Resolver o Simulado Agente - Assistente Administrativo - Nível Médio

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Português

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Mobilidade Urbana
Rodolfo F. Alves Pena
A mobilidade urbana, isto é, as condições oferecidas pelas cidades para garantir a livre circulação de pessoas entre as suas diferentes áreas, é um dos maiores desafios na atualidade tanto para o Brasil quanto para vários outros países. O crescente número de veículos individuais promove o inchaço do trânsito, dificultando a locomoção ao longo das áreas das grandes cidades, principalmente, nas regiões que concentram a maior parte dos serviços e empregos.
O Brasil, atualmente, vive um drama a respeito dessa questão. A melhoria da renda da população de classe média e baixa, os incentivos promovidos pelo Governo Federal para o mercado automobilístico (como a redução do IPI) e a baixa qualidade do transporte público contribuíram para o aumento do número de carros no trânsito. Com isso, tornaram-se ainda mais constantes os problemas com engarrafamentos, lentidão, estresse e outros, um elemento presente até mesmo em cidades e localidades que não sofriam com essa questão.
Outro fator que contribui para aumentar o problema da falta de mobilidade urbana no Brasil é a herança histórica da política rodoviarista do país, que gerou um acúmulo nos investimentos para esse tipo de transporte em detrimento de outras formas de locomoção. Com isso, aumentou-se também a presença de veículos pesados, como os caminhões, o que dificulta ainda mais a fluidez do trânsito no Brasil.
A cidade de São Paulo é uma das que mais sofrem com esse problema. Em média, o paulistano pode passar até 45 dias do ano no trânsito, algo impensável para quem deseja uma melhor qualidade de vida no âmbito das cidades. Aparentemente, as medidas criadas para combater essa questão não foram de grande valia: o sistema de rodízio de automóveis, a construção de mais ruas, viadutos e avenidas para a locomoção, entre outras.
A grande questão é que, segundo especialistas, não há perspectiva de promoção de uma real mobilidade urbana no Brasil se as medidas adotadas privilegiarem o uso do transporte individual. É preciso, pois, melhorar as características do transporte público de massa, com mais ônibus, metrôs e terminais. Além disso, incentivos a meios de transporte como as bicicletas, além de contribuir para essa questão, ajudam a reduzir a emissão de poluentes na atmosfera e melhorar a qualidade de vida no meio urbano. Por isso, a construção de ciclofaixas ou ciclovias surge como uma saída viável e inteligente.
Outra solução apontada para combater o inchaço de veículos nas cidades é a adoção do chamado pedágio urbano, o que gera uma grande polêmica. Com isso, os carros e motocic letas teriam de pagar taxas para deslocar-se em determinados pontos da cidade, o que recebe apoio de muitos especialistas, mas também o rechaçamento de outros. Se, por um lado, essa medida estimularia o transporte coletivo ao invés do individual; por outro , as críticas colocam que apenas a população de menor renda média é que seria direcionada para esse sentido, o que representaria, em tese, uma exclusão desse grupo ao espaço da cidade.
Vale ressaltar também que o modelo histórico de organização do espaço g eográfico brasileiro não contribui para uma mudança desse cenário. Afinal, ao longo do século XX, houve uma rápida urbanização do país, que assistiu a um acelerado processo de crescimento das cidades e também de metropolização, ou seja, a concentração da população nas grandes metrópoles. Se o país tivesse passado por um processo de Reforma Agrária adequado, de forma a conter o elevado êxodo rural e, consequentemente, os níveis de urbanização, talvez essas e outras questões urbanas fossem de mais fácil resolução.
Disponível em:<http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/mobilidade-urbana.htm> . Acesso em: 26 Ago. 2016. [Adaptado]

Para responder à questão, considere o excerto a seguir.

A mobilidade urbana, isto é, as condições oferecidas pelas cidades para garantir a livre circulação de pessoas entre as suas diferentes áreas, é um dos maiores desafios na atualidade tanto para o Brasil quanto para vários outros países. O crescente número de veículos individuais promove o inchaço do trânsito, dificultando a locomoção ao longo das áreas das grandes cidades, principalmente nas regiões que concentram a maior parte dos serviços e empregos.

Alterando-se os verbos em destaque para o pretérito imperfeito do indicativo, eles deverão ser, rigorosamente, flexionados para:

  • A era, promovia, concentravam.
  • B foi, promoveu, concentrou.
  • C fora, promovera, concentrara.
  • D seria, promoveria, concentraria.
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Astrônomos desconfiam que topamos com civilização alienígena superavançada
Por Fábio Marton
Há algo estranho no céu da Via Láctea. Astrônomos em colaboração com o Instituto SETI daUniversidade de Berkley (EUA) anunciaram que pretendem apontar radiotelescópios para umaestrela na qual, suspeitam, pode existir uma civilização superavançada.
A estrela atende pelo indigesto nome de KIC 8462852 e vem sendo observada pelotelescópio espacial Kepler desde 2009, em busca de planetas. Um grupo de colaboradores pelainternet – o Kepler traz tanta informação que os cientistas precisam de uma mãozinha deamadores – descobriu algo muito esquisito ali.
Caçar planetas não é exatamente como as pessoas imaginam. Como a tecnologia ainda nãopermite observá-los diretamente, isso é feito por pequenas oscilações na luz das estrelas, queacontecem quando um planeta passa em frente a elas. Os colaboradores observaram duaspequenas oscilações em 2009, seguidas por uma grande em 2011, que durou quase umasemana, e uma série de várias que diminuíram a luz da estrela de forma significativa em 2013.Planetas não funcionam assim. Eles geralmente alteram a luz por um período de poucashoras. E essas oscilações se repetem, com as mesmas características – porque, afinal, elesestão em órbita, indo e voltando o tempo todo. O que pode ser então?

Explicações mundanas
Vamos deixar um grande negrito no "desconfiam" do título. A astrônoma Tabetha Boyajian,da Universidade de Yale, publicou um estudo anteontem, oferecendo várias explicaçõesmundanas para o que aconteceu. A mais provável, segundo ela, é que um grupo de cometaspassou pela estrela e foi desintegrado por sua gravidade, levando aos diversos pontos de 2013.
Mas há a teoria divertida: nos anos 60, o matemático Freeman Dyson escreveu que umacivilização alienígena suficientemente avançada precisaria de tanta energia que desenvolveria atecnologia para cercar uma estrela inteira com coletores solares. Essa megaconstruçãohipotética passou a ser chamada de Esfera de Dyson.
E essa é a pulga atrás da orelha dos astrônomos. "Aliens deviam ser sempre a últimahipótese que você considera, mas isso pareceu algo que você esperaria que uma civilizaçãoalienígena construísse", afirmou Jason Wright, da Penn State University, que está capitaneandoo projeto para observar mais de perto a estrela. Assim como Boyajian – ela não arriscou suacarreira mencionando essa possibilidade em seu estudo, mas está dentro nessa de procuraralienígenas. A proposta deles é apontar o Green Bank Telescope – o maior radiotelescópio domundo – para a estrela. Se os resultados parecerem promissores, então seria a vez de usar oVery Large Array, um complexo com 27 radiotelescópios. Se o projeto for adiante, asobservações devem começar em janeiro.

A relatividade é uma estraga-prazeres
Tá certo, a proposta parece, com o perdão do trocadilho, de outro mundo (e já prevejo oinevitável "por que não gastam esse dinheiro com câncer?" nos comentários). Mas vamos viajarum pouco com ela. KIC 8462852 fica a 1480 anos-luz de distância. O que quer dizer, pela Teoriada Relatividade, que a luz levou 1480 anos para chegar aqui. Assim, estamos vendo como eramas coisas lá há (o que mais?) 1480 anos. Se realmente são alienígenas, o que observamos é seupassado distante. Nada garante que não tenham se aniquilado numa incrível guerra galáctica ouinvasão zumbi desde então.
Do lado deles, se olhassem para nós, nos veriam na baixa Idade Média, logo após o fim doImpério Romano. Não pegaria rádio nenhum. Se, mesmo assim, conseguissem nos detectar, nãoquer dizer que seria viável voar até aqui – porque a viagem levaria, novamente pela relatividade,mais de 1480 anos, tirando por wormholes e outras possibilidades altamente especulativas.
Então não, não é hora de sair pesquisando por "Conspiração em Roswell" no Google.
 Acessado em 7 de jan. de 2016. [Adaptado]
GLOSSÁRIOWormholes: atalhos [em tradução livre].

. Sobre a linguagem empregada no texto, é correto afirmar:

