Resolver o Simulado Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJ-PR) - FCC - Nível Médio

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Português

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As regras de concordância estão completamente respeitadas em:

  • A Em todo o mundo, busca-se soluções capazes de combater o problema da fluidez do trânsito.
  • B Na década de 1990, a produção, a aquisição e o uso da motocicleta cresceu exponencialmente.
  • C Grande parte das novas motocicletas foi inicialmente utilizado no serviço de entrega de pequenas mercadorias.
  • D A entrada das motocicletas no trânsito brasileiro fez com que aumentasse os acidentes envolvendo esse tipo de veículo
  • E As medidas de restrição ao tráfego afetam diretamente as necessidades sociais das pessoas.
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Natural gas waits for its moment

Paul Stenquist

Cars and trucks powered by natural gas make upa significant portion of the vehicle fleet in many partsof the world. Iran has more than two million natural gasvehicles on the road. As of 2009, Argentina had morethan 1.8 million in operation and almost 2,000 naturalgas filling stations. Brazil was not far behind. Italy andGermany have substantial natural gas vehicle fleets.Is America next?

With natural gas in plentiful supply at bargainprices in the United States, issues that have limited itsuse in cars are being rethought, and its market sharecould increase, perhaps substantially.

According to Energy Department PriceInformation from July, natural gas offers economicadvantages over gasoline and diesel fuels. If agasoline-engine vehicle can take you 40 miles onone gallon, the same vehicle running on compressednatural gas can do it for about $1.50 less at today’sprices. To that savings add lower maintenance costs.A study of New York City cabs running on naturalgas found that oil changes need not be as frequentbecause of the clean burn of the fuel, and exhaustsystemparts last longer because natural gas is lesscorrosive than other fuels.

Today, those economic benefits are nullified bythe initial cost of a natural gas vehicle — 20 to 30percent more than a comparable gasoline-enginevehicle. But were production to increase significantly,economies of scale would bring prices down. In aninterview by phone, Jon Coleman, fleet sustainabilitymanager at the Ford Motor Company, said that givensufficient volume, the selling price of natural gasvehicles could be comparable to that of conventionalvehicles.

It may be years before the economic benefitsof natural gas vehicles can be realized, but theenvironmental benefits appear to be immediate.According to the Energy Department’s website, naturalgas vehicles have smaller carbon footprints thangasoline or diesel automobiles, even when taking intoaccount the natural gas production process, whichreleases carbon-rich methane into the atmosphere.

The United States government appears to favornatural gas as a motor vehicle fuel. To promote theproduction of vehicles with fewer carbon emissions, ithas allowed automakers to count certain vehicle typesmore than once when calculating their CorporateAverage Fuel Economy, under regulations mandatinga fleet average of 54.5 miles per gallon by 2025.Plug-in hybrids and natural gas vehicles can becounted 1.6 times under the CAFE standards, andelectric vehicles can be counted twice.

Adapting natural gas as a vehicle fuel introducesengineering challenges. While the fuel burns clean, itis less energy dense than gasoline, so if it is burnedin an engine designed to run on conventional fuel,performance and efficiency are degraded.

But since natural gas has an octane rating of 130,compared with 93 for the best gasoline, an enginedesigned for it can run with very high cylinder pressure,which would cause a regular gasoline engine to knockfrom premature ignition. More cylinder pressure yieldsmore power, and thus the energy-density advantageof gasoline can be nullified.[...]

Until the pressurized fuel tanks of natural gasvehicles can be easily and quickly refueled, the fleetcannot grow substantially. The number of commercialrefueling stations for compressed natural gas has beenincreasing at a rate of 16 percent yearly, the EnergyDepartment says. And, while the total is still small,advances in refueling equipment should increasethe rate of expansion. Much of the infrastructure isalready in place: America has millions of miles ofnatural gas pipeline. Connecting that network torefueling equipment is not difficult.

Although commercial refueling stations will benecessary to support a substantial fleet of natural gasvehicles, home refueling may be the magic bullet thatmakes the vehicles practical. Electric vehicles dependlargely on home charging and most have less than halfthe range of a fully fueled natural gas vehicle. Somecompressed natural gas home refueling products areavailable, but they can cost as much as $5,000.

Seeking to change that, the Energy Departmenthas awarded grants to a number of companies in aneffort to develop affordable home-refueling equipment.

[...]

Ocorre, contudo, que até a explosão criativa da Idade do Gelo não há provas arqueológicas daquilo que mais nos diferencia dos animais ... (2° parágrafo) A restrição imposta à frase anterior pelo vocábulo grifado acima

  • A dá origem a dúvidas de que o homem já tivesse, realmente, capacidade de raciocínio e de vida social que o distinguiram das outras espécies animais.
  • B questiona o fato de ter sido a chegada do homem à Europa que tenha dado margem a uma evolução mais rápida da capacidade cognitiva do homem.
  • C busca indícios do desenvolvimento de uma linguagem, pois inexistem provas arqueológicas, considerando-se o fato de não haver escrita nessa época.
  • D aceita a hipótese de que o homem ainda não havia evoluído suficientemente para ter uma forma de comunicação e uma vida organizada, nos grupos que então se formavam.
  • E confirma o fato de que só após a era glacial há provas da existência de um pensamento abstrato, que possibilitou o uso de símbolos na interpretação da realidade.
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A frase em que a regência está em conformidade com o padrão culto escrito é:

  • A Em seu fingimento, só restou de que dissesse ao exsócio que sentia saudades dele.
  • B Tudo isso considerado, é necessário fazer que ele sinta o peso da responsabilidade.
  • C Em atenção por seu talento indiscutível, o pouparam as devidas multas.
  • D Passou os documentos a mão do técnico e não os perdeu de vista até ao final da reunião.
  • E Inconformado de que eles propalavam injúrias a seu respeito, decidiu denunciá-los.
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Baliza


Cravar a estrela no chão

e dizer à noite: agora,

afaste-se a escuridão,

que eu vou chegando com a aurora.


