São do leitor as sensações provocadas, a tristeza, a euforia, o medo, o espanto, tudo o que é transmitido pelo autor, mas que reflete em quem lê de uma forma muito pessoal. É do leitor o prazer. É do leitor a identificação. É do leitor o aprendizado. É do leitor o livro.

      Dias atrás gravei um comercial de rádio em prol do Instituto Estadual do Livro em que falo aos leitores exatamente isso: os meus livros são os seus livros. E são, de fato. Não existe livro sem leitor. Não existe. É um objeto fantasma que não serve pra nada.

      Aquele garoto de Moçambique não vê assim. Para ele, o livro é de quem traz o nome estampado na capa, como se isso sinalizasse o direito de posse. Não tem ideia de como se dá o processo todo, possivelmente nunca entrou numa livraria, nem sabe o que é tiragem.

      Mas, em seu desengano, teve a gentileza de tentar colocar as coisas em seu devido lugar, mesmo que para isso tenha roubado o livro de uma garota sem perceber.

      Ela era a dona do livro. E deve ter ficado estupefata. Um fã do Mia Couto afanou seu exemplar. Não levou o celular, a carteira, só quis o livro. Um danado de um amante da literatura, deve ter pensado ela. Assim são as histórias escritas também pela vida, interpretadas a seu modo por cada dono. 

(Martha Medeiros. JORNAL ZERO HORA - 06/11/11./ Revista O Globo, 25 de novembro de 2012.)

Assinale a opção em que a troca da palavra sublinhada pela que está entre parênteses mantém corretas as relações de sentido e a regência nominal ou verbal.

  • A "[...] pessoas que ainda não estejam familiarizadas com os livros [...]" (4°§) - (entre)
  • B “O livro é de quem tem acesso às suas páginas [...]” (6°§) - (ante)
  • C "[...] os cenários, a voz e o jeito com que se movimentam." (6°§) - (em)
  • D "[...] mas que reflete em quem lê de uma forma muito pessoal.” (6°§) - (para)
  • E "[...] na capa, como se isso sinalizasse o direito de posse.” (8°§) - (a)
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                                             Laivos de memória

                                                                    "... e quando tiverem chegado, vitoriosamente,

                                                                                                 ao fim dessa primeira etapa,

                                                                                      mais ainda se convencerão de que

                                                                                             abraçaram uma carreira difícil,

                                                                                                   árdua, cheia de sacrifícios,

                                                                                      mas útil, nobre e, sobretudo bela."

                                                   (NOSSA VOGA, Escola Naval, Ilha de Villegagnon, 1964) 

      Há quase 50 anos, experimentei um misto de angústia, tristeza e ansiedade que meu jovem coração de adolescente soube suportar com bravura. 

      Naquela ocasião, despedia-me dos amigos de infância e da família e deixava para trás bucólica cidadezinha da região serrana fluminense. A motivação que me levava a abandonar gentes e coisas tão caras era, naquele momento, suficientemente forte para respaldar a decisão tomada de dar novos rumos à minha vida. Meu mundo de então se tornara pequeno demais para as minhas aspirações. Meus desejos e sonhos projetavam horizontes que iam muito além das montanhas que circundam minha terra natal.

      Como resistir à sedução e ao fascínio que a vida no mar desperta nos corações dos jovens?

      Havia, portanto, uma convicção: aquelas despedidas, ainda que dolorosas - e despedidas são sempre dolorosas - não seriam certamente em vão. Não tinha dúvidas de que os sonhos que acalentavam meu coração pouco a pouco iriam se converter em realidade.

      Em março de 1962, desembarcávamos do Aviso Rio das Contas na ponte de atracação do Colégio Naval, como integrantes de mais uma Turma desse tradicional estabelecimento de ensino da Marinha do Brasil.

      Ainda que a ansiedade persistisse oprimindo o peito dos novos e orgulhosos Alunos do Colégio Naval, não posso negar que a tristeza, que antes havia ocupado espaço em nossos corações, era naquele momento substituída pelo contentamento peculiar dos vitoriosos. E o sentimento de perda, experimentado por ocasião das despedidas, provara-se equivocado: às nossas caras famílias de origem agregava-se uma nova, a Família Naval, composta pelos recém-chegados companheiros; e às respectivas cidades de nascimento, como a minha bucólica Bom Jardim, juntava-se, naquele instante, a bela e graciosa enseada Batista das Neves em Angra dos Reis, como mais tarde se agregaria a histórica Villegagnon em meio à sublime baia de Guanabara.

     Ao todo foram seis anos de companheirismo e feliz convivência, tanto no Colégio como na Escola Naval. Seis anos de aprendizagem científica, humanística e, sobretudo, militar-naval. Seis anos entremeados de aulas, festivais de provas, práticas esportivas, remo, vela, cabo de guerra, navegação, marinharia, ordem-unida, atividades extraclasses, recreativas, culturais e sociais, que deixaram marcas indeléveis.

      Estes e tantos outros símbolos, objetos e acontecimentos passados desfilam hoje, deliciosa e inexoravelmente distantes, em meio a saudosos devaneios.

      Ainda como alunos do Colégio Naval, os contatos preliminares com a vida de bordo e as primeiras idas para o mar - a razão de ser da carreira naval.

      Como Aspirantes, derrotas mais longas e as primeiras descobertas: Santos, Salvador, Recife e Fortaleza!

      Fechando o ciclo das Viagens de Instrução, o tão sonhado embarque no Navio-Escola. Viagem maravilhosa! Nós, da Turma Míguens, Guardas-Marinha de 1967, tivemos a oportunidade ímpar e rara de participar de um cruzeiro ao redor do mundo em 1968: a Quinta Circum-navegação da Marinha Brasileira.

      Após o regresso, as platinas de Segundo-Tenente, o primeiro embarque efetivo e o verdadeiro início da vida profissional - no meu caso, a bordo do cruzador Tamandaré, o inesquecível C-12. Era a inevitável separação da Turma do CN-62/63 e da EN-64/67.