  • A a opção pelo tom informal é justificável, uma vez que possibilita uma aproximação entre a temática científica e o público-alvo.
  • B a presença de expressões coloquiais constitui um desvio em relação à norma padrão da língua, pois desconfigura o registro inerente aos textos jornalísticos.
  • C o uso de estrangeirismos é inapropriado, uma vez que compromete a compreeensão global do texto.
  • D o tom coloquial está adequado, uma vez que a temática abordada pertence ao campo da ciência.
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Mobilidade Urbana
Rodolfo F. Alves Pena
A mobilidade urbana, isto é, as condições oferecidas pelas cidades para garantir a livre circulação de pessoas entre as suas diferentes áreas, é um dos maiores desafios na atualidade tanto para o Brasil quanto para vários outros países. O crescente número de veículos individuais promove o inchaço do trânsito, dificultando a locomoção ao longo das áreas das grandes cidades, principalmente, nas regiões que concentram a maior parte dos serviços e empregos.
O Brasil, atualmente, vive um drama a respeito dessa questão. A melhoria da renda da população de classe média e baixa, os incentivos promovidos pelo Governo Federal para o mercado automobilístico (como a redução do IPI) e a baixa qualidade do transporte público contribuíram para o aumento do número de carros no trânsito. Com isso, tornaram-se ainda mais constantes os problemas com engarrafamentos, lentidão, estresse e outros, um elemento presente até mesmo em cidades e localidades que não sofriam com essa questão.
Outro fator que contribui para aumentar o problema da falta de mobilidade urbana no Brasil é a herança histórica da política rodoviarista do país, que gerou um acúmulo nos investimentos para esse tipo de transporte em detrimento de outras formas de locomoção. Com isso, aumentou-se também a presença de veículos pesados, como os caminhões, o que dificulta ainda mais a fluidez do trânsito no Brasil.
A cidade de São Paulo é uma das que mais sofrem com esse problema. Em média, o paulistano pode passar até 45 dias do ano no trânsito, algo impensável para quem deseja uma melhor qualidade de vida no âmbito das cidades. Aparentemente, as medidas criadas para combater essa questão não foram de grande valia: o sistema de rodízio de automóveis, a construção de mais ruas, viadutos e avenidas para a locomoção, entre outras.
A grande questão é que, segundo especialistas, não há perspectiva de promoção de uma real mobilidade urbana no Brasil se as medidas adotadas privilegiarem o uso do transporte individual. É preciso, pois, melhorar as características do transporte público de massa, com mais ônibus, metrôs e terminais. Além disso, incentivos a meios de transporte como as bicicletas, além de contribuir para essa questão, ajudam a reduzir a emissão de poluentes na atmosfera e melhorar a qualidade de vida no meio urbano. Por isso, a construção de ciclofaixas ou ciclovias surge como uma saída viável e inteligente.
Outra solução apontada para combater o inchaço de veículos nas cidades é a adoção do chamado pedágio urbano, o que gera uma grande polêmica. Com isso, os carros e motocic letas teriam de pagar taxas para deslocar-se em determinados pontos da cidade, o que recebe apoio de muitos especialistas, mas também o rechaçamento de outros. Se, por um lado, essa medida estimularia o transporte coletivo ao invés do individual; por outro , as críticas colocam que apenas a população de menor renda média é que seria direcionada para esse sentido, o que representaria, em tese, uma exclusão desse grupo ao espaço da cidade.
Vale ressaltar também que o modelo histórico de organização do espaço g eográfico brasileiro não contribui para uma mudança desse cenário. Afinal, ao longo do século XX, houve uma rápida urbanização do país, que assistiu a um acelerado processo de crescimento das cidades e também de metropolização, ou seja, a concentração da população nas grandes metrópoles. Se o país tivesse passado por um processo de Reforma Agrária adequado, de forma a conter o elevado êxodo rural e, consequentemente, os níveis de urbanização, talvez essas e outras questões urbanas fossem de mais fácil resolução.
Disponível em:<http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/mobilidade-urbana.htm> . Acesso em: 26 Ago. 2016. [Adaptado]
Leia o excerto a seguir. Com isso, aumentou-se também a presença de veículos pesados (1), como os caminhões (2), o que dificulta ainda mais a fluidez do trânsito no Brasil. Considerando-se a relação semântica entre os elementos linguísticos 1 e 2 em destaque, é correto afirmar que
  • A o segundo generaliza o primeiro.
  • B o segundo é um sinônimo do primeiro.
  • C o primeiro particulariza o segundo
  • D o primeiro é um hiperônimo do segundo.
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A questão refere-se ao texto reproduzido a seguir.

O futuro do trabalho

Thomaz Wood Jr.

    Quando se observam carreiras e profissões, tem-se a sensação de que tudo que era sólido agora se desmancha no ar. O mago, ou vilão transformador, costuma ser a tecnologia, força capaz de abalar indústrias e desestruturar trajetórias.

    O impacto é especialmente visível nas carreiras das indústrias criativas e da mídia. Nos últimos 20 anos, as indústrias musicais, as editoras de livros, as revistas e os jornais foram impactados pelas novas tecnologias da informação e de comunicação. Mudaram as formas de produzir e de trabalhar. Para melhor ou para pior? Há controvérsias.

    Os arautos do fim do mundo denunciam a precariedade galopante das novas relações de trabalho. Os profetas do admirável mundo novo advogam que as novas tecnologias turbinam a criatividade e escancaram as portas do mercado para as mentes mais brilhantes.

    Steve Johnson é um escritor norte-americano dedicado a temas relacionados à ciência, tecnologia e inovação. Situa sua pena no último grupo. Em um longo texto publicado no jornal The New York Times, em agosto de 2015, Johnson escreve sobre a emergência da economia digital e suas consequências sobre a cultura, as indústrias criativas e seus profissionais.

    Argumenta que o apocalipse anunciado algumas décadas atrás não se materializou. Muitas empresas e empregos desapareceram, mas, segundo ele, a produção cultural está em alta e os profissionais do campo têm, hoje, mais oportunidades de trabalho do que antes.

    Nas indústrias musicais, a tecnologia barateou a produção e transformou a distribuição. As gravadoras e as lojas de discos deixaram o palco. Empregos foram perdidos, mas não necessariamente aqueles dos artistas. Os músicos deixaram de ganhar dinheiro com discos e voltaram seu foco para as apresentações ao vivo.

    A queda de renda de uma atividade foi compensada pelo aumento de renda na outra. Além disso, a redução dos custos de produção e distribuição permitiu aos músicos gravar e disponibilizar suas obras com facilidade e baixo preço.

    A história da indústria editorial apresenta similaridades com a das indústrias musicais. A venda de livros impressos continuou a aumentar, mesmo depois da introdução dos e-books. Além disso, os livros impressos seguem sustentando uma fatia substancial do mercado. Novos autores e obras surgem todos os dias.

    Para os artistas, o novo mundo do trabalho traz oportunidades e desafios. Favorece os profissionais que conseguem se adaptar a um portfólio amplo de atividades, em lugar de buscar especialização em um único caminho de carreira. De fato, as possibilidades de inserção comercial se multiplicaram.

    Músicos podem hoje compor jingles para publicidade, trilhas para cinema, tevê, teatro, videogames e uma infinidade de aplicativos para smartphones e tablets. Podem dar cursos presenciais, em escolas, e virtuais, por meio do YouTube. E mantêm a possibilidade de se apresentar em casas noturnas, teatros e salas de concerto.

    As inúmeras opções abertas pelas novas tecnologias e seus desdobramentos no mercado de trabalho tornaram a carreira musical, como outras do setor artístico, mais factível. No entanto, sobreviver nesse novo mundo exige novas competências, relacionadas à gestão da própria carreira, como se esta fosse um negócio. E todo esse mar de oportunidades não significa que pagar as contas ficou mais fácil. O jogo continua desigual, com uma base numerosa e mal remunerada e um topo restrito e milionário.

    A tendência da chamada “carreira portfólio”, na qual o profissional é empreendedor de si mesmo e gerencia diferentes atividades e projetos, não é nova ou exclusiva das indústrias criativas. Muito antes da internet, músicos e outros artistas dividiam seu tempo entre diferentes atividades. Médicos e consultores há anos administram múltiplas frentes de trabalho.

    Não há novidade, mas há intensificação e aceleração do fenômeno, para o bem e para o mal. O novo contexto cria novas oportunidades, porém demanda mudanças que comumente se situam além da capacidade dos profissionais. Com isso, gera ansiedade e frustração, criando com frequência dramas pessoais de difícil superação e que tendem a s e multiplicar, à medida que outras indústrias e profissões são afetadas.

Disponível em: . Acesso em: 27 abr. 2016. 

Glossário

  • Arautos: aqueles que proclamam ou anunciam algo.
  • Factível: o que pode acontecer ou ser feito, realizável.

Considere o trecho:

Não há novidade, mas há intensificação e aceleração do fenômeno, para o bem e para o mal. O novo contexto cria novas oportunidades, porém demanda mudanças que comumente se situam além da capacidade dos profissionais.

As palavras em destaque

  • A inter-relacionam orações, estabelecem relações semânticas semelhantes e podem ser substituídas, preservando-se o sentido, em ambos os casos, por “entretanto”.
  • B inter-relacionam períodos, estabelecem relações semânticas semelhantes e podem ser substituídas, preservando-se o sentido, em ambos os casos, por “no entanto”.
  • C inter-relacionam orações, estabelecem relações semânticas distintas e poderiam ser substituídas, preservando-se o sentido, no primeiro caso, por “entretanto” e, no segundo, por “todavia”.
  • D inter-relacionam períodos, estabelecem relações semânticas distintas e poderiam ser substituídas, preservando-se o sentido, no primeiro caso, por “entretanto” e, no segundo, por “portanto”.
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Saúde e produtividade, não há tempo a perder
Bruce Rasmussen

O Brasil segue envelhecendo rapidamente e vivendo mais. Dados de 2014, divulgados peloInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que as pessoas com mais de 60anos já são 13,7% da população do país - há dez anos, esse percentual era de 9,7%. Ao mesmotempo, a expectativa de vida cresce ano a ano. Chegou a 75,2 anos: 29,7 anos a mais quandocomparado com 1940.
Um dos principais reflexos dessa mudança na pirâmide etária é o envelhecimento da forçade trabalho do país, fenômeno já observado em países desenvolvidos. Com um contingente dejovens menor, os países dependem de trabalhadores mais velhos e experientes. Mantê -lossaudáveis e ativos se torna, assim, uma das variáveis para o crescimento econômico e para odesenvolvimento.
Em estudo recente que elaboramos na Victoria University, "Impactos econômicos dasdoenças crônicas na produtividade e na aposentadoria precoce: o Brasil em foco", constatamosque, entre os países comparados, o Brasil tinha uma das forças de trabalho mais "jovens" no ano2000, com apenas 12% do total tendo entre 50 e 64 anos.
Até o ano 2030, essa proporção deve quase dobrar para quase 21%. O cenário brasileirointegrou um trabalho que analisou 11 países – China, Colômbia, Índia, Japão, México, Peru,Polônia, África do Sul, Turquia e Estados Unidos.
Nesse contexto, uma das principais questões com que o Brasil terá que lidar é ocrescimento das chamadas doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) na força de trabalho.Fazem parte do grupo doenças cardiovasculares, câncer, doenças crônicas respiratórias ediabetes. A incidência dessas doenças é cada vez maior nos países em desenvolvimento , e,entre os países estudados, o Brasil tem o maior nível de DCNTs, medido pelo número de anosque a pessoa vive com a deficiência.
O custo dessas doenças cresce exponencialmente com a idade. No Brasil, essa despesa,aos 60 anos, é duas vezes maior do que aos 45.
O relógio está correndo e aponta que é a hora de o Brasil olhar para os impactos dasDCNTs na produtividade da força de trabalho e na aposentadoria precoce da populaçãoeconomicamente ativa. Se projetadas até 2030, essas perdas totalizariam 8,7% do PIB, oequivalente a US$ 184 bilhões a menos, considerando mortes por doenças crônicas e casos deabsenteísmo e presenteísmo.
Tais fatores precisam de tratamento intensivo para conter o efeito negativo sobre osindicadores econômicos ao longo do tempo. A evolução desse quadro, nos próximos 15 anos, vaiafetar o crescimento dos países – por estar diretamente relacionado à redução da capacidadepara trabalhar e à perda de produtividade.
Soluções possíveis exigem cooperação para viabilizar e disseminar ações transversais deprevenção, mas é vital quebrar um paradigma: mudar o entendimento de saúde, passando aconsiderar sua gestão um investimento em produtividade e vida mais saudável.
Mesmo em um cenário de contingenciamento, oportunidades não podem ser desperdiçadas.Essas transformações são um processo de longo prazo, mas que precisa ser iniciado. Umprimeiro passo é criar condições para uma articulação entre sociedade, setor privado e governo,com foco no enfrentamento dos desafios que o Brasil terá pela frente com a sua saúde. 
Disponível em: . Acesso em: 7 jan. 2016. [Adaptado]


