Resolver o Simulado Marinha do Brasil - Marinha

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Português

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                                               Sobre o mar e o navio 

      Na guerra naval, existem ainda algumas peculiaridades que merecem ser abordadas.

      Uma delas diz respeito ao cenário das batalhas: o mar. Diferente, em linhas gerais, dos teatros de operações terrestres, o mar não tem limites, não tem fronteiras definidas, a não ser nas proximidades dos litorais, nos estreitos, nas baias e enseadas.

      Em uma batalha em mar aberto, certamente, poderão ser empregadas manobras táticas diversas dos engajamentos efetuados em área marítima restrita. Nelas, as forças navais podem se valer das características geográficas locais, como fez o comandante naval grego Temístocles, em 480 a .C . ao atrair as forças persas para a baía de Salamina, onde pôde proteger os flancos de sua formatura, evitando o envolvimento pela força naval numericamente superior dos invasores persas.

      As condições meteorológicas são outros fatores que também afetam, muitas vezes de forma drástica, as operações nos teatros marítimos, O mar grosso, os vendavais, ou mesmo as longas calmarias, especialmente na era da vela, são responsáveis por grandes transtornos ao governo dos navios, dificultando fainas e manobras e, não poucas vezes, interferindo nos resultados das ações navais ou mesmo impedindo o engajamento. É oportuno relembrar que o vento e a força do mar destruíram as esquadras persa (490 a . C .) , mongol (1281) e a incrível Armada Espanhola (1588), salvando respectivamente a Grécia, o Japão (que denominou de kamikaze o vento divino salvador) e a Inglaterra daqueles invasores vindos do mar. 

      O cenário marítimo também é o responsável pela causa mortis da maioria dos tripulantes dos navios afundados nas batalhas navais, cujas baixas por afogamento são certamente mais numerosas do que as causadas pelos ferimentos dos impactos dos projéteis, dos estilhaços e dos abalroamentos. Em maio de 1941, o cruzador de batalha britânico HMS Hood, atingido pelo fogo da artilharia do Bismarck, afundou, em poucos minutos, levando para o fundo cerca de 1.400 tripulantes, dos quais apenas três sobreviveram. 

      Aliás, o instante do afundamento de um navio é um momento crucial para a sobrevivência daqueles tripulantes que conseguem saltar ou são jogados ao mar, pois o efeito da sucção pode arrastar para o fundo os tripulantes que estiverem nas proximidades do navio no momento da submersão. Por sua vez, os náufragos podem permanecer dias, semanas em suas balsas à deriva, em um mar batido pela ação de ventos, continuamente borrifadas pelas águas salgadas, sofrendo o calor tropical escaldante ou o frio intenso das altas latitudes, como nos mares Ártico, do Norte ou Báltico, cujas baixas temperaturas dos tempos invernais limitam cabalmente o tempo de permanência n 'água dos náufragos, tornando fundamental para a sua sobrevivência a rapidez do socorro prestado.

      O navio também é um engenho de guerra singular. Ao mesmo tempo morada e local de trabalho do marinheiro, graças à sua mobilidade, tem a capacidade de conduzir homens e armas até o cenário da guerra. Plataforma bélica plena e integral, engaja batalhas, sofre derrotas, naufraga ou conquista vitórias, tornando-se quase sempre objeto inesquecível da história de sua marinha e país.

(CESAR, William Carmo. Sobre o mar e o navio. In:____ . Uma história das Guerras Navais: o desenvolvimento tecnológico das belonaves e o emprego do Poder Naval ao longo dos tempos. Rio de Janeiro: FEMAR, 2013. p. 396-398) 

Assinale a opção em que o comentário sobre o emprego do sinal de pontuação está correto.

  • A " Uma delas diz respeito ao cenário das batalhas: o mar." (2°§) - os dois pontos foram empregados para anunciar uma enumeração explicativa sobre o mar.
  • B "[...] o vento e a força do mar destruíram as esquadras persa (490 a.C.), mongol (1281) e a invencível Armada Espanhola (1588) (4°§) - o uso dos parênteses e das vírgulas destaca um comentário à margem do que se afirma.
  • C " [...] salvando respectivamente a Grécia, o Japão(que denominou de kamikaze o vento divino salvador) [...]. " (40 §) - os parênteses foram empregados para indicar uma nota emocional naquilo que o autor relata.
  • D "Aliás, o instante do afundamento de um navio é um momento crucial [...]." (6°§) - a vírgula foi utilizada para separar um aposto, indicando a supressão de um grupo de palavras.
  • E "O navio também é um engenho de guerra singular." (7°§) - o ponto é empregado para indicar o término de uma oração declarativa, assinalando uma pausa no enunciado.
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                             UM QUARTO DE RAPAZ

                                                                                                     Elsie Lessa

      Abro as venezianas na alegria do sol desta manhã e só não ponho a mão na cabeça porque, afinal das contas, o correr dos anos nos dá uma certa filosofia. Essa rapaziada parece que é mesmo toda assim.

      Quem sai para uma prova de matemática não há mesmo de ter deixado a cama feita, tanto mais quando ficou lendo Carlos Drummond de Andrade até às tantas, como prova este Poesia até agora, rubro de vergonha de ter sido largado no chão junto a este cinzeiro transbordante e às meias azuis de náilon. E dizer que desde que esse menino nasceu tento provar-lhe que já não estamos – hélas! – no tempo da escravidão e que somos nós mesmos, brancos, pretos ou amarelos, intelectuais ou estudantes em provas, que devemos encaminhar ao destino conveniente as roupas da véspera. Qual, ele não se convence. Também uma manta escocesa, de suaves lãs macias, que a mãe da gente trouxe embaixo do braço da Inglaterra até aqui, para que nos aqueça nas noites de inverno, não devia ser largada no chão, nem mesmo na companhia de um livro de versos. E quem é que está ligando para tudo isso?

      Ó mocidade inquieta, só mesmo o que está em ordem dentro deste quarto são os montes de discos. E estes livros, meu Deus? Como é que gente que gosta de ler pode deixar os próprios livros numa bagunça dessas? Coitado do Pablo Neruda, olha onde foi parar! E o Dom Quixote de la Mancha, Virgem Santíssima! Há três gerações que os antepassados desse menino não fazem outra coisa senão escrever livros, e ele os trata assim!

