Resolver o Simulado Nível Médio

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História

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“[Na Grécia Antiga,] Não havia contradição entre a democracia antiga e a escravidão.”

Marcelo Rede. Grécia antiga . São Paulo: Saraiva, 2012, p. 32. A frase justifica-se, pois

  • A os povos da Antiguidade equivocavam-se, ao não reconhecer que a democracia só é possível se houver plena igualdade social.
  • B não há qualquer relação entre as questões políticas e as questões econômicas, sociais ou étnicas.
  • C a existência de escravos proporcionava aos cidadãos atenienses tempo livre para se dedicarem à política.
  • D não é possível conciliar, na Antiguidade ou nos dias de hoje, democracia e trabalho obrigatório.
  • E o militarismo espartano era superior à democracia ateniense, pois dispensava a escravidão e todas as hierarquias sociais
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A recuperação da herança cultural africana deve levar em conta o que é próprio do processo cultural: seu movimento, pluralidade e complexidade. Não se trata, portanto, do resgate ingênuo do passado nem do seu cultivo nostálgico, mas de procurar perceber o próprio rosto cultural brasileiro. O que se quer é captar seu movimento para melhor compreendê-lo historicamente.

MINAS GERAIS Cadernos do Arquivo 1: Escravidão em Minas Gerais Belo Horizonte: Arquivo Público Mineiro, 1988



Com base no texto, a análise de manifestações culturais de origem africana, como a capoeira ou o candomblé, deve considerar que elas

  • A permanecem como reprodução dos valores e costumes africanos.
  • B perderam a relação com o seu passado histórico.
  • C derivam da interação entre valores africanos e a experiência histórica brasileira.
  • D contribuem para o distanciamento cultural entre negros e brancos no Brasil atual.
  • E demonstram a maior complexidade cultural dos africanos em relação aos europeus.
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O desenvolvimento e crescimento econômico advindos da estabilização da economia contribuíram para estabilidade governamental. O governo Médici entrou para a história como o período em que se registraram os maiores índices de desenvolvimento e crescimento econômico do país. Porém, esta fase de prosperidade da economia brasileira tinha muito mais causas externas (internacionais) do que internas. O custo social e econômico para o país foi altíssimo. A brutal concentração da renda impediu que as camadas populares melhorassem sua condição de vida. As desigualdades sociais e a pobreza aumentaram neste período.

(Renato Cancian,http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/ governo-medici-1969-1974. Acesso em 24.03.2014. Adaptado)

Os acontecimentos descritos no texto ficaram conhecidos pelo nome de

  • A doutrina da segurança nacional.
  • B milagre econômico brasileiro.
  • C política das salvações.
  • D reformas de base.
  • E plano de metas.
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Mundo lembra 70 anos do fim da Segunda Guerra Mundial


(http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2015/05/mu...
-fim-da-segunda-guerra-mundial.html)


No dia 08 de maio de 2015, ocorreram solenidades em muitos países da Europa relembrando o final da Segunda Guerra Mundial, que durou cerca de 6 anos (1939-1945). Com relação a essa Guerra Mundial, é correto afirmar que


  • A desencadeou inúmeras alianças entre países, como a Tríplice Entente, que unia França, Portugal e Espanha.
  • B foi o estopim para que ocorresse o avanço político- -econômico dos países europeus sobre novos territórios africanos.
  • C possibilitou que alguns países europeus, como a Bélgica e a Grécia, desenvolvessem indústrias bélicas.
  • D teve início com o bombardeio da base naval dos Estados Unidos, no Havaí (Pearl Harbor), por aviões japoneses.
  • E envolveu países Aliados de todos os continentes contra os países do Eixo, dentre eles, Alemanha, Itá- lia e Japão.
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“As colônias inglesas do Novo Mundo foram povoadas de maneira distinta. Em geral, os historiadores as dividem em três grandes grupos que se diferenciavam na atividade produtiva e na organização social.”

Mary Anne Junqueira. Estados Unidos, a consolidação da nação São Paulo: Contexto, 2001, p. 16.

As afirmações do texto, sobre a colonização dos Estados Unidos, são
  • A corretas, porque as colônias do Sul produziam e comercializavam prioritariamente com as regiões de colonização espanhola no Caribe, enquanto as colônias do Norte exportavam toda sua produção para a Europa e as do centro dedicavam-se à agricultura de subsistência.
  • B erradas, porque todas as colônias americanas, independentemente da metrópole que as controlasse, assemelhavam-se na composição da população e na organização socioeconômica.
  • C corretas, porque a população das colônias do Norte provinha da Inglaterra e da França, enquanto a das colônias do centro era oriunda dos países ibéricos e as colônias do Sul eram povoadas basicamente por povos nativos da região
  • D erradas, porque em todas as áreas de colonização britânica predominou a colonização de povoamento e ocupação do território, sem que houvesse diferenças significativas entre elas.
  • E corretas, porque as populações do Norte e do centro, embora de distinta formação e origem, assemelhavam-se na prática da pequena agricultura, da pesca, da pecuária e do comércio, enquanto nas colônias do Sul predominava o regime de plantation
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O período compreendido entre 1964 a 1985, depois da deposição de Jango, o Brasil entra em uma nova trajetória onde o Trabalhismo de Getúlio Vargas e a era do Nacional-Desenvolvimento de Juscelino Kubitschek fica no passado e um novo período marcante da história surge, ou seja os anos de “Chumbo”. Em relação ao período pós 1964, marque a alternativa INCORRETA:

  • A O “golpe preventivo” ocorrido no governo Getúlio Vargas teve uma consequência grave: a divisão das Forças Armadas que contribui para que os liberais e os da linha dura buscassem espaço na ditadura militar que acabou nas mãos da linha dura, que passou a controlar o país.
  • B A doutrina da Segurança Nacional foi criada após a segunda Guerra Mundial, e adotada no final do mandato do General Castelo Branco como Lei de Segurança Nacional.
  • C A Junta Militar criada em 1969 vetou um civil, o vice-presidente de Costa e Silva, a tomar posse do governo que fechou o Congresso, incorporou os Atos Institucionais à Constituição sob o título de Emenda Constitucional Número 1 e impôs um general no comando.
  • D A partir de 1974, com a ascenção do quarto General-presidente, Ernesto Geisel, a ditadura militar iniciou um processo de autodissolução controlada que ira se completar em 1985.
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Como os abolicionistas americanos previram, os problemas da escravidão não cessariam com a abolição. O racismo continuaria a acorrentar a população negra às esferas mais baixas da sociedade dos Estados Unidos. Mas se tivessem tido a oportunidade de fazer uma viagem pelo Brasil de seus sonhos – o país imaginado por tanto tempo como o lugar sem racismo – eles teriam concluído que entre o inferno e o paraíso não há uma tão grande distância afinal.

(Adaptado de Célia M. M. Azevedo, Abolicionismo: Estados Unidos e Brasil, uma história comparada (século XIX). São Paulo: Annablume, 2003, p. 205.)

Sobre o tema, é correto afirmar que:

  • A A experiência da escravidão aproxima a história dos Estados Unidos e do Brasil, mas a questão do racismo tornou-se uma pauta política apenas nos EUA da atualidade.
  • B Os abolicionistas norte-americanos tinham uma visão idealizada do Brasil, pois não identificavam o racismo como um problema em nosso país.
  • C A imagem de inferno e paraíso na questão racial também é adequada às divisões entre o sul e o norte dos EUA, pois a questão racial impactou apenas uma parte daquele país.
  • D A abolição foi uma etapa da equiparação de direitos nas sociedades norte-americana e brasileira, pois os direitos civis foram assegurados, em ambos os países, no final do século XIX.
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Identifique a afirmação correta sobre a Idade Média Ocidental.

  • A Os “mendicantes” que circulam pelas cidades e pelos campos são sempre religiosos que se dedicam à obtenção de recursos para peregrinações à Terra Santa.
  • B As pessoas que, dada sua origem, ocupam as posições sociais mais elevadas recebem o nome de “senhores”, porque as terras que possuem são designadas “senhorias”.
  • C As relações de vassalagem e de servidão ocorrem no interior da nobreza e definem a submissão hierárquica dos senhores perante os reis.
  • D São vedadas as práticas de escravidão por dívida e guerra, mas os camponeses podem ser considerados propriedade dos senhores.
  • E Os religiosos são os únicos que têm direito de receber rendas e tributos pagos pelos camponeses.