GLOSSÁRIO
Absenteísmo: ausência de um empregado ao trabalho, causada especialmente por motivo dedoença ou dano físico.
Presenteísmo: presença de um emprego no trabalho sem a produtividade esperada.
Contingenciamento: controle de despesas.
O propósito comunicativo dominante no texto é 
  • A mostrar a preocupante situação de envelhecimento por que tem passado a população economicamente ativa do Brasil.
  • B defender a ideia de que o Brasil precisa manter sua força de trabalho ativa e saudáve l para crescer economicamente.
  • C alertar para a necessidade de o Brasil adotar medidas urgentes no sentido de adiar a aposentadoria de seus trabalhadores.
  • D apresentar dados de uma recente pesquisa envolvendo o Brasil sobre os impactos econômicos de doenças crônicas.
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Saúde e produtividade, não há tempo a perder
Bruce Rasmussen

O Brasil segue envelhecendo rapidamente e vivendo mais. Dados de 2014, divulgados peloInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que as pessoas com mais de 60anos já são 13,7% da população do país - há dez anos, esse percentual era de 9,7%. Ao mesmotempo, a expectativa de vida cresce ano a ano. Chegou a 75,2 anos: 29,7 anos a mais quandocomparado com 1940.
Um dos principais reflexos dessa mudança na pirâmide etária é o envelhecimento da forçade trabalho do país, fenômeno já observado em países desenvolvidos. Com um contingente dejovens menor, os países dependem de trabalhadores mais velhos e experientes. Mantê -lossaudáveis e ativos se torna, assim, uma das variáveis para o crescimento econômico e para odesenvolvimento.
Em estudo recente que elaboramos na Victoria University, "Impactos econômicos dasdoenças crônicas na produtividade e na aposentadoria precoce: o Brasil em foco", constatamosque, entre os países comparados, o Brasil tinha uma das forças de trabalho mais "jovens" no ano2000, com apenas 12% do total tendo entre 50 e 64 anos.
Até o ano 2030, essa proporção deve quase dobrar para quase 21%. O cenário brasileirointegrou um trabalho que analisou 11 países – China, Colômbia, Índia, Japão, México, Peru,Polônia, África do Sul, Turquia e Estados Unidos.
Nesse contexto, uma das principais questões com que o Brasil terá que lidar é ocrescimento das chamadas doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) na força de trabalho.Fazem parte do grupo doenças cardiovasculares, câncer, doenças crônicas respiratórias ediabetes. A incidência dessas doenças é cada vez maior nos países em desenvolvimento , e,entre os países estudados, o Brasil tem o maior nível de DCNTs, medido pelo número de anosque a pessoa vive com a deficiência.
O custo dessas doenças cresce exponencialmente com a idade. No Brasil, essa despesa,aos 60 anos, é duas vezes maior do que aos 45.
O relógio está correndo e aponta que é a hora de o Brasil olhar para os impactos dasDCNTs na produtividade da força de trabalho e na aposentadoria precoce da populaçãoeconomicamente ativa. Se projetadas até 2030, essas perdas totalizariam 8,7% do PIB, oequivalente a US$ 184 bilhões a menos, considerando mortes por doenças crônicas e casos deabsenteísmo e presenteísmo.
Tais fatores precisam de tratamento intensivo para conter o efeito negativo sobre osindicadores econômicos ao longo do tempo. A evolução desse quadro, nos próximos 15 anos, vaiafetar o crescimento dos países – por estar diretamente relacionado à redução da capacidadepara trabalhar e à perda de produtividade.
Soluções possíveis exigem cooperação para viabilizar e disseminar ações transversais deprevenção, mas é vital quebrar um paradigma: mudar o entendimento de saúde, passando aconsiderar sua gestão um investimento em produtividade e vida mais saudável.
Mesmo em um cenário de contingenciamento, oportunidades não podem ser desperdiçadas.Essas transformações são um processo de longo prazo, mas que precisa ser iniciado. Umprimeiro passo é criar condições para uma articulação entre sociedade, setor privado e governo,com foco no enfrentamento dos desafios que o Brasil terá pela frente com a sua saúde. 
Disponível em: . Acesso em: 7 jan. 2016. [Adaptado]


GLOSSÁRIO
Absenteísmo: ausência de um empregado ao trabalho, causada especialmente por motivo dedoença ou dano físico.
Presenteísmo: presença de um emprego no trabalho sem a produtividade esperada.
Contingenciamento: controle de despesas.

A questão  refere-se ao trecho a seguir. 

Soluções possíveis exigem cooperação para viabilizar e disseminar ações transversais de prevenção, mas é vital quebrar um paradigma: mudar o entendimento de saúde, passando a considerar sua gestão um investimento em produtividade e vida mais saudável. 

Sem prejuízo do sentido, o verbo disseminar pode ser substituído por 

  • A propagar.
  • B popularizar.
  • C injetar.
  • D permitir.
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Mobilidade Urbana
Rodolfo F. Alves Pena
A mobilidade urbana, isto é, as condições oferecidas pelas cidades para garantir a livre circulação de pessoas entre as suas diferentes áreas, é um dos maiores desafios na atualidade tanto para o Brasil quanto para vários outros países. O crescente número de veículos individuais promove o inchaço do trânsito, dificultando a locomoção ao longo das áreas das grandes cidades, principalmente, nas regiões que concentram a maior parte dos serviços e empregos.
O Brasil, atualmente, vive um drama a respeito dessa questão. A melhoria da renda da população de classe média e baixa, os incentivos promovidos pelo Governo Federal para o mercado automobilístico (como a redução do IPI) e a baixa qualidade do transporte público contribuíram para o aumento do número de carros no trânsito. Com isso, tornaram-se ainda mais constantes os problemas com engarrafamentos, lentidão, estresse e outros, um elemento presente até mesmo em cidades e localidades que não sofriam com essa questão.
Outro fator que contribui para aumentar o problema da falta de mobilidade urbana no Brasil é a herança histórica da política rodoviarista do país, que gerou um acúmulo nos investimentos para esse tipo de transporte em detrimento de outras formas de locomoção. Com isso, aumentou-se também a presença de veículos pesados, como os caminhões, o que dificulta ainda mais a fluidez do trânsito no Brasil.
A cidade de São Paulo é uma das que mais sofrem com esse problema. Em média, o paulistano pode passar até 45 dias do ano no trânsito, algo impensável para quem deseja uma melhor qualidade de vida no âmbito das cidades. Aparentemente, as medidas criadas para combater essa questão não foram de grande valia: o sistema de rodízio de automóveis, a construção de mais ruas, viadutos e avenidas para a locomoção, entre outras.
A grande questão é que, segundo especialistas, não há perspectiva de promoção de uma real mobilidade urbana no Brasil se as medidas adotadas privilegiarem o uso do transporte individual. É preciso, pois, melhorar as características do transporte público de massa, com mais ônibus, metrôs e terminais. Além disso, incentivos a meios de transporte como as bicicletas, além de contribuir para essa questão, ajudam a reduzir a emissão de poluentes na atmosfera e melhorar a qualidade de vida no meio urbano. Por isso, a construção de ciclofaixas ou ciclovias surge como uma saída viável e inteligente.
Outra solução apontada para combater o inchaço de veículos nas cidades é a adoção do chamado pedágio urbano, o que gera uma grande polêmica. Com isso, os carros e motocic letas teriam de pagar taxas para deslocar-se em determinados pontos da cidade, o que recebe apoio de muitos especialistas, mas também o rechaçamento de outros. Se, por um lado, essa medida estimularia o transporte coletivo ao invés do individual; por outro , as críticas colocam que apenas a população de menor renda média é que seria direcionada para esse sentido, o que representaria, em tese, uma exclusão desse grupo ao espaço da cidade.
Vale ressaltar também que o modelo histórico de organização do espaço g eográfico brasileiro não contribui para uma mudança desse cenário. Afinal, ao longo do século XX, houve uma rápida urbanização do país, que assistiu a um acelerado processo de crescimento das cidades e também de metropolização, ou seja, a concentração da população nas grandes metrópoles. Se o país tivesse passado por um processo de Reforma Agrária adequado, de forma a conter o elevado êxodo rural e, consequentemente, os níveis de urbanização, talvez essas e outras questões urbanas fossem de mais fácil resolução.
Disponível em:<http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/mobilidade-urbana.htm> . Acesso em: 26 Ago. 2016. [Adaptado]
A ideia central do quinto parágrafo encontra-se explícita
  • A no segundo período e está interligada ao primeiro por um conector de conclusão.
  • B no quarto período e está interligada ao terceiro por um conector de explicação.
  • C no primeiro período e está interligada ao parágrafo anterior por um conector de condição.
  • D no terceiro período e está interligada ao parágrafo anterior por um conector de adição.
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Mobilidade Urbana
Rodolfo F. Alves Pena
A mobilidade urbana, isto é, as condições oferecidas pelas cidades para garantir a livre circulação de pessoas entre as suas diferentes áreas, é um dos maiores desafios na atualidade tanto para o Brasil quanto para vários outros países. O crescente número de veículos individuais promove o inchaço do trânsito, dificultando a locomoção ao longo das áreas das grandes cidades, principalmente, nas regiões que concentram a maior parte dos serviços e empregos.
O Brasil, atualmente, vive um drama a respeito dessa questão. A melhoria da renda da população de classe média e baixa, os incentivos promovidos pelo Governo Federal para o mercado automobilístico (como a redução do IPI) e a baixa qualidade do transporte público contribuíram para o aumento do número de carros no trânsito. Com isso, tornaram-se ainda mais constantes os problemas com engarrafamentos, lentidão, estresse e outros, um elemento presente até mesmo em cidades e localidades que não sofriam com essa questão.
Outro fator que contribui para aumentar o problema da falta de mobilidade urbana no Brasil é a herança histórica da política rodoviarista do país, que gerou um acúmulo nos investimentos para esse tipo de transporte em detrimento de outras formas de locomoção. Com isso, aumentou-se também a presença de veículos pesados, como os caminhões, o que dificulta ainda mais a fluidez do trânsito no Brasil.
A cidade de São Paulo é uma das que mais sofrem com esse problema. Em média, o paulistano pode passar até 45 dias do ano no trânsito, algo impensável para quem deseja uma melhor qualidade de vida no âmbito das cidades. Aparentemente, as medidas criadas para combater essa questão não foram de grande valia: o sistema de rodízio de automóveis, a construção de mais ruas, viadutos e avenidas para a locomoção, entre outras.
A grande questão é que, segundo especialistas, não há perspectiva de promoção de uma real mobilidade urbana no Brasil se as medidas adotadas privilegiarem o uso do transporte individual. É preciso, pois, melhorar as características do transporte público de massa, com mais ônibus, metrôs e terminais. Além disso, incentivos a meios de transporte como as bicicletas, além de contribuir para essa questão, ajudam a reduzir a emissão de poluentes na atmosfera e melhorar a qualidade de vida no meio urbano. Por isso, a construção de ciclofaixas ou ciclovias surge como uma saída viável e inteligente.
Outra solução apontada para combater o inchaço de veículos nas cidades é a adoção do chamado pedágio urbano, o que gera uma grande polêmica. Com isso, os carros e motocic letas teriam de pagar taxas para deslocar-se em determinados pontos da cidade, o que recebe apoio de muitos especialistas, mas também o rechaçamento de outros. Se, por um lado, essa medida estimularia o transporte coletivo ao invés do individual; por outro , as críticas colocam que apenas a população de menor renda média é que seria direcionada para esse sentido, o que representaria, em tese, uma exclusão desse grupo ao espaço da cidade.
Vale ressaltar também que o modelo histórico de organização do espaço g eográfico brasileiro não contribui para uma mudança desse cenário. Afinal, ao longo do século XX, houve uma rápida urbanização do país, que assistiu a um acelerado processo de crescimento das cidades e também de metropolização, ou seja, a concentração da população nas grandes metrópoles. Se o país tivesse passado por um processo de Reforma Agrária adequado, de forma a conter o elevado êxodo rural e, consequentemente, os níveis de urbanização, talvez essas e outras questões urbanas fossem de mais fácil resolução.
Disponível em:<http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/mobilidade-urbana.htm> . Acesso em: 26 Ago. 2016. [Adaptado]