      − Livro é pra ler! Não é para enfeitar estante!

      − Está certo! Que não enfeite, mas também não precisam ser empurrados desse jeito, lá para o fundo, com esse monte de revistas de jazz em cima! E custava, criatura, custava você pendurar essas calças nesse guarda-roupa que é para você, sozinho, que é provido de cabides, que não têm outro destino senão abrigar as suas calças?

      − Mania de ordem é complexo de culpa, já te avisei! Meu quarto está ótimo, está formidável. E não gosto que mexa, hein, senão depois não acho as minhas coisas!

      E pensar que esse menino um dia casa e vai levar essas noções de arrumação para a infeliz da esposa, e que juízo, que juízo vai fazer essa moça de mim, meu Deus do céu! Há bem uns quinze anos que esse problema me atormenta, tenho trocado confidências com amigas e há várias opiniões a respeito. Umas acham que um dia dá um estalo de Padre Vieira na cabeça desses moleques e passam a pendurar a roupa, tirar pó de livro, desamarrar o sapato antes de tirar do pé.

      Pode ser. Deus permita! Mas que agonia, enquanto isso não acontece.

      Dizer que peregrinei por antiquários para descobrir nobres jacarandás, de boa estirpe, que o rodeassem em todas as suas horas, que lhe infundissem o gosto das coisas belas. Qual! Pendurei a balada do “If”1 em cima de todos esses discos de jazz, e sobre a vitrola, já nem sei por quê, esse belo retrato de Napoleão, em esmalte, vindo das margens do Sena! E ele está se importando? O violão está sem cordas, e em cima do meu retrato, radioso retrato da minha juventude, ele já pôs o Billy Eckstine, a Sarah Vaughan, a Ava Gardner de biquíni e duas namoradas ora descartadas! E não tira um, antes de colocar o outro! Vai empurrando por cima e já a moldura estoura com essa variedade de predileções! São Sebastião, na sua peanha dourada, está de olhos erguidos para o alto e, felizmente, não vê a desordem que anda cá por baixo.

      Vejo eu, olho em roda para saber por onde começar. Custava ele despejar esses cinzeiros? Onde já se viu fumar na cama e fazer furos nos meus lençóis? E, em tempos de provas, é hora de ficar folheando livros de versos, até tarde da noite, desse jeito? O caderno de física está assim de poesias e letras de fox e caricaturas de colegas, não sei também se de algum professor! E para que seis caixas de fósforo em cima dessa vitrola? E onde já se viu misturar na mesma mesa esse nunca assaz manuseado Manuel Bandeira, e El son entero, de Nicolás Guillén, e os poemas de Mário de Andrade, e os Pássaros Perdidos de Tagore, e Fernando Pessoa, e esse pocket book policial? Quer ler Graham Greene, e fazer versos, e fumar feito um desesperado, e não perder praia no Arpoador, nem broto na vizinhança, nem filme na semana e passar nas provas. E em que mundo isso é possível?

      Guardo os chinelos, que ficam sempre emborcados. Já lhe disse que isso é atraso de vida. E ele morre de rir. E ponho as cobertas em cima da cama. E abro as janelas, para sair esse cheiro de fumo. E deixo só uma caixa de fósforos. Mas não faço mais nada, porque abri um caderno, de letra muito ruim, até a metade com os seus versos.

1 Poema célebre do escritor indiano Rudyard Kipling (1865- 1936), Prêmio Nobel de Literatura de 1907.

OBS.: O texto foi adaptado às regras do Novo Acordo Ortográfico.

Assinale a opção em que a acentuação da palavra sublinhada se justifica por uma regra DIFERENTE das demais.
  • A Abro as venezianas na alegria do sol desta manhã e não ponho a mão na cabeça (...)
  • B (...) porque, afinal das contas, o correr dos anos nos uma certa filosofia.
  • C Essa rapaziada parece que é mesmo toda assim.
  • D (...) provido de cabides, que não têm outro destino senão abrigar as suas calças?
  • E (...) ele já pôs o Billy Eckstine, a Sarah Vaughan, a Ava Gardner de biquíni e duas namoradas ora descartadas!
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Leia o texto abaixo para responder à questão. 


"[...]. Alguns leitores ao lerem estas frases (poesia citada) não compreenderam logo. Creio mesmo que é impossível compreender inteiramente à primeira leitura pensamentos assim esquematizados sem uma certa prática."

(Mário de Andrade - Artista)

Assinale a opção em que o termo destacado deve ser acentuado, conforme ocorre na expressão "à primeira leitura”.

  • A Veio, finalmente, a primeira vitória de sua carreira.
  • B Conheceram-se numa biblioteca: foi amor a primeira vista.
  • C Não será a primeira e nem a segunda leitura que o convencerá.
  • D Foi a primeira vez que viajei a Portugal, e já quero retornar.
  • E Não peça informações a qualquer primeira pessoa que encontrar.
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Assinale a opção em que os substantivos são exclusivamente do gênero masculino.

  • A clã - milhar.
  • B hélice - diabete.
  • C síndrome - libido.
  • D proclama - cataplasma.
  • E suéter - indivíduo.
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"Em apenas uma geração, o estado de exaltação diante do inebriante ganho de tempo e expansão de conhecimento proporcionado pela era digital começa a ser mitigado por quem se sente sufocado ou distraído pelas demandas ininterruptas da conectividade. Segundo pesquisa recente, quem envereda pela pantagruélica massa de páginas da internet, dedica, em média, não mais de dez segundos a cada uma que acessa.” (Dorrit Harazim)

Assinale a opção que sintetiza a ideia principal do texto.

  • A A indiscutível expansão do conhecimento humano via internet,
  • B O desenvolvimento incalculável dos meios de comunicação na era digital.
  • C O domínio absoluto e produtivo da internet na vida das pessoas.
  • D O surgimento da necessidade de uma desaceleração dos contatos digitais.
  • E Os transtornos intelectuais causados pela ausência de conectividade,
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Em que opção a frase está de acordo com a norma padrão?
  • A Minha casa fica há cerca de uma hora daqui.
  • B Falou a cerca do projeto iniciado pela Marinha.
  • C Ele foi conversar com o chefe a cerca de dez minutos.
  • D Elas se encontraram pela primeira vez acerca de vinte anos
  • E Estávamos conversando acerca de educação quando entrou.
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                                               Sobre o mar e o navio 

      Na guerra naval, existem ainda algumas peculiaridades que merecem ser abordadas.

