Resolver o Simulado VUNESP - Nível Médio

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Português

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Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

Considere as seguintes passagens dos textos:

I. a fala do tigre, no 1.º quadrinho (... agora a gente já está em algum outro estado.);
II. a de Calvin, no 3.º (Eu tão preocupado que ...);
III. a do Garfield, no último quadrinho (Eu tava sem energia pra fazer o “miau” completo.).

É correto afirmar que

  • A em I, a construção – a gente já está –, utilizada pela personagem, faz parte da linguagem coloquial, sendo a correspondente forma culta – a gente já estamos.
  • B em II e III, a linguagem empregada aproxima-se da fala coloquial, do dia a dia, o que se verifica no uso de tô, tava e pra.
  • C as expressões em destaque apontadas em I e III correspondem ao uso da linguagem culta, o que se observa, principalmente, pelo emprego das expressões a gente e pra.
  • D em II, foi utilizada a linguagem culta, empregada geralmente em textos escritos.
  • E em III, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o texto escrito deveria ser: Eu tava sem energia para fazer o “miau”.
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Invista em companhia para mudar hábitos

Como ter hábitos de vida mais saudáveis e perder peso com mais facilidade? Além da combinação clássica de mais atividade física com melhor alimentação, dois novos estudos sugerem que topar o desafio na companhia do parceiro ou de um grupo pode fazer toda a diferença.
No primeiro trabalho, da Universidade College of London,do Reino Unido, especialistas avaliaram mais de 3.700 casais com idade igual ou superior a 50 anos. Concluíram que é muito mais fácil parar de fumar, perder peso e fazer exercícios quando a cara-metade também arregaça as mangas e compra a briga.
Só para citar um exemplo: 50% das mulheres que fumavam conseguiram largar o cigarro quando o companheiro tentou junto. Entre as mulheres cujo parceiro já era um ex-fumante (portanto não a acompanhou na tentativa), só 17% conseguiram parar. Entre aquelas cujo marido continuou a fumar, o índice de sucesso ficou em apenas 8%.
Num outro trabalho, da Universidade de East Anglia, também do Reino Unido, pesquisadores revisaram 42 estudos envolvendo mais de 1.800 pessoas de 14 países e constataram que fazer atividade física em grupo diminui as condições que ameaçam a saúde, como doença coronariana,derrames,depressão e até alguns tipos de câncer.
Para os especialistas, caminhar em grupo faz as pessoas se exercitarem por mais tempo do que fariam sozinhas, além de estimular treinos mais vigorosos. As atividades coletivas também mostram ganhos psicológicos. Os praticantes ficam menos isolados. O sentimento de pertencimento aumenta o bem-estar e a sensação de apoio emocional. A combinação de benefícios físicos e psicológicos pode reduzir sintomas depressivos e estresse.
Para muitos dos homens e mulheres pesquisados, os grupos podem facilitar a aderência à atividade física regular e converter as caminhadas num novo hábito de vida. Quer seja na companhia do parceiro ou de um grupo, fica mais fácil vencer as resistências e encarar a mudança.
(Jairo Bouer. Época, 02.02.2015. Adaptado)

Considere a frase do terceiro parágrafo:


Entre as mulheres cujo parceiro já era um ex-fumante(portanto não a acompanhou na tentativa), só 17% conseguiram parar.

Assinale a alternativa em que essa frase está reescrita de acordo com a norma-padrão e sem alteração do sentido do texto.

  • A Entre as mulheres com quem o parceiro já era um ex-fumante (no entanto não a acompanhou no teste),só 17% conseguiram reduzir.
  • B Entre as mulheres com quem o parceiro já era um ex-fumante (por conseguinte não a acompanhou na empreitada), só 17% conseguiram controlar.
  • C Entre as mulheres a quem o parceiro já era um ex-fumante (em vista disso não a acompanhou na prova), só 17% conseguiram vitória.
  • D Entre as mulheres de quem o parceiro já era um ex-fumante (ou seja, não a acompanhou na disputa),só 17% conseguiram moderar.
  • E Entre as mulheres de quem o parceiro já era um ex-fumante (por isso não a acompanhou no experimento),só 17% conseguiram sucesso.
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Leia o texto para responder às questões de números 01 a 06.

Matrimônio à brasileira

No Brasil, essas tradições foram implantadas desde os primeiros tempos coloniais, seguindo as mesmas regras do modelo social português católico, que regeu os valores e costumes da colônia durante séculos. Embora os grupos familiares fossem dispersos, a instituição familiar firmou-se no país tendo como base o casamento, a priori realizado entre grupos de convívio ou parentelas, para não dispersarem o patrimônio adquirido.
Diante disso, urgia que viessem para a colônia mulheres brancas. Poderiam ser órfãs ou meretrizes, diziam os jesuítas. Pouco importava que essas mulheres não fossem de família. O importante é que estivessem em condições de se casar com os colonos, pertencentes a diferentes classes sociais, pois casar-se com mulheres nativas, ou negras escravas, não teria o mesmo valor social de casar-se com mulheres da corte.
Contrariando esses ideais, os homens que vieram povoar a colônia deitavam-se constantemente com as mulheres nativas e negras, comprovando que as práticas da irracionalidade do instinto se contrapunham à racionalidade das normas, gerando repúdio aos que pretendiam moralizar a sociedade em formação no Brasil. Degredo, confisco de bens, acusações de crime, entre outras, eram as punições impostas para quem fosse preso sob a alegação de ter realizado ou testemunhado um casamento fora dos moldes cristãos.
Pelo tipo de casamento imposto pelo Arcebispado da Bahia para efetivar o casamento cristão, os noivos deveriam apresentar à autoridade uma documentação provando serem solteiros e batizados, além de aguardar denúncias do pregão colocado na porta da igreja durante três domingos. (...)Mas essa documentação custava muito caro e se constituiu em grande entrave para a realização do casamento cristão, levando os homens a se envolverem com mulheres nativas ou negras, desviando-se dos interesses da Igreja.
Para burlar essas normas, homens e mulheres uniam-se em concubinato, que pouco se afastava da prática do casamento cristão.(...) O casal ia à missa, com suas testemunhas, e esperava a hora em que o padre se voltasse ao público, ou para dar a bênção ou para descer do altar, para juntos se receberem em voz alta como marido e mulher. O padre, desprevenido, não podia negar sua condição de testemunha do ato, sacramentando a união. Mas nem todos os casais buscavam a bênção e, diante da enorme clandestinidade, a Igreja insistia para que o Estado português acabasse de vez com essas uniões.

(Maria Beatriz Nader. História Viva. ed.119. set.2013. Adaptado) (www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/matrimonio_a_brasileira.html?)

Segundo o texto,

  • A o concubinato era condenado tanto pela igreja como pelas mulheres solteiras e batizadas.
  • B alguns padres recusavam-se a abençoar os casais na missa.
  • C a Igreja aprovava o casamento de meretrizes, pois elas se tornariam cristãs modelares.
  • D o caráter moralizador da Igreja era extremamente inconsistente e discriminador.
  • E entre os obstáculos aos casamentos cristãos estavam o preço da documentação e as diferenças sociais.
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Leia a tira para responder às questões de números 76 a 78.


Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

No contexto em que está empregada, a frase – Pode experimentar… –, em conformidade com a norma-padrão da lín- gua portuguesa, pode ser substituída por

  • A Pode experimentar eles…
  • B Pode experimentar-nos…
  • C Pode experimentá-los…
  • D Pode-lhes experimentar…
  • E Pode experimentar-lhes…
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A tecnologia e o futuro do policiamento

O policiamento - como todas as demais atividades - está sendo reimaginado na era das montanhas de dados, sob a expectativa de que uma análise mais ampla e profunda sobre crimes passados, combinada a algoritmos1 sofisticados, possa ajudar a prever futuros delitos. Trata-se de uma prática conhecida como “policiamento preditivo” e, ainda que exista há apenas alguns anos, muitos especialistas a veem como uma revolução na forma pela qual o trabalho policial é realizado.
Um exemplo é o departamento de polícia de Los Angeles, que está usando um software chamado PredPol. O software começa pela análise de anos de estatísticas criminais disponíveis, depois divide o mapa de patrulha em zonas (de cerca de 45 metros quadrados) e calcula a distribuição e frequência de crimes em cada uma delas. Por fim, informa aos policiais sobre as probabilidades de local e horário de crimes, o que permite que eles policiem de maneira mais intensa as áreas sob ameaça.
A atraente ideia que embasa o policiamento preditivo é a de que é muito melhor prevenir um crime antes que aconteça do que chegar depois e investigá-lo. Assim, mesmo que os policiais em patrulha não apanhem o bandido em flagrante, sua presença no lugar certo e na hora certa pode exercer efeito dissuasório2.
A lógica parece sólida. Em Los Angeles, houve um declínio de 13% na criminalidade. A cidade de Santa Cruz, também usuária do PredPol, viu queda de 30% no número de furtos.
Mas, apesar do mérito inegável do novo sistema, há quem questione sua eficácia, uma vez que as ações da polícia não podem ser guiadas apenas pela interpretação de números aproximados. Isso porque, nos regimes democráticos, a polícia precisa de causa provável - alguma forma de prova, e não apenas um palpite - para deter e revistar alguém na rua.
Também há o problema dos crimes que passam sem denúncia. Embora a maioria dos homicídios seja denunciada, muitos estupros e furtos residenciais não são. Mesmo na ausência desse tipo de denúncia, a polícia continua a desenvolver métodos de descobrir quando algo de estranho acontece em um bairro. Os críticos do policiamento preditivo temem que esse conhecimento obtido pela análise atenta que os policiais fazem de seu entorno seja substituído pela análise exclusiva das estatísticas. Se apenas dados sobre crimes que foram registrados em queixas formais forem usados para prever futuros crimes e orientar o trabalho policial, algumas formas de crime poderão passar sem registro - e, com isso, sem qualquer repressão.
As recompensas do policiamento preditivo podem ser reais, mas seus perigos também o são. A polícia precisa sujeitar seus algoritmos a um rigoroso exame externo e enfrentar a questão das distorções implícitas que carreguem.

1 algoritmo: conjunto das regras e procedimentos lógicos que levam à solução de um problema.
2 dissuasório: que convence ou tenta convencer a desistir.



De acordo com o texto, o PredPol ajuda a prever futuros delitos por meio de cálculos feitos a partir:

  • A da vigilância ininterrupta das regiões mais populosas.
  • B de informações sobre crimes cometidos no passado.
  • C de denúncias feitas por cidadãos que se sentem ameaçados
  • D do interrogatório dos bandidos que são presos em flagrante.
  • E da análise do comportamento de criminosos em detenção.
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Grudados no facebook

Eu resisti o quanto pude, mas acabei sucumbindo no ano passado, por necessidade profissional e também para “conhecer o inimigo”, já que meus filhos inevitavelmente usariam a plataforma.

Por que o facebook tem o poder de transfixar o usuário em sua frente? Um grupo de neurocientistas alemães suspeitou de que a resposta estivesse no retorno positivo que a plataforma oferece por meio das curtidas públicas aos posts dos usuários.

As curtidas servem como uma indicação da reputação social do usuário, e ter boa reputação é algo valioso por aumentar a chance de ser alvo de boa vontade e cooperação dos outros. Descobrir que gostam da gente ou receber outras formas de avaliação positiva são estímulos fortes para o estriado ventral, estrutura do sistema de recompensa do cérebro que nos premia com uma sensação de prazer quando algo positivo acontece. Mais tarde, a lembrança desse reforço positivo serve como motivação para repetir o que deu certo – e assim a causa da boa reputação se afirma.

Os pesquisadores da Universidade Livre de Berlim examinaram a relação entre a intensidade de uso da plataforma e a percepção do cérebro dos usuários a recompensas sociais. O resultado foi uma correlação clara entre a intensidade com que o estriado ventral de cada um respondia a avaliações sociais positivas de boa reputação, na forma de adjetivos associados à sua pessoa. A descoberta explica por que o facebook é um sistema tão poderoso quanto um videogame. Funciona como um video game: você aperta alguns botões e descobre imediatamente, pelas opiniões dos outros, se o resultado foi positivo. Como esse é um videogame de adultos que se leva no bolso, é difícil resistir a “jogar” o tempo todo…

(Suzana Herculano-Houzel, Folha de S. Paulo,14.10.2013. Adaptado)

De acordo com o texto, a boa reputação do usuário

  • A resulta de um aprimoramento nas estruturas cerebrais.
  • B independe da maneira como reage aos estímulos dos demais.
  • C provoca reações disparatadas no universo das redes.
  • D nasce do desejo de construir melhor imagem de si mesmo.
  • E aumenta as possibilidades de contar com o auxílio de outros.
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Leia o texto para responder às questões de números 07 a 09.

____________________décadas tenho privado com alcoólatras em vários estágios de dependência. Todos resistentes a tratamento. Um deles nem admitia o assunto, mesmo quando os vômitos matinais de sangue já tornavam sua situação desesperadora. A eventualidade de uma internação, com a interrupção do fornecimento de bebida, lhe era intolerável.
Quando se trata de álcool, a dependência leva anos para se instalar, durante os quais o bebedor tem tempo para constituir família, aprender um ofício e afirmar-se profissionalmente – até que a progressão da doença acabe com tudo. ___________vezes, uma última centelha de consciência ____________ faz procurar ajuda. Se esta __________ a tempo, e o processo destrutivo for interrompido e controlado, a pessoa, com esforço e sorte, pode retomar sua vida e tentar devolvê-la ao que era antes de a dependência ter se instalado.
(Ruy Castro, “Sem começo ou meio”. Folha de S.Paulo, 17.10.2012. Adaptado)

Assinale a alternativa correta quanto à regência nominal e verbal.

  • A Quando o bebedor tem consciência que precisa de ajuda, não se opõe interromper e controlar o processo destrutivo, o que lhe permitirá retomar o ritmo de uma vida saudável.
  • B Quando o bebedor tem consciência de que precisa de ajuda, não se opõe de interromper e controlar o processo destrutivo, o que o permitirá retomar o ritmo de uma vida saudável.
  • C Quando o bebedor tem consciência que precisa de ajuda, não se opõe em interromper e controlar o processo destrutivo, o que lhe permitirá retomar o ritmo de uma vida saudável.
  • D Quando o bebedor tem consciência de que precisa de ajuda, não se opõe a interromper e controlar o processo destrutivo, o que lhe permitirá retomar o ritmo de uma vida saudável.
  • E Quando o bebedor tem consciência de que precisa de ajuda, não se opõe contra interromper e controlar o processo destrutivo, o que o permitirá retomar o ritmo de uma vida saudável.
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Leia o poema e responda à questão.

Casa

Meu irmão tocava piano
na tarde azul e o resto de sol
punha um brilho novo
nos móveis e vasos.

Um brilho
que não sustenta meia volta
no relógio da cozinha.

Meu irmão tocava piano
e eu não pensava em nada
nem no brilho
se desfazendo nos ponteiros.

(Heitor Ferraz. Resumo do dia. São Paulo: Ateliê Editorial, 1996)

A colocação pronominal está em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa em:

  • A O poeta lembra-se de sua casa, e do momento em que seu irmão tocava piano.
  • B Talvez o irmão do poeta teria disposto-se a tocar música clássica ao piano.
  • C Enquanto entretinha-se ouvindo seu irmão, o poeta não pensava em nada.
  • D Jamais esqueceria-se daquela tarde de sol em que seu irmão tocava piano.
  • E É possível que tenha concentrado-se demasiado na música que seu irmão tocava.
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Repolhos iguais

Sempre me impressiona o impulso geral de igualar a todos: ser diferente, sobretudo ser original, é defeito. Parece perigoso. E, se formos diferentes, quem sabe aqui e ali uma medicaçãozinha ajuda. Alguém é mais triste? Remédio nele. Deprimido? Remédio nele (ainda que tenha acabado de perder uma pessoa amada, um emprego, a saúde). Mais gordinho? Dieta nele. Mais alto? Remédio na adolescência para parar de crescer. Mais relaxado na escola? Esse é normal. Mais estudioso, estudioso demais? A gente se preocupa, vai virar nerd (se for menina, vai demorar a conseguir marido).