De acordo com o texto, depreende-se que

  • A a quantidade de carros sempre foi um problema no cotidiano das cidades brasileiras, inclusive, as de pequeno porte.
  • B a causa mais determinante para o problema da mobilidade urbana é a qualidade do transporte público.
  • C a ausência de mobilidade atinge tão somente os grandes centros urbanos por privilegiarem o transporte rodoviário.
  • D a resolução do problema do tráfego é um desafio enfrentado por todos os grandes centros urbanos do mundo.
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Saúde e produtividade, não há tempo a perder
Bruce Rasmussen

O Brasil segue envelhecendo rapidamente e vivendo mais. Dados de 2014, divulgados peloInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que as pessoas com mais de 60anos já são 13,7% da população do país - há dez anos, esse percentual era de 9,7%. Ao mesmotempo, a expectativa de vida cresce ano a ano. Chegou a 75,2 anos: 29,7 anos a mais quandocomparado com 1940.
Um dos principais reflexos dessa mudança na pirâmide etária é o envelhecimento da forçade trabalho do país, fenômeno já observado em países desenvolvidos. Com um contingente dejovens menor, os países dependem de trabalhadores mais velhos e experientes. Mantê -lossaudáveis e ativos se torna, assim, uma das variáveis para o crescimento econômico e para odesenvolvimento.
Em estudo recente que elaboramos na Victoria University, "Impactos econômicos dasdoenças crônicas na produtividade e na aposentadoria precoce: o Brasil em foco", constatamosque, entre os países comparados, o Brasil tinha uma das forças de trabalho mais "jovens" no ano2000, com apenas 12% do total tendo entre 50 e 64 anos.
Até o ano 2030, essa proporção deve quase dobrar para quase 21%. O cenário brasileirointegrou um trabalho que analisou 11 países – China, Colômbia, Índia, Japão, México, Peru,Polônia, África do Sul, Turquia e Estados Unidos.
Nesse contexto, uma das principais questões com que o Brasil terá que lidar é ocrescimento das chamadas doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) na força de trabalho.Fazem parte do grupo doenças cardiovasculares, câncer, doenças crônicas respiratórias ediabetes. A incidência dessas doenças é cada vez maior nos países em desenvolvimento , e,entre os países estudados, o Brasil tem o maior nível de DCNTs, medido pelo número de anosque a pessoa vive com a deficiência.
O custo dessas doenças cresce exponencialmente com a idade. No Brasil, essa despesa,aos 60 anos, é duas vezes maior do que aos 45.
O relógio está correndo e aponta que é a hora de o Brasil olhar para os impactos dasDCNTs na produtividade da força de trabalho e na aposentadoria precoce da populaçãoeconomicamente ativa. Se projetadas até 2030, essas perdas totalizariam 8,7% do PIB, oequivalente a US$ 184 bilhões a menos, considerando mortes por doenças crônicas e casos deabsenteísmo e presenteísmo.
Tais fatores precisam de tratamento intensivo para conter o efeito negativo sobre osindicadores econômicos ao longo do tempo. A evolução desse quadro, nos próximos 15 anos, vaiafetar o crescimento dos países – por estar diretamente relacionado à redução da capacidadepara trabalhar e à perda de produtividade.
Soluções possíveis exigem cooperação para viabilizar e disseminar ações transversais deprevenção, mas é vital quebrar um paradigma: mudar o entendimento de saúde, passando aconsiderar sua gestão um investimento em produtividade e vida mais saudável.
Mesmo em um cenário de contingenciamento, oportunidades não podem ser desperdiçadas.Essas transformações são um processo de longo prazo, mas que precisa ser iniciado. Umprimeiro passo é criar condições para uma articulação entre sociedade, setor privado e governo,com foco no enfrentamento dos desafios que o Brasil terá pela frente com a sua saúde. 
Disponível em: . Acesso em: 7 jan. 2016. [Adaptado]


GLOSSÁRIO
Absenteísmo: ausência de um empregado ao trabalho, causada especialmente por motivo dedoença ou dano físico.
Presenteísmo: presença de um emprego no trabalho sem a produtividade esperada.
Contingenciamento: controle de despesas.

A questão refere-se ao trecho a seguir.

Soluções possíveis exigem cooperação para viabilizar e disseminar ações transversais de prevenção, mas é vital quebrar um paradigma: mudar o entendimento de saúde, passando a considerar sua gestão um investimento em produtividade e vida mais saudável.

O pronome sua tem como referente o substantivo

  • A “gestão”.
  • B “saúde”.
  • C “produtividade”.
  • D “cooperação”.
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O poder do cérebro em evitar distrações
Diante de um estímulo relevante, nossa mente recorre a um “truque”: a reação a distrações tende a diminuir, de modo que, comparativamente, o alvo de interesse ganha destaque em relação aos demais
Por Ferris Jabr
Você está dirigindo por uma rodovia por onde não costuma transitar e sabe que a saída está em algum lugar desse trecho da estrada, mas nunca a utilizou antes e não quer perdê-la. Enquanto olha atentamente para um lado em busca do sinal de saída, numerosas distrações se intrometem em seu campo visual: cartazes, um conversível charmoso, o toque do celular. Como o seu cérebro se concentra na tarefa que está realizando? Para responder a essa pergunta, neurocientistas em geral estudam o modo como o cérebro reforça sua resposta para o que você está procurando, condicionando-se com um impulso elétrico especialmente forte quando vê o que procura. Outro “truque” neurológico pode ser igualmente importante: segundo um estudo divulgado pelo periódico científico Journal of Neuroscience, o cérebro enfraquece sua reação, deliberadamente, perante tudo o mais, de modo que, comparativamente, o alvo de interesse ganhe destaque. E o mais curioso: fazemos isso sem sequer perceber.
Os neurocientistas cognitivos John Gaspar e John McDonald, ambos pesquisadores da Universidade Simon Fraser, na Colúmbia Britânica, Canadá, chegaram a essa conclusão depois de pedirem a 48 universitários que fizessem testes de atenção em um computador. Os voluntários deveriam identificar rapidamente um círculo amarelo isolado em meio a um conjunto de círculos verdes sem serem distraídos por um círculo vermelho ainda mais chamativo. Durante todo esse tempo, os pesquisadores monitoraram a atividade elétrica no cérebro dos estudantes por meio de uma rede de eletrodos conectados a seu couro cabeludo. Como primeira evidência direta desse processo neural em ação, os padrões registrados revelaram que o cérebro dos participantes do experimento consistentemente suprimia reações a todos os círculos, exceto quando se referia àquelas formas geométricas que estavam procurando. “Neurocientistas estão cientes da supressão há algum tempo, mas ela não tem sido tão estudada quanto mecanismos que aumentam a atenção”, salienta McDonald. “A novidade é que, com esse trabalho, determinamos como é possível evitar distração por meio da supressão”.
O neurocientista acredita que pesquisas desse tipo, algum dia, poderão ajudar os cientistas a entender o que ocorre no cérebro de pessoas com problemas de atenção, como o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDA/H). Em um mundo cada vez mais permeado de distrações, o que é um importante fator para acidentes de trânsito, qualquer insight sobre como o cérebro concentra atenção deve despertar também a nossa.   