      Uma delas diz respeito ao cenário das batalhas: o mar. Diferente, em linhas gerais, dos teatros de operações terrestres, o mar não tem limites, não tem fronteiras definidas, a não ser nas proximidades dos litorais, nos estreitos, nas baias e enseadas.

      Em uma batalha em mar aberto, certamente, poderão ser empregadas manobras táticas diversas dos engajamentos efetuados em área marítima restrita. Nelas, as forças navais podem se valer das características geográficas locais, como fez o comandante naval grego Temístocles, em 480 a .C . ao atrair as forças persas para a baía de Salamina, onde pôde proteger os flancos de sua formatura, evitando o envolvimento pela força naval numericamente superior dos invasores persas.

      As condições meteorológicas são outros fatores que também afetam, muitas vezes de forma drástica, as operações nos teatros marítimos, O mar grosso, os vendavais, ou mesmo as longas calmarias, especialmente na era da vela, são responsáveis por grandes transtornos ao governo dos navios, dificultando fainas e manobras e, não poucas vezes, interferindo nos resultados das ações navais ou mesmo impedindo o engajamento. É oportuno relembrar que o vento e a força do mar destruíram as esquadras persa (490 a . C .) , mongol (1281) e a incrível Armada Espanhola (1588), salvando respectivamente a Grécia, o Japão (que denominou de kamikaze o vento divino salvador) e a Inglaterra daqueles invasores vindos do mar. 

      O cenário marítimo também é o responsável pela causa mortis da maioria dos tripulantes dos navios afundados nas batalhas navais, cujas baixas por afogamento são certamente mais numerosas do que as causadas pelos ferimentos dos impactos dos projéteis, dos estilhaços e dos abalroamentos. Em maio de 1941, o cruzador de batalha britânico HMS Hood, atingido pelo fogo da artilharia do Bismarck, afundou, em poucos minutos, levando para o fundo cerca de 1.400 tripulantes, dos quais apenas três sobreviveram. 

      Aliás, o instante do afundamento de um navio é um momento crucial para a sobrevivência daqueles tripulantes que conseguem saltar ou são jogados ao mar, pois o efeito da sucção pode arrastar para o fundo os tripulantes que estiverem nas proximidades do navio no momento da submersão. Por sua vez, os náufragos podem permanecer dias, semanas em suas balsas à deriva, em um mar batido pela ação de ventos, continuamente borrifadas pelas águas salgadas, sofrendo o calor tropical escaldante ou o frio intenso das altas latitudes, como nos mares Ártico, do Norte ou Báltico, cujas baixas temperaturas dos tempos invernais limitam cabalmente o tempo de permanência n 'água dos náufragos, tornando fundamental para a sua sobrevivência a rapidez do socorro prestado.

      O navio também é um engenho de guerra singular. Ao mesmo tempo morada e local de trabalho do marinheiro, graças à sua mobilidade, tem a capacidade de conduzir homens e armas até o cenário da guerra. Plataforma bélica plena e integral, engaja batalhas, sofre derrotas, naufraga ou conquista vitórias, tornando-se quase sempre objeto inesquecível da história de sua marinha e país.

(CESAR, William Carmo. Sobre o mar e o navio. In:____ . Uma história das Guerras Navais: o desenvolvimento tecnológico das belonaves e o emprego do Poder Naval ao longo dos tempos. Rio de Janeiro: FEMAR, 2013. p. 396-398) 

Leia o trecho a seguir:

"[...] como fez o comandante naval grego Temístocles, em 480 a .C . ao atrair as forças persas para a baía de Salamina [...]" (3 °§)

De acordo com a orientação argumentativa do texto, assinale a opção em que o significado discursivo da palavra destacada acima está correto.

  • A Comparação.
  • B Generalização.
  • C Explicação.
  • D Exemplificação.
  • E Confirmação.
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                    Leitura - leituras: quando ler (bem) é preciso


"[...]. Alguns leitores ao lerem estas frases (poesia citada) não compreenderam logo. Creio mesmo que é impossível compreender inteiramente à primeira leitura pensamentos assim esquematizados sem uma certa prática.”

(Mário de Andrade - Artista)


“Eu sou um escritor difícil

Que a muita gente enquizila,

Porém essa culpa é fácil

De se acabar duma vez:

É só tirar a cortina

Que entra luz nesta escurez.”

(Mário de Andrade - Lundu do escritor difícil) 


      No eterno criar e recriar da atividade verbal, a criatividade, a semanticidade, a intersubjetividade, a materialidade e a historicidade são propriedades essenciais da linguagem, indispensáveis a todos os atos de fala, sejam eles presentes, passados ou futuros.

      Porém, é a atividade semântica que intermedeia a conexão dos seres humanos com o mundo dos objetos, estabelecendo a relação entre o Eu e o Universo, e, junto com a alteridade (relação do Eu com o Outro, de caráter interlocutivo), permite a identificação da linguagem como tal, pois a linguagem existe não apenas para significar, mas significar alguma coisa para o outro.

      A semanticidade possibilita o indivíduo conceber e revelar as coisas pertencentes ao mundo do real e da imaginação. Logo, é ao mesmo tempo significação, modo de conceber, ou melhor, uma configuração linguística de conhecimento, uma organização verbal do pensamento, e designação ou referência, aplicação dos conceitos às coisas extralinguísticas. [...].

      No processo de leitura do texto, para que o leitor se aproprie desse(s) sentido(s), é necessário que ele domine não apenas o código linguístico, mas também compartilhe bagagem cultural, vivências, experiências, valores, correlacione os conhecimentos construídos anteriormente (de gênero e de mundo, entre outros) com as novas informações expressas no texto; faça inferências e comparações; compreenda que o texto não é uma estrutura fechada, acabada, pronta; perceba as significações, as intencionalidades, os dialogismos, o não dito, os silêncios.

