Resolver o Simulado Agente de Operação e Fiscalização de Transporte e Trânsito - Nível Médio

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Legislação de Trânsito

1

Com base no Código de Transito Brasileiro, responda a questão.

Dispõe o Art. 105 que, entre outros a serem estabelecidos pelo CONTRAN, o equipamento registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo é obrigatório para os veículos de transporte de passageiros com _______________ lugares.

Complete corretamente a lacuna:


  • A mais de dez
  • B no mínimo sete
  • C até nove
  • D qualquer número de
2

As infrações de trânsito classificam-se, de acordo com sua gravidade, em quatro categorias, para as quais são computados os seguintes pontos:

· Infração de natureza gravíssima, ___ pontos;
· Infração de natureza grave, ___ pontos;
· Infração de natureza média, ___ pontos;
· Infração de natureza leve, ___ pontos.

A alternativa que apresenta a sequência CORRETA, de cima para baixo, é:

  • A 6, 5, 4, 2;
  • B 7, 5, 4, 3;
  • C 7, 4, 3, 2;
  • D 6, 4, 3, 1.
3

Quanto aos pedestres e condutores de veículos não motorizados, pode-se afirmar:

  • A Nas áreas urbanas, não havendo passeio ou quando houver impossibilidade de utilizá-los, a circulação de pedestres sempre será feita pelos bordos da pista.
  • B Nas áreas rurais, não havendo acostamento ou quando não for possível utilizá-lo, a circulação de pedestre sempre ocorrerá em fila única e em sentido contrário ao deslocamento de veículos.
  • C Onde não houver faixa ou passagem, o cruzamento da via pelo pedestre poderá ser feito em qualquer sentido relativamente ao seu eixo.
  • D Em nenhuma situação, o ciclista será equiparado ao pedestre, em direitos e deveres, no que tange à aplicação do Código de Trânsito Brasileiro.
  • E Ao cruzar a pista de rolamento, o pedestre utilizará sempre as faixas ou passagens a ele destinadas, sempre que elas existirem numa distância de até cinquenta metros dele e levará em conta a visibilidade, a distância e a velocidade dos veículos, para fazê-lo.
4

Fátima, estudante universitária, mora a 15 km da Instituição de Ensino Superior que frequenta diariamente. Para reduzir custos e maximizar seu tempo, a estudante deseja obter a sua Carteira Nacional de Habilitação para assim conduzir seu veículo. Para isso, precisará observar os seguintes requisitos:

  • A ser portadora de título de eleitor e detentora de Carteira de Identidade;
  • B saber ler e escrever;
  • C ser portadora de título de eleitor;
  • D apresentar sua matrícula na Instituição de Ensino;
  • E ser penalmente imputável, possuir Carteira de Identidade ou documento equivalente e saber ler e escrever.
5

São consideradasmedidas administrativas:

  • A multa e retenção do veículo
  • B advertência por escrito e remoção do veículo.
  • C transbordo de excesso de carga e recolhimento de Carteira Nacional de Habilitação.
  • D cassação da Carteira Nacional de Habilitação e recolhimento do Certificado de Registro.
  • E realização de teste de dosagem de alcoolemia e frequência obrigatória emcurso de reciclagem.
6

Segundo o Art. 95 e § 2º da Lei nº 9.503/1997, nenhuma obra ou evento que possa perturbar ou interromper a livre circulação de veículos e pedestres, ou colocar em risco sua segurança, será iniciada sem permissão prévia do órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via. Estabelece ainda que salvo em casos de emergência, a autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via avisará a comunidade, por intermédio dos meios de comunicação social, de qualquer interdição da via, indicando-se os caminhos alternativos a serem utilizados com antecedência de:

  • A quarenta e oito horas
  • B doze horas
  • C vinte e quatro horas
  • D oito horas
7

Os condutores de motocicletas, motonetas e ciclomotores só poderão circular nas vias

I. utilizando capacete de segurança, com viseira ou óculos protetores.

II. segurando o guidom com as duas mãos.

III. usando vestuário de proteção, de acordo com as especificações do CONTRAN.

Está correto o que consta em

  • A II, apenas.
  • B I, II e III.
  • C I, apenas.
  • D II e III, apenas.
  • E I e III, apenas.
8

Analise as seguintes afirmações relacionadas à sinalização vertical de regulamentação.

I- A regra geral de posicionamento das placas de sinalização consiste em colocá-las no lado direito da via no sentido do fluxo de tráfego que devem regulamentar, exceto nos casos previstos no Manual.

II- As placas suspensas podem ser utilizadas, conforme estudos de engenharia de tráfego, para controle de uso de faixa de trânsito, dentre outras situações.

III- As placas suspensas podem ser utilizadas, conforme estudos de engenharia de tráfego, para interseção complexa, dentre outras situações.

IV- As placas suspensas podem ser utilizadas, conforme estudos de engenharia de tráfego, em casos de distância de visibilidade restrita, dentre outras situações.

V- As placas suspensas podem ser utilizadas, conforme estudos de engenharia de tráfego, em casos de grande percentagem de ônibus e caminhões na composição do tráfego, dentre outras situações.