Direito Administrativo

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Assinale a alternativa que NÃO apresenta um dos princípios da licitação na administração pública.
  • A Princípio da isonomia.
  • B Princípio da impessoalidade.
  • C Princípio da sigilosidade.
  • D Princípio da probidade administrativa.
  • E Princípio da legalidade.
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A lei obriga aos Entes Públicos que realizem licitação para a contratação de serviços ou compra de mercadorias, ressalvadas as dispensas previstas. Analise as afirmativas abaixo que tratam das características a serem observadas para a realização de uma licitação: I - Nos casos em que couber convite, a Administração poderá utilizar a tomada de preços e, em qualquer caso, a concorrência. II - Poderá ser adotada licitação na modalidade convite quando se tratar de compras ou serviços que não sejam de engenharia e o valor estimado da contratação seja de até R$ 80.000,00. III - Nos casos em que ficar comprovada a inviabilidade de competição, a administração poderá realizar a contratação ou aquisição mediante dispensa de licitação. Estão corretas:
  • A Apenas as afirmativas I e II.
  • B Apenas as afirmativas I e III.
  • C Apenas as afirmativas II e III.
  • D Todas as afirmativas estão corretas.
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A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão. A pena de suspensão NÃO pode exceder o prazo de
  • A 30 dias.
  • B 60 dias.
  • C 90 dias.
  • D 120 dias.
  • E 150 dias.

Administração Pública

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Dentre os modelos de gestão na administração pública, verifica-se recentemente o fortalecimento de uma perspectiva na qual há uma configuração político-administrativa que promove não só a profissionalização dos dirigentes, mas também a sua responsabilização, num quadro de centralização e formalização do controle de gestão em que se pretende eliminar parte da discricionariedade e liberdade, excessivamente promovidos, a partir de meados da década de 1990, pelos ideais de descentralização, desregulação, descoordenação e autonomização.

A perspectiva descrita refere-se ao modelo denominado de:

  • A gerencial
  • B burocrático
  • C governança
  • D empreendedor.
  • E neoburocrático.
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“Certas formas de ação e modos de tratar a coisa pública, ainda que não impostos diretamente pela lei, passam a fazer parte dos comportamentos socialmente esperados de um bom administrador público, incorporando-se gradativam ente ao conjunto de condutas que o Direito torna exigíveis.” (MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. 4ª Edição. São Paulo: Saraiva, 2014, p. 104) ] O trecho acima se refere a um dos princípios da Administração Pública explicitamente reconhecido pela Constituição Federal em vigor. Trata, por seu conteúdo, do princípio da:

  • A legalidade.
  • B especialidade.
  • C moralidade.
  • D eficiência.
  • E publicidade.

Geografia

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Território federal é uma denominação brasileira para uma categoria específica de divisão administrativa. Os territórios federais integram diretamente a União, sem pertencerem a qualquer estado, e podem surgir da divisão de um estado ou desmembramento, dele exigindo-se aprovação popular através de plebiscito e lei complementar.

Com a extinção dos territórios federais no Brasil pela Constituição Federal de 1988, a seguinte unidade político-administrativa tornou-se estado da federação:

  • A Tocantins
  • B Amapá
  • C Rondônia
  • D Pará
  • E Pernambuco
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O clima urbano decorre do contraste entre o espaço urbano e o campo circundante, evidenciando o caráter fundamental da cidade como espaço localizado de contínua, cumulativa e acentuada derivação antrópica do ambiente.

(Adaptado de Carlos Augusto de Figueiredo Monteiro, “Por um suporte teórico e prático para estimular estudos geográficos do clima urbano no Brasil”. Geosul, Florianópolis, ano V, n. 9, 1º sem, 1990.)

Sobre o clima urbano é correto afirmar que:

  • A ele resulta da interação da paisagem natural com o espaço construído pela ação humana; a paisagem natural não é substituída pelo meio ambiente construído; nas grandes cidades as temperaturas são mais elevadas nas zonas de contato entre os espaços urbano e rural.
  • B ele resulta da interdependência entre as condições naturais e as ações humanas; a paisagem natural interage com o meio ambiente construído sem grandes alterações; nas grandes cidades as temperaturas declinam da periferia em direção ao centro.
  • C ele resulta da permanência da paisagem natural pela interferência da ação humana; a paisagem natural é substituída pelas atividades agrícolas; nas grandes cidades as temperaturas são mais elevadas nas áreas circundantes que nas áreas centrais.
  • D ele resulta da alteração da paisagem natural pela interferência da ação humana; a paisagem natural é substituída pelo meio ambiente construído; nas grandes cidades as temperaturas das áreas centrais são mais elevadas que nos campos circundantes.
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Nos levantamentos cadastrais urbanos também podemos empregar o método de posicionamento polar tradicional. A respeito deste método, a alternativa INCORRETA é:

  • A Usa um sistema de coordenadas polares.
  • B Os ângulos podem ser medidos por teodolito.
  • C As distâncias podem ser medidas por medidores eletrônicos.
  • D Este método usa apenas medições lineares a trena e balizas.
  • E Este método usa medição de ângulos e distâncias horizontais.
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Do ponto de vista do Relevo Brasileiro, assinale a alternativa que apresenta o maior Pico do Brasil.

  • A Pico 31 de Março
  • B Pico da Neblina
  • C Pico da Bandeira
  • D Pico do Cruzeiro
  • E Pico do Cristal
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Nas últimas décadas, a organização espacial do mundo vem sendo marcada pela formação dos denominados Blocos Econômicos. Da União Europeia ao Nafta, passando pelo Mercosul e a Assean, os blocos econômicos possuem diferentes tipologias, quantidade de países, bem como possuem diversos estágios de evolução. Os blocos possuem inclusive diferentes objetivos, muito embora alguns possam ser destacados como sendo comuns a todos os blocos econômicos constituídos. Das alternativas seguintes, a que indica o benefício busca do por todos os países integrantes de um bloco econômico é:

  • A melhorias no sistema de recebimento de imigrantes.
  • B facilidades na obtenção da tecnologia nuclear.
  • C investimentos diretos nos setores militares.
  • D utilização de uma moeda mais fortalecida
  • E expansão do mercado consumidor.
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Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

Associando o processo de construção dos espaços humanos nessa região com a bacia hidrográfica amazônica, é correto afirmar que
  • A a vasta extensão da área da bacia dificulta a produção dos espaços humanos, pois uma rede de drenagem tão densa inibe atividades econômicas e a penetração para o interior
  • B a navegabilidade dos rios da bacia explica uma associação direta entre a rede de drenagem e a rede de cidades da região Norte do país, incluindo algumas das capitais.
  • C uma rede de drenagem tão densa impede a estruturação de redes de estradas de rodagem, limitando os transportes de mercadorias e inibindo as atividades econômicas.
  • D constantes enchentes e riscos de epidemias são os custos de se habitar uma região com uma rede de drenagem tão densa, o que explica o baixo povoamento da região.
  • E o circuito de transporte formado pelos rios é o centro dinâmico da economia da região, pois por eles escoa o extrativismo da madeira, atividade mais modernizada da região
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A partir da década de 1970, diversos fatores provocaram um movimento de desconcentração da produção industrial brasileira, até então bastante concentrada na metrópole paulista. Esse movimento decorreu de ações planejadas pelo Estado e, ainda, pelo processo de transformações econômicas daquele período histórico. Marque a alternativa CORRETA que representa o principal fator que ensejou essas transformações.
  • A Os investimentos nos setores de infraestrutura em outros estados como a ampliação de rodovias, ferrovias e rede elétrica facilitando assim a implantação dessas indústrias em outras regiões metropolitanas mesmo com impostos mais baratos na região paulistana.
  • B A implantação do segundo Plano Nacional de Desenvolvimento (PND), entre 1975 e 1979, que instituiu uma política econômica explícita de descentralização industrial paulista, enfatizando vantagens comparativas e especializações regionais.
  • C O ganho das vantagens comparativas da produção em função dos altos custos de produção, resultado de uma organização sindical forte, salários elevados, valores de terreno e impostos elevados da metrópole.
  • D A estagnação da infraestrutura do estado de São Paulo, descentralizando as atividades industriais da capital e deslocando para diversas cidades do interior formando assim um complexo metropolitano expandido.
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Então a travessia das veredas sertanejas é mais exaustiva que a de uma estepe nua. Nesta, ao menos, o viajante tem o desafogo de um horizonte largo e a perspectiva das planuras francas. Ao passo que a outra o afoga; abrevia-lhe o olhar; agride-o e estonteia-o; enlaça-o na trama espinescente e não o atrai; repulsa-o com as folhas urticantes, com o espinho, com os gravetos estalados em lanças, e desdobra-se-lhe na frente léguas e léguas, imutável no aspecto desolado; árvore sem folhas, de galhos estorcidos e secos, revoltos, entrecruzados, apontando rijamente no espaço ou estirando-se flexuosos pelo solo, lembrando um bracejar imenso, de tortura, da flora agonizante...