      Em resumo, é fundamental que, por meio de uma série de contribuições, o interlocutor colabore para a construção do conhecimento. Assim, ler não significa traduzir um sentido já considerado pronto, mas interagir com o outro (o autor), aceitando, ou não, os propósitos do interlocutor.

(Profª Marina Cezar- Revista de Villegagnon. Ano IV. N° 4. 2009 - Texto adaptado)

Marque a opção em que a função sintática do termo sublinhado é idêntica à da expressão destacada neste trecho: "[...] aplicação dos conceitos às coisas extralinguísticas. [...].” (3°§)

  • A Deu-lhe muitos presentes de aniversário.
  • B Levou a irmã ao médico hoje pela manhã.
  • C Aludi à carta que você me enviou,
  • D Deixou o paciente à espera por horas.
  • E Marta tem certeza de sua amizade.
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                                       O dono do livro


      Li outro dia um fato real narrado pelo escritor moçambicano Mia Couto. Ele disse que certa vez chegou em casa no fim do dia, já havia anoitecido, quando um garoto humilde de 16 anos o esperava sentado no muro. O garoto estava com um dos braços para trás, o que perturbou o escritor, que imaginou que pudesse ser assaltado.

      Mas logo o menino mostrou o que tinha em mãos: um livro do próprio Mia Couto. Esse livro é seu? perguntou o menino. Sim, respondeu o escritor. Vim devolver. O garoto explicou que horas antes estava na rua quando viu uma moça com aquele livro nas mãos, cuja capa trazia a foto do autor.

      O garoto reconheceu Mia Couto pelas fotos que já havia visto em jornais. Então perguntou para a moça: Esse livro é do Mia Couto? Ela respondeu: É. E o garoto mais que ligeiro tirou o livro das mãos dela e correu para a casa do escritor para fazer a boa ação de devolver a obra ao verdadeiro dono.

      Uma história assim pode acontecer em qualquer país habitado por pessoas que ainda não estejam familiarizadas com os livros - aqui no Brasil, inclusive. De quem é o livro? A resposta não é a mesma de quando se pergunta: "Quem escreveu o livro?".

      O autor é quem escreve, mas o livro é de quem lê, e isso de uma forma muito mais abrangente do que o conceito de propriedade privada - comprei, é meu. O livro é de quem lê mesmo quando foi retirado de uma biblioteca, mesmo que seja emprestado, mesmo que tenha sido encontrado num banco de praça.

      O livro é de quem tem acesso às suas páginas e através delas consegue imaginar os personagens, os cenários, a voz e o jeito com que se movimentam. São do leitor as sensações provocadas, a tristeza, a euforia, o medo, o espanto, tudo o que é transmitido pelo autor, mas que reflete em quem lê de uma forma muito pessoal. É do leitor o prazer. É do leitor a identificação. É do leitor o aprendizado. É do leitor o livro.

      Dias atrás gravei um comercial de rádio em prol do Instituto Estadual do Livro em que falo aos leitores exatamente isso: os meus livros são os seus livros. E são, de fato. Não existe livro sem leitor. Não existe. É um objeto fantasma que não serve pra nada.

      Aquele garoto de Moçambique não vê assim. Para ele, o livro é de quem traz o nome estampado na capa, como se isso sinalizasse o direito de posse. Não tem ideia de como se dá o processo todo, possivelmente nunca entrou numa livraria, nem sabe o que é tiragem.

      Mas, em seu desengano, teve a gentileza de tentar colocar as coisas em seu devido lugar, mesmo que para isso tenha roubado o livro de uma garota sem perceber.

      Ela era a dona do livro. E deve ter ficado estupefata. Um fã do Mia Couto afanou seu exemplar. Não levou o celular, a carteira, só quis o livro. Um danado de um amante da literatura, deve ter pensado ela. Assim são as histórias escritas também pela vida, interpretadas a seu modo por cada dono. 

(Martha Medeiros. JORNAL ZERO HORA - 06/11/11./ Revista O Globo, 25 de novembro de 2012.)

Analise o trecho a seguir,


“[...] - comprei, é meu.”


Que relação semântica a segunda oração estabelece com a primeira?

  • A Adição.
  • B Explicação.
  • C Conclusão.
  • D Causa.
  • E Conformidade.
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Assinale a opção na qual a palavra em destaque está acentuada conforme a regra ortográfica vigente.

  • A O marido estava com os pêlos do braço emaranhados por esfregá-los na toalha.
  • B Alegando estar com cefaléia, a mulher continuou em silêncio até o final do jantar.
  • C O marido pediu ao garçom uma pêra flambada com calda de chocolate para dois.
  • D A mulher não prestou atenção ao escarcéu que o marido fez por causa da Internet.
  • E De um pólo a outro, muitos abdicam de uma conversa ao vivo para usar o whatsApp.
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                           O homem deve reencontrar o Paraíso...

                                                                                                              Rubem Alves


      Era uma família grande, todos amigos. Viviam como todos nós: moscas presas na enorme teia de aranha que é a vida da cidade. Todos os dias a aranha lhes arrancava um pedaço. Ficaram cansados. Resolveram mudar de vida: um sonho louco: navegar! Um barco, o mar, o céu, as estrelas, os horizontes sem fim: liberdade. Venderam o que tinham, compraram um barco capaz de atravessar mares e sobreviver tempestades.

      Mas para navegar não basta sonhar. É preciso saber. São muitos os saberes necessários para se navegar. Puseram-se então a estudar cada um aquilo que teria de fazer no barco: manutenção do casco, instrumentos de navegação, astronomia, meteorologia, as velas, as cordas, as polias e roldanas, os mastros, o leme, os parafusos, o motor, o radar, o rádio, as ligações elétricas, os mares, os mapas... Disse certo o poeta: Navegar é preciso, a ciência da navegação é saber preciso, exige aparelhos, números e medições. Barcos se fazem com precisão, astronomia se aprende com o rigor da geometria, velas se fazem com saberes exatos sobre tecidos, cordas e ventos, instrumentos de navegação não informam mais ou menos. Assim, eles se tomaram cientistas, especialistas, cada um na sua - juntos para navegar.