      Novamente um misto de satisfação e ansiedade tomou conta do coração, agora do jovem Tenente, ao se apresentar para servir a bordo de um navio de nossa Esquadra. Após proveitosos, mas descontraídos estágios de instrução como Aspirante e Guarda-Marinha, quando as responsabilidades eram restritas a compromissos curriculares, as platinas de Oficial começariam, finalmente, a pesar forte em nossos ombros. Sobre essa transição do status de Guarda-Marinha para Tenente, o notável escritor-marinheiro Gastão Penalva escrevera com muita propriedade: "...é a fase inesquecível de nosso ofício. Coincide exatamente com a adolescência, primavera da vida. Tudo são flores e ilusões... Depois começam a despontar as responsabilidades, as agruras de novos cargos, o acúmulo de deveres novos". 

      E esses novos cargos e deveres novos, que foram se multiplicando a bordo de velhos e saudosos navios, deixariam agradáveis e duradouras lembranças em nossa memória, Com o passar dos tempos, inúmeros Conveses e Praça d'Armas, hoje saudosas, foram se incorporando ao acervo profissional-afetivo de cada um dos integrantes daquela Turma de Guardas-Marinha de 1967.

      Ah ! Como é gratificante, ainda que melancólico, repassar tantas lembranças, tantos termos expressivos, tanta gíria maruja, tantas tradições, fainas e eventos tão intensamente vividos a bordo de inesquecíveis e saudosos navios... 

      E as viagens foram se multiplicando ao longo de bem aproveitados anos de embarque, de centenas de dias de mar e de milhares de milhas navegadas em alto mar, singrando as extensas massas líquidas que formam os grandes oceanos, ou ao longo das águas costeiras que banham os recortados litorais, com passagens, visitas e arribadas em um sem número de enseadas, baías, barras, angras, estreitos, furos e canais espalhados pelos quatro cantos do mundo, percorridos nem sempre com mares bonançosos e ventos tranquilos e favoráveis. 

      Inúmeros foram também os portos e cidades visitadas, não só no Brasil como no exterior, o que sempre nos proporciona inestimáveis e valiosos conhecimentos, principalmente graças ao contato com povos diferentes e até mesmo de culturas exóticas e hábitos às vezes totalmente diversos dos nossos, como os ribeirinhos amazonenses ou os criadores de serpentes da antiga Taprobana, ex-Ceilão e hoje Siri Lanka .

      Como foi fascinante e delicioso navegar por todos esses cantos. Cada novo mar percorrido, cada nova enseada, estreito ou porto visitado tinha sempre um gosto especial de descoberta... Sim, pois, como dizia Câmara Cascudo, "o mar não guarda os vestígios das quilhas que o atravessam. Cada marinheiro tem a ilusão cordial do descobrimento”.

(CÉSAR, CMG (RMl) William Carmo. Laivos de memória. In: Revista de Villegagnon, Ano IV, n° 4, 2009. p. 42-50. Texto adaptado) 

Observe o elemento coesivo destacado no trecho a seguir.

"Inúmeros foram também os portos e cidades visitadas, não só no Brasil como no exterior, o que sempre nos proporciona inestimáveis e valiosos conhecimentos[...]." (17°§)

Marque a opção em que foi usado um conector com significado semelhante ao do elemento destacado no trecho acima.

  • A Ontem relampeou muito, de modo que as instalações elétricas de minha casa ficaram prejudicadas.
  • B Meus primos são inteligentes como o pai, e isso é algo que nos causa admiração.
  • C Tanto Manuela quanto Rafaela estudam na mesma instituição de ensino superior.
  • D Visto que você quer viajar conosco, precisamos combinar algumas coisas previamente.
  • E O diretor da empresa está em viagem esta semana, conforme foi divulgado semana passada.
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Em que opção a regência verbal está correta, de acordo com a norma padrão?

  • A Informei-lhe de que o diretor não estava presente.
  • B Os amigos lhe cumprimentaram por seu sucesso.
  • C As moças, em luto, esvaíram-se de lágrimas,
  • D Convoquei-os a se apresentarem prontamente.
  • E Ele diz que as músicas de Mozart o aprazem.
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O desaparecimento dos livros na vida cotidiana e a diminuição da leitura é preocupante quando sabemos que os livros são dispositivos fundamentais na formação subjetiva das pessoas. Nos perguntamos sobre o que os meios de comunicação fazem conosco: da televisão ao computador, dos brinquedos ao telefone celular, somos formados por objetos e aparelhos.

Se em nossa época a leitura diminui vertiginosamente, ao mesmo tempo, cresce o elogio da ignorância, nossa velha conhecida. Há, nesse contexto, dois tipos de ignorância em relação às quais os livros são potentes ou impotentes. Uma é a ignorância filosófica, aquela que em Sócrates se expunha na ironia do "sei-que-nada-sei". Aquele que não sabe e quer saber pode procurar os livros, esses objetos que guardam tantas informações, tantos conteúdos, que podemos esperar deles muita coisa: perguntas e, até mesmo, respostas. A outra é a ignorância prepotente, à qual alguns filósofos deram o nome de "burrice". Pela burrice, essa forma cognitiva impotente e, contudo, muito prepotente, alguém transforma o não saber em suposto saber, a resposta pronta é transformada em verdade. Nesse caso, os livros são esquecidos. Eles são desnecessários como "meios para o saber". Cancelada a curiosidade, como sinal de um desejo de conhecimento, os livros tornam-se inúteis. Assim, a ignorância que nos permite saber se opõe à que nos deforma por estagnação, A primeira gosta dos livros, a segunda os detesta.

[ ... ]

Para aprender a perguntar, precisamos aprender a ler. Não porque o pensamento dependa da gramática ou da língua formal, mas porque ler é um tipo de experiência que nos ensina a desenvolver raciocínios, nos ensina a entender, a ouvir e a falar para compreender. Nos ensina a interpretar. Nos ajuda, portanto, a elaborar questões, a fazer perguntas. Perguntas que nos ajudam a dialogar, ou seja, a entrar em contato com o outro. Nem que este outro seja, em um primeiro momento, apenas cada um de nós mesmos.