CUNHA. E, Os sertões. Disponível em: http:f/pLscribd.com. Acesso em: 2 jun. 2012.

Os elementos da paisagem descritos no texto correspondem a aspectos biogeográficos presentes na

  • A composição de vegetação xerófila.
  • B formação de florestas latifoliadas.
  • C transição para mata de grande porte.
  • D adaptação à elevada salinidade.
  • E homogeneização da cobertura perenifólia.

Espanhol

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Na frase do famoso dramaturgo Oscar Wide... “Un hombre puede ser feliz con cualquier mujer mientras que no la ame.”… a palavra mientras pode ser entendida como

  • A enquanto.
  • B já.
  • C embora.
  • D mas.
  • E assim.
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OFICINA INTERNACIONAL DE EDUCACIÓN DE LA
UNESCO - OIE: CONTEXTO Y DESAFÍOS
Disponible en:
http://www.ibe.unesco.org/fileadmin/user_upload/Pu... nal_Docs/IBE_strategy2012-17_spa.pdf Acceso el 16 abr 2015
El conocimiento y la educación son dos de los principales factores que contribuyen a la reducción de la pobreza, el desarrollo sostenible y el crecimiento económico, y cada vez más se ve en el currículo la base de las reformas educativas orientadas a lograr una alta calidad de los resultados del aprendizaje. Así, las autoridades de educación de todo el mundo, a pesar de los distintos enfoques, buscan soluciones curriculares innovadoras para mejorar la calidad y pertinencia del aprendizaje y que los estudiantes puedan aplicar lo aprendido a los desafíos y las oportunidades que se presenten.
La importancia de la perspectiva mundial sobre el currículo
La complejidad de los procesos de desarrollo curricular y el abanico de cuestiones en que se basan el qué y el cómo de la enseñanza y el aprendizaje presentan grandes desafíos a los responsables de las políticas y los especialistas en diseño curricular. Dado que los procesos de desarrollo curricular están supeditados a las necesidades locales y a las tendencias y modelos más amplios y transnacionales, es esencial una perspectiva global e internacional de las cuestiones, las tendencias y los enfoques relativos al currículo. Existe una tendencia hacia una mayor armonización de los currículos, que a veces comprende la definición de marcos transnacionales (como las competencias clave para el aprendizaje a lo largo de la vida, objeto de una recomendación de la Unión Europea). Los profesionales que están a cargo de la reforma, el desarrollo y la aplicación de los currículos nacionales deberían contar con una gran variedad de información, conocimientos, competencias y experiencia.
En fin de mejorar el aprendizaje de los alumnos mediante un currículo de calidad pertinente e inclusivo está relacionado con aportes estratégicos como el asesoramiento sobre políticas, el apoyo técnico en red y de la cooperación, y una mejora del intercambio de conocimiento en el ámbito del currículo.
Cada vez más cooperación e intercambios entre los países sobre las políticas y las prácticas relativas al currículo, como demuestran, por ejemplo, las iniciativas de coordinación de currículos que llevan a cabo el Consejo de Cooperación del Golfo, la Coordinación Educativa y Cultural Centroamericana, la Asociación del Asia Meridional para la Cooperación Regional y la Conférence des ministres de l'éducation des pays ayant le français en partage (Conferencia de los ministros de educación de los países cuyo idioma común es el francés), entre otros. Al mismo tiempo, ha aumentado la ecesidad de acceder y utilizar una más amplia gama de información, conocimientos y experiencia pertinentes en relación con el currículo.
Tal como se estableció en la Estrategia destinada a convertir a la OIE en el Centro de Excelencia de la UNESCO en materia de currículo, aprobada por la Conferencia General de la UNESCO en noviembre de 2011, el volumen, el alcance y la complejidad de los servicios relacionados con el currículo solicitados a la OIE aumenta y los Estados Miembros buscan en la UNESCO el liderazgo, el asesoramiento y la asistencia sobre variados problemas recurrentes y difíciles acerca del currículo. Por tanto, la OIE debe anticipar, ampliar y perfeccionar su labor y alcance en una serie de esferas para responder a estas exigencias.
La OIE confía en un conjunto de valiosos recursos y experiencia adquirida en numerosos contextos para responder a las necesidades y demandas de los Estados Miembros, pero debe hacer frente a cuatro grandes retos para reforzar y ampliar su labor.
El primer reto es la pertinencia ya que es decisivo desarrollar y ofrecer productos y servicios adaptados a las necesidades y demandas de los Estados Miembros.
El segundo es la eficacia ya que es fundamental para implementar iniciativas y actividades de forma eficiente y efectiva.
La calidad es el tercer reto, dada la importancia de la implementación de una gama de productos y servicios apropiados, centrados en los resultados y de alta calidad, de la mejora de los existentes y del desarrollo de enfoques innovadores.
El cuarto reto es la sostenibilidad. Para poder ofrecer servicios y productos eficaces a largo plazo es fundamental forjar alianzas sostenibles, así como lograr la sinergia en las actividades e iniciativas, dentro de la OIE y la UNESCO y entre múltiples instituciones.

Analiza las proposiciones sobre los recursos gramaticales empleados en el texto:
I. La palabra aprendizaje, destacada en el texto, es un ejemplo de heterotónica en relación al portugués.
II. La palabra “largo", destacada en el texto, es ejemplo de heterosemántico en relación al portugués.
III. La palabra labor, destacada en el texto, es ejemplo de heterogenérica en relación al portugués.
IV. La palabra “sinergia", tal como aparece en el texto, es ejemplo de heterogenérica en relación al portugués.
Señala a alternativa que contiene el análisis correcto de las proposiciones.

  • A Solamente I y II están correctas.
  • B Solamente II y III están correctas.
  • C Solamente IV está incorrecta.
  • D Solamente I y IV están correctas.
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Yoani Sánchez:
“Los cubanos están escapando a Yucatán”

14.03.2013

La periodista cubana Yoani Sánchez ha visitado México dentro de la gira por América y Europa que empezó el 17 de febrero tras concederle el Gobierno de La Habana un pasaporte que le había denegado veinte veces durante los últimos cinco años, según su recuento. El periplo de la autora del blog Generación Y, un cuaderno de bitácora crítico con la realidad cotidiana de su país por el que ha recibido premios internacionales, ha estado marcado por la muerte del presidente venezolano Hugo Chávez, cuya generosidad petrolera era esencial para la maltrecha economía de la isla.
La desaparición del líder bolivariano crea incertidumbre en Cuba. Yoani Sánchez, que vivió de joven la dramática crisis de recursos provocada en su país por la caída de la Unión Soviética dice que para los cubanos el final de Chávez tiene dos lecturas: “La mayoría asocia su pérdida con el posible regreso de los cortes eléctricos, con la caída de la economía, pero por otro lado también piensa que sin él se pierde el subsidio y tal vez Raúl Castro se vea obligado a acelerar las reformas”.
En un eventual escenario de transición democrática en Cuba, un país que por tradición histórica y proximidad geográfica podría tener un papel significativo en el reordenamiento del panorama poscastrista es México. La periodista advierte de que este país ya es una referencia básica en la vida de la isla. “Hay muchos cubanos escapando a través del mar para llegar a México; no solamente escapan hacia Florida, también escapan hacia Yucatán [Estado situado en el sureste de México, a unos 200 kilómetros de la costa cubana]”. Una circunstancia que empieza a preocupar al Gobierno mexicano.
Yoani dio una charla abierta a preguntas en el Senado mexicano. Allí, dos mujeres del público la increparon y mostraron símbolos en contra de ella. “Una llevaba una bandera estadounidense con mi rostro pegado y la otra llevaba billetes de cien dólares con mi rostro pegado. Era una especie de iconografía a medio camino entre Estados Unidos y yo”. Antes del incidente otra persona le había preguntado si Cuba está en un momento de transición. “Respondí que yo creo que sí, pero no por la voluntad gubernamental, sino porque hay algo en transición en el interior de los cubanos, un deseo de cambio, de transformación, de hasta aquí hemos llegado”.
En mayo la cubana espera estar de vuelta en su casa de La Habana, un piso en la decimocuarta planta de un edificio diseñado con criterios arquitectónicos de la antigua Yugoslavia comunista.