Estão CORRETAS:

  • A I, II, III e IV apenas;
  • B I, III e IV apenas;
  • C I, II, III, IV e V;
  • D II, III, IV e V apenas.
9

Rodrigo, com três anos de idade, tem consulta médica agendada. Seus pais, porém, têm compromisso e pediram a Rosana para levá-lo. Rosana, vizinha que possui veículo com 5 (cinco) lugares, aceitou prontamente a tarefa. Colocou Rodrigo no banco da frente, imaginando que assim seria mais fácil ampará-lo. No percurso, Rosana é parada por autoridade municipal. No caso, Rosana deverá ser:

  • A multada, por cometer infração gravíssima, e o seu veículo deverá ser retido até que a irregularidade seja sanada
  • B multada, por cometer infração média;
  • C multada, por cometer infração grave;
  • D multada, por cometer infração gravíssima, e escoltada até sua residência;
  • E advertida verbalmente
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De acordo com o CTB, o condutor utilizará o pisca-alerta quando a regulamentação da via assim o determinar e:

  • A em imobilizações ou situações de emergência.
  • B como indicação de que está seguindo outro veículo.
  • C como indicação de que efetuará ultrapassagem.
  • D em necessidade de chamar a atenção de pedestres.
  • E em condições de neblina e mau tempo.

Noções de Informática

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No Microsoft Word, qual a combinação de teclas que desloca o cursor para o final do documento em uso (considere que seu documento já tem mais de uma página digitada, e que o cursor atualmente se encontra no início do documento).

  • A Teclas CTRL e HOME.
  • B Teclas SHIFT e END.
  • C Teclas ALT e END.
  • D Teclas CTRL e END.
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O armazenamento de dados em computadores é baseado em tecnologias de memória que permitem registrar e reter dados em formato digital. Quais são as características típicas de memórias de computadores?

  • A A memória primária tem maior capacidade de armazenamento do que a memória secundária.
  • B A memória secundária é volátil, ou seja, seu conteúdo é perdido quando a fonte de energia do computador é desligada.
  • C O acesso para escrita de dados é mais rápido na memória secundária do que na memória primária.
  • D A memória primária pode ser endereçada diretamente pela Unidade Central de Processamento (UCP) do computador.
13

Em uma rede padrão TCP/IP existem diversos tipos de servidores. O servidor que traduz os nomes de domínios/sites para endereços de IP, ou vice-versa, é chamado de:

  • A Servidor WEB.
  • B Servidor FTP.
  • C Servidor DNS.
  • D Servidor SMTP.
  • E Servidor PROXY.
14

A tecla de atalho para abrir a caixa de diálogo “Fonte" para alterar a formatação de caracteres no Microsoft Word, versão português do Office 2010, é

  • A Ctrl+D.
  • B Ctrl+I.
  • C Ctrl+N.
  • D Ctrl+S.
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“Um usuário utiliza o Sistema Operacional Microsoft Windows 8.1 (configuração padrão) para realizar as suas atividades diárias.” O procedimento para ocultar todos os ícones da área de trabalho do computador é clicar com o botão direito em uma área em branco da área de trabalho, apontar o cursor do mouse para 
  • A Exibir e, em seguida, marcar a opção Ocultar ícones da área de trabalho.
  • B Exibir e, em seguida, desmarcar a opção Mostrar ícones da área de trabalho.
  • C Configurações e, em seguida, marcar a opção Esconder ícones da área de trabalho.
  • D Configurações e, em seguida, desmarcar a opção Mostrar ícones da área de trabalho.
16

Um usuário de um computador copiou uma foto de um site (servidor web) para seu computador. O processo feito por esse usuário foi:

  • A Upload.
  • B Compactação de arquivo.
  • C Phishing.
  • D Backup.
  • E Download.
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Quanto ao conceito e organização de arquivos, analise as afirmativas abaixo, dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F) e assinale a alternativa que apresenta a sequência correta (de cima para baixo):

( ) Pode-se ter um diretório que não contenha nenhum arquivo em seu conteúdo.

( ) Uma pasta de arquivos sempre deverá estar contida dentro de um diretório.

( ) Toda a estrutura de arquivos e diretórios pode ser considerada análoga a uma árvore.

  • A V - V - V
  • B V - F - V
  • C V - V - F
  • D F - V - V
  • E F - F - F
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Para criar o atalho de um arquivo localizado na pasta Minhas Imagens na Área de Trabalho deve-se
  • A localizar o arquivo / clicar com o botão direito / criar atalho.
  • B localizar o arquivo / clicar com o botão esquerdo / criar atalho
  • C dar duplo clique sobre o arquivo / enviar para / área de trabalho (criar atalho).
  • D localizar o arquivo / clicar com o botão direito / enviar para / área de trabalho (criar atalho).
  • E localizar o arquivo / clicar com o botão esquerdo / enviar para / área de trabalho (criar atalho).
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Uma pessoa criou um arquivo com o MS Word e o salvou em uma pasta do sistema de arquivos de uma instalação padrão do Microsoft Windows 7 em português. Posteriormente, essa pessoa posicionou o mouse sobre esse arquivo, fez um clique com o botão direito e selecionou a opção propriedades, fazendo com que uma janela contendo as propriedades desse arquivo fosse aberta, como mostra a Figura a seguir.


Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas


Após a janela ter sido aberta, o usuário marcou a opção Somente leitura. A escolha dessa opção


  • A fará com que o arquivo só possa ser aberto mediante o fornecimento de uma senha.
  • B fará com que o arquivo só possa ser alterado mediante o fornecimento de uma senha.
  • C não impedirá que o arquivo seja enviado para a lixeira (deletado).
  • D não permitirá que o arquivo seja anexado a um e-mail.
  • E impedirá que o arquivo seja movido para outra pasta do sistema de arquivos.

Português

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O relógio das culturas

Atrase uma hora no Brasil e ninguém nem irá se importar muito. Mas, na Suíça, deixe alguém esperando mais que cinco ou dez minutos e terá muito a explicar. Em algumas culturas, o tempo é elástico, em outras, monolítico. De fato, o modo como membros de uma cultura percebem e usam o tempo reflete as prioridades da sociedade e até sua visão do mundo.

Cientistas sociais registraram grande diferença no ritmo de vida em vários países e em como as sociedades percebem o tempo: se como uma flecha penetrando o futuro ou como uma roda em movimento, onde passado, presente e futuro giram sem parar. Algumas culturas combinam tempo e espaço: o conceito dos aborígenes australianos do “tempo de sonhos” abrange não só o mito da criação, mas também o método de se localizar no campo. Mas algumas visões de tempo interessantes, como o conceito de ser aceitável uma pessoa poderosa manter alguém de status inferior esperando, _________ desconhecer diferenças culturais. Elas são universais.

O estudo de tempo e sociedade ___________ em pragmático e cosmológico. Do ponto de vista prático, nos anos 50, o antropólogo Edward T. Hall escreveu que as regras de tempo social compõem uma “linguagem silenciosa” para determinada cultura. As regras nem sempre são explícitas, analisou ele, mas “subentendidas... Ou são cômodas e familiares, ou erradas e estranhas”.

Em 1955, ele descreveu na Scientific American como percepções diferentes de tempo podem levar a mal-entendidos entre pessoas de culturas diversas. “Um embaixador que espera um visitante estrangeiro mais que meia hora deve entender que se este último ‘mal murmura uma desculpa’ isto não é necessariamente um insulto”, exemplifica. “O sistema de tempo no país estrangeiro pode ser composto de unidades básicas diferentes, então o visitante não está tão atrasado quanto parece. Deve-se conhecer o sistema de tempo do país, para saber a partir de que ponto as desculpas são realmente necessárias... Culturas diferentes atribuem valores diversos para as unidades de tempo.”

A maioria das culturas do mundo agora usa relógios e calendários, unindo a maior parte do globo no mesmo ritmo geral de tempo. Mas isso não significa que todos acertem o mesmo passo. Algumas pessoas se estressam com o ritmo da vida moderna e ___ combatem com o movimento “slow food” enquanto em outras sociedades as pessoas sentem pouca pressão no gerenciamento do tempo.

“Uma das curiosidades do estudo de tempo está no fato de ele ser uma janela para a cultura”, avalia Robert V. Levine, psicólogo social na California State University, em Fresno. “É possível obter respostas sobre valores e crenças culturais: uma boa ideia do que importa para as pessoas.”

Levine e seus colegas fizeram novos estudos do “ritmo de vida” em 31 países. Em A geography of time, publicado pela primeira vez em 1997, Levine descreve a classificação dos países usando três medidas: velocidade para andar nas calçadas urbanas, rapidez de um funcionário do correio em vender um simples selo e a precisão dos relógios públicos. Baseado nessas curiosas variáveis ele concluiu que os cinco países mais rápidos são Suíça, Irlanda, Alemanha, Japão e Itália e os cinco mais lentos, Síria, El Salvador, Brasil, Indonésia e México. Os Estados Unidos ocupam o 16º lugar, próximo ao mediano.

A natureza obscura do tempo pode dificultar a tarefa dos antropólogos e psicólogos sociais. “Não se pode simplesmente chegar numa sociedade, se aproximar de alguém e perguntar: ‘Qual é a sua noção de tempo?’”, adverte Kevin K. Birth, antropólogo no Queens College. “As pessoas não terão resposta. Então, tente outros meios para descobrir isso.”

A forma de lidar com o tempo no cotidiano não está relacionada ao conceito de tempo como entidade abstrata. “Muitas vezes há uma separação entre como uma cultura encara a mitologia do tempo e como as pessoas pensam a respeito do tempo em suas vidas,” relata Birth. “Não pensamos sobre as teorias de Stephen Hawking do mesmo modo que sobre a rotina diária.” [...]

Ziauddin Sardar, autor e crítico britânico muçulmano, escreveu sobre o tempo e culturas islâmicas, especialmente a seita fundamentalista wahhabista. Os muçulmanos “sempre carregam o passado consigo”, afirma Sardar, editor da revista Futures e professor convidado de estudos pós-coloniais da City University, em Londres. “No Islã o tempo é uma tapeçaria que _________ o passado, o presente e o futuro. O passado é sempre presente.”

Sardar afirma que o Ocidente colonizou o tempo ao divulgar a expectativa de que a vida deveria se tornar melhor conforme o tempo passa: “Ao colonizar o tempo, se coloniza o futuro. Acreditando-se que o tempo é uma flecha, então o futuro seria o progresso, seguindo uma direção. Mas pessoas diferentes podem desejar futuros diferentes.”