Pensar, esse ato que está faltando entre nós, começa aí, muitas vezes em silêncio, quando nos dedicamos a esse gesto simples e ao mesmo tempo complexo que é ler um livro, É lamentável que as pessoas sucumbam ao clima programado da cultura em que ler é proibido. Os meios tecnológicos de comunicação são insidiosos nesse momento, pois prometem uma completude que o ato de ler um livro nunca prometeu. É que o ato da leitura nunca nos engana. Por isso, também, muitos afastam-se dele. Muitos que foram educados para não pensar, passam a não gostar do que não conhecem. Mas há quem tenha descoberto esse prazer que é o prazer de pensar a partir da experiência da linguagem - compreensão e diálogo - que sempre está ofertada em um livro. Certamente para essas pessoas, o mundo todo - e ela mesma - é algo bem diferente.

(TIBURI, Márcia. Potência do pensamento: por uma filosofia política da leitura. Disponível em http://revistacult.uol.com.br - 31 de jan. 2016 - com adaptações)

Assinale a opção na qual o uso da conjunção mantém o sentido original do período "A primeira gosta dos livros, a segunda os detesta. " (2°§).

  • A A primeira gosta dos livros, e a segunda os detesta.
  • B A primeira gosta dos livros, logo a segunda os detesta.
  • C A primeira gosta dos livros, porque a segunda os detesta.
  • D A primeira gosta dos livros, quando a segunda os detesta.
  • E A primeira gosta dos livros, portanto a segunda os detesta.
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Em qual opção a frase está de acordo com a norma padrão?

  • A Não há desconfianças entre eu e ti.
  • B A gente, às vezes, brigamos muito.
  • C Meu irmão e mim tivemos muita sorte.
  • D Tu e meus primos comprou as camisas.
  • E Para mim, o assunto está encerrado.
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Assinale a opção em que todas as formas verbais sublinhadas foram corretamente empregadas.

  • A Eu sempre me precavenho e analiso tudo detalhadamente. Por isso, só darei o meu apoio quando a comissão estudar melhor o caso e propor soluções que sejam coerentes.
  • B Não cri nele e retorqui mostrando minha insatisfação. Irritado, ele freiou bruscamente e quase provocou um acidente sério.
  • C Ele se ateve às informações recebidas e não requereu um laudo complementar. Quando a falha apareceu, o chefe quis demiti-lo, mas eu intervi e contornei a situação.
  • D Se você se ater ao que foi combinado com o chefe e manter a calma, reaveremos a carga extraviada e o problema será facilmente resolvido.
  • E Sempre que houver divergências e você precisar que eu intermedeie, pode chamar. Se eu vir que o caso é complicado, peço a sua ajuda também.
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Que opção apresenta a característica do comportamento humano sugerida pelo dito popular “Se o falar é prata, o silêncio é ouro.”?

  • A Timidez.
  • B Discrição.
  • C Melancolia.
  • D Insegurança.
  • E Inconsciência.
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Assinale a opção em que os substantivos são exclusivamente do gênero masculino.

  • A clã - milhar.
  • B hélice - diabete.
  • C síndrome - libido.
  • D proclama - cataplasma,
  • E suéter - indivíduo.
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Em que opção a frase está correta, segundo os critérios ortográficos vigentes?

  • A Neste interim, coube à ele esperar a solução do problema.
  • B As vezes os expectadores se manifestam, no cinema.
  • C Ele saiu à revelia, depois que recebeu o contracheque.
  • D Ela gosta de dar blusas cor de rosa às amigas.
  • E À seguir, todos serão levados para a auto-escola.
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                                               Sobre o mar e o navio 

      Na guerra naval, existem ainda algumas peculiaridades que merecem ser abordadas.

      Uma delas diz respeito ao cenário das batalhas: o mar. Diferente, em linhas gerais, dos teatros de operações terrestres, o mar não tem limites, não tem fronteiras definidas, a não ser nas proximidades dos litorais, nos estreitos, nas baias e enseadas.

      Em uma batalha em mar aberto, certamente, poderão ser empregadas manobras táticas diversas dos engajamentos efetuados em área marítima restrita. Nelas, as forças navais podem se valer das características geográficas locais, como fez o comandante naval grego Temístocles, em 480 a .C . ao atrair as forças persas para a baía de Salamina, onde pôde proteger os flancos de sua formatura, evitando o envolvimento pela força naval numericamente superior dos invasores persas.

      As condições meteorológicas são outros fatores que também afetam, muitas vezes de forma drástica, as operações nos teatros marítimos, O mar grosso, os vendavais, ou mesmo as longas calmarias, especialmente na era da vela, são responsáveis por grandes transtornos ao governo dos navios, dificultando fainas e manobras e, não poucas vezes, interferindo nos resultados das ações navais ou mesmo impedindo o engajamento. É oportuno relembrar que o vento e a força do mar destruíram as esquadras persa (490 a . C .) , mongol (1281) e a incrível Armada Espanhola (1588), salvando respectivamente a Grécia, o Japão (que denominou de kamikaze o vento divino salvador) e a Inglaterra daqueles invasores vindos do mar. 

      O cenário marítimo também é o responsável pela causa mortis da maioria dos tripulantes dos navios afundados nas batalhas navais, cujas baixas por afogamento são certamente mais numerosas do que as causadas pelos ferimentos dos impactos dos projéteis, dos estilhaços e dos abalroamentos. Em maio de 1941, o cruzador de batalha britânico HMS Hood, atingido pelo fogo da artilharia do Bismarck, afundou, em poucos minutos, levando para o fundo cerca de 1.400 tripulantes, dos quais apenas três sobreviveram. 

      Aliás, o instante do afundamento de um navio é um momento crucial para a sobrevivência daqueles tripulantes que conseguem saltar ou são jogados ao mar, pois o efeito da sucção pode arrastar para o fundo os tripulantes que estiverem nas proximidades do navio no momento da submersão. Por sua vez, os náufragos podem permanecer dias, semanas em suas balsas à deriva, em um mar batido pela ação de ventos, continuamente borrifadas pelas águas salgadas, sofrendo o calor tropical escaldante ou o frio intenso das altas latitudes, como nos mares Ártico, do Norte ou Báltico, cujas baixas temperaturas dos tempos invernais limitam cabalmente o tempo de permanência n 'água dos náufragos, tornando fundamental para a sua sobrevivência a rapidez do socorro prestado.