(www.elpais.com. Adaptado.)

De acuerdo con el tercer párrafo del texto, se puede decir que

  • A tal cual ocurre en México, Cuba vive actualmente un escenario de transición democrática.
  • B la historia política de México y Cuba son semejantes a causa de la posición geográfica.
  • C la posición geográfica de Cuba puede reordenar el panorama democrático en México.
  • D México puede actualmente reordenar el panorama poscastrista en Cuba a causa de su historia.
  • E México puede ocupar un lugar de destaque con relación a Cuba a causa de su historia y posición geográfica.
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No anúncio em foco, a palavra LEJOS significa



Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas
  • A longe.
  • B perto.
  • C sozinho.
  • D brilho.
  • E sucesso.
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Caetano Veloso en los Grammy Latino 2012



Caetano Veloso consideró “un honor” ser recordado y dijo que el tema con el que más se identifica de toda su discografía es, tal vez, ‘Corazón vagabundo’, en el tributo que la Academia Latina de la Grabación rindió este miércoles en Las Vegas al artista brasileño.
El cantautor bahiano se dijo emocionado porque el homenaje, que se celebra un día antes de la entrega de los premios Grammy Latino, viene “de toda la gente que canta en Latinoamérica y de la Academia, y que se hayan acordado de mi nombre y me invitaran es un honor”. En una breve charla con periodistas en la alfombra roja previa a la cena y concierto – en el que numerosas estrellas iberoamericanas honraron al cantautor Ballano.

Segundo a reportagem,

  • A Caetano Veloso ganhou o premio na última edição do Grammy Latino, com a música “corazón vagabundo”.
  • B a gravação do Tributo da Academia a Caetano Veloso ocorreu na quinta-feira, em Las Vegas.
  • C Caetano Veloso se disse honrado por ser lembrado pelos artistas latino-americanos.
  • D Caetano Veloso se emocionou ao ser convidado a cantar na abertura do Grammy Latino 2012.
  • E Caetano Veloso é o único compositor brasileiro a se apresentar no Grammy Latino.
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Yoani Sánchez:
“Los cubanos están escapando a Yucatán”

14.03.2013

La periodista cubana Yoani Sánchez ha visitado México dentro de la gira por América y Europa que empezó el 17 de febrero tras concederle el Gobierno de La Habana un pasaporte que le había denegado veinte veces durante los últimos cinco años, según su recuento. El periplo de la autora del blog Generación Y, un cuaderno de bitácora crítico con la realidad cotidiana de su país por el que ha recibido premios internacionales, ha estado marcado por la muerte del presidente venezolano Hugo Chávez, cuya generosidad petrolera era esencial para la maltrecha economía de la isla.
La desaparición del líder bolivariano crea incertidumbre en Cuba. Yoani Sánchez, que vivió de joven la dramática crisis de recursos provocada en su país por la caída de la Unión Soviética dice que para los cubanos el final de Chávez tiene dos lecturas: “La mayoría asocia su pérdida con el posible regreso de los cortes eléctricos, con la caída de la economía, pero por otro lado también piensa que sin él se pierde el subsidio y tal vez Raúl Castro se vea obligado a acelerar las reformas”.
En un eventual escenario de transición democrática en Cuba, un país que por tradición histórica y proximidad geográfica podría tener un papel significativo en el reordenamiento del panorama poscastrista es México. La periodista advierte de que este país ya es una referencia básica en la vida de la isla. “Hay muchos cubanos escapando a través del mar para llegar a México; no solamente escapan hacia Florida, también escapan hacia Yucatán [Estado situado en el sureste de México, a unos 200 kilómetros de la costa cubana]”. Una circunstancia que empieza a preocupar al Gobierno mexicano.
Yoani dio una charla abierta a preguntas en el Senado mexicano. Allí, dos mujeres del público la increparon y mostraron símbolos en contra de ella. “Una llevaba una bandera estadounidense con mi rostro pegado y la otra llevaba billetes de cien dólares con mi rostro pegado. Era una especie de iconografía a medio camino entre Estados Unidos y yo”. Antes del incidente otra persona le había preguntado si Cuba está en un momento de transición. “Respondí que yo creo que sí, pero no por la voluntad gubernamental, sino porque hay algo en transición en el interior de los cubanos, un deseo de cambio, de transformación, de hasta aquí hemos llegado”.
En mayo la cubana espera estar de vuelta en su casa de La Habana, un piso en la decimocuarta planta de un edificio diseñado con criterios arquitectónicos de la antigua Yugoslavia comunista.


(www.elpais.com. Adaptado.)

De acuerdo con el primer párrafo del texto se puede afirmar que

  • A el Gobierno de América le concedió un pasaporte a la periodista.
  • B nadie le concedió un pasaporte a la periodista.
  • C el Gobierno de Europa le concedió un pasaporte a la periodista.
  • D el Gobierno de Cuba le concedió un pasaporte a la periodista.
  • E el Gobierno de México le concedió un pasaporte a la periodista.

Noções de Informática

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Analise os exemplos abaixo.

Exemplo 1: algum desconhecido liga para a sua casa e diz ser do suporte técnico do seu provedor. Nesta ligação ele diz que sua conexão com a internet está apresentando algum problema e pede sua senha para corrigi-lo. Caso você entregue sua senha, este suposto técnico poderá realizar atividades maliciosas, utilizando a sua conta de acesso à internet, relacionando tais atividades ao seu nome.

Exemplo 2: você recebe uma mensagem de e-mail, dizendo que seu computador está infectado por um vírus. A mensagem sugere que você instale uma ferramenta disponível em um site da internet para eliminar o vírus de seu computador. A real função desta ferramenta não é eliminar um vírus, mas permitir que alguém tenha acesso ao seu computador e a todos os dados nele armazenados.

Exemplo 3: você recebe uma mensagem de e-mail em que o remetente é o gerente ou o departamento de suporte do seu banco. Na mensagem é dito que o serviço de Internet Banking está apresentando algum problema e que tal problema pode ser corrigido se você executar o aplicativo que está anexado à mensagem. A execução deste aplicativo apresenta uma tela análoga àquela que você utiliza para ter acesso à sua conta bancária, aguardando que você digite sua senha. Na verdade, este aplicativo está preparado para furtar sua senha de acesso à conta bancária e enviá-la para o atacante.

Estes casos mostram ataques típicos de

  • A Keylogger.
  • B Cavalo de Troia.
  • C Botnet.
  • D Cookies.
  • E Engenharia Social.
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Uma rede local de endereço IP 192.168.112.0 com sub-máscara 255.255.255.0 foi dividida em 10 sub-redes com máscara de sub-rede 255.255.255.240. O número de endereços IP disponíveis para equipamentos (hosts) em cada sub-rede é igual a

  • A 14.
  • B 30.
  • C 62.
  • D 126.
30

Quando abertos inadvertidamente, arquivos anexados a um e-mail podem constituir séries ameaças à segurança de um computador.

Assinale a opção que indica a extensão de arquivo que caracteriza arquivos perigosos.

  • A .exe
  • B .jpg
  • C .ppt
  • D .txt
  • E .xml
31

Assinale a alternativa que apresenta o resultado correto após ordenar de forma crescente a coluna A, a partir da planilha criada no Microsoft Excel 2010, em sua configuração original, demonstrada a seguir:

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

  • A a, b, c, d, e, f, 1, 2, 3, 4
  • B a, b, c, d, 1, 2, 3, 4, e, f
  • C a, 1, b, 2, c, 3, d, 4, e, f
  • D 1, a, 2, b, 3, c, 4, d, e, f
  • E 1, 2, 3, 4, a, b, c, d, e, f
32

Entre as principais tecnologias atuais de firewall, NÃO se inclui a seguinte tecnologia:

  • A adaptativo
  • B filtro de pacotes
  • C barreira móvel
  • D reativo
  • E proxy

Sociologia

33

Quais são as consequências sociais das transformações no mundo do trabalho nas últimas décadas, marcadas pela intensa racionalização, a introdução de novas tecnologias e flexibilização das relações de trabalho?