Analise as afirmações que são feitas sobre o texto.
I. Há duas formas de perceber o tempo: de maneira contínua, visando sempre e somente o futuro; ou de maneira direta, em que passado, presente e futuro se relacionam.
II. Muitas das conceituações elaboradas sobre o tempo são universais; independente da cultura, por exemplo, todos sabem que não se deve deixar qualquer outra pessoa esperando.
III. No dia a dia, os seres humanos lidam com o tempo de uma mesma maneira, independente de ser sobre atos cotidianos ou sobre teorias de tempo.
Quais estão incorretas?

  • A Apenas I.
  • B Apenas II.
  • C Apenas III.
  • D Apenas I e III.
  • E I, II e III.
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                              HÁBITOS SAUDÁVEIS E QUALIDADE DE VIDA


Para um indivíduo ter uma boa qualidade de vida, é fundamental a busca de hábitos saudáveis. Esses, não devem ser feitos esporadicamente, mas sim com frequência (para toda vida). A adoção desses hábitos saudáveis tem por objetivos a manutenção da saúde física e psicológica, aumentando a qualidade de vida.


                                PRINCIPAIS HÁBITOS SAUDÁVEIS:


- Alimentação balanceada, nutritiva e de acordo com as necessidades de cada organismo;


- Prática regular de atividades físicas; - Atividades ao ar livre e contato com a natureza;


- Não ter vícios (álcool, cigarro e outras drogas);


- Buscar se envolver em atividades sociais prazerosas e construtivas;


- Controlar e, na medida do possível, evitar o estresse;


- Valorizar a convivência social positiva;


- Estimular o cérebro com atividades intelectuais (leitura, teatro etc.);


- Buscar ajuda de profissionais da saúde quando apresentar doenças ou problemas psicológicos.


                                                                                     http://www.todabiologia.com/saude/habitos_saudaveis.htm 

Assinale a alternativa que contém a adequada justificativa para a acentuação dos vocábulos “vícios” e “convivência”, presentes no texto.

  • A Paroxítonas terminadas em ditongo devem ser acentuadas.
  • B Oxítonas terminadas em O(s) e oxítonas terminada em A devem ser acentuadas.
  • C Proparoxítonas devem ser acentuadas.
  • D Paroxítonas iniciadas por V e paroxítonas iniciadas por C devem ser acentuadas.
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O texto adiante é uma adaptação da matéria ,“Educação de Jovens e Adultos resgata oportunidades para acrianos” publicada originalmente, em 03 de julho de 2014, por Astorige Carneiro, no portal eletrônico da Agência de notícias do Governo do Acre. Leia-o, atentamente, e responda às questões propostas a seguir.
Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

Para alguns, existem mais obstáculos na vida do que para outros. Esse fato também inclui a área da educação. Muitas são as histórias de pessoas que, por diversas razões, abandonam a sala de aula e perdem os anos escolares - ou, pior ainda, não chegam a concluir o processo de alfabetização.


Com essas pessoas em mente, e com o objetivo de garantir a plena efetivação do direito constitucional à educação, o governo do Estado, por meio da Secretaria de Educação e Esporte (SEE), trabalha há 15 anos com o sistema da Educação de Jovens e Adultos (EJA).

O público-alvo da modalidade são os jovens - com idade a partir de 15 anos e ingresso na Alfabetização e Ensino Fundamental - e adultos, com idade a partir de 18 anos, para conclusão do Ensino Médio. O sistema realiza atendimento em escolas públicas das redes estadual e municipal, unidades prisionais, centros socioeducativos e em espaços alternativos que beneficiem as comunidades.

A responsável pela coordenação de EJA da SEE, destaca que, de 1999 (ano de início) a 2013, mais de 400 mil matrículas foram efetuadas, exemplificando o desejo que as pessoas têm de buscar o crescimento pessoal e acadêmico.

O titular da Secretaria de Estado de Educação e Esporte do Acre afirma que é preciso colaborar e incentivar para que ninguém desista dos seus estudos. “A formação acadêmica colabora não apenas para o aumento das chances profissionais, mas resgata a autoestima das pessoas”

“Para alguns, existem mais obstáculos na vida do que para outros.”

Nesse trecho há uma relação comparativa de:

  • A superioridade
  • B inferioridade.
  • C igualdade.
  • D equidade.
  • E competitividade.
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TEXTO 1 - História Dos Medicamentos Genéricos No Brasil


O programa de medicamentos genéricos, criado no Brasil em 1999 com a promulgação da Lei 9787, se deu três anos após o país voltar a respeitar o direito de patentes, em 1996. Após apenas 4 anos da criação dessa lei, os genéricos já se encontravam disponíveis em mais de 4 mil apresentações, abrangendo as principais classes terapêuticas, atendendo a mais de 60% das necessidades de prescrições médicas.
Atualmente temos mais de 21 mil apresentações, sendo possível tratar, com medicamentos genéricos, a maioria das doenças conhecidas.
Absolutamente seguros e eficazes, além de mais baratos que os chamados medicamentos inovadores, os genéricos, ao longo destes anos, trouxeram uma nova realidade para os consumidores do país, principalmente no que diz respeito à qualidade. (Associação Brasileira de Genéricos)