      O navio também é um engenho de guerra singular. Ao mesmo tempo morada e local de trabalho do marinheiro, graças à sua mobilidade, tem a capacidade de conduzir homens e armas até o cenário da guerra. Plataforma bélica plena e integral, engaja batalhas, sofre derrotas, naufraga ou conquista vitórias, tornando-se quase sempre objeto inesquecível da história de sua marinha e país.

(CESAR, William Carmo. Sobre o mar e o navio. In:____ . Uma história das Guerras Navais: o desenvolvimento tecnológico das belonaves e o emprego do Poder Naval ao longo dos tempos. Rio de Janeiro: FEMAR, 2013. p. 396-398) 

Marque a opção em que a função sintática do pronome relativo está corretamente indicada.

  • A "[...] que merecem ser abordadas." (1°§) - objeto direto
  • B " [...] onde pôde proteger [...]" (3°§) - adjunto adverbial
  • C "[...] cujas baixas por afogamento [...]" (5°§) - aposto
  • D "[...] dos quais apenas três [...]" (5°§) - objeto indireto
  • E "[...] que conseguem saltar [...]" (6°§) - adjunto adnominal
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Em qual opção todas as palavras estão corretamente grafadas?

  • A engeitado - alforge - ultraje.
  • B faxina - enxaqueca - encharcado.
  • C essencial - descançar - assunsão.
  • D extremoso - espectativa - extinguir.
  • E recender - antecipar - imprecindível.
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O trabalho dignifica o homem. O lazer dignifica a vida.

“Escolha um trabalho que você ame e não terá que trabalhar um único dia em sua vida.” A frase do pensador Confúcio tem sido o mantra de muitos que, embalados pela concepção de que ofício e prazer não precisam se opor, buscam um estilo de vida no qual a fonte de renda seja também fonte de alegria e satisfação pessoal. A questão é: trabalho é sempre trabalho. Pode ser bom, pode ser até divertido, mas não substitui a capacidade que só o lazer possui de tirar o peso de um cotidiano regido por prazos, horários, metas.

Não são poucas as pessoas que eu conheço que negligenciam descanso em prol da produção desenfreada, da busca frenética por resultado, ascensão, status, dinheiro.

Algo de errado em querer tudo isso? A meu ver, não. E sim. Não porque são dignas e, sobretudo, necessárias, a vontade de não ser medíocre naquilo que se faz e a recusa à estagnação. Sim, quando ambas comprometem momentos de entretenimento minando, aos poucos, a saúde física e mental de quem acha que sombra e água fresca são luxo e não merecimento.

Recentemente, um construtor com o qual eu conversava me disse que estava havia nove anos sem férias e lamentou o pouco tempo passado com os netos. O patrimônio milionário veio de dedicação e empenho. Mas custou caro também. Admirei a trajetória, a abdicação. Entretanto, senti um pesar por aquele homem com conta bancária polpuda e rosto abatido. Na hora me perguntei se era realmente preciso escolher entre sucesso e diversão. Evidentemente, não. É simples e absolutamente viável conciliar o suor da batalha com mergulhos no mar, planilhas Excel com caipirinhas em fins de tarde.

Poucas coisas são tão eficazes na função de honrar alguém quanto o ofício que se exerce. Momentos de pausa, porém, honram o próprio ofício. A vida se equilibra justamente na possibilidade de converter o dinheiro advindo do esforço em ingressos para o show da banda preferida, passeios no parque, pipoca quentinha e viagens de barco.

Convivo com pessoas que amam o que fazem e se engrandecem cada vez que percebem como são eficientes na missão de dar sentido à profissão. Pessoas que, por meio de suas atribuições, transformam o mundo, sentem­-se úteis, reforçam talentos. Mas até essas se esgotam. É o famoso caso do jogador de futebol que, estressado com as cobranças do time, vai jogar uma “pelada” para relaxar.

Desculpe a petulância ao discordar, Confúcio, mas ainda que trabalhemos com o que amamos, será sempre trabalho. Muitas vezes prazeroso, outras tantas edificante..., mas nunca capaz, sozinho, de suprir toda uma vida. Arregacemos as mangas conscientes de que os pés na areia da praia e as rodas de amigos em bares são combustíveis importantes para o bom andamento da labuta diária.

Larissa Bittar (Adaptado).

htlp://www.revÍstabula.com/7523-o-trabalho-dignifica-o-homem-o-lazer-dignifica-a-vida/

Em “Sim, quando ambas comprometem momentos de entretenimento minando, aos poucos, a saúde física e mental [...]." (3°§), o elemento coesivo sublinhado faz referência, respectivamente, a que termos anteriormente expressos?

  • A Vontade de não ser medíocre e recusa à estagnação.
  • B Produção desenfreada e busca frenética.
  • C Estilo de vida e satisfação pessoal.
  • D Descanso e resultado.
  • E Ascensão e dinheiro.
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Leia o texto abaixo e responda à questão.

"Em apenas uma geração, o estado de exaltação diante do inebriante ganho de tempo e expansão de conhecimento proporcionado pela era digital começa a ser mitigado por quem se sente sufocado ou distraído pelas demandas ininterruptas da conectividade. Segundo pesquisa recente, quem envereda pela pantagruélica massa de páginas da internet, dedica, em média, não mais de dez segundos a cada uma que acessa.” (Dorrit Harazim) 

Assinale a opção que indica corretamente o sentido da palavra destacada no trecho;

"[...]o estado de exaltação diante do inebriante ganho de tempo e expansão de conhecimento proporcionado pela era digital começa a ser mitigado[...].”