  • A Aumento do poder sindical e redução do desemprego.
  • B Erradicação do trabalho degradante e aumento da participação dos trabalhadores nos lucros das empresas.
  • C Aumento do desemprego e precarização das condições de trabalho.
  • D Ampliação da gestão participativa e redução dos salários.
  • E Redução do desemprego e redução dos salários.
34
Sobre o conceito de cultura é incorreto afirmar:
  • A A cultura é o princípio, a origem de todo e qualquer sistema cultural e se caracteriza como um processo permanente em construção, desconstrução e reconstrução.
  • B A cultura é a diversidade de elementos que o ser humano desenvolve e utiliza para compreender o mundo e a si mesmo, seja ao estabelecer uma relação com outro, seja com as coisas.
  • C A cultura é o processo de conhecimento erudito que o homem adquire no decorrer de sua vida, caracterizando-se como pessoas cultas ou não cultas.
  • D A cultura se define como uma trama de sentidos e significados transmitidos por símbolos, mitos, acontecimentos, relatos, práticas e reconstruções que expressam uma compreensão e reconstrução do sentido da totalidade da existência e dos sujeitos entre si.
35

Para responder à questão, leia o texto a seguir.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo, a cada 15 segundos uma mulher é agredida no Brasil. Estima-se que mais de dois milhões de mulheres são espancadas a cada ano por maridos ou namorados, atuais ou antigos.

(BRYM, R. J. et al. Sexualidade e gênero. In: BRYM, R. J. et al. Sociologia, sua bússola para um novo mundo. São Paulo: Cengage Learning, 2008)

Sob a perspectiva sociológica, quais são as causas da violência de gênero?

  • A A ideologia burguesa que conduz as mulheres à submissão às autoridades constituídas.
  • B A hierarquização das relações de trabalho, que transferiu a autoridade masculina da esfera pública para a vida privada.
  • C A modernização social, que conduziu homens e mulheres à banalização de todas as formas de violência.
  • D A interferência do Estado na vida privada, com a criação de leis de proteção à mulher e à criança.
  • E Uma concepção arraigada na sociedade de que é natural e correto que os homens dominem as mulheres.
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As transformações por que passou o mundo do trabalho na era moderna se tornaram objeto de grande interesse da Sociologia. NÃO figura entre essas transformações:

  • A a divisão altamente complexa do trabalho
  • B a separação entre o local de trabalho e o lar.
  • C o controle absoluto do trabalhador sobre as diferentes etapas do processo produtivo
  • D a produção em massa, como substituta do trabalho manual ou artesanal de pequena escala.
  • E a interdependência econômica entre setores produtivos distintos
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Uma norma só deve pretender validez quando todos os que possam ser concernidos por ela cheguem (ou possam chegar), enquanto participantes de um discurso prático, a um acordo quanto à validade dessa norma.

HABERMAS, J. Consciência moral e agir comunicativo. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1989.


Segundo Habermas, a validez de uma norma deve ser estabelecida pelo(a)

  • A liberdade humana, que consagra a vontade.
  • B razão comunicativa, que requer um consenso.
  • C conhecimento filosófico, que expressa a verdade.
  • D técnica científica, que aumenta o poder do homem.
  • E poder político, que se concentra no sistema partidário.

Filosofia

38

“A ciência, tanto por sua necessidade de coroamento como por princípio, opõe-se absolutamente à opinião. Se, em determinada questão, ela legitimar a opinião, é por motivos diversos daqueles que dão origem à opinião; de modo que a opinião está, de direito, sempre errada. A opinião pensa mal; não pensa: traduz necessidades em conhecimentos. Ao designar os objetos pela utilidade, ela se impede de conhecê-los. Não se pode basear nada na opinião: antes de tudo, é preciso destruí-la. Ela é o primeiro obstáculo a ser superado. Não basta, por exemplo, corrigi-la em determinados pontos, mantendo, como uma espécie de moral provisória, um conhecimento vulgar provisório. O espírito científico proíbe que tenhamos uma opinião sobre questões que não compreendemos, sobre questões que não sabemos formular com clareza”.

(Gaston Bachelard, A formação do espírito científico. Rio de Janeiro: Contraponto, 1996)

O excerto discute uma questão de ordem epistemológica que atravessa, em certa medida, a história da filosofia. No entender do autor, a ciência

  • A é habitualmente desviada de seu caminho necessário pela opinião pública.
  • B confirma a racionalidade estrita dos postulados baseados na opinião.
  • C é contrária à opinião, pois visa produzir conhecimentos úteis à humanidade.
  • D opõe-se à opinião, pois suas teses não são formuladas espontaneamente.
  • E contradiz a opinião porque parte de hipóteses baseadas no senso comum.
39

O conceito de Diversidade Cultural refere-se tanto ao quadro de diversidade existente em uma sociedade específica quanto à dimensão internacional de trocas de bens e serviços diversos entre países. O tema da Diversidade Cultural tem sido objeto de debates internacionais permanentes, tendo-se em vista;

  • A a inexistência da presença cultural das sociedades desenvolvidas sobre os países do Terceiro Mundo.
  • B o apoio internacional ao fechamento das fronteiras às influências externas, implementado por países submetidos a regimes ditatoriais.
  • C o fim da dominação das potências nucleares, da época da Guerra Fria, sobre amplas regiões do globo.
  • D a emergência da noção de que as identidades artísticas de camadas populares e de grupos étnicos ameaçados de extinção são pouco importantes face à globalização cultural.
  • E a tendência à homogeneização cultural global, facilitada pelas novas tecnologias e pelas redes de comunicação contemporâneas
40

Compreende-se assim o alcance de uma reivindicação que surge desde o nascimento da cidade na Grécia antiga: a redação das leis. Ao escrevê-las, não se faz mais que assegurar-lhes permanência e fixidez. As leis tornam-se bem comum, regra geral, suscetível de ser aplicada a todos da mesma maneira.

VERNANT, J . P. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1992 (adaptado)


Para o autor, a reivindicação atendida na Grécia antiga, ainda vigente no mundo contemporâneo, buscava garantir o seguinte princípio:

  • A Isonomia — igualdade de tratamento aos cidadãos.
  • B Transparência — acesso às informações governamentais.
  • C Tripartição — separação entre os poderes políticos estatais.
  • D Equiparação — igualdade de gênero na participação política.
  • E Elegibilidade — permissão para candidatura aos cargos públicos.
41

A preocupação com o conhecimento verdadeiro sempre esteve no centro do debate filosófico. Acerca do problema do conhecimento, é correto afirmar que a verdade:

  • A é uma questão de opinião e persuasão, para Sócrates.
  • B não pode ser alcançada se não através das sensações, de acordo com Platão e Aristóteles.
  • C varia de um lugar para outro, sendo estabelecida apenas por convenção ou costume, de acordo comos sofistas
  • D só existe logos no divino, não podendo ser contemplada pelo homem, sob condição alguma, de acordo comSantoAgostinho
  • E é inata e só pode ser alcançada por meio do método de dutivo ou matemático, segundo Francis Bacon
42

É o caráter radical do que se procura que exige a radicalização do próprio processo de busca. Se todo o espaço for ocupado pela dúvida, qualquer certeza que aparecer a partir daí terá sido de alguma forma gerada pela própria dúvida, e não será seguramente nenhuma daquelas que foram anteriormente varridas por essa mesma dúvida.

SILVA, F. L. Descartes: a metafísica da modernidade. São Paulo: Moderna, 2001 (adaptado).

Apesar de questionar os conceitos da tradição, a dúvida radical da filosofia cartesiana tem caráter positivo por contribuir para o(a)

  • A dissolução do saber científico.
  • B recuperação dos antigos juízos.
  • C exaltação do pensamento clássico.
  • D surgimento do conhecimento inabalável.
  • E fortalecimento dos preconceitos religiosos.

Português

43

FAMÍLIA

Três meninos e duas meninas

Sendo uma ainda de colo

A cozinheira preta, a copeira mulata,

O papagaio, o gato, o cachorro,

As galinhas gordas no palmo da horta

E a mulher que trata de tudo


A espreguiçadeira, a cama, a gangorra,

O cigarro, o trabalho, a reza,

A goiabada na sobremesa de domingo,

O palito nos dentes contentes,

O gramofone rouco toda noite

E a mulher que trata de tudo.


O agiota, o leiteiro, o turco,

O médico uma vez por mês,

O bilhete todas as semanas

Branco! Mas a esperança sempre verde.

A mulher que trata de tudo

E a felicidade

Carlos Drummond de Andrade

As palavras grifadas no texto são classificadas como:

  • A Substantivos concretos
  • B Adjetivos
  • C Substantivos abstratos
  • D Substantivos derivados
44

Esta prova tem por base texto da imprensa nacional sobre fatos de nosso momento histórico.