Não podemos, mas queremos tornar tudo homogêneo: meninas usam o mesmo cabelo, a mesma roupa, os mesmos trejeitos; meninos, aquele boné virado. Igualdade antes de tudo, quando a graça, o poder, a força estão na diversidade. Narizes iguais, bocas iguais, sobrancelhas iguais, posturas iguais. Não se pode mais reprovar crianças e jovens na escola, pois são todos iguais. Serão? É feio, ou vergonhoso, ter mais talento, ser mais sonhador, ter mais sorte, sucesso, trabalhar mais e melhor.

Vamos igualar tudo, como lavouras de repolhos, se possível… iguais. E assim, com tudo o que pode ser controlado com remédios, nos tornamos uma geração medicada. Não todos - deixo sempre aberto o espaço da exceção para ser realista, e respeitando o fato de que para muitos os remédios são uma necessidade -, mas uma parcela crescente da população é habitualmente medicada. Remédios para pressão alta, para dormir, para acordar, para equilibrar as emoções, para emagrecer, para ter músculos, para ter um desempenho sexual fantástico, para ter a ilusão de estar com 30 anos quando se tem 70. Faz alguns anos reina entre nós o diagnóstico de déficit de atenção para um número assustador de crianças. Não sou psiquiatra, mas a esta altura de minha vida criei e acompanhei e vi muitas crianças mais agitadas, ou distraídas, mas nem por isso precisadas de medicação a torto e a direito. Fala-se não sei em que lugar deste mundo louco, em botar Ritalina na merenda das escolas públicas. Tal fúria de igualitarismo esconde uma ideologia tola e falsa.

Se déssemos a 100 pessoas a mesma quantidade de dinheiro e as mesmas oportunidades, em dois anos todas teriam destino diferente: algumas multiplicariam o dinheiro; outras o esbanjariam; outras o guardariam; outras ainda o dedicariam ao bem (ou ao mal) alheio.

Então, quem sabe, querer apaziguar todas as crianças e jovens com medicamentos para que não estorvem os professores já desesperados por falta de estímulo e condições, ou para permitir aos pais se preocuparem menos, ou ajudar as babás enquanto os pais trabalham ou fazem academia ou simplesmente viajam, nem valerá a pena. Teremos mais crianças e jovens aturdidos, crianças e jovens mais violentos e inquietos quando a medicação for suspensa. Bastam, para desatenção, agitação e tantas dificuldades relacionadas, as circunstâncias da vida atual. [...]

Mudar de vida é difícil. Em lugar de correr mais, parar para pensar, roubar alguns minutos para olhar, contemplar, meditar, também é difícil, pois é fugir do padrão. Então seguimos em frente, nervosos com nossos filhos mais nervosos. Haja psicólogo, psiquiatra e medicamento para sermos todos uns repolhos iguais.

( LUFT, Lya. Revista Veja - 07 de maio de 2014.)

Faz alguns anos reina entre nós o diagnóstico de déficit de atenção para um número assustador de crianças.” (3º§) Nessa frase, as palavras sublinhadas apresentam, respectivamente,

  • A ditongo, hiato, dígrafo e dígrafo.
  • B dígrafo, encontro consonantal, hiato e dígrafo.
  • C ditongo, encontro consonantal, dígrafo e hiato.
  • D encontro consonantal, hiato, dígrafo e ditongo.
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Leia o texto para responder à questão

O tempo dirá se o Marco Civil da internet é bom ou ruim

Foi aprovado o Marco Civil da internet: aquilo a que chamam de “Constituição da internet" e que será capaz de afetar diretamente a vida de milhões de usuários que já não usam mais a internet apenas para se divertir, mas para trabalhar.
O Marco Civil garantirá a neutralidade da rede, segundo a qual todo o conteúdo que trafega pela internet será tratado de forma igual. As empresas de telecomunicações que fornecem acesso poderão continuar vendendo velocidades diferentes. Mas terão de oferecer a conexão contratada independentemente do conteúdo acessado pelo internauta e não poderão vender pacotes restritos.
O Marco Civil garante a inviolabilidade e o sigilo das comunicações. O conteúdo poderá ser acessado apenas mediante ordem judicial. Na prática, as conversas via Skype e as mensagens salvas na conta de e-mail não poderão ser violadas, a menos que o Judiciário determine.
Excluiu-se do texto aprovado um artigo que obrigava empresas estrangeiras a instalar no Brasil seus datacenters (centros de dados para armazenamento de informações). Por outro lado, o projeto aprovado reforçou dispositivo que determina o cumprimento das leis brasileiras por parte de companhias internacionais, mesmo que não estejam instaladas no Brasil.
Ressalte-se ainda que a exclusão de conteúdo só poderá ser ordenada pela Justiça. Assim, não ficará mais a cargo dos provedores a decisão de manter ou remover informações e notícias polêmicas. Portanto, o usuário que se sentir ofendido por algum conteúdo no ambiente virtual terá de procurar a Justiça, e não as empresas que disponibilizam os dados.
Este é o Marco Civil que temos. Se é o que pretendíamos ter, o tempo vai mostrar. Mas, sem dúvida, será menos pior do que não termos marco civil nenhum.

(O Liberal, Editorial de 24.04.2014. Adaptado)

Conforme opinião expressa no texto, o Marco Civil da internet é

  • A dispensável, pois as leis tradicionais eram suficientes para tratar do meio virtual.
  • B ineficaz, uma vez que a maioria dos provedores atende a leis internacionais.
  • C necessário, embora seja precoce tecer julgamentos a respeito de sua eficácia.
  • D irretocável, apesar de não ter sido amplamente debatido com a população.
  • E inconveniente, já que compromete a liberdade de expressão do cidadão.
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Grupo quer criar cooperativa de catadores de pelo

Catadores de pelo de cachorro. É a mais nova modalidade de cooperativa de reciclagem, que pretende recolher o material da tosa em pet shops* e transformá-lo em roupas de animais.

O projeto de transformar pelo de poodle em tecido começou em uma escola do Senai em 2008 e ganhou legitimidade após pesquisa na USP demonstrar que o material é similar ao da lã de carneiro e pode passar pelo processo de fiação.

“Um leigo não conseguiria diferenciar um do outro", diz Renato Lobo, que realizou o estudo com pelo de poodle em seu mestrado. Segundo ele, há similaridade entre os dois em relação à maciez, tingibilidade (capacidade de receber corante), alongamento, absorção de líquido e isolamento térmico.

Do ponto de vista técnico, Lobo explica que a única diferença entre o pelo do poodle e a lã do carneiro é o comprimento da fibra - mais curta no primeiro. Mas essa diferença não altera o processo de fiação, porque há um maquinário próprio para fibras mais curtas.

Agora, a proposta é montar uma cooperativa de catadores de pelo seguindo o mesmo modelo das que hoje reciclam latinhas e papelão. Lobo diz que há negociações com três dessas cooperativas para possível parceria.

Hoje, o pelo é descartado no lixo pelos pet shops. A ideia é que, após a coleta, limpeza e fiação, ele vire roupinhas para animais que serão vendidas também nas lojas. “Estamos em contato com ONGs que produzem essas roupas para animais de estimação para apresentar o tecido feito de pelo."

“A procura por roupas de animais é grande, principalmente no inverno. Tenho certeza de que haverá interesse, porque as pessoas adoram uma novidade", diz o veterinário Sergio Soares Júnior.

E roupas para humanos? Segundo Lobo, “Há viabilidade técnica para produzi-las, mas não sei se haveria aceitação. As pessoas usam casacos de couro, mas não sei se aceitariam roupas de pelo de cão. De animal para animal, fica mais fácil."