      Chegou então o momento da grande decisão - para onde navegar. Um sugeria as geleiras do sul do Chile, outro os canais dos fiordes da Nomega, um outro queria conhecer os exóticos mares e praias das ilhas do Pacífico, e houve mesmo quem quisesse navegar nas rotas de Colombo. E foi então que compreenderam que, quando o assunto era a escolha do destino, as ciências que conheciam para nada serviam.

      De nada valiam números, tabelas, gráficos, estatísticas. Os computadores, coitados, chamados a dar o seu palpite, ficaram em silêncio. Os computadores não têm preferências - falta-lhes essa sutil capacidade de gostar, que é a essência da vida humana. Perguntados sobre o porto de sua escolha, disseram que não entendiam a pergunta, que não lhes importava para onde se estava indo.

      Se os barcos se fazem com ciência, a navegação faz-se com os sonhos. Infelizmente a ciência, utilíssima, especialista em saber como as coisas funcionam, tudo ignora sobre o coração humano. E preciso sonhar para se decidir sobre o destino da navegação. Mas o coração humano, lugar dos sonhos, ao contrário da ciência, é coisa imprecisa. Disse certo o poeta: Viver não é preciso. Primeiro vem o impreciso desejo. Primeiro vem o impreciso desejo de navegar. Só depois vem a precisa ciência de navegar.

      Naus e navegação têm sido uma das mais poderosas imagens na mente dos poetas. Ezra Pound inicia seus Cânticos dizendo: E pois com a nau no mcir/assestamos a quilha contra as vagas... Cecília Meireles: Foi, desde sempre, o mar! A solidez da terra, monótona/parece-nos fraca ilusão! Queremos a ilusão do grande mar/ multiplicada em suas malhas de perigo. E Nietzsche: Amareis a terra de vossos filhos, terra não descoberta, no mar mais distante. Que as vossas velas não se cansem de procurar esta terra! O nosso leme nos conduz para a terra dos nossos filhos... Viver é navegar no grande mar!

      Não só os poetas: C. Wright Mills, um sociólogo sábio, comparou a nossa civilização a uma galera que navega pelos mares. Nos porões estão os remadores. Remam com precisão cada vez maior. A cada novo dia recebem remos novos, mais perfeitos. O ritmo das remadas acelera. Sabem tudo sobre a ciência do remar. A galera navega cada vez mais rápido. Mas, perguntados sobre o porto do destino, respondem os remadores: O porto não nos importa. O que importa é a velocidade com que navegamos.

      C. Wright Mills usou esta metáfora para descrever a nossa civilização por meio duma imagem plástica: multiplicam-se os meios técnicos e científicos ao nosso dispor, que fazem com que as mudanças sejam cada vez mais rápidas; mas não temos ideia alguma de para onde navegamos. Para onde? Somente um navegador louco ou perdido navegaria sem ter ideia do para onde. Em relação à vida da sociedade, ela contém a busca de uma utopia. Utopia, na linguagem comum, é usada como sonho impossível de ser realizado. Mas não é isso. Utopia é um ponto inatingível que indica uma direção.

      Mário Quintana explicou a utopia com um verso: Se as coisas são inatingíveis... ora!/Não é motivo para não querê-las... Que tristes os caminhos, se não fora/ A mágica presença das estrelas! Karl Mannheim, outro sociólogo sábio que poucos leem, já na década de 1920 diagnosticava a doença da nossa civilização: Não temos consciência de direções, não escolhemos direções. Faltam-nos estrelas que nos indiquem o destino.

      Hoje, ele dizia, as únicas perguntas que são feitas, determinadas pelo pragmatismo da tecnologia (o importante é produzir o objeto) e pelo objetivismo da ciência (o importante é saber como funciona), são: Como posso fazer tal coisa? Como posso resolver este problema concreto particular? E conclui: E em todas essas perguntas sentimos o eco otimista: não preciso de me preocupar com o todo, ele tomará conta de si mesmo.

      Em nossas escolas é isso que se ensina: a precisa ciência da navegação, sem que os estudantes sejam levados a sonhar com as estrelas. A nau navega veloz e sem rumo. Nas universidades, essa doença assume a forma de peste epidêmica: cada especialista se dedica, com paixão e competência, a fazer pesquisas sobre o seu parafuso, sua polia, sua vela, seu mastro.

      Dizem que seu dever é produzir conhecimento. Se forem bem-sucedidas, suas pesquisas serão publicadas em revistas internacionais. Quando se lhes pergunta: Para onde seu barco está navegando?, eles respondem: Isso não é científico. Os sonhos não são objetos de conhecimento científico...

      E assim ficam os homens comuns abandonados por aqueles que, por conhecerem mares e estrelas, lhes poderíam mostrar o rumo. Não posso pensar a missão das escolas, começando com as crianças e continuando com os cientistas, como outra que não a da realização do dito do poeta: Navegar é preciso. Viver não é preciso.

      E necessário ensinar os precisos saberes da navegação enquanto ciência. Mas é necessário apontar com imprecisos sinais para os destinos da navegação: A terra dos filhos dos meus filhos, no mar distante... Na verdade, a ordem verdadeira é a inversa. Primeiro, os homens sonham com navegar. Depois aprendem a ciência da navegação. E inútil ensinar a ciência da navegação a quem mora nas montanhas...

      O meu sonho para a educação foi dito por Bachelard: O universo tem um destino de felicidade. O homem deve reencontrar o Paraíso. O paraíso é jardim, lugar de felicidade, prazeres e alegrias para os homens e mulheres. Mas há um pesadelo que me atormenta: o deserto. Houve um momento em que se viu, por entre as estrelas, um brilho chamado progresso. Está na bandeira nacional... E, quilha contra as vagas, a galera navega em direção ao progresso, a uma velocidade cada vez maior, e ninguém questiona a direção. E é assim que as florestas são destruídas, os rios se transformam em esgotos de fezes e veneno, o ar se enche de gases, os campos se cobrem de lixo - e tudo ficou feio e triste.

      Sugiro aos educadores que pensem menos nas tecnologias do ensino - psicologias e quinquilharias - e tratem de sonhar, com os seus alunos, sonhos de um Paraíso. 


OBS.: O texto foi adaptado às regras do Novo Acordo Ortográfico. 