Texto 2 – Momento da Economia

Há sutis melhoras à frente; possibilidades vagas que nascem muitas vezes do agudo da crise. Mas é bom falar nelas em momentos de escassez de esperança. “A inflação será forte este ano, mas a recessão vai derrubá-la no ano que vem", diz o economista José Roberto Mendonça de Barros. A recessão e a disparada do câmbio estão fazendo o ajuste externo, e o país pode ter dois anos de superávits altos. (Miriam Leitão, O Globo, 16/10/2015)

No texto 2, ao atribuir a um economista conhecido a citação entre aspas, a autora do texto pretende certamente:

  • A prestigiar a fala de um amigo;
  • B criticar a linguagem popular do economista;
  • C demonstrar a importância do tema tratado;
  • D dar autoridade à opinião expressa;
  • E passar clareza no tratamento do tema.
45

Sobre a Ansiedade


por Karin Hueck


[...]
Processar os dados

[...] se há um fator gerador de ansiedade que seja típico dos nossos tempos, esse é a informação. Sim, são as coisas que você lê todos os dias nos jornais, recebe por email e aprende na SUPER. Diariamente, há notícias de novos alimentos que causam câncer, de novos vírus mutantes que atacam o seu computador, de novos criminosos violentos que estão à solta por aí. É ou não é de enlouquecer?
A velocidade com que a informação viaja o mundo é algo muito recente, com o qual os seres humanos ainda não sabem lidar – e muito menos aprenderam a filtrar. Já foram cunhados até alguns termos para definir a ansiedade trazida pelos novos meios de comunicação: technologyrelated anxiety (ansiedade que surge quando o computador trava, que afeta 50% dos trabalhadores americanos), ringxiety (impressão de que o seu celular está tocando o tempo todo) e a ansiedade de estar desconectado da internet e não saber o que acontece no mundo, que já contaminou 68% dos americanos.
[...]
Poucas coisas mudaram tão rapidamente como a troca de informações. Em 1801, a notícia de que Portugal e Espanha estavam em guerra demorou 3 meses para chegar ao Rio Grande do Sul. Quando chegou, o capitão de armas do estado declarou guerra aos vizinhos espanhóis, sem saber que a batalha na Europa já tinha terminado. Em 2004, quando um tsunami devastou o litoral do Sudeste Asiático, os primeiros blogs já estavam dando detalhes da destruição em menos de duas horas.
Hoje em dia, ficamos sabendo de todos os desastres naturais, todos os ataques terroristas e todos os acidentes de avião que acontecem ao redor do mundo, e nos sentimos vulneráveis. E, muito mais do que isso, nos sentimos incapazes se não sabemos palpitar sobre a música da moda, a eleição americana ou o acelerador de partículas na Suíça. Já que a informação está disponível, por que não sabemos de tudo um pouco? Essa avalanche de informação também causa outro tipo de neurose.
O tempo todo, as TVs e revistas do mundo exibem corpos esculturais, executivos milionários e atletas de alto rendimento. Na comparação com essas pessoas, nós, reles mortais, sempre saímos perdendo. “Claro que nos comparamos com quem é bem sucedido e maravilhoso. Infelizmente, não estamos preparados para viver com um grupo de comparação tão grande, e o resultado é que ficamos ansiosos e com baixa autoestima", diz o filósofo Perring. O que ele quer dizer é que o ser humano sempre funciona na base da comparação. Ou seja, se todo mundo ao seu redor tiver o mesmo número de recursos, você não vai se sentir pior do que ninguém, mas, se, de repente, uma pessoa do seu lado ficar muito mais rica, bonita, feliz e bem sucedida, você vai se sentir infeliz. Quer dizer, podemos não sofrer mais com a falta de comida ou com doenças, mas sofremos porque não somos todos iguais ao Brad Pitt e a Angelina Jolie.

Adaptado de http://super.abril.com.br/saude/ansiedade-447836.shtml
Em “Ou seja, se todo mundo ao seu redor tiver o mesmo número de recursos, você não vai se sentir pior do que ninguém, mas, se, de repente, uma pessoa do seu lado ficar muito mais rica, bonita, feliz e bem sucedida, você vai se sentir infeliz.”, a expressão destacada é utilizada
  • A para explicar, mais detalhadamente, a afirmação expressa no período anterior.
  • B para introduzir um assunto diferente do que estava sendo abordado no período anterior.
  • C para introduzir uma dúvida a respeito do que está sendo discutido.
  • D como marcação temporal da passagem de um período para o outro, destacando o assunto enfatizado.
  • E para introduzir uma negação em relação ao que foi expresso no período anterior.
46

As imagens e o nosso bem-estar Por que devemos selecionar o que vemos e evitar muitos conteúdos - mesmo que sejam recordes de audiência no Youtube

FLÁVIA YURI OSHIMA

Sabe como é embaçar a própria visão fazendo um movimento leve de estrabismo? É isso o que faço quando me aproximo dos jornais pela manhã. Meu receio é me deparar com alguma imagem forte, triste e espetacularmente desumana na primeira página. Tomo o mesmo cuidado para abrir o caderno de notícias internacionais e o de cidades, e para navegar na internet ou zapear os canais de TV. Não quero ser surpreendida com provas visuais dos crimes locais e globais ou com cenas de séries que mostram como dissecar cadáveres. Se ocorrer, será um caminho sem volta. A visão ficará gravada em minha mente por mais tempo do que sou capaz de precisar. Talvez por toda a minha sanidade.

O cuidado para evitar conteúdos violentos não é um tipo de negação da realidade. Eventualmente, temos de nos defrontar com certas cenas para nos mobilizar. Um dos propósitos de museus como o de Hiroshima e os do Holocausto, que tentam reproduzir a atmosfera de episódios extremos, é justamente esse: nos tirar da zona de conforto. Mais do que documentar e prestar homenagem aos que sofreram, eles tentam gerar sensações que passem algum tipo de ideia do horror vivido pelas vítimas desses eventos. É uma forma de acionar nossa memória sinestésica [...].

Uma das ideias por trás desses memoriais é não deixar que nos esqueçamos do tamanho do horror para não deixar que ele se repita. Uma diferença fundamental em relação ao que vemos numa visita a um museu desses e à avalanche de conteúdos alucinados de todos os dias é que, no primeiro caso, escolhemos estar lá – e nos preparamos para o que vamos sentir. O mesmo não ocorre com a maioria das imagens que assaltam-nos em programas sensacionalistas, filmes e internet.

[...]

Vários estudos analisaram o efeito das imagens em nosso bem-estar e até em nossa saúde física. Uma longa pesquisa, feita por estudiosos da Universidade da Califórnia, acompanhou 1322 pessoas por vários anos, usando imagens de alguns eventos extraordinários dos últimos 12 anos: o 11 de setembro, o tsunami da Tailândia, a guerra do Iraque, a morte de Osama Bin Laden e o tsunami do Japão. Diariamente, os voluntários acompanharam notícias com imagens, na TV ou na internet, por pelo menos uma hora, durante seis meses. Uma hora é o período de tempo regular que alguém que acompanha noticiários, pelo meio que for, fica em contato com conteúdos extremos no primeiro mês após um evento da magnitude dos analisados. Mais de 30% dos voluntários sofreram crises de dor de cabeça diárias. Do total de participantes, 13% chegaram ao nível de estresse agudo, com alterações nos batimentos cardíacos e na atividade cerebral, medidos por exames de imagem, a partir de seis semanas de exposição contínua a esses conteúdos. Os casos de estresse agudo exigiram tratamento com medicamento e terapia.

Os pesquisadores acompanharam o grupo que desenvolveu sintomas mais acentuados ao longo de três anos. Nesse período, qualquer imagem que remetesse aos eventos voltava a causar dores de cabeça, ansiedade e irritabilidade. Mesmo entre os participantes que não tiveram problemas de saúde, as imagens produziram ansiedade e desconforto no momento e por cerca de 3 horas depois de apresentadas, também durante os três anos de acompanhamento depois do experimento principal.

Algumas religiões e filosofias orientais pregam que devemos evitar falar, ler e olhar imagens de violência e catástrofes. Ao proteger nossos sentidos contra conteúdos como esses, protegemos nosso espírito, nossa mente e nosso bem-estar, afirmam. Para quem não é monge, não dá para seguir esses preceitos sem se tornar um desconectado com a realidade. Mas é saudável e recomendável fazer uma dieta de imagens, protegendo-se de atrocidades e aberrações desnecessárias. Fotos e vídeos agressivos têm um efeito real sobre a nossa qualidade de vida.