De acordo com o texto, um dos benefícios resultantes do estudo do cérebro humano seria

  • A conter os estímulos do cérebro.
  • B caracterizar os acidentes de trânsito.
  • C prevenir acidentes de trânsito.
  • D mascarar os estímulos do cérebro.
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A questão refere-se ao texto reproduzido a seguir.

O futuro do trabalho

Thomaz Wood Jr.

    Quando se observam carreiras e profissões, tem-se a sensação de que tudo que era sólido agora se desmancha no ar. O mago, ou vilão transformador, costuma ser a tecnologia, força capaz de abalar indústrias e desestruturar trajetórias.

    O impacto é especialmente visível nas carreiras das indústrias criativas e da mídia. Nos últimos 20 anos, as indústrias musicais, as editoras de livros, as revistas e os jornais foram impactados pelas novas tecnologias da informação e de comunicação. Mudaram as formas de produzir e de trabalhar. Para melhor ou para pior? Há controvérsias.

    Os arautos do fim do mundo denunciam a precariedade galopante das novas relações de trabalho. Os profetas do admirável mundo novo advogam que as novas tecnologias turbinam a criatividade e escancaram as portas do mercado para as mentes mais brilhantes.

    Steve Johnson é um escritor norte-americano dedicado a temas relacionados à ciência, tecnologia e inovação. Situa sua pena no último grupo. Em um longo texto publicado no jornal The New York Times, em agosto de 2015, Johnson escreve sobre a emergência da economia digital e suas consequências sobre a cultura, as indústrias criativas e seus profissionais.

    Argumenta que o apocalipse anunciado algumas décadas atrás não se materializou. Muitas empresas e empregos desapareceram, mas, segundo ele, a produção cultural está em alta e os profissionais do campo têm, hoje, mais oportunidades de trabalho do que antes.

    Nas indústrias musicais, a tecnologia barateou a produção e transformou a distribuição. As gravadoras e as lojas de discos deixaram o palco. Empregos foram perdidos, mas não necessariamente aqueles dos artistas. Os músicos deixaram de ganhar dinheiro com discos e voltaram seu foco para as apresentações ao vivo.

    A queda de renda de uma atividade foi compensada pelo aumento de renda na outra. Além disso, a redução dos custos de produção e distribuição permitiu aos músicos gravar e disponibilizar suas obras com facilidade e baixo preço.

    A história da indústria editorial apresenta similaridades com a das indústrias musicais. A venda de livros impressos continuou a aumentar, mesmo depois da introdução dos e-books. Além disso, os livros impressos seguem sustentando uma fatia substancial do mercado. Novos autores e obras surgem todos os dias.

    Para os artistas, o novo mundo do trabalho traz oportunidades e desafios. Favorece os profissionais que conseguem se adaptar a um portfólio amplo de atividades, em lugar de buscar especialização em um único caminho de carreira. De fato, as possibilidades de inserção comercial se multiplicaram.

    Músicos podem hoje compor jingles para publicidade, trilhas para cinema, tevê, teatro, videogames e uma infinidade de aplicativos para smartphones e tablets. Podem dar cursos presenciais, em escolas, e virtuais, por meio do YouTube. E mantêm a possibilidade de se apresentar em casas noturnas, teatros e salas de concerto.

    As inúmeras opções abertas pelas novas tecnologias e seus desdobramentos no mercado de trabalho tornaram a carreira musical, como outras do setor artístico, mais factível. No entanto, sobreviver nesse novo mundo exige novas competências, relacionadas à gestão da própria carreira, como se esta fosse um negócio. E todo esse mar de oportunidades não significa que pagar as contas ficou mais fácil. O jogo continua desigual, com uma base numerosa e mal remunerada e um topo restrito e milionário.

    A tendência da chamada “carreira portfólio”, na qual o profissional é empreendedor de si mesmo e gerencia diferentes atividades e projetos, não é nova ou exclusiva das indústrias criativas. Muito antes da internet, músicos e outros artistas dividiam seu tempo entre diferentes atividades. Médicos e consultores há anos administram múltiplas frentes de trabalho.

    Não há novidade, mas há intensificação e aceleração do fenômeno, para o bem e para o mal. O novo contexto cria novas oportunidades, porém demanda mudanças que comumente se situam além da capacidade dos profissionais. Com isso, gera ansiedade e frustração, criando com frequência dramas pessoais de difícil superação e que tendem a s e multiplicar, à medida que outras indústrias e profissões são afetadas.

Disponível em: . Acesso em: 27 abr. 2016. 

Glossário

  • Arautos: aqueles que proclamam ou anunciam algo.
  • Factível: o que pode acontecer ou ser feito, realizável.

Leia os trechos reproduzidos a seguir.

Trecho I

Os profetas do admirável mundo novo advogam que as novas tecnologias turbinam a criatividade e escancaram as portas do mercado para as mentes mais brilhantes.

Trecho II

Favorece os profissionais que conseguem se adaptar a um portfólio amplo de atividades, em lugar de buscar especialização em um único caminho de carreira.

Considerando-se as relações sintático-semânticas da língua portuguesa,

  • A tanto no Trecho I quanto no Trecho II é possível a colocação de uma vírgula antes da palavra “que”, alterando o sentido em ambos os casos.
  • B é possível, no Trecho I, a colocação de uma vírgula após a palavra “que”, mas isso não alterará a informação veiculada.
  • C é possível, no Trecho II, a colocação de uma vírgula antes da palavra “que”, mas isso alterará a informação veiculada.
  • D tanto no Trecho I quanto no Trecho II é possível a colocação de uma vírgula após a palavra “que”, não alterando o sentido em ambos os casos.
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Mobilidade Urbana
Rodolfo F. Alves Pena
A mobilidade urbana, isto é, as condições oferecidas pelas cidades para garantir a livre circulação de pessoas entre as suas diferentes áreas, é um dos maiores desafios na atualidade tanto para o Brasil quanto para vários outros países. O crescente número de veículos individuais promove o inchaço do trânsito, dificultando a locomoção ao longo das áreas das grandes cidades, principalmente, nas regiões que concentram a maior parte dos serviços e empregos.
O Brasil, atualmente, vive um drama a respeito dessa questão. A melhoria da renda da população de classe média e baixa, os incentivos promovidos pelo Governo Federal para o mercado automobilístico (como a redução do IPI) e a baixa qualidade do transporte público contribuíram para o aumento do número de carros no trânsito. Com isso, tornaram-se ainda mais constantes os problemas com engarrafamentos, lentidão, estresse e outros, um elemento presente até mesmo em cidades e localidades que não sofriam com essa questão.
Outro fator que contribui para aumentar o problema da falta de mobilidade urbana no Brasil é a herança histórica da política rodoviarista do país, que gerou um acúmulo nos investimentos para esse tipo de transporte em detrimento de outras formas de locomoção. Com isso, aumentou-se também a presença de veículos pesados, como os caminhões, o que dificulta ainda mais a fluidez do trânsito no Brasil.
A cidade de São Paulo é uma das que mais sofrem com esse problema. Em média, o paulistano pode passar até 45 dias do ano no trânsito, algo impensável para quem deseja uma melhor qualidade de vida no âmbito das cidades. Aparentemente, as medidas criadas para combater essa questão não foram de grande valia: o sistema de rodízio de automóveis, a construção de mais ruas, viadutos e avenidas para a locomoção, entre outras.
A grande questão é que, segundo especialistas, não há perspectiva de promoção de uma real mobilidade urbana no Brasil se as medidas adotadas privilegiarem o uso do transporte individual. É preciso, pois, melhorar as características do transporte público de massa, com mais ônibus, metrôs e terminais. Além disso, incentivos a meios de transporte como as bicicletas, além de contribuir para essa questão, ajudam a reduzir a emissão de poluentes na atmosfera e melhorar a qualidade de vida no meio urbano. Por isso, a construção de ciclofaixas ou ciclovias surge como uma saída viável e inteligente.
Outra solução apontada para combater o inchaço de veículos nas cidades é a adoção do chamado pedágio urbano, o que gera uma grande polêmica. Com isso, os carros e motocic letas teriam de pagar taxas para deslocar-se em determinados pontos da cidade, o que recebe apoio de muitos especialistas, mas também o rechaçamento de outros. Se, por um lado, essa medida estimularia o transporte coletivo ao invés do individual; por outro , as críticas colocam que apenas a população de menor renda média é que seria direcionada para esse sentido, o que representaria, em tese, uma exclusão desse grupo ao espaço da cidade.
Vale ressaltar também que o modelo histórico de organização do espaço g eográfico brasileiro não contribui para uma mudança desse cenário. Afinal, ao longo do século XX, houve uma rápida urbanização do país, que assistiu a um acelerado processo de crescimento das cidades e também de metropolização, ou seja, a concentração da população nas grandes metrópoles. Se o país tivesse passado por um processo de Reforma Agrária adequado, de forma a conter o elevado êxodo rural e, consequentemente, os níveis de urbanização, talvez essas e outras questões urbanas fossem de mais fácil resolução.
Disponível em:<http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/mobilidade-urbana.htm> . Acesso em: 26 Ago. 2016. [Adaptado]

Para responder à questão, considere o excerto a seguir.