Nos fragmentos que se seguem, é possível a presença de uma vírgula, EXCETO no fragmento da alternativa

  • A É necessário ensinar os precisos saberes da navegação enquanto ciência.
  • B Infelizmente a ciência, utilíssima, especialista em saber ‘como as coisas funcionam’, tudo ignora sobre o coração humano.
  • C Em nossas escolas é isso que se ensina: a precisa ciência da navegação, sem que os estudantes sejam levados a sonhar com as estrelas.
  • D Primeiro, os homens sonham com navegar. Depois aprendem a ciência da navegação.
  • E Todos os dias a aranha lhes arrancava um pedaço. Ficaram cansados.
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Assinale a opção em que a concordância verbal está correta, tendo em vista a norma padrão.

  • A Tu e eu comparecerão à reunião mais tarde.
  • B Soou dez horas assim que chegamos à Igreja.
  • C Memórias Póstumas de Brás Cubas me encantam.
  • D Foi eu que lhe enviei os documentos para análise,
  • E Eia é uma das raras pessoas que escreve desse modo.
13

Assinale a opção em que o vocábulo sublinhado deve receber o acento grave, indicativo de crase.

  • A Os inimigos ficaram frente a frente.
  • B Professor, posso escrever a lápis?
  • C Estavam dispostos a colaborar na campanha.
  • D O vendedor já entregou o livro a você?
  • E As amigas foram a praia ontem de manhã.
14

Observe a frase a seguir.

Foi uma cerimônia muito fina, para poucos convidados.

Assinale a opção em que o adjetivo destacado é utilizado com o mesmo sentido empregado na frase anterior.

  • A Tinha uma voz fina, que às vezes desafinava.
  • B Sabia gastar dinheiro e frequentar ambiente fino.
  • C Selecionou para o jantar um vinho de fino sabor.
  • D O livro coube na bolsa porque era fino e pequeno
  • E O aluno fez uma observação fina, que demonstrou domínio do conteúdo.
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"Em apenas uma geração, o estado de exaltação diante do inebriante ganho de tempo e expansão de conhecimento proporcionado pela era digital começa a ser mitigado por quem se sente sufocado ou distraído pelas demandas ininterruptas da conectividade. Segundo pesquisa recente, quem envereda pela pantagruélica massa de páginas da internet, dedica, em média, não mais de dez segundos a cada uma que acessa." (Dorrit Harazim) 

Assinale a opção que indica corretamente o sentido da palavra destacada no trecho: "[...]o estado de exaltação diante do inebriante ganho de tempo e expansão de conhecimento proporcionado pela era digital começa a ser mitigado[...]."

  • A Abrandado.
  • B Sustentado.
  • C Exacerbado.
  • D Determinado.
  • E Pressionado.
16

Assinale a opção em que a colocação dos termos na frase encontra-se na ordem direta.

  • A Simples e asseadas eram as roupas que ela usava.
  • B Esconde-se o sol, crescem as nuvens, cai a chuva fina.
  • C Nenhum de nós deverá repetir palavras tão rudes e injustas.
  • D Ainda doíam-lhe nos pés as pisadas dos jogadores adversários.
  • E À disciplina devemos todas as nossas conquistas profissionais.
17

Em qual opção a frase está de acordo com a norma padrão?

  • A Não há desconfianças entre eu e ti.
  • B A gente, às vezes, brigamos muito.
  • C Meu irmão e mim tivemos muita sorte.
  • D Tu e meus primos comprou as camisas.
  • E Para mim, o assunto está encerrado.
18

Em qual alternativa a palavra destacada do texto 1 é advérbio?

  • A Não saberão dizer que viram um filme com um ator que trabalha bem.
  • B Falar português não é difícil.
  • C No Brasil as palavras envelhecem e caem como folhas secas.
  • D Assisti a uma fita de cinema com um artista que representa muito bem.
  • E (…) pegarão um defluxo em vez de um resfriado, (...)
19

Marque a opção em que a frase está correta, de acordo com as regras de concordância.

  • A Só três por cento da platéia pagou ingresso.
  • B Estes automóveis são tais qual aqueles outros.
  • C Aqueles meninos parecem estarem desatentos.
  • D A série primeira e segunda são as mais difíceis.
  • E Os acordos australos-chineses já foram assinados.
20

Em qual opção todas as palavras estão corretamente grafadas?

  • A engeitado - alforge - ultraje.
  • B faxina - enxaqueca - encharcado.
  • C essencial - descançar - assunsão.
  • D extremoso - espectativa - extinguir.
  • E recender - antecipar - imprecindível.

Legislação Federal

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De acordo com as Diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa (Decreto n° 6.703, de 18 de dezembro de 2008), a organização das Forças Armadas está baseada sobre que égide?

  • A Deslocamento, concentração e permanência.
  • B Surpresa, preparo e unidade de comando.
  • C Manobra, prontidão e segurança.
  • D Monitoramento/controle, mobilidade e presença.
  • E Simplicidade, flexibilidade e mobilidade.
22

De acordo com o Estatuto dos Militares, a base institucional das Forças Armadas são?

  • A Hierarquia e Liderança.
  • B Hierarquia e Ética Militar.
  • C Ética Militar e Disciplina.
  • D Liderança e Disciplina.
  • E Hierarquia e Disciplina.
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De acordo com o Estatuto dos Militares, com relação aos conceitos de Valor e Ética Militar, assinale a opção correta.

  • A O civismo e o culto das tradições religiosas são manifestações essenciais do valor militar.
  • B Ao militar da ativa, é permitido comerciar ou tomar parte na administração ou gerência de sociedade.
  • C Abster-se de fazer uso do posto ou da graduação para obter facilidades pessoais de qualquer natureza é considerado um dos preceitos da Ética militar.
  • D Os integrantes da reserva, quando convocados, ficam autorizados a tratar, nas organizações militares, de interesse de organizações ou empresas privadas de qualquer natureza.
  • E É proibido aos oficiais titulados dos Quadros ou Serviços de Saúde e de Veterinária o exercício de Atividade técnico-profissional no meio civil.
24
Nos termos da Portaria n° 1.473/MD, de 29 de outubro de 2008, que aprova o Regimento Interno Comum da Comissão dos Serviços de Saúde das Forças Armadas (CPSSMEA) e da Comissão de Assistência Social das Forças Armadas (CASFA), são incumbências do Presidente da CASFA: 
  • A apreciar os assuntos técnicos que lhe forem submetidos.
  • B designar analistas, dentre os demais membros do colegiado, para realização de estudos a respeito das matérias pertinentes.
  • C determinar as pautas de reuniões.
  • D elaborar o planejamento orçamentário e financeiro das atividades da comissão.
  • E fixar a data das reuniões, mediante a oitiva dos membros do colegiado.
25

O Programa de Reaparelhamento da Marinha de 1904, que veio a ser remodelado e reformado em 1906, incluía alguns melhoramentos fundamentais para um Poder Naval que se desejava no Brasil. Assinale a opção que NÃO representa uma das propostas ou melhoramentos desse Programa.