(Cláudia Collucci, Folha de S.Paulo, 20.07.2014. Adaptado)

* pet shops: lojas especializadas em serviços e artigos relativos a animais de estimação

Considere o trecho:

Segundo ele, há similaridade entre os dois em relação à maciez, tingibilidade (capacidade de receber corante), alongamento, absorção de líquido e isolamento térmico.

No trecho, os parênteses são usados para apresentar

  • A uma dúvida quanto aos muitos sentidos de tingibilidade.
  • B um comentário à parte, sem relação com tingibilidade.
  • C uma exemplificação de produtos com tingibilidade.
  • D uma explicação sobre o significado de tingibilidade.
  • E uma enumeração de sinônimos para tingibilidade.
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Leia o texto para responder à questão.

      Surgiu a Maria da Anália, pediu se eu podia vender um pedaço de toucinho.

      – Não vou vender. Quando você engordou e matou o teu porco, eu não fui aborrecer-te.

      Ela começou a dizer que queria só o toucinho. Perpassei o olhar no povo. Fitavam o toucinho igual a raposa quando fita uma galinha. Pensei: e se eles invadir o quintal? Resolvi levar o toucinho para dentro de casa o mais depressa possível. Fitei as tabuas do barraco, que já estão podres. Se eles invadir, adeus barraco.

      Juro que fiquei com medo...

(Carolina Maria de Jesus. Quarto de despejo – diário de uma favelada, 1993. Adaptado)

Na passagem “Perpassei o olhar no povo. Fitavam o toucinho igual a raposa quando fita uma galinha. Pensei: e se eles invadir o quintal?”, os termos destacados denotam a seguinte figura de sintaxe:

  • A zeugma, já que o termo “povo” não aparece na última oração, mas está implícito.
  • B silepse de pessoa, já que se tem a terceira pessoa do singular e a terceira do plural.
  • C silepse de número, já que se alternam entre as expressões o singular e o plural.
  • D anacoluto, já que existe a quebra da estruturação lógica e sintática da oração.
  • E pleonasmo, já que ocorre a repetição, para fins de clareza, de um termo anteriormente expresso.
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Previsão do tempo no Sudeste é uma dor de cabeça
para cientistas


Se a sucessão de boas e más notícias sobre a chuva que abastece os reservatórios de São Paulo parece uma confusão só, não se preocupe: previsões climáticas sobre o Sudeste brasileiro podem confundir até especialistas.
Isso acontece porque a região mais populosa do Brasil ocupa uma área do globo terrestre que recebe todo tipo de influência complexa, desde a umidade oriunda da Amazônia até as frentes frias “sopradas" da Antártida.
Resultado: um nível de incerteza acima do normal numa seara que, por natureza, já é bastante incerta.
“Isso vale principalmente para prever o clima, ou seja, as variações de médio e longo prazo, mas também é verdade, ainda que em grau bem menor, para as previsões de tempo, ou seja, na escala de dias", diz Tercio Ambrizzi, climatologista da USP.
Portanto, não é que o tempo seja mais instável na área do sistema Cantareira, o mais castigado pela atual crise e agora em ligeira recuperação. O que ocorre é que a região que abastece o Cantareira às vezes pode ficar mais sujeita a variações aleatórias de um sistema climático naturalmente complicado.

(Folha de S.Paulo, 15.02.2015)

Na oração – Isso acontece... – (segundo parágrafo), o pronome Isso refere-se à possibilidade de

  • A até mesmo os especialistas se confundirem com as previsões.
  • B as constantes instabilidades climáticas ocorrerem no Sudeste.
  • C o abastecimento dos reservatórios ser insuficiente na Grande São Paulo.
  • D as sucessivas notícias sobre o clima se espalharem, sendo boas ou ruins.
  • E o número de habitantes aumentar na região metropolitana de São Paulo.
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Em 1956, John McCarthy, um cientista da computação do Dartmouth College, então com menos de 30 anos, cunhou a expressão inteligência artificial (IA). De forma simples como os aros pesadões de seus óculos, ele definiu o novo campo de estudos: “A engenharia de fabricar máquinas inteligentes".

A ambição de criar robôs dotados de esperteza é anterior, remete aos mitos da Grécia antiga, tal qual o de Talo, o gigante de bronze criado pelos deuses. Mas foi só a partir de meados do século passado, com o trabalho de estudiosos como McCarthy, que a chance de produzir androides come- çou a ser levada a sério. Rapidamente brotaram medos exagerados e possibilidades descabidas, refletidas na ficção em obras da literatura. O exemplo mais evidente é o clássico Eu, Robô, de Isaac Asimov – no qual se apresentaram as Três Leis da Robótica, que controlariam a IA e, desrespeitadas, gerariam monstros de ferro e alumínio nas veias. Hoje, sabe- -se que não passa de bobagem a mirabolante visão de um futuro de guerras fratricidas contra nossas crias.

A IA progrediu e, silenciosamente, está perto de superar a capacidade mental humana, principalmente em tarefas padronizadas e exatas, como nos cálculos financeiros ou na promessa de carros sem motorista. Não há o conflito desenhado, a não ser no cinema. É cada um na sua. As máquinas não param de evoluir, mas estritamente como máquinas. Os humanos serão cada vez mais humanos, com fraquezas, inseguranças e imperfeições.

Pedir a um software capaz de pintar como Van Gogh que cortasse a própria orelha deixaria os algoritmos tontos, perdidos, incapazes de entender o comando suicida.

(Felipe Vilic, Raquel Beer e Rita Loiola, Cada um na sua. Veja, 22.07.2015, p. 78. Adaptado)

A ambição de criar robôs dotados de esperteza é anterior, remete aos mitos da Grécia antiga, tal qual o de Talo, o gigante de bronze criado pelos deuses. Mas foi só a partir de meados do século passado, com o trabalho de estudiosos como McCarthy, que a chance de produzir androides começou a ser levada a sério.

A passagem – ... com o trabalho de estudiosos como McCarthy... – expressa, no contexto, circunstância de

  • A companhia, com o sentido de “junto do trabalho de estudiosos como McCarthy".
  • B tempo, com o sentido de “ao longo do trabalho de estudiosos como McCarthy".
  • C causa, com o sentido de “graças ao trabalho de estudiosos como McCarthy".
  • D modo, com o sentido de “à maneira do trabalho de estudiosos como McCarthy".
  • E finalidade, com o sentido de “para o trabalho de estudiosos como McCarthy".
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Brasileiro bonzinho?

Tempos atrás, num programa cômico de televisão, uma jovem americana radicada no Brasil, a cada comentário sobre violência ou malandragem neste país, pronunciava com muita graça: “Brasileiro bonzinho!”. E a gente se divertia. Hoje nos sentiríamos insultados, pois não somos bonzinhos nem sequer civilizados. O crime se tornou banal, a vida vale quase nada. Ser assaltado é quase natural - não só em bairros ditos perigosos ou nas grandes cidades, mas também no interior se perdeu a velha noção de bucolismo e segurança.

Em São Paulo, só para dar um exemplo, os arrastões são tão comuns que em alguns restaurantes o cliente é recebido por dois ou quatro seguranças fortemente armados, com colete à prova de bala, que o acompanham olhando para os lados - atentos como em séries criminais americanas. Quem, nessas condições, ainda se arrisca a esta coisa tão normal e divertida, comer fora?

Pessoas inocentes são chacinadas: vemos protestos, manifestações e choro, mas nada compensará o desespero das famílias ou pessoas destroçadas, cujo número não para de crescer. Morar em casa é considerado loucura, a não ser em alguns condomínios, e mesmo nesses o crime controla o porteiro, entra, rouba, maltrata, mata. Recomenda-se que moremos em edifícios: “mais seguros”, seria a ideia. Mas mesmo nos edifícios, nem pensar, a não ser com boa portaria, com porteiros preparados e instruídos para proteger dentro do possível nossos lares agora precários.