A mobilidade urbana, isto é, as condições oferecidas pelas cidades para garantir a livre circulação de pessoas entre as suas diferentes áreas, é um dos maiores desafios na atualidade tanto para o Brasil quanto para vários outros países. O crescente número de veículos individuais promove o inchaço do trânsito, dificultando a locomoção ao longo das áreas das grandes cidades, principalmente nas regiões que concentram a maior parte dos serviços e empregos.

Se for alterada a ordem dos períodos,

  • A não haverá mudança na sequência textual dominante, mas o sentido do parágrafo sofrerá alteração.
  • B haverá mudança de sentido do parágrafo e de sequência textual dominante.
  • C haverá mudança na sequência textual dominante, mas o sentido do parágrafo continuará o mesmo.
  • D não haverá mudança de sentido do parágrafo nem de sequência textual dominante.
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A questão refere-se ao texto reproduzido a seguir.

O futuro do trabalho

Thomaz Wood Jr.

    Quando se observam carreiras e profissões, tem-se a sensação de que tudo que era sólido agora se desmancha no ar. O mago, ou vilão transformador, costuma ser a tecnologia, força capaz de abalar indústrias e desestruturar trajetórias.

    O impacto é especialmente visível nas carreiras das indústrias criativas e da mídia. Nos últimos 20 anos, as indústrias musicais, as editoras de livros, as revistas e os jornais foram impactados pelas novas tecnologias da informação e de comunicação. Mudaram as formas de produzir e de trabalhar. Para melhor ou para pior? Há controvérsias.

    Os arautos do fim do mundo denunciam a precariedade galopante das novas relações de trabalho. Os profetas do admirável mundo novo advogam que as novas tecnologias turbinam a criatividade e escancaram as portas do mercado para as mentes mais brilhantes.

    Steve Johnson é um escritor norte-americano dedicado a temas relacionados à ciência, tecnologia e inovação. Situa sua pena no último grupo. Em um longo texto publicado no jornal The New York Times, em agosto de 2015, Johnson escreve sobre a emergência da economia digital e suas consequências sobre a cultura, as indústrias criativas e seus profissionais.

    Argumenta que o apocalipse anunciado algumas décadas atrás não se materializou. Muitas empresas e empregos desapareceram, mas, segundo ele, a produção cultural está em alta e os profissionais do campo têm, hoje, mais oportunidades de trabalho do que antes.

    Nas indústrias musicais, a tecnologia barateou a produção e transformou a distribuição. As gravadoras e as lojas de discos deixaram o palco. Empregos foram perdidos, mas não necessariamente aqueles dos artistas. Os músicos deixaram de ganhar dinheiro com discos e voltaram seu foco para as apresentações ao vivo.

    A queda de renda de uma atividade foi compensada pelo aumento de renda na outra. Além disso, a redução dos custos de produção e distribuição permitiu aos músicos gravar e disponibilizar suas obras com facilidade e baixo preço.

    A história da indústria editorial apresenta similaridades com a das indústrias musicais. A venda de livros impressos continuou a aumentar, mesmo depois da introdução dos e-books. Além disso, os livros impressos seguem sustentando uma fatia substancial do mercado. Novos autores e obras surgem todos os dias.

    Para os artistas, o novo mundo do trabalho traz oportunidades e desafios. Favorece os profissionais que conseguem se adaptar a um portfólio amplo de atividades, em lugar de buscar especialização em um único caminho de carreira. De fato, as possibilidades de inserção comercial se multiplicaram.

    Músicos podem hoje compor jingles para publicidade, trilhas para cinema, tevê, teatro, videogames e uma infinidade de aplicativos para smartphones e tablets. Podem dar cursos presenciais, em escolas, e virtuais, por meio do YouTube. E mantêm a possibilidade de se apresentar em casas noturnas, teatros e salas de concerto.

    As inúmeras opções abertas pelas novas tecnologias e seus desdobramentos no mercado de trabalho tornaram a carreira musical, como outras do setor artístico, mais factível. No entanto, sobreviver nesse novo mundo exige novas competências, relacionadas à gestão da própria carreira, como se esta fosse um negócio. E todo esse mar de oportunidades não significa que pagar as contas ficou mais fácil. O jogo continua desigual, com uma base numerosa e mal remunerada e um topo restrito e milionário.

    A tendência da chamada “carreira portfólio”, na qual o profissional é empreendedor de si mesmo e gerencia diferentes atividades e projetos, não é nova ou exclusiva das indústrias criativas. Muito antes da internet, músicos e outros artistas dividiam seu tempo entre diferentes atividades. Médicos e consultores há anos administram múltiplas frentes de trabalho.

    Não há novidade, mas há intensificação e aceleração do fenômeno, para o bem e para o mal. O novo contexto cria novas oportunidades, porém demanda mudanças que comumente se situam além da capacidade dos profissionais. Com isso, gera ansiedade e frustração, criando com frequência dramas pessoais de difícil superação e que tendem a s e multiplicar, à medida que outras indústrias e profissões são afetadas.

Disponível em: . Acesso em: 27 abr. 2016. 

Glossário

  • Arautos: aqueles que proclamam ou anunciam algo.
  • Factível: o que pode acontecer ou ser feito, realizável.

É propósito comunicativo principal do texto:

  • A explicar aspectos da influência da tecnologia nas transformações de carreiras profissionais.
  • B defender ponto de vista contrário à influência da tecnologia nas carreiras profissionais.
  • C descrever impactos negativos da tecnologia na estruturação das carreiras profissionais.
  • D criticar várias visões otimistas acerca da influência da tecnologia nas carreiras profissionais.
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O poder do cérebro em evitar distrações
Diante de um estímulo relevante, nossa mente recorre a um “truque”: a reação a distrações tende a diminuir, de modo que, comparativamente, o alvo de interesse ganha destaque em relação aos demais
Por Ferris Jabr
Você está dirigindo por uma rodovia por onde não costuma transitar e sabe que a saída está em algum lugar desse trecho da estrada, mas nunca a utilizou antes e não quer perdê-la. Enquanto olha atentamente para um lado em busca do sinal de saída, numerosas distrações se intrometem em seu campo visual: cartazes, um conversível charmoso, o toque do celular. Como o seu cérebro se concentra na tarefa que está realizando? Para responder a essa pergunta, neurocientistas em geral estudam o modo como o cérebro reforça sua resposta para o que você está procurando, condicionando-se com um impulso elétrico especialmente forte quando vê o que procura. Outro “truque” neurológico pode ser igualmente importante: segundo um estudo divulgado pelo periódico científico Journal of Neuroscience, o cérebro enfraquece sua reação, deliberadamente, perante tudo o mais, de modo que, comparativamente, o alvo de interesse ganhe destaque. E o mais curioso: fazemos isso sem sequer perceber.
Os neurocientistas cognitivos John Gaspar e John McDonald, ambos pesquisadores da Universidade Simon Fraser, na Colúmbia Britânica, Canadá, chegaram a essa conclusão depois de pedirem a 48 universitários que fizessem testes de atenção em um computador. Os voluntários deveriam identificar rapidamente um círculo amarelo isolado em meio a um conjunto de círculos verdes sem serem distraídos por um círculo vermelho ainda mais chamativo. Durante todo esse tempo, os pesquisadores monitoraram a atividade elétrica no cérebro dos estudantes por meio de uma rede de eletrodos conectados a seu couro cabeludo. Como primeira evidência direta desse processo neural em ação, os padrões registrados revelaram que o cérebro dos participantes do experimento consistentemente suprimia reações a todos os círculos, exceto quando se referia àquelas formas geométricas que estavam procurando. “Neurocientistas estão cientes da supressão há algum tempo, mas ela não tem sido tão estudada quanto mecanismos que aumentam a atenção”, salienta McDonald. “A novidade é que, com esse trabalho, determinamos como é possível evitar distração por meio da supressão”.
O neurocientista acredita que pesquisas desse tipo, algum dia, poderão ajudar os cientistas a entender o que ocorre no cérebro de pessoas com problemas de atenção, como o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDA/H). Em um mundo cada vez mais permeado de distrações, o que é um importante fator para acidentes de trânsito, qualquer insight sobre como o cérebro concentra atenção deve despertar também a nossa.   