  • A Abrandado.
  • B Sustentado.
  • C Exacerbado.
  • D Determinado.
  • E Pressionado.
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                                             Laivos de memória

                                                                    "... e quando tiverem chegado, vitoriosamente,

                                                                                                 ao fim dessa primeira etapa,

                                                                                      mais ainda se convencerão de que

                                                                                             abraçaram uma carreira difícil,

                                                                                                   árdua, cheia de sacrifícios,

                                                                                      mas útil, nobre e, sobretudo bela."

                                                   (NOSSA VOGA, Escola Naval, Ilha de Villegagnon, 1964) 

      Há quase 50 anos, experimentei um misto de angústia, tristeza e ansiedade que meu jovem coração de adolescente soube suportar com bravura. 

      Naquela ocasião, despedia-me dos amigos de infância e da família e deixava para trás bucólica cidadezinha da região serrana fluminense. A motivação que me levava a abandonar gentes e coisas tão caras era, naquele momento, suficientemente forte para respaldar a decisão tomada de dar novos rumos à minha vida. Meu mundo de então se tornara pequeno demais para as minhas aspirações. Meus desejos e sonhos projetavam horizontes que iam muito além das montanhas que circundam minha terra natal.

      Como resistir à sedução e ao fascínio que a vida no mar desperta nos corações dos jovens?

      Havia, portanto, uma convicção: aquelas despedidas, ainda que dolorosas - e despedidas são sempre dolorosas - não seriam certamente em vão. Não tinha dúvidas de que os sonhos que acalentavam meu coração pouco a pouco iriam se converter em realidade.

      Em março de 1962, desembarcávamos do Aviso Rio das Contas na ponte de atracação do Colégio Naval, como integrantes de mais uma Turma desse tradicional estabelecimento de ensino da Marinha do Brasil.

      Ainda que a ansiedade persistisse oprimindo o peito dos novos e orgulhosos Alunos do Colégio Naval, não posso negar que a tristeza, que antes havia ocupado espaço em nossos corações, era naquele momento substituída pelo contentamento peculiar dos vitoriosos. E o sentimento de perda, experimentado por ocasião das despedidas, provara-se equivocado: às nossas caras famílias de origem agregava-se uma nova, a Família Naval, composta pelos recém-chegados companheiros; e às respectivas cidades de nascimento, como a minha bucólica Bom Jardim, juntava-se, naquele instante, a bela e graciosa enseada Batista das Neves em Angra dos Reis, como mais tarde se agregaria a histórica Villegagnon em meio à sublime baia de Guanabara.

     Ao todo foram seis anos de companheirismo e feliz convivência, tanto no Colégio como na Escola Naval. Seis anos de aprendizagem científica, humanística e, sobretudo, militar-naval. Seis anos entremeados de aulas, festivais de provas, práticas esportivas, remo, vela, cabo de guerra, navegação, marinharia, ordem-unida, atividades extraclasses, recreativas, culturais e sociais, que deixaram marcas indeléveis.

      Estes e tantos outros símbolos, objetos e acontecimentos passados desfilam hoje, deliciosa e inexoravelmente distantes, em meio a saudosos devaneios.

      Ainda como alunos do Colégio Naval, os contatos preliminares com a vida de bordo e as primeiras idas para o mar - a razão de ser da carreira naval.

      Como Aspirantes, derrotas mais longas e as primeiras descobertas: Santos, Salvador, Recife e Fortaleza!

      Fechando o ciclo das Viagens de Instrução, o tão sonhado embarque no Navio-Escola. Viagem maravilhosa! Nós, da Turma Míguens, Guardas-Marinha de 1967, tivemos a oportunidade ímpar e rara de participar de um cruzeiro ao redor do mundo em 1968: a Quinta Circum-navegação da Marinha Brasileira.

      Após o regresso, as platinas de Segundo-Tenente, o primeiro embarque efetivo e o verdadeiro início da vida profissional - no meu caso, a bordo do cruzador Tamandaré, o inesquecível C-12. Era a inevitável separação da Turma do CN-62/63 e da EN-64/67.

      Novamente um misto de satisfação e ansiedade tomou conta do coração, agora do jovem Tenente, ao se apresentar para servir a bordo de um navio de nossa Esquadra. Após proveitosos, mas descontraídos estágios de instrução como Aspirante e Guarda-Marinha, quando as responsabilidades eram restritas a compromissos curriculares, as platinas de Oficial começariam, finalmente, a pesar forte em nossos ombros. Sobre essa transição do status de Guarda-Marinha para Tenente, o notável escritor-marinheiro Gastão Penalva escrevera com muita propriedade: "...é a fase inesquecível de nosso ofício. Coincide exatamente com a adolescência, primavera da vida. Tudo são flores e ilusões... Depois começam a despontar as responsabilidades, as agruras de novos cargos, o acúmulo de deveres novos". 

      E esses novos cargos e deveres novos, que foram se multiplicando a bordo de velhos e saudosos navios, deixariam agradáveis e duradouras lembranças em nossa memória, Com o passar dos tempos, inúmeros Conveses e Praça d'Armas, hoje saudosas, foram se incorporando ao acervo profissional-afetivo de cada um dos integrantes daquela Turma de Guardas-Marinha de 1967.

      Ah ! Como é gratificante, ainda que melancólico, repassar tantas lembranças, tantos termos expressivos, tanta gíria maruja, tantas tradições, fainas e eventos tão intensamente vividos a bordo de inesquecíveis e saudosos navios... 

      E as viagens foram se multiplicando ao longo de bem aproveitados anos de embarque, de centenas de dias de mar e de milhares de milhas navegadas em alto mar, singrando as extensas massas líquidas que formam os grandes oceanos, ou ao longo das águas costeiras que banham os recortados litorais, com passagens, visitas e arribadas em um sem número de enseadas, baías, barras, angras, estreitos, furos e canais espalhados pelos quatro cantos do mundo, percorridos nem sempre com mares bonançosos e ventos tranquilos e favoráveis. 