Somos uma geração assustada, confinada, gradeada - parece sonho que há não tanto tempo fosse natural morar em casa, a casa não ter cerca, a meninada brincar na calçada; e não morávamos em ilhas longínquas de continentes remotos, mas aqui mesmo, em bairros de cidades normais. Éramos gente “normal”. Continua valendo a inacreditável lei de responsabilidade criminal só depois dos 18 anos. Jovens monstros, assassinos frios, sem remorso, drogados ou simplesmente psicopatas saem para matar e depois vão beber no bar, jogar na lan house, curtir o Facebook, com cara de bons meninos. Estamos em incrível atraso em relação a países civilizados. No Canadá, Holanda e outros, a idade limite é de 12 anos. No Brasil, assassinos de 17 anos, 11 meses e 29 dias são considerados incapazes... Estamos indefesos e apavorados.

(Lya Luft. Revista Veja, 24 de abril de 2013. Adaptado)

A autora afirma que o comentário feito – “Brasileiro bonzinho!” – tempos atrás, por uma jovem americana que residia no Brasil, seria, hoje, considerado um insulto porque

  • A uma americana não tem condições de julgar o comportamento de outro povo.
  • B existem, atualmente, na sociedade, muitas pessoas violentas e de má índole.
  • C há malandragem no nosso país, mas é restrita a algumas cidades.
  • D o Brasil já pode ser comparado a países civilizados, como o Canadá.
  • E o brasileiro entende que a violência está sendo dominada pouco a pouco.
16
Um homem que dorme mantém em círculo em torno de si o fio das horas, a ordem dos anos e dos mundos. Ao acordar consulta-os instintivamente e neles verifica em um segundo o ponto da terra em que se acha, o tempo que decorreu até despertar; essa ordenação, porém, pode-se confundir e romper. Se acaso pela madrugada, após uma insônia, vem o sono surpreendê-lo durante a leitura, em uma posição muito diversa daquela em que dorme habitualmente, basta seu braço erguido para deter e fazer recuar o sol, e, no primeiro minuto em que desperte, já não saberá da hora, e ficará pensando que acabou apenas de deitar-se.
(Marcel Proust. No caminho de Swann. Trad. Mario Quintana. 17. ed. São Paulo: Globo, 1995, p. 11. [Em busca do tempo perdido, v. 1])
Em consonância com o restante do texto, no trecho – Um homem que dorme mantém em círculo em torno de si o fio das horas, a ordem dos anos e dos mundos. –, empregam-se termos com sentido figurado, atingindo, entre outros efeitos, o de
  • A atribuir conotação negativa à representação do sono.
  • B conferir características espaciais à noção de tempo.
  • C descrever o sono como um ato meramente biológico.
  • D sugerir que o insone dificilmente perde a noção do tempo.
  • E enfatizar a estaticidade do corpo de alguém que está dormindo.
17
Ai que preguiça

O corpo humano é uma máquina desenhada para o movimento. É dotado de dobradiças, músculos que formam alavancas capazes de deslocar o esqueleto em qualquer direção, ossos resistentes, ligamentos elásticos que amortecem choques e sistemas de alta complexidade para mobilizar energia, consumir oxigênio e manter a temperatura interna constante. Em 6 milhões de anos, a seleção natural se encarregou de eliminar os portadores de características genéticas que dificultavam a movimentação necessária para ir atrás de alimentos, construir abrigos e fugir de predadores.
Se o corpo humano fosse projetado para os usos de hoje, para que pernas tão compridas e braços tão longos? Se fossem só para ir de um assento a outro, nossas pernas poderiam ter metade do comprimento. Se os braços servissem apenas para alcançar o teclado do computador, para que antebraços? Seríamos anões de membros atrofiados, mas com um traseiro enorme, acolchoado, para nos dar conforto nas cadeiras.
A possibilidade de ganharmos a vida sem andar é aquisição dos últimos 50 anos. A disponibilidade de alimentos de qualidade acessíveis a grandes massas populacionais, mais recente ainda.
Para quem já morou em cavernas, a adaptação a um meio com alimentação rica em nutrientes e tecnologia para fazer chegar em nossas mãos tudo de que necessitamos foi imediata. Os efeitos adversos desse estilo de vida, no entanto, não demoraram para surgir: sedentarismo, obesidade e seu cortejo nefasto: complicações cardiovasculares, diabetes, câncer, degenerações neurológicas, doenças reumáticas e muitas outras.
Se todos reconhecem que a atividade física faz bem para o organismo, por que ninguém se exercita com regularidade?
Por uma razão simples: descontadas as brincadeiras da infância, fase de aprendizado, os animais nunca desperdiçam energia. Só o fazem atrás de alimento, sexo ou para escapar de predadores. Satisfeitas as três necessidades, permanecem em repouso.
Vá ao zoológico. Você verá uma onça dando um pique para manter a forma? Um chimpanzé - com quem compartilhamos 99% de nossos genes - correndo para perder a barriga?
É tão difícil abandonar a vida sedentária porque desperdiçar energia vai contra a natureza humana. Quando você ouvir alguém dizendo que, todos os dias, pula da cama louco de disposição para o exercício, pode ter certeza: é mentira. Essa vontade pode nos visitar num sítio ou na praia com os amigos, na rotina diária jamais.
Digo por experiência própria. Há 20 anos corro maratonas, provas de 42 quilômetros que me obrigam a levantar às cinco e meia para treinar. Fiz um trato comigo mesmo: ao acordar, só posso desistir de correr depois de vestir calção, camiseta e calçar o tênis. Se me permitir tomar essa decisão deitado na cama, cada manhã terei uma desculpa. Não há limite para as justificativas que a preguiça é capaz de inventar nessa hora.
Ao contrário do que os treinadores preconizam, não faço alongamento antes, já saio correndo, única maneira de resistir ao ímpeto de voltar para a cama. O primeiro quilômetro é dominado por um pensamento recorrente: “Não há o que justifique um homem a passar pelo que estou passando”.
Vencido esse martírio inicial, a corrida se torna suportável. Boa mesmo, só fica quando acaba. Nessa hora, a circulação inundada de endorfinas traz uma sensação de paz celestial.
Por isso, caro leitor, se você está à espera da chegada da disposição física para sair da vadiagem em 2014, tire o cavalo da chuva: ela não virá. Praticar exercícios com regularidade exige disciplina militar, a mesma que você tem na hora de ir para o trabalho.

(Drauzio Varella, Folha de S.Paulo, 11.01.2014, http://zip.net/bgl5Xn~. Adaptado)


De acordo com o autor,

  • A a corrida vai se tornando mais e mais aprazível a cada quilômetro percorrido.
  • B assim que se completa o primeiro quilômetro, a corrida torna-se extremamente prazerosa.
  • C a liberação de endorfinas no sangue permite que se te- nha prazer durante a corrida.
  • D o prazer proporcionado pela corrida só é experimentado depois que ela foi concluída.
  • E é o prazer experimentado ao longo do percurso que leva o corredor a não desistir da corrida.
18
Leia o texto disposto a seguir e responda a questão.