Adaptado de http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/Flavia-Yuri-Oshima/noticia/2014/11/imagens-e-o-nosso-bbem-estarb.html

Em “É uma forma de acionar nossa memória sinestésica.”, o termo destacado refere-se à memória que
  • A relaciona somente as imagens aos fatos ocorridos.
  • B relaciona não só fatos e imagens, como também sensações.
  • C resgata somente nossas lembranças ancestrais.
  • D resgata somente nossas lembranças nostálgicas e prazerosas.
  • E relaciona somente fatos, imagens e lembranças nostálgicas.
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Ainda em “AMaior Flor do Mundo , Saramago afirma “Quem sabe se um dia virei a ler outra vez esta história, escrita por ti que me lês, mas muito mais bonita?...”

Assim como o professor em sua prática com o aluno, ao fazer tal afirmação o autor: ”

  • A apresenta caminhos para o processo de elaboração de textos orais e escritos.
  • B monta estratégias de processamento de textos: ler, compreender e reproduzir tradicionalmente o que leu e apreendeu.
  • C desconstrói a ideia de que a leitura é a base para o desenvolvimento de ideias e consequente produção textual.
  • D apresenta uma perspectiva pedagógica, que começa pela valorização do livro, do saber acumulado e do saber acadêmico dos adultos.
  • E cria expectativas do trabalho com a leitura: incentivar o interlocutor-mirim a se aventurar, a errar, a escrever ou a ensaiar a escrita.
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Os problemas do trânsito no mundo

Marisa Diniz

Atualmente o maior desafio das grandes cidades ao redor do planeta é o trânsito. O crescimento desnorteado das cidades, o mau planejamento, a falta de investimentos em infraestrutura e transporte público vêm colaborando para o aumento da circulação de veículos, e consequentemente tem agravado o problema de congestionamento nos grandes centros urbanos.
Em algumas cidades o horário do rush é sempre incerto, pois o volume de veículos é sempre elevado em todos os horários. Algumas soluções para o problema seria o investimento em meios de transportes alternativos, mas que muitas vezes são deixados de lado por falta de recursos necessários ou projetos defasados.
A bicicleta, apesar de ser o meio de transporte mais viável aos grandes centros urban os, nem sempre acaba sendo o melhor e mais eficiente. Cidades onde não há investimentos em ciclovias, sinalizações propícias, educação de trânsito e falta de segurança acabam sendo um perigo e não uma solução.
A solução mais rápida a ser tomada é investir em transporte público de qualidade com várias opções a fim de diminuir o volume de veículos nas principais vias de acesso aos centros. Investimentos estes que poriam fim aos congestionamentos em horários de grande fluxo de veículos e que proporcionariam um atrativo aos usuários de veículos.


“A bicicleta apesar de ser o meio de transporte mais viável aos grandes centros urbanos”; a forma de reescrever-se adequadamente o segmento sublinhado é:

  • A embora fosse;
  • B para que fosse;
  • C ainda que seja;
  • D porque é;
  • E assim sendo.
49

Considere o texto abaixo para responder à pergunta.

O especialista em estudos visuais Josep Català, da Universitat Autònoma de Barcelona, defende que os jogos de videogame podem representar o grande suporte expressivo das próximas décadas.

O processo de multiplicação de imagens tende a deixar as pessoas menos imaginativas?
Josep Català − A princípio, pensava que a imagem detinha a imaginação na comparação com a literatura, porque aquele que lê pode imaginar, enquanto a imagem já oferece essa passagem feita. Agora já não vejo assim. A imagem não bloqueia a imaginação, pelo contrário: está cheia de impulsos e estímulos que projetam a imaginação para mais além. É possível ficar só com a superfície da imagem, até porque a imaginação é um procedimento que requer esforço. Penso, então, que há vários tipos de imagem, algumas mais imaginativas e outras que de certa forma fecham as portas.

A literatura foi fonte para modos de comportamento no século 19, tal e qual o cinema inspirou comportamentos culturais do século 20. Podemos antever um pouco os suportes que pautam nosso comportamento na chamada nova era?
Há um fenômeno bem concreto. O século 19 produziu um largo processo de letramento e o romance se converte no instrumento de socialização por excelência; o mesmo acontece com o cinema no século 20. Penso que, neste momento, os videogames estariam prestes a assumir esse posto. Existem a internet e as novas tecnologias, mas a mais capaz de incorporar a condição emocional e socializante da narrativa é o videogame.

Quais os indícios desse processo?
Por enquanto, um videogame dificilmente consegue igualar a complexidade de um livro ou de um filme, mas no início do cinema este também não era muito elaborado. Quando o cinema começou, se alguém dissesse que ali havia um novo parâmetro artístico, seria acusado de louco. E, no entanto, o cinema chegou num ponto em que é capaz de expressar a mesma complexidade de um grande romance.

É preciso então parar, com calma, e ver o videogame como forma simbólica – a possibilidade de criação de mundos imaginários e interface do jogador com esses mundos. A tendência é a de maior participação no mundo narrativo, de tal forma que a identificação, que se estabelecia de forma passiva, passe à forma ativa. Essa é a mudança que poderia haver, mas que ainda não se deu.

Como se estivéssemos esperando por um Chaplin dos videogames...
Sim. O exemplo de Chaplin é bom, porque Chaplin move as massas. Também temos que ver que esses novos meios não anulam os anteriores, mas vão se sobrepondo. Ler um livro, ver um filme e participar de um game são experiências distintas e até complementares.

Estamos vivendo a transição entre uma geração que cresceu com a televisão para uma geração que cresceu com internet. A tendência é que seja uma geração mais criativa?
Eu diria que sim. A geração da televisão é bastante passiva. Há reações ao que está acontecendo, mas também há uma passividade diante da crise. As novas tecnologias estão incentivando uma participação maior, mas que ainda não está bem desenvolvida. O potencial da internet como fonte de conhecimento ainda é pouco aproveitado.

(Adaptado de: LONGMAN, Gabriela. Entrevista [outubro, 2015]. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrissima/1547... enquanto-o-chaplin-dos-games-nao-vem.shtml. Acesso em: 13 out. 2015)
E, no entanto, o cinema chegou num ponto em que é capaz de expressar...

Sem prejuízo da correção e do sentido, o elemento sublinhado acima pode ser substituído por:
  • A porquanto
  • B em detrimento disso
  • C desse modo
  • D embora
  • E todavia
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Ai que preguiça

O corpo humano é uma máquina desenhada para o movimento. É dotado de dobradiças, músculos que formam alavancas capazes de deslocar o esqueleto em qualquer direção, ossos resistentes, ligamentos elásticos que amortecem choques e sistemas de alta complexidade para mobilizar energia, consumir oxigênio e manter a temperatura interna constante. Em 6 milhões de anos, a seleção natural se encarregou de eliminar os portadores de características genéticas que dificultavam a movimentação necessária para ir atrás de alimentos, construir abrigos e fugir de predadores.
Se o corpo humano fosse projetado para os usos de hoje, para que pernas tão compridas e braços tão longos? Se fossem só para ir de um assento a outro, nossas pernas poderiam ter metade do comprimento. Se os braços servissem apenas para alcançar o teclado do computador, para que antebraços? Seríamos anões de membros atrofiados, mas com um traseiro enorme, acolchoado, para nos dar conforto nas cadeiras.
A possibilidade de ganharmos a vida sem andar é aquisição dos últimos 50 anos. A disponibilidade de alimentos de qualidade acessíveis a grandes massas populacionais, mais recente ainda.
Para quem já morou em cavernas, a adaptação a um meio com alimentação rica em nutrientes e tecnologia para fazer chegar em nossas mãos tudo de que necessitamos foi imediata. Os efeitos adversos desse estilo de vida, no entanto, não demoraram para surgir: sedentarismo, obesidade e seu cortejo nefasto: complicações cardiovasculares, diabetes, câncer, degenerações neurológicas, doenças reumáticas e muitas outras.
Se todos reconhecem que a atividade física faz bem para o organismo, por que ninguém se exercita com regularidade?
Por uma razão simples: descontadas as brincadeiras da infância, fase de aprendizado, os animais nunca desperdiçam energia. Só o fazem atrás de alimento, sexo ou para escapar de predadores. Satisfeitas as três necessidades, permanecem em repouso.
Vá ao zoológico. Você verá uma onça dando um pique para manter a forma? Um chimpanzé - com quem compartilhamos 99% de nossos genes - correndo para perder a barriga?
É tão difícil abandonar a vida sedentária porque desperdiçar energia vai contra a natureza humana. Quando você ouvir alguém dizendo que, todos os dias, pula da cama louco de disposição para o exercício, pode ter certeza: é mentira. Essa vontade pode nos visitar num sítio ou na praia com os amigos, na rotina diária jamais.
Digo por experiência própria. Há 20 anos corro maratonas, provas de 42 quilômetros que me obrigam a levantar às cinco e meia para treinar. Fiz um trato comigo mesmo: ao acordar, só posso desistir de correr depois de vestir calção, camiseta e calçar o tênis. Se me permitir tomar essa decisão deitado na cama, cada manhã terei uma desculpa. Não há limite para as justificativas que a preguiça é capaz de inventar nessa hora.
Ao contrário do que os treinadores preconizam, não faço alongamento antes, já saio correndo, única maneira de resistir ao ímpeto de voltar para a cama. O primeiro quilômetro é dominado por um pensamento recorrente: “Não há o que justifique um homem a passar pelo que estou passando”.
Vencido esse martírio inicial, a corrida se torna suportável. Boa mesmo, só fica quando acaba. Nessa hora, a circulação inundada de endorfinas traz uma sensação de paz celestial.
Por isso, caro leitor, se você está à espera da chegada da disposição física para sair da vadiagem em 2014, tire o cavalo da chuva: ela não virá. Praticar exercícios com regularidade exige disciplina militar, a mesma que você tem na hora de ir para o trabalho.