“O programa de medicamentos genéricos (1), criado no Brasil em 1999 com a promulgação da Lei 9787 (2), se deu três anos após o país voltar a respeitar o direito de patentes, em 1996. Após apenas 4 anos da criação dessa lei (3), os genéricos já se encontravam disponíveis em mais de 4 mil apresentações, abrangendo as principais classes terapêuticas, atendendo a mais de 60% das necessidades de prescrições médicas (4)."
Considerando os termos sublinhados e numerados, são complementos dos termos anteriores:

  • A (1) e (2);
  • B (1), (3) e (4);
  • C (2), (3) e (4);
  • D (1) e (3);
  • E (1), (2) e (3).
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O recado dos ninjas

O nome parece uma piada, ou melhor, é uma piada. “Mídia Ninja” soa como nome de filme cômico. Lembra na hora a saga das Tartarugas ninjas, o pastelão que misturava pizza, kung fu e efeitos especiais de segunda - e que, assim mesmo, virou mania. Que existe uma ironia escancarada na coisa toda, disso não há nenhuma dúvida.

No Facebook, o símbolo da Mídia Ninja não tem tartarugas. Não parece gozação. O que vemos ali é a imagem em preto e branco de um rosto mascarado. Na figura em close, em alto contraste, só identificamos os olhos amendoados. Podem ser olhos orientais ou, quem sabe, olhos palestinos. Têm um toque feminino, mas isso não é certo. Talvez sejam apenas adolescentes. O modo como o tecido escuro cobre aquela face lembra a indumentária daqueles acrobatas de filmes de artes marciais que decepam cabeças com espadas uivantes. Ou talvez seja inspirado na figura de um garoto da intifada. Ou, ainda, num presidiário brasileiro amotinado, que esconde sua fisionomia por trás da camiseta enrolada na cabeça. O símbolo da Mídia Ninja, enfim, não nos conta uma anedota. Em vez disso, representa uma figura limítrofe entre a lei e a insurreição, entre a luz e a sombra, entre a candura e a violência, como a nos avisar que a Mídia Ninja opera na fronteira: pode ser um trocadilho de jovens jornalistas brincalhões ou uma maldição contra a imprensa que se permitiu envelhecer.

Podemos saber, desde já, é que esse grupo que sai por aí fazendo reportagens com celulares ocupou um espaço que a imprensa profissional ainda não tinha alcançado. Seus integrantes vivem nas passeatas que viraram rotina nas cidades brasileiras a partir de junho. Normalmente, as imagens e as histórias contadas por esse exército digital ia ao ar nas redes sociais. A partir de julho, conquistaram ruidosamente o horário nobre. Entraram com grande pompa no Jornal Nacional, com crédito e tudo. Algumas imagens dos protestos - e das prisões efetuadas desastradamente pelos policiais - só os ninjas tinham. Para mostrar o que tinha acontecido, o Jornal Nacional recorreu a eles.

Esse episódio não tem nada de banal. Prestemos atenção ao detalhe: os militantes da Mídia Ninja trafegam à vontade por aglomerações a que os repórteres engravatados dos grandes noticiários não são bem-vindos. Têm acesso a cenas que ficam além do alcance das câmeras das grandes emissoras. É por isso que, quando se trata de mostrar ao telespectador o que se passou numa manifestação - e essas manifestações têm sido as principais notícias do dia -, os telejornais precisam contar com o prestimoso auxílio das lentes ninjas. Não nos esqueçamos: os ninjas operam na fronteira entre a ordem pacata das ruas e a sublevação, entre a luz dos holofotes da TV e a sombra. Nessa fronteira, eclodem hoje notícias essenciais e, sem os ninjas, o país não veria nada disso.

São notícias que perturbam. Em julho, elas revelaram abusos de agentes policiais. Ao mesmo tempo, são notícias boas. Por todos os motivos, o cidadão tem o direito de saber da conduta indevida dos agentes da lei. Portanto, é ótimo que os ninjas nos ajudem a nos informar.

Mas isso não é tudo. A Mídia Ninja não substitui a imprensa profissional, nem se deve esperar isso dela. Seus integrantes não constituem uma redação independente, mas um agrupamento engajado nos protestos. Eles não são observadores distanciados da cena que reportam. Em lugar disso, atuam dentro da cena, são parte dela. Eles mesmos não escondem isso. No vocabulário deles, a palavra ninja não é apenas uma brincadeira com tartarugas que desferem pernadas por aí, mas um acrônimo que significa “narrativas independentes, jornalismo e ação”. Nessa breve expressão, temos um manifesto bem claro. Os ninjas fazem jornalismo engajado, comprometido com a ação. Não escondem isso de ninguém. Declaram seu engajamento e, assim, protegem a própria credibilidade. Mesmo sem concordar com eles, podemos confiar neles, pois não ocultam os próprios propósitos.

Nesse ponto, os ninjas deixam um recado bem claro aos jornalistas profissionais e às redações que prometem ser independentes: as motivações de cada órgão de imprensa devem ser total e radicalmente transparentes. O jornalismo brasileiro será melhor se, ao contrário dos ninjas, souber se distanciar criticamente dos fatos que cobre - e se, exatamente como os ninjas, for capaz de explicitar com todas as letras os compromissos que tem. Se cuidasse disso, talvez tivesse mais trânsito nas fronteiras.