      Inúmeros foram também os portos e cidades visitadas, não só no Brasil como no exterior, o que sempre nos proporciona inestimáveis e valiosos conhecimentos, principalmente graças ao contato com povos diferentes e até mesmo de culturas exóticas e hábitos às vezes totalmente diversos dos nossos, como os ribeirinhos amazonenses ou os criadores de serpentes da antiga Taprobana, ex-Ceilão e hoje Siri Lanka .

      Como foi fascinante e delicioso navegar por todos esses cantos. Cada novo mar percorrido, cada nova enseada, estreito ou porto visitado tinha sempre um gosto especial de descoberta... Sim, pois, como dizia Câmara Cascudo, "o mar não guarda os vestígios das quilhas que o atravessam. Cada marinheiro tem a ilusão cordial do descobrimento”.

(CÉSAR, CMG (RMl) William Carmo. Laivos de memória. In: Revista de Villegagnon, Ano IV, n° 4, 2009. p. 42-50. Texto adaptado) 

Em que opção encontra-se uma palavra, cujo processo de formação é o mesmo do termo destacado em "[...] o tão sonhado embarque [...]." (11°§)


  • A "[...] circundam minha terra[...]." (2°§)
  • B "[...] não seriam certamente em vão." (4 °§)
  • C "E o sentimento de perda [...]." (6ª§)
  • D "Seis anos entremeados de aulas, [...]." (7°§)
  • E "[...] o notável escritor-marinheiro [...]." (13°§)
19

Assinale a opção em que os substantivos são exclusivamente do gênero masculino.

  • A clã - milhar.
  • B hélice - diabete.
  • C síndrome - libido.
  • D proclama - cataplasma,
  • E suéter - indivíduo.
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O desaparecimento dos livros na vida cotidiana e a diminuição da leitura é preocupante quando sabemos que os livros são dispositivos fundamentais na formação subjetiva das pessoas. Nos perguntamos sobre o que os meios de comunicação fazem conosco: da televisão ao computador, dos brinquedos ao telefone celular, somos formados por objetos e aparelhos.

Se em nossa época a leitura diminui vertiginosamente, ao mesmo tempo, cresce o elogio da ignorância, nossa velha conhecida. Há, nesse contexto, dois tipos de ignorância em relação às quais os livros são potentes ou impotentes. Uma é a ignorância filosófica, aquela que em Sócrates se expunha na ironia do "sei-que-nada-sei". Aquele que não sabe e quer saber pode procurar os livros, esses objetos que guardam tantas informações, tantos conteúdos, que podemos esperar deles muita coisa: perguntas e, até mesmo, respostas. A outra é a ignorância prepotente, à qual alguns filósofos deram o nome de "burrice". Pela burrice, essa forma cognitiva impotente e, contudo, muito prepotente, alguém transforma o não saber em suposto saber, a resposta pronta é transformada em verdade. Nesse caso, os livros são esquecidos. Eles são desnecessários como "meios para o saber". Cancelada a curiosidade, como sinal de um desejo de conhecimento, os livros tornam-se inúteis. Assim, a ignorância que nos permite saber se opõe à que nos deforma por estagnação, A primeira gosta dos livros, a segunda os detesta.

[ ... ]

Para aprender a perguntar, precisamos aprender a ler. Não porque o pensamento dependa da gramática ou da língua formal, mas porque ler é um tipo de experiência que nos ensina a desenvolver raciocínios, nos ensina a entender, a ouvir e a falar para compreender. Nos ensina a interpretar. Nos ajuda, portanto, a elaborar questões, a fazer perguntas. Perguntas que nos ajudam a dialogar, ou seja, a entrar em contato com o outro. Nem que este outro seja, em um primeiro momento, apenas cada um de nós mesmos.

Pensar, esse ato que está faltando entre nós, começa aí, muitas vezes em silêncio, quando nos dedicamos a esse gesto simples e ao mesmo tempo complexo que é ler um livro, É lamentável que as pessoas sucumbam ao clima programado da cultura em que ler é proibido. Os meios tecnológicos de comunicação são insidiosos nesse momento, pois prometem uma completude que o ato de ler um livro nunca prometeu. É que o ato da leitura nunca nos engana. Por isso, também, muitos afastam-se dele. Muitos que foram educados para não pensar, passam a não gostar do que não conhecem. Mas há quem tenha descoberto esse prazer que é o prazer de pensar a partir da experiência da linguagem - compreensão e diálogo - que sempre está ofertada em um livro. Certamente para essas pessoas, o mundo todo - e ela mesma - é algo bem diferente.

(TIBURI, Márcia. Potência do pensamento: por uma filosofia política da leitura. Disponível em http://revistacult.uol.com.br - 31 de jan. 2016 - com adaptações)

Assinale a opção na qual a palavra em destaque está de acordo com a ortografia oficial.

  • A Diante dos impecilhos, o importante é lutar para superá-los diariamente.
  • B A imerção no trabalho levou-o, temporariamente, a esquecer os problemas pessoais.
  • C Muitas foram as exceções apresentadas ao projeto inicial dos novos empreendedores,
  • D A pretenção dos candidatos impressionou, negativamente, os jurados.
  • E Somente os mazoquistas aceitam . que viver é sofrer constantemente.

Legislação Federal

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De acordo com o Estatuto dos Militares, a base institucional das Forças Armadas são?

  • A Hierarquia e Liderança.
  • B Hierarquia e Ética Militar.
  • C Ética Militar e Disciplina.
  • D Liderança e Disciplina.
  • E Hierarquia e Disciplina.
22

Coloque V (verdadeiro) ou F (falso) nas afirmativas abaixo, assinalando a seguira opção correta.

( ) Comando é a soma de autoridade, deveres e responsabilidades de que o militar é investido legalmente quando conduz homens ou dirige uma organização militar.

( ) O comando não é vinculado ao grau hierárquico, e constitui uma prerrogativa pessoal.

( ) A subordinação não afeta, de modo algum, a dignidade pessoal do militar.

( ) A subordinação decorre, exclusivamente, da estrutura hierarquizada das Forças Armadas.

  • A (V)(V)(V)(V)
  • B (V) (F) (V) (V)
  • C (F) (F) (V) (V)
  • D (V) (F) (F) (V)
  • E (F)(F)(F)(F)
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De acordo com o Estatuto dos Militares, assinale a opção que apresenta o Posto ao qual um militar poderá ser promovido somente em tempo de guerra.