  • A Aquisição de navios que, naquele momento, equipavam as melhores Esquadras do mundo.
  • B Criação de um moderno arsenal.
  • C Adição de novos encouraçados de 20 mil toneladas.
  • D Construção de um porto militar.
  • E Desenvolvimento de submarinos com propulsão nuclear.
26

O conjunto de atribuições, deveres e responsabilidades cometidos a um militar em serviço ativo, denomina-se

  • A Cargo Militar.
  • B Função Militar.
  • C Graduação Militar.
  • D Valor Militar.
  • E Dever Militar.
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Em relação ao tema Mandado de Segurança, de acordo com a Lei n°12.030, de 17 de setembro de 2009, assinale a opção correta.

  • A Não é permitido, mesmo em caso de urgência, impetrar mandado de segurança por telegrama, radiograma, fax ou outro meio eletrônico de autenticidade comprovada.
  • B A sentença ou o acórdão que denegar mandado de segurança, sem decidir o mérito, impedirá que o requerente, por ação própria, pleiteie os seus direitos.
  • C Não cabem, no processo de mandado de segurança, a interposição de embargos infringentes e a condenação ao pagamento dos honorários advocaticios, sem prejuizo da aplicação de sanções no caso de litigância de má-fé.
  • D Poderá ser concedido mandado de segurança quando se tratar de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução.
  • E Cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço público.
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De acordo com o Estatuto dos Militares, com relação aos conceitos de Valor e Ética Militar, assinale a opção correta.

  • A O civismo e o culto das tradições religiosas são manifestações essenciais do valor militar.
  • B Ao militar da ativa, é permitido comerciar ou tomar parte na administração ou gerência de sociedade.
  • C Abster-se de fazer uso do posto ou da graduação para obter facilidades pessoais de qualquer natureza é considerado um dos preceitos da Ética militar.
  • D Os integrantes da reserva, quando convocados, ficam autorizados a tratar, nas organizações militares, de interesse de organizações ou empresas privadas de qualquer natureza.
  • E E proibido aos oficiais titulados dos Quadros ou Serviços de Saúde e de Veterinária o exercício de Atividade técnico-profissional no meio civil.
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A responsabilidade integral pelas decisões que tomar um militar, pelas ordens que emitir e pelos atos que praticar cabe ao

  • A seu superior direto.
  • B comandante de sua Unidade.
  • C comando de sua Força.
  • D grupo que lidera.
  • E próprio militar.
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De acordo com o EMA-137(Doutrina de Liderança da Marinha), o nivel de liderança considerado como a primeira linha de liderança, que ocorre em organizações onde os subordinados estão acostumados a ver seus chefes, frequentemente, em seções, divisões, departamentos, navios, batalhões, companhias, pelotões e esquadras de tiro, é denominado Liderança
  • A Indireta.
  • B Estratégica.
  • C Direta.
  • D Organizacional.
  • E Autocrática.

História

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Qual foi a missão da Marinha do Brasil na Segunda Guerra Mundial?

  • A Invadir a Alemanha Junto com os Estados Unidos.
  • B Destruir os navios mercantes alemães.
  • C Patrulhar o Pacifico e proteger os comboios de navios mercantes que trafegavam entre o Mar do Caribe e o nosso litoral norte contra a ação dos submarinos e navios corsários germânicos e italianos.
  • D Invadir a Itália junto com os Estados Unidos.
  • E Patrulhar o Atlântico Sul e proteger os comboios de navios mercantes que trafegavam entre o Mar do Caribe e o nosso litoral sul contra a ação dos submarinos e navios corsários germânicos e italianos Voga Larga.
32

Leia o texto a seguir. "As armas e os barões assinalados Que da Ocidental praia Lusitana, Por mares nunca dantes navegados Passaram ainda além da Taprobana, Em perigos e guerras esforçados Mais do que prometia a força humana, E entre gente remota edificaram; Novo reino, que tanto sublimaram (...)" (Trecho de 'Os Lusiadas' de Luís de Camões, 1572)
Publicado no século XVI, os 'Lusíadas' de Luís de Camões trata-se de uma ode ao píoneirismo lusitano no processo de expansão marítima europeia no final do século XIV. Que fatores possibilitaram tal pioneirismo português?

  • A A centralização política de Portugal e a aliança entre a nobreza e os setores mercantis.
  • B A vitória sobre a Inglaterra na Guerra dos Cem Anos e a posição geográfica favorável.
  • C A absorção de tecnologias náuticas dos ingleses e o isolamento da nobreza.
  • D A dependência portuguesa ao Reino de Castela e o emprego de navegadores holandeses.
  • E A aliança com os comerciantes genoveses e o monopólio português do comércio no Mar Mediterrâneo.
33

Em 9 de janeiro de 1822, D . Pedro declarou que permaneceria no Brasil, apesar da determinação das Cortes para que retornasse a Lisboa. Como esse dia ficou conhecido?

  • A Dia da Independência.
  • B Dia do Fico.
  • C Dia do Brasil.
  • D Dia de D . Pedro.
  • E Dia de Portugal.
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Leia o texto a seguir.