O significado da palavra destacada foi traduzido CORRETAMENTE em

  • A “Lembra na hora a saga das Tartarugas ninjas, o pastelão que misturava pizza, kung fu e efeitos especiais de segunda – e que, assim mesmo, virou mania”. COMÉDIA.
  • B “Em vez disso, representa uma figura limítrofe entre a lei e a insurreição, entre a luz e a sombra, entre a candura e a violência” [...]. INOCÊNCIA.
  • C “Entraram com grande pompa no Jornal Nacional, com crédito e tudo.” ESPONTANEIDADE.
  • D “[...] e essas manifestações têm sido as principais notícias do dia –, os telejornais precisam contar com o prestimoso auxílio das lentes ninjas.” OBRIGATÓRIO.
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Ler devia ser proibido
(Guiomar de Gramont*)
A pensar a fundo na questão, eu diria que ler devia ser proibido. Afinal de contas, ler faz muito mal às pessoas: acorda os homens para realidades impossíveis, tornando-os incapazes de suportar o mundo insosso e ordinário em que vivem. A leitura induz à loucura, desloca o homem do humilde lugar que lhe fora destinado no corpo social. Não me deixam mentir os exemplos de Don Quixote e Madame Bovary. O primeiro, coitado, de tanto ler aventuras de cavalheiros que jamais existiram, meteu-se pelo mundo afora, a crer-se capaz de reformar o mundo, quilha de ossos que mal sustinha a si e ao pobre Rocinante. Quanto à pobre Emma Bovary, tornou-se esposa inútil para fofocas e bordados, perdendo-se em delírios sobre bailes e amores cortesãos.
Ler realmente não faz bem. A criança que lê pode se tornar um adulto perigoso, inconformado com os problemas do mundo, induzido a crer que tudo pode ser de outra forma. Afinal de contas, a leitura desenvolve um poder incontrolável. Liberta o homem excessivamente. Sem a leitura, ele morreria feliz, ignorante dos grilhões que o encerram. Sem a leitura, ainda, estaria mais afeito à realidade quotidiana, se dedicaria ao trabalho com afinco, sem procurar enriquecê-lo com cabriolas da imaginação.
Sem ler, o homem jamais saberia a extensão do prazer. Não experimentaria nunca o sumo Bem de Aristóteles: o conhecer. Mas para que conhecer se, na maior parte dos casos, o que necessita é apenas executar ordens? Se o que deve, enfim, é fazer o que dele esperam e nada mais?
Ler pode provocar o inesperado. Pode fazer com que o homem crie atalhos para caminhos que devem necessariamente ser longos. Ler pode gerar a invenção. Pode estimular a imaginação de forma a levar o ser humano além do que lhe é devido.
Além disso, os livros estimulam o sonho, a imaginação, a fantasia. Nos transportam a paraísos misteriosos, nos fazem enxergar unicórnios azuis e palácios de cristal. Nos fazem acreditar que a vida é mais do que um punhado de pó em movimento. Que há algo a descobrir. Há horizontes para além das montanhas, há estrelas por trás das nuvens. Estrelas jamais percebidas.
É preciso desconfiar desse pendor para o absurdo que nos impede de aceitar nossas realidades cruas.
Não, não deem mais livros às escolas. Pais, não leiam para os seus filhos, podem levá-los a desenvolver esse gosto pela aventura e pela descoberta que fez do homem um animal diferente. Antes estivesse ainda a passear de quatro patas, sem noção de progresso e civilização, mas tampouco sem conhecer guerras, destruição, violência. Professores, não contem histórias, podem estimular uma curiosidade indesejável em seres que a vida destinou para a repetição e para o trabalho duro.
Ler pode ser um problema, pode gerar seres humanos conscientes demais dos seus direitos políticos, em um mundo administrado, onde ser livre não passa de uma ficção sem nenhuma verossimilhança. Seria impossível controlar e organizar a sociedade se todos os seres humanos soubessem o que desejam. Se todos se pusessem a articular bem suas demandas, a fincar sua posição no mundo, a fazer dos discursos os instrumentos de conquista de sua liberdade.
O mundo já vai por um bom caminho. Cada vez mais as pessoas leem por razões utilitárias: para compreender formulários, contratos, bulas de remédio, projetos, manuais, etc. Observem as filas, um dos pequenos cancros da civilização contemporânea. Bastaria um livro para que todos se vissem magicamente transportados para outras dimensões, menos incômodas. É esse o tapete mágico, o pó de pirlimpimpim, a máquina do tempo. Para o homem que lê, não há fronteiras, não há cortes, prisões tampouco. O que é mais subversivo do que a leitura?
É preciso compreender que ler para se enriquecer culturalmente ou para se divertir deve ser um privilégio concedido apenas a alguns, jamais àqueles que desenvolvem trabalhos práticos ou manuais. Seja em filas, em metrôs, ou no silêncio da alcova… Ler deve ser coisa rara, não para qualquer um. Afinal de contas, a leitura é um poder, e o poder é para poucos. Para obedecer, não é preciso enxergar, o silêncio é a linguagem da submissão.
Para executar ordens, a palavra é inútil.
Além disso, a leitura promove a comunicação de dores, alegrias, tantos outros sentimentos. A leitura é obscena. Expõe o íntimo, torna coletivo o individual e público, o secreto, o próprio. A leitura ameaça os indivíduos, porque os faz identificar sua história a outras histórias. Torna-os capazes de compreender e aceitar o mundo do Outro. Sim, a leitura devia ser proibida.
Ler pode tornar o homem perigosamente humano.
Publicado originalmente em A formação do leitor: pontos de vista. Org. Juan Prado e Paulo Condini, Leia Brasil, 1999.
*Escritora e professora de Filosofia no Instituto de Filosofia e Artes da UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto)
Releia o trecho: “Além disso, os livros estimulam o sonho, a imaginação, a fantasia. Nos transportam a paraísos misteriosos, nos fazem enxergar unicórnios azuis e palácios de cristal.” De acordo com a gramática normativa, o sujeito das orações destacadas pode ser classificado como:
  • A Indeterminado.
  • B Expresso.
  • C Composto.
  • D Paciente.
  • E Oculto.
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TEXTO 2
Este é um fragmento do artigo “Foucault, as Palavras e as Coisas”, de Fran Alvina, publicado em setembro último, no blog OUTRAS PALAVRAS. Leia-o, atentamente, e responda às questões propostas a seguir.
“Assim, quando em uma Democracia, as palavras e seus sentidos — que são um bem comum, cotidiano e simbólico de todos, posto que pertencem ao povo, que age delimitando e estabelecendo novos sentidos — são forçadas a mudar pelo arbítrio de um, ou de um grupo particular, sabemos que há algo fora da normalidade democrática. Usurpações de poder nunca se restringem apenas à esfera institucional mais imediata. Se o poder se faz pelo discurso, de modo que o próprio discurso é um elemento de poder, o discurso é o poder que se faz não apenas sobre os falantes, mas também se exerce sobre o próprio discurso, isto é, se exerce também sobre as palavras e os termos, que são a unidade mínima de todo discurso. O comando discursivo é a voz do poder; e o silêncio, o signo da obediência: consentida ou imposta.”
Fran Alavina.
http://outraspalavras.net/brasil/foucault-as-palavras-e-as-coisas/
Conforme a autora, há algo fora da normalidade democrática quando:
  • A o povo age, delimitando e estabelecendo novos sentidos para as palavras.
  • B o cotidiano e o simbólico deixam de ser um bem comum.
  • C ocorre uma imposição que modifica as palavras e seus significados.
  • D novos sentidos simbólicos são forçados a mudar.
  • E a esfera institucional mais imediata não restringe o poder.
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Brinquedos de meninos