  • A Capitão de Mar e Guerra.
  • B Coronel.
  • C Almirante de Esquadra.
  • D Brigadeiro.
  • E Marechal.
24

Acerca da violação das obrigações ou dos deveres militares, assinale a opção que completa corretamente as lacunas da sentença abaixo.

Consoante a legislação específica, o Estatuto dos Militares estabelece que a inobservância dos deveres especificados nas leis e regulamentos, ou a falta de exação no cumprimento dos mesmos, acarreta para o militar responsabilidade ______________ , ___________, _____________ ou________________.

  • A funcional / pecuniária / disciplinar / penal
  • B funcional / pecuniária / disciplinar / civil
  • C civil / trabalhista / disciplinar / penal
  • D funcional / trabalhista / disciplinar / civil
  • E civil / pecuniária / disciplinar / penal
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A responsabilidade integral pelas decisões que tomar um militar, pelas ordens que emitir e pelos atos que praticar cabe ao

  • A seu superior direto.
  • B comandante de sua Unidade.
  • C comando de sua Força.
  • D grupo que lidera.
  • E próprio militar.
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Quais são os aspectos fundamentais da liderança?

  • A Apenas físicos e sociológicos.
  • B Sociológicos, psicológicos e filosóficos.
  • C Psicológicos, filosóficos e físicos.
  • D Físicos, sociológicos e psicológicos.
  • E Apenas sociológicos e filosóficos.
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De acordo com o EMA-137(Doutrina de Liderança da Marinha), o nivel de liderança considerado como a primeira linha de liderança, que ocorre em organizações onde os subordinados estão acostumados a ver seus chefes, frequentemente, em seções, divisões, departamentos, navios, batalhões, companhias, pelotões e esquadras de tiro, é denominado Liderança
  • A Indireta.
  • B Estratégica.
  • C Direta.
  • D Organizacional.
  • E Autocrática.
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De acordo com o disposto nas normas gerais para a organização, o preparo e o emprego das Forças Armadas (Lei Complementar n° 97/99), é correto afirmar que:

  • A cabe à Marinha, como atribuições subsidiárias particulares cooperar com órgãos públicos federais, estaduais e municipais e, excepcionalmente, com empresas privadas, na execução de obras e serviços de engenharia, sendo os recursos advindos do órgão solicitante.
  • B o planejamento e a execução dos exercícios operacionais serão realizados sempre com a cooperação dos órgãos de segurança pública e de órgãos públicos com interesses afins.
  • C cabe à Marinha, como atribuições subsidiárias particulares orientar e controlar a Marinha Mercante e suas atividades correlatas, no que interessa à defesa nacional.
  • D cabe às Forças Armadas, como atribuição subsidiária geral, cooperar com o desenvolvimento nacional e a defesa civil, na forma determinada pelo Ministro da Defesa.
  • E cabe à Marinha, como atribuições subsidiárias particulares cooperar com órgãos federais, quando se fizer necessário, na repressão aos delitos de repercussão nacional e internacional, no território nacional, na forma de apoio logístico, de inteligência, de comunicações e de instrução.

História

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Durante a Guerra Cisplatina, a Marinha Imperial brasileira lutou com a Força Naval argentina e com corsários que atacavam os navios mercantes brasileiros por toda a nossa costa. Assinale a opção que apresenta a primeira ação de guerra da Força Naval brasileira na Guerra Cisplatina.

  • A Estabelecimento de um bloqueio fluvial no Rio da Prata.
  • B Abordagem e captura de uma Fragata Argentina.
  • C Conquista de uma praça fortificada na margem esquerda do Rio da Prata.
  • D Corte do abastecimento por mar da capital argentina.
  • E Resgate de dois navios mercantes capturados por corsários.

Legislação Federal

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Quais são as bases institucionais das Forças Armadas?
  • A Hierarquia e disciplina.
  • B Autoridade e responsabilidade.
  • C Respeito e ordenação.
  • D Posto e graduação .
  • E Leis e regulamentos.

História

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0 primeiro conflito internacional que o Brasil participou após sua Independência foi a Guerra da Cisplatina (1825-1828) . A respeito dessa guerra, é correto afirmar que

  • A a independência da Cisplatina, sob o nome de República Oriental do Uruguai, foi um de seus resultados.
  • B devido ao maior poderio naval argentino, a Esquadra Imperial Brasileira fez uso intensivo da guerra de corso.
  • C a causa principal desse conflito foi a invasão paraguaia à Província do Mato Grosso.
  • D a vitória brasileira se deu em consequência de sua estratégia naval de bloqueio do Rio da Prata.
  • E ao bloquear o Rio Paraná, a Tríplice Aliança, formada por Brasil, Argentina e Uruguai, deu um duro golpe na Força Naval Paraguaia.
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Qual das missões abaixo representou a principal atuação da Marinha do Brasil durante a Segunda Guerra Mundial?
  • A Patrulhar a área compreendida entre Dakar-São Vicente-Gibraltar na costa da África.
  • B Realizar o bloqueio naval no Rio da Prata .
  • C Transportar tropas para a Europa e realizar operações anfíbias de desembarque na França ocupada.
  • D Enfrentar os encouraçados alemães no Atlântico Sul, dentre os quais pode ser citado o Encouraçado Graf Spee .
  • E Patrulhar o Atlântico Sul e escoltar os comboios de navios mercantes que trafegavam entre o Mar do Caribe e o litoral sul do Brasil .
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Qual foi a missão da Marinha do Brasil na Segunda Guerra Mundial?