Diante da Lei está um porteiro. Um homem que vem do campo acerca-se dele e pede para entrar na Lei. O porteiro, porém, responde que naquele momento não pode deixá-lo entrar. O homem medita e pergunta se mais tarde terá autorização para entrar. “É possível", responde o porteiro, “mas agora não pode ser". Como o portão que dá acesso à Lei se encontra, como sempre, aberto, e o porteiro se afasta um pouco para o lado, o homem inclina-se a fim de olhar para o interior. Assim que o porteiro percebe isso, desata a rir e diz: “se te sentes tão atraído, experimenta entrar, apesar da minha proibição. Contudo, repara: sou forte. E ainda assim sou o mais ínfimo dos porteiros. De sala para sala, há outros sentinelas, cada um mais forte que o outro. Eu não posso sequer suportar o olhar do terceiro."
O camponês não esperava encontrar tais dificuldades, “a Lei devia ser sempre acessível a toda a
gente
", pensa ele. Porém, ao observar melhor o porteiro envolto no seu capote de peles, o seu grande
nariz afilado, a longa barba rala e negra à tártaros, acha que é melhor esperar até lhe darem autorização para entrar. O porteiro dá ao jovem um banquinho e o faz sentar-se a um lado, frente à porta. Durante anos ele permanece sentado. Faz diversas diligências para entrar e fatiga o porteiro com os seus pedidos. Às vezes, o sentinela o submetia a pequenos interrogatórios sobre a sua terra e muitas outras coisas, mas de uma maneira indiferente, como fazem os grandes senhores, e no fim, diz-lhe sempre que ainda não pode deixá-lo entrar. O homem, que se provera bem para a viagem, emprega tudo, por mais valioso que fosse, para subornar o porteiro. Este aceita tudo, mas diz: “só aceito o que me dás para que te convenças de que nada omitiste."
Durante todos aqueles longos anos, o homem olha quase ininterruptamente para o porteiro. Esquece-se dos outros porteiros; parece-lhe que o porteiro é o único obstáculo que se opõe à sua entrada na Lei. Amaldiçoa em voz alta o infeliz acaso dos primeiros anos; mais tarde, à medida que envelhece, já não faz outra coisa senão resmungar. Torna-se acriançado e, como durante anos a fio estudou o porteiro, acaba também por conhecer as pulgas da gola do seu capote; assim, pede-lhes que o ajudem a demover o porteiro. Por fim, a sua vista torna-se tão fraca que já nem sabe se escurece realmente à sua volta ou se é apenas ilusão dos seus olhos. Agora, em meio às trevas, percebe um raio de luz inextinguível através da porta da Lei. Mas ele já não tem muito tempo de vida.
Antes de morrer, todas as experiências por que passara durante esse tempo convergem para uma pergunta que, até essa altura, ainda não formulara. Faz um sinal ao porteiro para que se aproxime, pois não podia mover o seu corpo já arrefecido. O porteiro tem de curvar-se profundamente, visto que a diferença das estaturas se modificara bastante. “Que queres tu ainda saber?", pergunta o porteiro. “És insaciável." “Se todos aspiram à Lei", diz o homem, “como é que, durante todos esses anos, ninguém mais, além de mim, pediu para entrar?" O porteiro percebe que o homem já está às portas da morte, de modo que para alcançar o seu ouvido moribundo, berra: “Aqui, ninguém, a não ser tu,
podia entrar, pois esta entrada era apenas destinada a ti. Agora, vou-me embora e a fecho
."

KAFKA, F. O Processo. Biblioteca Visão. p. 152-153.
Tradução Gervásio Álvaro. (Fragmento adaptado)

O autor lança mão de metáforas, de modo que os elementos presentes no texto podem ser reinterpretados conforme o olhar do leitor. Assinale a alternativa que NÃO constitui uma informação ou possível interpretação do texto.

  • A Presença de uma relação contrastiva entre o porteiro e o jovem do campo.
  • B A lei é citada como espaço físico.
  • C O porteiro poderia representar a personificação da burocracia, enquanto o jovem do campo, a personificação da ignorância.
  • D Mobilização do jovem do campo.
  • E O porteiro poderia representar o opressor, enquanto o jovem do campo, o oprimido.
19

A pátria de ponteiros


Numa demonstração de inequívoca coragem, Fritz pediu uma feijoada. Eu comentei que, aparentemente, ele não estava tendo dificuldades de adaptação. O alemão disse que não.
Por conta do seu trabalho, viajava o mundo todo. A única coisa que lhe incomodava, no Brasil, era nunca saber quando as pessoas chegariam aos encontros. “O pessoa manda mensagem, diz ‘tô chegando!’, mas pessoa chega só quarenta minutos depois”. Então me fez a pergunta que só poderia vir de um compatriota de Emanuel Kant*: “Quando a brasileiro diz ‘tô chegando!’, em quanto tempo brasileiro chega?”
Pensei em mentir, em dizer que uns atrasam, mas outros aparecem rapidinho. Achei, porém, que em nome de nossa dignidade - ali, naquela mesa, eu era a “pátria de ponteiros” - o melhor seria falar a verdade: “Fritz, é assim: quando o brasileiro diz ‘tô chegando!’ é porque, na real, ele tá saindo”. Tentei atenuar o assombro do alemão: veja, não é exatamente mentira, afinal, ao pôr o pé pra fora de casa dá-se início ao processo de chegada, assim como ao sair do útero se começa a caminhar para a cova. É só uma questão de perspectiva.
“Mas e quando o pessoa diz ‘tô saindo!’?” Expliquei que as declarações do brasileiro, no que tange ao atraso, estão sempre uma etapa à frente da realidade. Se a pessoa diz que está chegando, é porque tá saindo, e se diz que tá saindo, é porque ainda precisa tomar banho, tirar a roupa da máquina e botar comida pro cachorro.
Fritz ficou pensativo. “E o ‘cinco minutinhos’?”
Já o “cinco minutinhos!” é um pouco mais vago. Pode significar tanto que o brasileiro está a cem metros do destino quanto a 27 quilômetros. Às vezes, cinco minutinhos demoram muito mais do que quinze, mais do que uma hora; há casos, até, em que a pessoa a cinco minutinhos jamais aparece.
Fritz ficou olhando o chope, imaginando, talvez, na espuma branca, a tomografia multicolor desses cérebros tropicais. Senti que era o momento de mudar de assunto, de mostrar ressonâncias, digamos, mais magnéticas do nosso país. Chamei o garçom. “Chefe, a gente pediu uma feijoada, já faz um tempinho...” “Tá chegando, amigo, tá chegando!”

(Antonio Prata. Folha de S.Paulo, 23.02.2014. Adaptado)

* Emanuel Kant: filósofo de origem alemã

Assinale a alternativa que completa corretamente a frase a seguir:

Então, como bom compatriota de Emanuel Kant, Fritz me fez a pergunta...

  • A a que eu procurei responder ao longo da conversa.
  • B com que eu ainda não tinha opinião formada.
  • C da qual eu não esperava naquele momento.
  • D para a qual eu evitei inicialmente.
  • E na qual me intrigou por alguns instantes.

Matemática

20

Os dois terrenos representados pelos retângulos têm perímetros iguais e as medidas de seus lados estão apresentadas em metros:

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas


Pode-se concluir que o perímetro de cada um desses terrenos mede, em metros,

  • A 420.
  • B 240.
  • C 400.
  • D 200.
  • E 280.
21

O novo recipiente para sabonete líquido desenvolvido por certa empresa, para ser fixado na parede, tem a forma de um prisma reto, cuja base é um triângulo equilátero de lado a:

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

Sabe-se que a medida da altura do prisma, indicada por h na figura, é igual à medida da altura do triângulo da base. Se a = 6√3 , então o volume dessa embalagem é igual, em centímetros cúbicos, a

  • A 324√3
  • B 243√3
  • C 216√3
  • D 216√3
  • E 162√3
22

Uma impressora de uma gráfica trabalha, sem interrupção, durante o dia todo, e está apresentando três tipos de falhas: A, B e C, nos papéis impressos. Às 8 horas da manhã, essa impressora apresentou os três tipos de falhas, ao mesmo tempo, na folha que estava sendo impressa. Sabendo que a falha A ocorre a cada 30 minutos, a falha B, a cada 45 minutos, e a falha C, a cada 50 minutos, então, as três falhas, A B e C, voltarão a aparecer juntas, em uma mesma folha de papel, às

  • A 16h e 50 min
  • B 16h e 30 min.
  • C 16h e 05 min.
  • D 15h e 50 min.
  • E 15h e 30 min.
23

Ricardo esteve em um lançamento imobiliário onde a ma­ quete, referente aos terrenos, obedecia a uma escala de 1:500. Ricardo se interessou por um terreno de esquina, conforme mostra a figura da maquete.