A administração da fazenda publica com a mais severa economia e a maior fiscalização no emprego da renda do Estado será uma das minhas preocupações. Povos novos e onerados de dividas nunca foram povos felizes, e nada aumenta mais as dividas dos estados do que as despesas sem proporção com os recursos econômicos da nação, com as forças vivas do trabalho, das industrias e do comercio, o que produz o desequilíbrio dos orçamentos, o mal estar social, a miséria. Espero que, fiscalizada e economizada a fazenda publica, mantida a ordem no País, a paz com as nações estrangeiras sem quebra da nossa honra e dos nossos direitos, animado o trabalho agrícola e industrial e reorganizado o regime bancário, os abundantes recursos do nosso solo vaporizarão progressivamente o nosso meio circulante, depreciado para as permutas internacionais, e fortificarão o nosso credito no interior e no exterior.

Trecho do discurso de posse de Floriano Peixoto

Fonte: http://www2.senado.leg.br/bdsf/item/id/91988

Em um trecho de seu discurso de posse, apresentado acima, Floriano Peixoto demonstrou grande preocupação com a economia brasileira que vivia a chamada "Crise do Encilhamento". É correto afirmar que entre as características da crise estavam:

  • A o decréscimo das reservas cambiais e a escassez de papel moeda no país.
  • B a queda do preço do minério de ferro no mercado internacional e a baixa na movimentação financeira da bolsa de valores.
  • C as falências de indústrias e a inflação que elevou o custo de vida.
  • D a liberação das barreiras fiscais para a importação de produtos ingleses, levando à falência indústrias e grupos comerciais.
  • E o excesso de gastos públicos com políticas assistencialistas e o endividamento com credores no exterior.
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Assinale a opção que apresenta a composição correta dos blocos militares formados antes da Primeira Guerra Mundial.

  • A Tríplice Aliança (Espanha, Itália e Alemanha) e Tríplice Entente (Estados Unidos, França e Japão).
  • B Tríplice Aliança (Rússia, Alemanha e Itália) e Tríplice Entente (Japão, Alemanha e Grã-Bretanha).
  • C Tríplice Aliança (França, Alemanha e Rússia) e Tríplice Entente (Portugal, França e Estados Unidos).
  • D Tríplice Aliança (Itália, Império Austro-Húngaro e Alemanha) e Tríplice Entente (Rússia, Inglaterra e França).
  • E Tríplice Aliança (Brasil, Itália e Alemanha) e Tríplice Entente (Rússia, França e Espanha).
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Qual foi o fato que deu início à Primeira Guerra Mundial?

  • A A invasão da Polônia pelo exército alemão.
  • B A formação do bloco militar composto por Alemanha, Itália e França.
  • C O assassinato de Francisco Ferdinando, herdeiro do trono austríaco.
  • D A disputa por território no continente americano, principalmente entre Alemanha e Itália.
  • E A disputa pelo território brasileiro.
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Qual foi a missão da Marinha do Brasil na Segunda Guerra Mundial?

  • A Invadir a Alemanha Junto com os Estados Unidos.
  • B Destruir os navios mercantes alemães.
  • C Patrulhar o Pacifico e proteger os comboios de navios mercantes que trafegavam entre o Mar do Caribe e o nosso litoral norte contra a ação dos submarinos e navios corsários germânicos e italianos.
  • D Invadir a Itália junto com os Estados Unidos.
  • E Patrulhar o Atlântico Sul e proteger os comboios de navios mercantes que trafegavam entre o Mar do Caribe e o nosso litoral sul contra a ação dos submarinos e navios corsários germânicos e italianos Voga Larga.
38

Leia o texto a seguir. "No início da década de 1940, o nosso Poder Naval possuía limitações operacionais importantes. No início da Segunda Guerra Mundial, em 1939, na Europa, o Brasil contava com praticamente os mesmos navios da Primeira Guerra Mundial. (...) Ao rompermos relações diplomáticas com o Eixo, a Marinha do Brasil desconhecia as novas táticas antissubmarino e estava, consequentemente, desprovida do material flutuante e dos equipamentos necessários para executá-las." (BITTENCOURT, A . de S . Introdução à História Marítima Brasileira. Rio de Janeiro: Serviço de Documentação da Marinha, 2006. p p . 141 e 148) Diante da situação apontada acima, o governo brasileiro efetivou um acordo internacional denominado Lend Lease, que possibilitou o empréstimo e o arrendamento para a Marinha do Brasil de vários navios que fossem tecnologicamente apropriados àquela guerra. Com qual nação foi realizado esse acordo, firmado em Io de outubro de 1941?

  • A Estados Unidos da América.
  • B Alemanha.
  • C Inglaterra.
  • D França.
  • E União Soviética,
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Durante a Primeira Guerra Mundial, navios mercantes brasileiros foram atacados por submarinos alemães, o que levou o governo brasileiro a declarar estado de guerra com o Império Alemão em 1917. Constituiu-se como ação brasileira nesta guerra a criação
  • A da Divisão Naval em Operações de Guerra.
  • B da Força Naval do Nordeste.
  • C da Força Aérea Brasileira.
  • D da Divisão Naval do Rio da Prata.
  • E do Corpo de Fuzileiros Navais.

Legislação Federal

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De acordo com o EMA-137 - Doutrina de Liderança da Marinha, quando é indicada a liderança transformacional?

  • A No cotidiano, para poder resolver problemas simples com mais rapidez.
  • B Em todas as situações, exceto em submarinos.
  • C Quando existe a necessidade de transformação sem a ação do líder.
  • D Para situações de pressão, crise e mudança, que requerem elevados níveis de envolvimento e comprometimento dos subordinados.
  • E Nas Organizações Militares de países que não estão em guerra.

Legislação da Justiça Militar

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Em relação à Lei 8.457/92, que trata da Organização da Justiça Militar da União, é correto afirmar que:

  • A os juizes militares que integrarem os Conselhos Especiais serão obrigatoriamente de posto superior ao do acusado.
  • B compete ao Conselho Especial de Justiça processar e julgar todos os oficiais nos delitos previstos na legislação penal militar.
  • C o Superior Tribunal Militar compõe-se de doze ministros vitalícios, nomeados pelo Presidente da República.
  • D o Superior Tribunal Militar compõe-se de 6 Ministros civis, 4 dentre advogados de notório saber jurídico e 2 por escolha paritária dentre Juízes-Auditores e Membros do Ministério Público Militar.
  • E os Ministros militares permanecem na ativa, em quadros especiais da Marinha, Exército e Aeronáutica.