Existem fortes evidências a sugerir que as preferências de meninos e meninas por brinquedos específicos para cada gênero envolvem mais do que preconceitos, estereótipos e a irresponsabilidade social de fabricantes. Ao que tudo indica, existe uma base biológica para as distintas predileções.

Para começar, brincadeiras típicas de machos e fêmeas não são uma exclusividade humana. Em 2010, o primatologista Richard Wrangham, de Harvard, ganhou manchetes ao publicar um estudo descrevendo como fêmeas jovens de chimpanzés brincavam com pedaços de pau como se fossem bonecas. Elas chegavam a construir ninhos na floresta para acomodar os gravetos à noite. Machos da mesma idade por vezes topavam brincar de casinha com elas, mas o uso preferencial que davam aos galhos era o de armas simuladas.

Aparentemente, os níveis de exposição do feto a hormônios respondem ao menos em parte pela predisposição. Em 2009, Bonnie Auyeung e colaboradores mostraram que meninas que estiveram expostas a mais testosterona durante a gravidez tendiam na infância a engajar-se mais em brincadeiras típicas de garotos. No caso de animais não humanos, cientistas foram capazes de mudar o comportamento de jovens manipulando os hormônios fetais.

Estudos com mamíferos revelam que fêmeas preferem cores mais quentes como vermelho e rosa. Em machos não há uma predileção clara. No caso de humanos, esse padrão aparece mesmo quando lidamos com culturas bem distintas, como norte-americanos e chineses.

A biologia talvez não explique todas as diferenças, mas revela que não somos uma tábula rasa de gênero.

(Disponível em: www1.folha.uol.com.br/colunas/ helioschwartsman/2013/05/1286513-brinquedos-de-meninos.shtml. Acesso em: 29.05.2013. Adaptado)

No trecho – Ao que tudo indica, existe uma base biológica para as distintas predileções. –, a palavra em destaque pode ser substituída, sem alteração do sentido do texto, por:

  • A conclusões
  • B determinações
  • C propensões
  • D decisões
  • E padronizações
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Não éramos cordiais?