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

A área, em metros quadrados, desse terreno é de

  • A 300.
  • B 755.
  • C 120.
  • D 525.
  • E 600.
24

Com o dinheiro que Ana tem em sua carteira, ela compra 12 unidades de um produto e recebe R$ 1,20 de troco. Se ela tivesse R$ 10,00 a mais, compraria 4 unidades a mais desse mesmo produto e receberia R$ 1,60 de troco. O valor que Ana tem na carteira é

  • A R$ 25,00.
  • B R$ 27,50.
  • C R$ 30,00.
  • D R$ 32,50.
  • E R$ 35,00.
25

Em um clube de ciências, 52% dos membros são mulheres. Esse clube possui 22 pessoas na equipe de xadrez, composta por 15% dos membros masculinos e 20% dos membros femininos. Nessa equipe, o número de mulheres excede o de homens em

  • A 1
  • B 2
  • C 3
  • D 4
  • E 5
26

Três torneiras iguais abertas na mesma vazão, enchem totalmente um tanque em 1 hora e 20 minutos. O tempo que 5 torneiras, iguais às primeiras e abertas com a mesma vazão, levariam para encher totalmente esse tanque, é

  • A 24 min.
  • B 36 min.
  • C 38 min
  • D 40 min
  • E 48 min
27

Em uma empresa há três máquinas, Y, W e Z, que produzem o mesmo produto. Considerando-se um determinado período de tempo, verifica-se que:

Y e W, juntas, produzem 1500 unidades;

Y e Z, juntas, produzem 1600 unidades;

W e Z, juntas, produzem 1700 unidades.

Desse modo, é correto afirmar que o número de unidades produzidas pela máquina Y, sozinha, no período de tempo considerado, é igual a

  • A 700.
  • B 750.
  • C 800.
  • D 850.
  • E 900.
28

O comprimento do piso retangular de um cômodo é 3 m a mais que a largura. Sabe-se que a área total desse cômodo é 40 m². Logo, a medida da largura do cômodo, em metros, é um número

  • A par.
  • B múltiplo de 3.
  • C primo.
  • D divisível por 4.
  • E ímpar não primo.
29

Um avião parte às 17 horas, percorrendo o sentido leste- -oeste, rumo a uma localidade que se distancia 45º de longitude em relação a sua origem. Sabendo que a duração da viagem foi de exatamente duas horas, o horário de chegada do voo será às

  • A 12 horas.
  • B 16 horas.
  • C 20 horas.
  • D 21 horas.
  • E 22 horas.
30

Uma empresa embala seus produtos em caixas de 2 tamanhos diferentes: S e T. A capacidade do veículo utilizado para entregas permite transportar 60 caixas S, maiores, ou 300 caixas T, menores. Sabe-se que a forma das caixas e a forma do veículo utilizado não interferem na proporcionalidade ao serem acomodadas,juntas, caixas de tamanhos S e T. Assim, se forem colocadas apenas 45 caixas S no veículo,será possível transportar, no mesmo carregamento, um número de caixas T igual a

  • A 75.
  • B 70.
  • C 65.
  • D 60.
  • E 55.
31

O custo total diário de produção de x unidades de certo produto é dado pela função Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas em que k é uma constante e x Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas 100.


Se 20 unidades foram produzidas ontem por um custo total de R$ 640,00, o valor de k é

  • A 45.
  • B 50.
  • C 35.
  • D 40.
  • E 30.
32

Para enfeitar a escola para as festividades, uma auxiliar de educação infantil resolveu recortar quatro tiras retangulares de uma folha de cartolina, medindo 30cm por 40cm.

Sabendo que cada uma dessas quatro tiras têm a mesma largura e que suas medidas são números naturais, a área de cada uma dessas tiras está indicada na seguinte alternativa:

  • A 200 cm2 .
  • B 300 cm2 .
  • C 400 cm2 .
  • D 500 cm2
33

A importância de R$ 860,00, relativa a gorjetas, será dividida entre três balconistas. A razão entre as partes recebidas pelos dois balconistas mais velhos é de 7 para 8. A razão entre as partes recebidas pelos dois balconistas mais novos é de 7 para 5. Como o mais velho dos balconistas recebeu a maior parte, e o mais novo recebeu a menor parte, a diferença entre a maior e a menor partes recebidas vale:

  • A R$ 105,00.
  • B R$ 112,00.
  • C R$ 129,00.
  • D R$ 140,00.
  • E R$ 160,00.
34

O dono de um sítio resolveu a cada dois dias limpar toda a área externa à residência, a cada três dias limpar o chiqueiro e a cada cinco dias limpar o galinheiro. Se hoje ele limpou os três ambientes, é correto afirmar que daqui a 15 dias ele irá limpar

  • A a área externa e o chiqueiro.
  • B a área externa e o galinheiro.
  • C a área externa, o chiqueiro e o galinheiro.
  • D só a área externa.
  • E o chiqueiro e o galinheiro.
35

A média aritmética do número de filhos de 8 amigos é de 2 filhos por amigo. André e Ana, que não têm filhos em comum, também são amigos dessas 8 pessoas, e, ao se calcular a média aritmética do número de filhos de todos esses 10 amigos, têm-se 2,2 filhos por amigo. Dessa forma, André e Ana têm, juntos,

  • A 4 filhos.
  • B 5 filhos.
  • C 6 filhos.
  • D 7 filhos.
  • E 8 filhos.
36

Dentre as alternativas a seguir, a fração que corresponde a um número decimal compreendido entre 0,5 e 0,7 é:

  • A 1/3
  • B 4/7
  • C 5/3
  • D 2/5
  • E 3/4
37

Uma pizzaria funciona todos os dias da semana e sempre tem promoções para seus clientes. A cada 4 dias, o cliente tem desconto na compra da pizza de calabreza; a cada 3 dias, na compra de duas pizzas, ganha uma mini pizza doce, e uma vez por semana tem a promoção de refrigerantes. Se hoje estão as três promoções vigentes, esse ocorrido voltará a acontecer daqui a quantas semanas?

  • A 40.
  • B 12.
  • C 84.
  • D 22.
  • E 7.
38

Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Segurança no Trânsito, com 1 500 pessoas, revelou que um em cada cinco pesquisados já sofreu algum acidente de trânsito. Tendo como universo o número de pessoas pesquisadas, é correto afirmar que a diferença entre o número de pessoas que não sofreram acidente de trânsito e o número de pessoas que sofreram esse tipo de acidente, nessa ordem, é

  • A 700.
  • B 750.
  • C 800.
  • D 850.
  • E 900.

Raciocínio Lógico

39

Um dado viciado funciona de tal modo que as faces com os valores 4, 5 e 6 têm o dobro da probabilidade das faces 1, 2 e 3. O valor esperado de uma jogada desse dado é

  • A 1.
  • B 2.
  • C 3.
  • D 4.
  • E 5.
40

Na sequência numérica Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas em que o 1.º elemento é Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas mantido o padrão de regularidade, o 7.º elemento será

  • A - 511
    128
  • B - 323
    128
  • C - 255
    128
  • D 255
    128
  • E 511
    128
41

A lógica clássica possui princípios fundamentais que servem de base para a produção de raciocínios válidos. Esses princípios foram inicialmente postulados por Aristóteles (384 a 322 a.C.) e até hoje dão suporte a sistemas lógicos. Tais princípios são os

  • A da inferência, da não contradição e do terceiro incluído.
  • B da diversidade, da dedução e do terceiro incluído.
  • C da identidade, da inferência e da não contradição.
  • D da identidade, da não contradição e do terceiro excluído.
  • E da diversidade, da indução e da não contradição.
42

Minha mãe tem sete filhos. Um deles sou eu. Cada um desses filhos tem dois filhos, exceto eu, que tenho três filhos. Levando em conta apenas as pessoas relatadas, pode-se afirmar que o número de primos que o filho mais velho do meu irmão mais novo tem é igual a

  • A 10.
  • B 11.
  • C 12.
  • D 13.
  • E 14.
43

Considere verdadeiras as seguintes afirmações:

I. Existem policiais civis que concluíram o ensino superior.

II. Todos os policiais civis são esforçados.

Com base nas informações, conclui-se que

  • A os policiais civis esforçados concluíram o ensino superior.
  • B nenhum policial civil esforçado concluiu o ensino superior.
  • C os policiais civis que não concluíram o ensino superior não são esforçados.
  • D os policiais civis que concluíram o ensino superior são esforçados.
  • E existe policial civil com ensino superior que não é esforçado.
44