  • A Invadir a Alemanha Junto com os Estados Unidos.
  • B Destruir os navios mercantes alemães.
  • C Patrulhar o Pacifico e proteger os comboios de navios mercantes que trafegavam entre o Mar do Caribe e o nosso litoral norte contra a ação dos submarinos e navios corsários germânicos e italianos.
  • D Invadir a Itália junto com os Estados Unidos.
  • E Patrulhar o Atlântico Sul e proteger os comboios de navios mercantes que trafegavam entre o Mar do Caribe e o nosso litoral sul contra a ação dos submarinos e navios corsários germânicos e italianos Voga Larga.
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Na década de 1960, uma crise envolveu Brasil e França em uma questão correlacionada à soberania do mar territorial brasileiro. Tal crise levou o governo brasileiro a tomar uma atitude de persuasão naval coercitiva, determinando o envio de navios da Marinha do Brasil ao local da crise a fim de demonstrar que o País estava disposto a defender seus direitos. Finalmente, o conflito de interesses foi resolvido no campo da diplomacia. Como ficou conhecida essa crise?
  • A Guerra das Malvinas.
  • B Crise dos Mísseis.
  • C Questão Christie.
  • D Guerra da Lagosta.
  • E Crise Vichy.
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Leia o texto a seguir. "No início da década de 1940, o nosso Poder Naval possuía limitações operacionais importantes. No início da Segunda Guerra Mundial, em 1939, na Europa, o Brasil contava com praticamente os mesmos navios da Primeira Guerra Mundial. (...) Ao rompermos relações diplomáticas com o Eixo, a Marinha do Brasil desconhecia as novas táticas antissubmarino e estava, consequentemente, desprovida do material flutuante e dos equipamentos necessários para executá-las." (BITTENCOURT, A . de S . Introdução à História Marítima Brasileira. Rio de Janeiro: Serviço de Documentação da Marinha, 2006. p p . 141 e 148) Diante da situação apontada acima, o governo brasileiro efetivou um acordo internacional denominado Lend Lease, que possibilitou o empréstimo e o arrendamento para a Marinha do Brasil de vários navios que fossem tecnologicamente apropriados àquela guerra. Com qual nação foi realizado esse acordo, firmado em Io de outubro de 1941?

  • A Estados Unidos da América.
  • B Alemanha.
  • C Inglaterra.
  • D França.
  • E União Soviética,
36

Leia o texto a seguir.

A administração da fazenda publica com a mais severa economia e a maior fiscalização no emprego da renda do Estado será uma das minhas preocupações. Povos novos e onerados de dividas nunca foram povos felizes, e nada aumenta mais as dividas dos estados do que as despesas sem proporção com os recursos econômicos da nação, com as forças vivas do trabalho, das industrias e do comercio, o que produz o desequilíbrio dos orçamentos, o mal estar social, a miséria. Espero que, fiscalizada e economizada a fazenda publica, mantida a ordem no País, a paz com as nações estrangeiras sem quebra da nossa honra e dos nossos direitos, animado o trabalho agrícola e industrial e reorganizado o regime bancário, os abundantes recursos do nosso solo vaporizarão progressivamente o nosso meio circulante, depreciado para as permutas internacionais, e fortificarão o nosso credito no interior e no exterior.

Trecho do discurso de posse de Floriano Peixoto

Fonte: http://www2.senado.leg.br/bdsf/item/id/91988

Em um trecho de seu discurso de posse, apresentado acima, Floriano Peixoto demonstrou grande preocupação com a economia brasileira que vivia a chamada "Crise do Encilhamento". É correto afirmar que entre as características da crise estavam:

  • A o decréscimo das reservas cambiais e a escassez de papel moeda no país.
  • B a queda do preço do minério de ferro no mercado internacional e a baixa na movimentação financeira da bolsa de valores.
  • C as falências de indústrias e a inflação que elevou o custo de vida.
  • D a liberação das barreiras fiscais para a importação de produtos ingleses, levando à falência indústrias e grupos comerciais.
  • E o excesso de gastos públicos com políticas assistencialistas e o endividamento com credores no exterior.
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Na Segunda Guerra Mundial, o bloco militar conhecido como Eixo era composto por quais países?

  • A Inglaterra, Estados Unidos e Japão.
  • B Itália, Estados Unidos e Rússia.
  • C França, Inglaterra e Estados Unidos.
  • D Brasil, Inglaterra e Itália.
  • E Alemanha, Itália e Japão.
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Um movimento importante de D . João na política externa foi a ocupação da Banda Oriental. Qual país da América do Sul se originou dessa ocupação?

  • A Estados Unidos da América.
  • B México.
  • C Brasil.
  • D Uruguai.
  • E Canadá.

Legislação Federal

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De acordo com o EMA-137 - Doutrina de Liderança da Marinha, quando é indicada a liderança transformacional?

  • A No cotidiano, para poder resolver problemas simples com mais rapidez.
  • B Em todas as situações, exceto em submarinos.
  • C Quando existe a necessidade de transformação sem a ação do líder.
  • D Para situações de pressão, crise e mudança, que requerem elevados níveis de envolvimento e comprometimento dos subordinados.
  • E Nas Organizações Militares de países que não estão em guerra.

História

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Qual foi o fato que deu início à Primeira Guerra Mundial?

  • A A invasão da Polônia pelo exército alemão.
  • B A formação do bloco militar composto por Alemanha, Itália e França.
  • C O assassinato de Francisco Ferdinando, herdeiro do trono austríaco.
  • D A disputa por território no continente americano, principalmente entre Alemanha e Itália.
  • E A disputa pelo território brasileiro.

Legislação da Justiça Militar

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Em relação à Lei 8.457/92, que trata da Organização da Justiça Militar da União, é correto afirmar que:

  • A os juizes militares que integrarem os Conselhos Especiais serão obrigatoriamente de posto superior ao do acusado.
  • B compete ao Conselho Especial de Justiça processar e julgar todos os oficiais nos delitos previstos na legislação penal militar.
  • C o Superior Tribunal Militar compõe-se de doze ministros vitalícios, nomeados pelo Presidente da República.
  • D o Superior Tribunal Militar compõe-se de 6 Ministros civis, 4 dentre advogados de notório saber jurídico e 2 por escolha paritária dentre Juízes-Auditores e Membros do Ministério Público Militar.
  • E os Ministros militares permanecem na ativa, em quadros especiais da Marinha, Exército e Aeronáutica.