A leitura do título do texto

  • A critica a utilização de “truques” para estimular o cérebro.
  • B explicita a opinião do autor sobre os estudos do cérebro.
  • C antecipa a temática sobre o poder do cérebro.
  • D relativiza a importância dos estudos do cérebro.
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Mobilidade Urbana
Rodolfo F. Alves Pena
A mobilidade urbana, isto é, as condições oferecidas pelas cidades para garantir a livre circulação de pessoas entre as suas diferentes áreas, é um dos maiores desafios na atualidade tanto para o Brasil quanto para vários outros países. O crescente número de veículos individuais promove o inchaço do trânsito, dificultando a locomoção ao longo das áreas das grandes cidades, principalmente, nas regiões que concentram a maior parte dos serviços e empregos.
O Brasil, atualmente, vive um drama a respeito dessa questão. A melhoria da renda da população de classe média e baixa, os incentivos promovidos pelo Governo Federal para o mercado automobilístico (como a redução do IPI) e a baixa qualidade do transporte público contribuíram para o aumento do número de carros no trânsito. Com isso, tornaram-se ainda mais constantes os problemas com engarrafamentos, lentidão, estresse e outros, um elemento presente até mesmo em cidades e localidades que não sofriam com essa questão.
Outro fator que contribui para aumentar o problema da falta de mobilidade urbana no Brasil é a herança histórica da política rodoviarista do país, que gerou um acúmulo nos investimentos para esse tipo de transporte em detrimento de outras formas de locomoção. Com isso, aumentou-se também a presença de veículos pesados, como os caminhões, o que dificulta ainda mais a fluidez do trânsito no Brasil.
A cidade de São Paulo é uma das que mais sofrem com esse problema. Em média, o paulistano pode passar até 45 dias do ano no trânsito, algo impensável para quem deseja uma melhor qualidade de vida no âmbito das cidades. Aparentemente, as medidas criadas para combater essa questão não foram de grande valia: o sistema de rodízio de automóveis, a construção de mais ruas, viadutos e avenidas para a locomoção, entre outras.
A grande questão é que, segundo especialistas, não há perspectiva de promoção de uma real mobilidade urbana no Brasil se as medidas adotadas privilegiarem o uso do transporte individual. É preciso, pois, melhorar as características do transporte público de massa, com mais ônibus, metrôs e terminais. Além disso, incentivos a meios de transporte como as bicicletas, além de contribuir para essa questão, ajudam a reduzir a emissão de poluentes na atmosfera e melhorar a qualidade de vida no meio urbano. Por isso, a construção de ciclofaixas ou ciclovias surge como uma saída viável e inteligente.
Outra solução apontada para combater o inchaço de veículos nas cidades é a adoção do chamado pedágio urbano, o que gera uma grande polêmica. Com isso, os carros e motocic letas teriam de pagar taxas para deslocar-se em determinados pontos da cidade, o que recebe apoio de muitos especialistas, mas também o rechaçamento de outros. Se, por um lado, essa medida estimularia o transporte coletivo ao invés do individual; por outro , as críticas colocam que apenas a população de menor renda média é que seria direcionada para esse sentido, o que representaria, em tese, uma exclusão desse grupo ao espaço da cidade.
Vale ressaltar também que o modelo histórico de organização do espaço g eográfico brasileiro não contribui para uma mudança desse cenário. Afinal, ao longo do século XX, houve uma rápida urbanização do país, que assistiu a um acelerado processo de crescimento das cidades e também de metropolização, ou seja, a concentração da população nas grandes metrópoles. Se o país tivesse passado por um processo de Reforma Agrária adequado, de forma a conter o elevado êxodo rural e, consequentemente, os níveis de urbanização, talvez essas e outras questões urbanas fossem de mais fácil resolução.
Disponível em:<http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/mobilidade-urbana.htm> . Acesso em: 26 Ago. 2016. [Adaptado]
Considere o excerto a seguir. Se, por um lado, essa medida estimularia o transporte coletivo ao invés do individual; por outro, as críticas colocam que apenas a população de menor renda média é que seria direcionada para esse sentido, o que representaria, em tese, uma exclusão desse grupo ao espaço da cidade. O uso do ponto e vírgula serve para separar
  • A períodos de mesma natureza no interior do parágrafo.
  • B orações coordenadas que se opõem quanto ao sentido.
  • C itens de um enunciado enumerativo.
  • D orações de valor conclusivo.

Redação Oficial

16

Suponha que você atua na secretaria do Departamento Acadêmico de uma Universidade. O chefe do Departamento solicitou que seja feita uma convocação aos docentes para a plenária que será realizada em determinada data. O tipo de correspondência que você irá utilizar será

  • A Carta.
  • B Memorando.
  • C Aviso.
  • D Ofício.
17

Os documentos oficiais fazem uso de diversos recursos linguísticos. Um desses recursos são as formas de tratamento que tornam a comunicação mais formal.

Sobre as formas de tratamento, é correto afirmar:

  • A Os documentos oficiais devem utilizar pronomes de tratamento e verbos na segunda pessoa.
  • B Os documentos oficiais utilizam formas de tratamento diferentes de acordo com o destinatário.
  • C Os pronomes de tratamento devem ser abreviados em todos os documentos oficiais.
  • D Os documentos oficiais utilizam todos os pronomes de tratamento independente do destinatário.
18

Por intermédio da redação oficial, o Poder Público redige atos normativos e comunicações aos interessados. São características da redação oficial:

  • A linguagem coloquial, impessoalidade, clareza e simplicidade.
  • B padrão culto da linguagem, clareza, concisão e informalidade.
  • C impessoalidade, clareza, concisão, formalidade e uniformidade.
  • D impressões individuais, clareza, simplicidade e concisão.
19
A redação de documentos oficiais é uma das atividades inerentes a determinadas funções do serviço público. Suponha que, no exercício do cargo de Assistente em Administração, você tenha sido designado para escrever um documento para o Reitor de uma universidade parceira da UFERSA, solicitando informações sobre um projeto em execução naquela instituição. O documento a ser redigido deve ser um
  • A memorando.
  • B aviso.
  • C ofício
  • D telegrama.

Arquivologia

20

Os documentos produzidos por uma organização são de natureza diversa. A configuração que assume um documento de acordo com a sua natureza e o modo como foi confeccionado é denominada

  • A espécie.
  • B formato.
  • C gênero.
  • D suporte.

Noções de Informática

21

Protocolos de redes de computadores são regras definidas para um sistema de comunicação entre elementos de uma rede e que permitem uma padronização na comunicação. São protocolos de comunicação comumente encontrados nas redes de computadores

  • A SWITCH e WiFi.
  • B LAN e GOLPHER.
  • C DSL e POP4.
  • D HTTP e FTP
22
Combinações de teclas são utilizadas como atalhos para se realizar funções de forma mais direta. A combinação de teclas Ctrl + Y, no Microsoft Word 2010 em Português, rodando no Windows 7, permite
  • A repetir a localização de palavras.
  • B desfazer uma ação.
  • C refazer ou repetir uma ação.
  • D ativar ou desativar manuscritos.
23

O navegador Firefox, em sua versão 47, permite que sejam abertas janelas que possibilitam a navegação privada. No caso, é possível

  • A o armazenamento de logins e senhas para uso restrito.
  • B a ocultação do endereço IP (Internet Protocol) do usuário.
  • C navegar sem guardar as páginas visitadas.
  • D armazenar o cache dos sites marcados como privados.
24
O aplicativo Mozilla Thunderbird permite que possamos ter acesso a contas de e-mail em um aplicativo desktop, oferecendo diversos recursos para organizar e escrever e -mails. Quando um usuário configura uma conta de e-mail que usa o protocolo IMAP, ele precisa configurar o protocolo para envio de mensagens chamado de
  • A Exchange.
  • B POP.
  • C SMTP.
  • D RSS.
25

Os sistemas operacionais são utilizados para controlar a carga de programas do usuário, perfis de usuários, gerenciamento de memória, entre outras tarefas. O gerenciamento de arquivos é um grande aliado na organização dos dados em um computador, serviço prestado por aplicações que acompanham, via de regra, o sistema operacional. No caso do Windows 7, o tipo de arquivo pode ser reconhecido por sua extensão. Dessa forma, são extensões de arquivos de imagem, programa e planilha, respectivamente,

  • A .tiff .exe .xlsx
  • B .gif .com .docx
  • C .img .dll .plan
  • D .jpg .bat .odf
26
Para cadastrar um novo aluno na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, o servidor público encarregado utiliza os seguintes dispositivos: um teclado para digitar os dados pessoais do estudante no sistema acadêmico; um scanner para digitalizar os docum entos de identificação do aluno e uma impressora a laser para imprimir o comprovante de cadastramento, entregue ao estudante ingressante. Nesse sentido, o teclado, o scanner e a impressora são, respectivamente, dispositivos de: 
  • A saída, entrada, saída.
  • B saída, saída, entrada.
  • C entrada, saída, entrada.
  • D entrada, entrada, saída.
27

Os sistemas operacionais modernos baseados em Linux são conhecidos por oferecer suporte a diversos formatos de arquivos, quanto à sua organização interna. Dentre esses formatos, destaca-se o

  • A ntf
  • B ext3
  • C fat
  • D ram
28
A Universidade Federal do Rio Grande do Norte possui sistemas integrados para gestão acadêmica (chamado de SIGAA), gestão de recursos humanos (chamado de SIGRH) e gestão de patrimônio, administração e contratos (chamado de SIPAC). Para utilizar esses sistemas, o servidor público encarregado utiliza um navegador web. São exemplos de navegadores web: 
  • A Mozilla Firefox, Safari e Google Chrome.
  • B Internet Explorer, Microsoft Edge e Mozilla Thunderbird.
  • C Google Chromecast, Mozilla Firefox e Microsoft Edge.
  • D Safari, Google Chrome e Microsoft Outlook.
29

Um texto pode ser formatado em colunas. Pode-se, por exemplo, criar um layout onde uma coluna seja mais estreita que outra. No Microsoft Word 2007, para se formatar um texto em colunas com larguras distintas é preciso acessar a guia

  • A Paginação.
  • B Colunas.
  • C Configurar Layout.
  • D Layout da Página.
30
As redes de computadores podem ser classificadas segundo diversos critérios. São classificações válidas, segundo a Extensão Geográfica e segundo a Topologia, respectivamente,
  • A LAN e Ethernet.
  • B WAN e Estrela
  • C DSL e Wireless.
  • D Árvore e MAN.
31
Antes de imprimir um documento digitado no MS Word 2013, o servidor solicita que o chefe da unidade o revise. Após revisar o documento, o chefe da unidade informou ao servidor que o texto estava correto, porém, era necessário inserir a numeração das páginas no rodapé, antes de imprimir. Para inserir a numeração, o servidor deve: 
  • A clicar no menu “Layout da Página”; escolher a opção “Configurar página”; marcar a opç ão “Usar numeração de página”, na janela de diálogo e clicar em “OK” para confirmar.
  • B clicar no botão “Número de página”, na guia “Inserir”; clicar em “Fim da página” e escolher uma das opções de numeração apresentadas.
  • C clicar com o botão da direta do mouse em qualquer lugar do documento aberto; depois, em “Inserir numeração de página” e escolher uma das opções de numeração apresentadas.
  • D clicar em “Página Inicial”; escolher a opção “Propriedades do documento”; marcar a opção “Numeração automática de páginas”, na caixa de diálogo e clicar em “OK” para confirmar.
32
Usa-se o recurso de compressão para se representar uma informação com menos bits. São extensões de arquivos compactados:
  • A .tar e .doc
  • B .lzw e .dll
  • C .zip e .gz
  • D .7zp e .txt
33
No mundo globalizado, com uma grande quantidade de informações disponível, para realizar pesquisas nas ferramentas de busca, é necessário o uso de termos adequados ou combinações deles a fim de encontrar o resultado procurado. Por exemplo, ao utilizar, no buscador do Google, o termo carro filetype:PDF, encontram-se, prioritariamente,
  • A os sites cadastrados que contenham a palavra carro e o conteúdo seja um pdf.
  • B todos os sites que contenham a palavra carro ou pdf.
  • C os sites que contenham a palavra pdf ou carro.
  • D todos os sites que contenham a palavra filetype ou pdf ou carro.