Dizer - "Se você não olha nos meus olhos, então eu não me sinto um ser humano." - é o mesmo que dizer:

  • A sinto-me um ser humano ao olhar nos seus olhos.
  • B se me sinto um ser humano, então você olha nos meus olhos.
  • C se você olha nos meus olhos, então eu fico feliz.
  • D o olhar e o sentir são a mesma coisa.
  • E eu olho nos seus olhos e você se sente um ser humano.
45

Uma verba de R$ 65.000,00 será alocada a três projetos diferentes. A divisão desse dinheiro será realizada de forma diretamente proporcional aos graus de importância dos projetos, que são, respectivamente, 2, 4 e 7. Dessa maneira, a quantia que o projeto mais importante receberá ultrapassa a metade do total da verba em

  • A R$ 2.500,00.
  • B R$ 9.000,00.
  • C R$ 1.000,00.
  • D R$ 5.000,00.
  • E R$ 7.500,00.
46

Em um programa de auditório, há um jogo que consiste de quatro portas, numeradas de 1 a 4, com um homem na frente de cada porta. Atrás de apenas uma porta há um prêmio e o participante sabe que o homem na frente dessa porta sempre fala a verdade. Dos quatro homens que vigiam as portas, exatamente um irá mentir sempre e os demais sempre dirão a verdade. Esses homens sabem atrás de que porta está o prêmio, e, em certa rodada, disseram:

Porta 1: o prêmio não está na minha porta.

Porta 2: o prêmio não está na porta 4.

Porta 3: o homem da porta 4 está mentindo.

Porta 4: o prêmio está na porta 3.

O número da porta aonde está o prêmio e o número da porta do homem que mente são, respectivamente, iguais a


  • A 1 e 3.
  • B 2 e 4.
  • C 3 e 1.
  • D 3 e 4.
  • E 4 e 2.
47

Se corro e pedalo aos domingos, então será feriado na segunda-feira seguinte. Uma conclusão lógica dessa condicional é:

  • A Se não corro aos domingos, então também não pedalo.
  • B Se hoje é feriado, então ontem corri e pedalei.
  • C Se corro e pedalo, então é feriado no dia seguinte.
  • D Se hoje não corri e não pedalei, então hoje não é domingo.
  • E Se uma segunda-feira não é feriado, então não corri ou não pedalei no dia anterior.
48

Considere as seguintes figuras de uma sequência de transparências, todas enumeradas:

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

Na referida sequência, a transparência 6 tem a mes­ ma figura da transparência 1, a transparência 7 tem a mesma figura da transparência 2, a transparência 8 tem a mesma figura da transparência 3, e assim por diante, obedecendo sempre essa regularidade. Dessa forma, sobrepondo­se as transparências 113 e 206, tem­se a figura

  • A Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas
  • B Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas
  • C Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas
  • D Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas
  • E Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas
49

Uma negação lógica para a afirmação “João é rico, ou Maria é pobre” é:

  • A Se João é rico, então Maria é pobre.
  • B João não é rico, e Maria não é pobre.
  • C João é rico, e Maria não é pobre.
  • D Se João não é rico, então Maria não é pobre.
  • E João não é rico, ou Maria não é pobre.
50

Um quebra-cabeças é formado por 1024 peças. Duas ou mais peças que já estão conectadas formam um bloco. Ao juntarmos duas peças individuais, fazemos um movimento e passamos a ter um bloco de duas peças. A ação de juntar bloco com bloco, ou bloco com peça individual, também conta como um movimento. O menor número de movimentos necessários para montar esse quebra-cabeças é

  • A 63.
  • B 127
  • C 255.
  • D 1023.
  • E 511.
51

O silogismo é a forma lógica proposta pelo filósofo grego Aristóteles (384 a 322 a.C.) como instrumento para a produção de conhecimento consistente. O silogismo é tradicionalmente constituído por

  • A duas premissas, dois termos médios e uma conclusão que se segue delas.
  • B uma premissa maior e uma conclusão que decorre logicamente da premissa.
  • C uma premissa maior, uma menor e uma conclusão que se segue das premissas.
  • D três premissas, um termo maior e um menor que as conecta logicamente.
  • E uma premissa, um termo médio e uma conclusão que decorre da premissa.
52

Sabe-se que, em uma escola, estudam 175 alunos. Dentre eles, 54 só escrevem com a mão esquerda. Cinco dos alunos escrevem tanto com a mão esquerda quanto com a mão direita. Os demais alunos escrevem apenas com a mão direita. Em certa ocasião, em que todos os alunos estavam presentes na escola, foram sorteados 125 alunos para participarem de uma excursão a um museu.

Entre os alunos sorteados, o menor número possível de alunos que somente escrevem com a mão esquerda é

  • A 111.
  • B 59.
  • C 51.
  • D 4.
  • E 0.
53

Assinale a alternativa que apresenta um argumento válido.

  • A O cisne é uma ave. Aves são ovíparas. Logo, o cisne é ovíparo.
  • B João é contador. João é alto. Logo, contadores são altos.
  • C Pulgas não são répteis. Répteis não são mamíferos. Logo, pulgas são insetos.
  • D Pedro não gosta de arroz. O arroz não é orgânico. Logo, Pedro não é orgânico.
  • E América é um continente. Brasil fica na América. Logo, Brasil não é um continente.
54

Se é quarta-feira, treino tênis por duas horas exatamente. Se treino tênis por duas horas exatamente, então lancho no clube. Após treinar tênis, ou jogo bola ou lancho no clube. Após o último treino de tênis, joguei bola, o que permite concluir que

  • A era fim de semana.
  • B não era quarta-feira.
  • C lanchei no clube.
  • D treinei por menos de duas horas.
  • E treinei tênis por duas horas exatamente.
55

Para enfeitar uma parede de seu novo escritório de advocacia, Maria foi comprando quadros com diferentes cenários: uma praia catarinense, as luzes da Avenida Paulista, flores tropicais, crianças brincando num parque e uma cachoeira na montanha. Na hora de pendurar os quadros, porém, ficou em dúvida sobre a ordem em que os colocaria. De quantas maneiras diferentes os quadros podem ser pendurados sequencialmente na parede?

  • A 80.
  • B 120.
  • C 10
  • D 140
  • E 25
56

Em um grupo de 110 colaboradores que trabalharam apenas nos departamentos A, B ou C de uma instituição, identificou-se que exatamente 12 já trabalharam nesses três departamentos. Em se tratando dos colaboradores que já trabalharam em apenas dois desses departamentos, identificou-se que exatamente 10 trabalharam nos departamentos A e B, exatamente 17 trabalharam nos departamentos A e C e exatamente 15 trabalharam nos departamentos B e C. Identificou-se, ainda, que o número exato de colaboradores que já trabalharam no departamento A é 60 e que o número exato de colaboradores que já trabalharam no departamento C é 50. Sendo assim, pode-se concluir corretamente que o número exato de colaboradores que já trabalharam no departamento B é

  • A 66
  • B 68
  • C 70
  • D 72
  • E 74
57

Voando em um helicóptero, um fotógrafo consegue realizar um mapeamento fotográfico de forma a fotografar 3 km² a cada 17 minutos. Supondo-se que esse fotógrafo mantenha a mesma razão entre superfície mapeada e tempo gasto, o tempo necessário para mapear 20 km² será

  • A maior do que 1 hora e 15 minutos e menor do que 1 hora e 30 minutos.
  • B maior do que 1 hora e 30 minutos e menor do que 1 hora e 45 minutos.
  • C maior do que 2 horas.
  • D maior do que 1 hora e 45 minutos e menor do que 2 horas.
  • E menor do que 1 hora e 15 minutos.
58

Certo produto foi submetido a um período predeterminado de testes em uma máquina específica. Operando durante 5 horas e meia por dia, essa máquina completou o ciclo necessário de testes em 18 dias. Para completar esse teste em exatamente 12 dias, essa mesma máquina precisaria trabalhar diariamente durante

  • A 8 h 15 min.
  • B 8 h 25 min.
  • C 9 h 30 min.
  • D 9 h 45 min.
  • E 10 h 05 min.