(Drauzio Varella, Folha de S.Paulo, 11.01.2014, http://zip.net/bgl5Xn~. Adaptado)


Após o acréscimo da vírgula, o trecho que se mantém pontuado corretamente, e com o sentido preservado, é:

  • A A possibilidade de ganharmos, a vida sem andar é aquisição dos últimos 50 anos. (terceiro parágrafo)
  • B ... a adaptação a um meio com alimentação rica, em nutrientes e tecnologia para fazer chegar em nossas mãos tudo de que necessitamos foi imediata. (quarto parágrafo)
  • C Você verá, uma onça dando um pique para manter a forma? (sétimo parágrafo)
  • D Há 20 anos, corro maratonas... (nono parágrafo)
  • E Praticar exercícios com regularidade exige, disciplina militar... (último parágrafo)
51
Texto 2 – “Maior confronto armado da história da América do Sul, a Guerra do Paraguai é uma página desbotada na memória do povo brasileiro. Passados quase 150 anos das últimas batalhas deste conflito sangrento que envolveu Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, o tema se apequenou nos livros didáticos e se restringiu às discussões acadêmicas. Neste livro, fruto de pesquisas históricas rigorosas, mas escrito com o ritmo de uma grande reportagem, o leitor poderá se transportar para o palco dos acontecimentos e acompanhar de perto a grande e trágica aventura que deixou marcas profundas no continente sul-americano e lembranças de momentos difíceis”. (adaptado - A Guerra do Paraguai, Luiz Octávio de Lima) 

O texto 2 está na contracapa do livro citado e tem a função de promover a venda do próprio livro, indicando-lhe qualidades; entre as características abaixo, aquela que é citada no texto como uma dessas qualidades é:

  • A a recordação criteriosa de um episódio histórico importante;
  • B o aconselhamento de que os livros didáticos retomem o tema da Guerra;
  • C a condenação das instituições acadêmicas por desprezarem o episódio histórico citado;
  • D a rigorosa pesquisa que fundamentou a produção da obra;
  • E o destaque dado à tragicidade da guerra e o esclarecimento das marcas deixadas.
52

Texto 1

A “facebookização” do jornalismo

Cleyton Carlos Torres

[1º§] A crise que embala o jornalismo não é de hoje. Críticas a aspectos conceituais, morais, editoriais e até financeiros já rondam esse importante pilar da democracia há um bom tempo. O digital, então, acabou surgindo para dar um empurrãozinho – tanto para o bem como para o mal – nas redações mundo afora. Prédios esvaziados, startups revolucionárias, crise existencial e um suposto adversário invisível: o próprio leitor.

[2º§] O leitor – e suas mídias sociais digitais conectadas em rede – passou a ser visto como um inimigo a ser combatido, um mal necessário para que o jornalismo conseguisse sobreviver. Não mais se fazia jornalismo para a sociedade, mas se fazia um suposto jornalismo dinâmico e frenético para que os grandes nomes da imprensa sobressaíssem diante dos “jornalistas cidadãos”. Esse era um dos primeiros e mais graves erros – dentro de uma sucessão – que seriam seguidos.

[3º§] As redações continuaram a ser esvaziadas, a crise existencial tornou-se mais aguda e o suposto adversário invisível cada vez se tornava mais forte. Havia um clima de que os “especialistas de Facebook” superariam a imprensa. Não era mais necessário investir em jornalismo, já que as mídias sociais supririam toda a nossa fome por conhecimento e informação. O mito – surgido nas próprias redes sociais – parecia ter sido absorvido de tal maneira que a imprensa não mais reagia. Mesmo com o crescente número de startups sobre jornalismo, o canibalismo jornalístico parecia mais importante.

[4º§] Agora, outros erros tão graves quanto os citados estão sendo cometidos pela imprensa. O comportamento infantilizado de muitos veículos através das mídias sociais, por exemplo, demonstra imaturidade e desestruturação de pensamento. A aposta em modismos – e não mais em jornalismo – tem causado um efeito em cadeia que faz com que tanto canais grandes como pequenos se comportem de maneira duvidosa – pelo menos perante os conceitos do que se entendia como jornalismo.

[5º§] O abuso de listas, o uso de “especialistas de Facebook” como fonte, pautas sendo construídas com base em timelines alheias ou o frenesi encantador de likes e shares têm feito com que uma das maiores armadilhas das redes sociais abocanhe o jornalismo. O jornalismo, como instituição e pilar da democracia, agora se comporta como um usuário de internet, jovem, antenado, mas que não tem como privilégio o foco ou a profundidade. A armadilha se revela justamente no momento em que “ser um usuário” passa a valer como entendimento de “dialogar com o usuário”.

[6º§] As mídias sociais digitais conectadas em rede trouxeram a “midiatização da mídia”, ou a “facebookização do jornalismo”. Quando se falava em jornalismo cidadão e em participação do usuário, muitos pensavam em um jornalismo global-local, com o dinamismo e velocidade que a internet exige. Porém o que temos visto não vai ao encontro desse pensamento, já que o espaço do cidadão no jornalismo é medido apenas pelo seu humor, a participação do usuário é medida em curtidas e o jornalismo, muitas vezes, não é jornalismo, é apenas uma mera isca para likes e shares.


Fonte: Observatório da Imprensa, edição 886 - 19/01/2016. Disponível em: <http://observatoriodaimprensa.com.br/jornal-de-debates/a-facebookizacao-do-jornalismo> . Acesso em 20 jan. 2016. Fragmento de texto adaptado.


VOCABULÁRIO DE APOIO:

1- Startup: iniciar uma empresa e colocá-la em funcionamento.

2- Facebook: é um site e serviço de rede social, lançado em 2004, operado pela Facebook Inc.

3- Facebookização: neologismo (nova palavra) criado a partir de facebook.

4- Timeline: (linha do tempo): espaço para compartilhamento de dados, imagens e ideias nas redes sociais.

5- Like (curtir) e share (compartilhar): opções de interação e compartilhamento disponíveis nas redes sociais

A palavra SE foi utilizada como índice de indeterminação do sujeito em:

  • A “As redações continuaram a ser esvaziadas, a crise existencial tornou-se mais aguda e o suposto adversário invisível cada vez se tornava mais forte.”
  • B “Quando se falava em jornalismo cidadão e em participação do usuário, muitos pensavam em um jornalismo global-local, com o dinamismo e velocidade que a internet exige.”
  • C “O jornalismo, como instituição e pilar da democracia, agora se comporta como um usuário de internet, jovem, antenado, mas que não tem como privilégio o foco ou a profundidade.”
  • D “Não mais se fazia jornalismo para a sociedade, mas se fazia um suposto jornalismo dinâmico e frenético para que os grandes nomes da imprensa sobressaíssem diante dos ‘jornalistas cidadãos’.”