Direito Administrativo

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Considerando as disposições do regime jurídico dos servidores públicos civis da União (Lei nº 8.112/90), analise as afirmativas a seguir:

I A licença para tratamento de saúde que exceder o prazo de cento e vinte dias no período de doze meses, a contar do primeiro dia de afastamento, será concedida mediante avaliação por junta médica oficial.

II Configura acidente em serviço o dano físico ou mental sofrido pelo servidor, que se relacione, mediata ou imediatamente, com as atribuições do cargo exercido.

III A pensão poderá ser requerida a qualquer tempo, prescrevendo tão-somente as prestações exigíveis há mais de três anos.

IV O menor de vinte e três anos que, mediante autorização judicial, viver na companhia e às expensas do servidor, ou do inativo, é considerado dependente econômico para efeito de percepção de salário-família.

Dentre as afirmativas, estão corretas

  • A I e III.
  • B III e IV.
  • C I e II.
  • D II e IV.
35
Um servidor lotado na Universidade Federal do Rio Grande do Norte foi deslocado de ofício, no âmbito do mesmo quadro, sem ter havido mudança de sede. Com base nos preceitos da Lei nº 8.112/90, esse servidor foi 
  • A removido.
  • B reintegrado.
  • C reconduzido.
  • D readaptado.
36
Segundo dispõe a Lei nº 8.112/90, um servidor inativo em débito com o erário público que tiver sua aposentadoria cassada deverá quitar o débito no prazo de 
  • A cinquenta dias.
  • B trinta dias.
  • C sessenta dias.
  • D quinze dias.
37
De acordo com as regras do plano de seguridade social expressas na Lei nº 8.112/90, para efeitos de percepção do salário-família, consideram-se dependentes econômicos do servidor: 
  • A filhos até dezoito anos de idade.
  • B pai e mãe sem economia própria.
  • C menores de vinte e quatro anos que, com autorização judicial, vivem às custas do servidor.
  • D filhos inválidos até vinte e quatro anos de idade.
38
Conforme a Constituição Federal de 1988, os princípios da Administração Pública direta e indireta são: 
  • A legalidade, eficiência, impessoalidade, publicidade e moralidade.
  • B racionalidade, finalidade, moralidade, publicidade e originalidade.
  • C legalidade, qualidade, objetividade moralidade e eficiência.
  • D racionalidade, objetividade, publicidade, finalidade e impessoalidade.
39
De acordo com as disposições previstas no regime jurídico dos servidores públicos civis da União (Lei nº 8.112/90), a reintegração, a recondução e o aproveitamento são algumas formas de
  • A promoção em cargo público.
  • B provimento de cargo público.
  • C investidura em cargo público.
  • D nomeação para cargo público.
40
Segundo as normas estatuídas no regime jurídico dos servidores públicos civis da União (Lei nº 8.112/90), o auxílio-funeral é devido à família do servidor falecido  
  • A na atividade ou aposentado, em valor equivalente a um mês de remuneração ou provento.
  • B na atividade, em valor equivalente a dois meses de remuneração.
  • C na atividade ou aposentado, em valor equivalente a dois meses de remuneração ou provento.
  • D na atividade, em valor equivalente a um mês do provento.
41
Para muitos juristas, um elemento normativo originário das ciências econômicas direciona à Administração Pública brasileira o dever de decidir sempre de forma a sopesar os ônus e bônus de suas escolhas. Focado na racionalização das decisões administrativas, esse princípio foi explicitamente inserido no caput do art. 37 da Constituição Federal de 1988 pela EC n.º 19/98. O texto apresentado refere-se direta e especificamente ao princípio da
  • A impessoalidade.
  • B legalidade.
  • C eficiência.
  • D moralidade.
42
O requerimento apresentado por um servidor foi indeferido pela autoridade competente. À luz do que dispõe a Lei nº 8.112/90, o servidor pode interpor um pedido de reconsideração à autoridade que proferiu a decisão, no prazo de
  • A quarenta dias, a contar da publicação da decisão indeferitória ou da ciência desta pelo servidor.
  • B trinta dias, a contar da publicação da decisão indeferitória ou da ciência desta pelo servidor.
  • C cinquenta dias, a contar da publicação da decisão indeferitória ou da ciência desta pelo servidor.
  • D sessenta dias, a contar da publicação da decisão indeferitória ou da ciência desta pelo servidor.
43
Um servidor público federal faltou ao serviço por um dia, em decorrência de caso fortuito. Considerando as normas previstas na Lei nº 8.112/90, a falta desse servidor
  • A poderá ser compensada a critério da chefia imediata, mas não será considerada como efetivo exercício.
  • B não poderá ser compensada, mas será considerada como efetivo exercício para fins de aposentadoria.
  • C poderá ser compensada a critério da chefia imediata, sendo assim considerada como efetivo exercício.
  • D não poderá ser compensada nem será considerada como efetivo exercício para fins d e aposentadoria.

Administração Pública

44
Em relação ao padrão de atendimento aos cidadãos previsto em uma Carta de Serviços, o servidor público deve ser capaz de
  • A tratar cuidadosamente os usuários dos serviços, aperfeiçoando o processo de comunicação e contato com o público.
  • B passar uma informação imprecisa a um cidadão para evitar aborrecê-lo
  • C modificar a qualidade do atendimento em função das características do cidadão.
  • D prestar atendimento baseado na concessão da informação correta, independentemente da forma como ela é transmitida.

Legislação Federal

45
Um importante instrumento de gestão na administração pública, com foco em resultados, é a Carta de Serviços ao Cidadão, em que o órgão ou a entidade pública deve se comprometer em observar os padrões de qualidade, eficiência e eficácia na execução de suas atividades , perante seu público-alvo e a sociedade em geral. Portanto, a Carta de Serviços é uma carta de compromisso com padrões de qualidade, visando à satisfação do cidadão. Em relação ao atendimento ao público, analise as diretrizes a seguir: I Fazer com que o cidadão receba alternativas de atendimento menos prejudiciais, especialmente em situações contingenciadas. II Garantir o fácil acesso, a disponibilidade e a visibilidade dos requisitos necessários para a prestação de um determinado serviço público. III Observar rigorosamente a ordem de chegada, dos usuários dos serviços, independente do público alvo a ser atendido. IV Utilizar informações dos cidadãos disponíveis em diversas bases de dados. Para um adequado atendimento ao público, estão corretas as diretrizes
  • A I e II.
  • B I e III.
  • C II e IV.
  • D III e IV.

Administração Pública

46

Governo, administração pública e gestão pública são termos que andam juntos, embora expressem conceitos e finalidades diversas. Nesse sentido, a finalidade da administração pública é

  • A exercer a direção suprema dos negócios públicos, reunindo o conjunto de poderes e órgãos constitucionais.
  • B realizar as funções da gerência pública nos negócios do governo, em uma determinada fase de mandato.
  • C prestar, de forma perene e sistemática, legal e técnica, os serviços próprios do estado ou por ele assumidos em benefício da coletividade.
  • D exercer as funções do estado em contexto de conflitos históricos, sociais, políticos, culturais e econômicos.

Direito Constitucional

47
Além da polícia federal, outros órgãos atuam para promover a segurança pública no âmbito do território brasileiro, como é o caso das polícias civis, das polícias militares e corpos de bombeiros militares. A Constituição, tratando das diretrizes referentes a esses entes, determinou que
  • A às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares.
  • B às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, inclusive das militares.
  • C as polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos Prefeitos e Governadores dos Estados.
  • D as polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, ao Presidente da República, Prefeitos e Governadores dos Estados.
48
Os direitos fundamentais são elementos indispensáveis à tutela da dignidade humana e encontram amparo expresso no texto constitucional brasileiro. A Constituição Federal de 1988, no que diz respeito aos direitos e garantias individuais, determina em seu art. 5º, caput, que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
  • A aos brasileiros e não aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.
  • B aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.
  • C a todos, inclusive aos apátridas, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.
  • D a todos, com exceção dos apátridas, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.
49
A liberdade do indivíduo, direito fundamental tradicionalmente caracterizado como de primeira dimensão ou geração, possui desdobramentos e se expressa em variadas espécies no âmbito do atual Estado Constitucional Democrático, sendo possível falar em liberdade de ir e vir, liberdade religiosa, liberdade profissional, dentre outras. No que diz respeito especificamente à liberdade de associação sindical, de acordo com as diretrizes constitucionais, é possível observar que no Brasil é livre a associação sindical, cabendo aos sindicatos a defesa dos
  • A direitos individuais da categoria em questões judiciais, excluídas as questões administrativas e de ordem internacional.
  • B interesses individuais da categoria, excluídos os coletivos, inclusive em questões judiciais ou administrativas.
  • C direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas.
  • D interesses coletivos da categoria em questões judiciais, excluídos os interesses individuais e as questões administrativas e incluídas as questões internacionais.
50
A Constituição Federal de 1988, ao considerar a casa dos cidadãos como um bem juridicamente relevante, a ela ofereceu tutela expressa em seu art. 5º, de modo a determinar que a casa é
  • A um lugar comum, sendo possível nela adentrar sem consentimento do morador, durante a noite, independentemente da ocorrência de flagrante delito ou desastre, de situação de socorro e de determinação judicial.
  • B um lugar comum, sendo possível nela adentrar sem consentimento do morador, durante o dia, independentemente da ocorrência de flagrante delito ou desastre, de situação de socorro e de determinação judicial.
  • C asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante a noite, por determinação judicial.
  • D asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial.
51
De acordo com o exposto na Constituição Federal de 1988, o Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza. Diante disso, na vigência do estado de defesa, a Constituição determina que
  • A pode haver restrições ao sigilo de comunicação telegráfica e telefônica.
  • B é impossível se estabelecer restrições aos direitos de reunião.
  • C a prisão ou detenção de qualquer pessoa poderá ser superior a dez dias.
  • D é permitida a incomunicabilidade do preso.