A morte do cinegrafista Santiago Andrade não configura um atentado à liberdade de imprensa, ao contrário do que tantos apregoam.
É muito pior que isso: é um atentado ao convívio civilizado entre brasileiros, um degrau a mais na escalada impressionante de violência que está empurrando o país para um teor ainda mais exacerbado de barbárie.
O incidente com o cinegrafista é parte de uma coreografia de violência crescente que se dá por onde quer que se olhe.
Nunca se matou com tanta facilidade em assaltos. Nunca se apertou o gatilho com tanta facilidade. É até curioso que as estatísticas policiais no Estado de São Paulo apontem uma redução no número de homicídios dolosos, como se fosse um avanço, quando aumenta o número de vítimas de latrocínio, que não passa de homicídio precedido de roubo.
De fato, em 2013, o número de latrocínios (379) foi o mais alto em nove anos, com aumento de 10% em relação aos 344 casos do ano anterior.
Mas a violência não é um fenômeno restrito à criminalidade. A polícia age muitas vezes com uma violência desproporcional.
A vida nas cidades e, cada vez mais, no interior, é de uma violência inacreditável. O trânsito é uma violência contra a mente humana. O transporte público violenta dia após dia. Não é um atentado aos direitos humanos perder às vezes três horas entre ir e voltar do trabalho?
A saúde é uma violência contra o usuário. A educação violenta, pela sua baixa qualidade, o natural anseio de ascensão social.
A existência de moradias em zonas de risco é outra violência.
A contaminação do ar mata ou fere de maneira invisível os habitantes das cidades em que o nível de poluição supera o mínimo tolerável.
Não adianta, agora, culpar o governo do PT ou a suposta herança maldita legada pelo PSDB, ou os crimes praticados pela ditadura militar ou a turbulência que precedeu o golpe de 1964. O país foi sendo construído de maneira torta, irresponsável, sem o mais leve sinal de planejamento, de preparação para o futuro.
Acumularam-se violências em todas as áreas de vida. A explosão no consumo de drogas exacerbou, por sua vez, a violência da criminalidade comum. Não há “coitadinhos” nessa história. Há delinquentes e vítimas e há a incompetência do poder público.
É como escreveu, para Carta Capital, esse impecável humanista chamado Luiz Gonzaga Belluzzo:
“O descumprimento do dever de punir pelo ente público termina por solapar a solidariedade que cimenta a vida civilizada, lançando a sociedade no desamparo e na violência sem quartel”.
Antes que o desamparo e a violência sem quartel se tornem completamente descontrolados, seria desejável o surgimento de lideranças capazes de pensar na coisa pública, em vez de se dedicarem a seus interesses pessoais, mesmo os legítimos.
Alguém precisa aparecer com um projeto de país, em vez de projetos de poder. Não é por acaso que 60% dos brasileiros querem mudanças, ainda que não as definam claramente. A encruzilhada agora é entre ideias e rojões.
(Clovis Rossi, Folha de São Paulo, 13/02/2014)

Assinale a opção em que a correspondência entre forma nominal e forma verbal está incorreta.

  • A “atentado à liberdade de imprensa” / atentar contra a liberdade de imprensa
  • B “o descumprimento do dever” / descumprir um dever
  • C “redução no número de homicídios” / reduzir o número de homicídios
  • D “anseio de ascensão social” / ansear por ascensão social
  • E “preparação para o futuro” / preparar para o futuro
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Texto: Fome de justiça

[...]
Fui ao presídio feminino Nelson Hungria, convidado para dar uma pequena palestra sobre o livro e a liberdade. Uma biblioteca breve e bem escolhida foi a primeira surpresa, além das cores com que as alunas pintaram a escola da unidade. Depois, todos aqueles olhos, atravessados por uma fome de mudança, rostos variados, tantos, boa parte dos quais cheios de comoção. Olhos em que brilha a obstinada luz do “ainda-não”, que as faz seguir em frente, com a geografia particular de seus afetos. Chamam-se Marisa, Teresa, Maria. Mas que importam os nomes? Não quiseram saber de meu passado e eu tampouco me interessei pelo passado daquelas senhoras. Como disse Agostinho, o passado deixou de ser e o futuro não veio. Portanto, só há presente. E estávamos ali convocados pela duríssima beleza do agora.
Lembrei a todas que sonhamos de olhos abertos, sobretudo de olhos abertos, como disse Ernst Bloch, e que o presente só faz sentido através da construção que se faça da matéria viscosa dos sonhos, do tempo que virá por antecipação. Disse-lhes que eram noivas de um belo e atraente senhor, a quem deveriam fazer a corte e conquistar com arrebatada decisão: o futuro. E tentamos avançar nessa direção.
As perguntas nos aproximaram, quebrando um mundo aparentemente dividido, nas malhas processuais ou nas franjas do Código Penal. Somos a mesma porção de humanidade, regidos pela poética do encontro e da boa vontade. Eu indagava silencioso se a Justiça terá olhos suficientes para alcançar essas moças e senhoras, que ainda me emocionam de tal modo que até o momento não sei definir o que vivi. Mas será mesmo preciso definir o que quer que fosse nessa esfera?
Fui almoçar depois com a diretora e as agentes penitenciárias. As cozinheiras são “moradoras” que preparam os pratos com suas próprias mãos. A fome silenciosa de justiça, no silêncio e no trabalho. Penso nas minhas mãos e nas suas, leitor. Penso nas mãos dos juízes e nas de nossas mães. Porque sem compaixão não há justiça.

Marco Lucchesi, publicado em O Globo, 27/11/13 - fragmento adaptado
disponível em: http://oglobo.globo.com/opiniao/fome-de-justica-
10891521#ixzz2oNk31UbC

Considere a seguinte frase, do primeiro parágrafo, para responder à questão.

“E estávamos ali convocados pela duríssima beleza do agora.”


A palavra agora, nesse contexto, mudou de classe gramatical sem sofrer alteração na forma. Isso se denomina conversão ou derivação imprópria e também ocorre com o vocábulo destacado em:
  • A As fotos não são permitidas em alguns presídios.
  • B Vi um programa sobre a vida de presidiários na tevê.
  • C É louvável o esforço daqueles que defendem a democracia
  • D Temos o dever de cobrar justiça para todos.