E fazer brotar da terra

− da terra que tudo faz −

não a treva e o ódio da guerra,

mas a luz e o amor da paz.


Que eu vim traçar nos caminhos

(em vez de dor e agonia)

a rota livre dos homens

com as tintas claras do dia.


(Adaptado de: SOUZA, Santo.Disponível em: www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/sergipe/santos_souza.html. Acessado em: 05.09.2015)

A frase redigida corretamente, conforme a norma-padrão da língua portuguesa, é:

  • A Santo Souza, membro da Academia Sergipana de Letras, nunca esqueceu-se de sua cidade natal, Riachuelo, à 23 km de Aracaju.
  • B Santo Souza sempre identificou-se com a poesia, mas ainda garoto teve de abandonar os estudos e começou à trabalhar em uma farmácia.
  • C Segundo alguns críticos, a obra de Santo Souza destacaria-se devido à uma linguagem universal, com elementos da cultura clássica.
  • D Santo Souza começou a escrever cedo, mas foi com o livro Ode Órfica, vindo à público em 1955, que notabilizou-se entre os poetas brasileiros.
  • E O sergipano Santo Souza, natural de Riachuelo, dedicou-se à poesia e também à música, além de escrever crônicas e novelas para o rádio.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Cárcere das Almas

Ah! Toda a alma num cárcere anda presa,

Soluçando nas trevas, entre as grades

Do calabouço olhando imensidades,

Mares, estrelas, tardes, natureza.


Tudo se veste de igual grandeza

Quando a alma entre grilhões as liberdades

Sonha e, sonhando, as imortalidades

Rasga no etéreo Espaço da Pureza.


Ó almas presas, mudas e fechadas

Nas prisões colossais e abandonadas,

Da Dor no calabouço, atroz, funéreo!


Nesses silêncios solitários, graves,

Que chaveiro do Céu possui as chaves

Para abrir-nos as portas do Mistério?!


(CRUZ E SOUZA. Obras Completas. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1961)

Considere as afirmativas abaixo.

I. No primeiro quarteto, há uma afirmação de ordem geral: “toda a alma” (o que pode ser entendido como qualquer alma, todas as almas de todos).

II. Há no poema várias metáforas como, por exemplo, “alma presa num cárcere”.

III. O uso das iniciais maiúsculas em substantivos comuns (Dor, Céu, Mistério) acentua o aspecto simbólico dos vocábulos.

IV. Há no poema a presença de elementos antitéticos como, por exemplo, “grilhões / liberdades”.

V. O segundo terceto denota a presença do indivíduo na exclamação enfática, num vocativo de preocupação e angústia.

Do ponto de vista da análise sintático-semântica do poema, está correto o que se afirma APENAS em

  • A I, III e IV.
  • B II, IV e V.
  • C I, II, III e IV.
  • D I e V.
  • E II, III, IV e V.
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Atenção: Para responder às questão, considere o texto abaixo.

Trânsito e lixo. Esses dois agentes são a dor de cabeça de qualquer cidade grande. Em São Paulo, então, a dor é muito mais aguda. Considerando que a frota de carros na capital só cresce, o problema parece sem solução. Mas só parece. Um grupo de pesquisadores da USP tem um projeto para colocar ordem nesse caos. E a resposta vem do lugar mais improvável: os rios da cidade.
O Hidroanel Metropolitano pretende resolver o problema em São Paulo em dois momentos. O primeiro envolve a construção de uma série de portos na borda dos rios e das represas que circundam a cidade. Eles serviriam para receber a enorme quantidade de lixo produzido pela metrópole, desde saquinhos que os moradores colocam nas portas das casas até a terra e o entulho de construções e demolições.
Essa carga seria levada para os portos de caminhão, mas existe uma diferença importante. Com a construção dos portos para recebimento do lixo, as distâncias percorridas pelos veículos seriam encurtadas. Sem precisar atravessar a cidade, eles desafogariam o trânsito. Os barcos - que conseguem movimentar 400 toneladas, enquanto um caminhão transporta apenas oito - atracados nos portos percorreriam o resto do caminho. Além dos portos, existiriam três centros de processamento, prontos para receber 800 toneladas de lixo por hora. E toda essa carga seria reciclada, transformada em matéria-prima novamente.
"O Hidroanel constitui uma infraestrutura de saneamento, mobilidade e transporte, que tem como espinha dorsal o canal navegável. Ele serve também como um arco irradiador de desenvolvimento", resume um dos pesquisadores.


(Adaptado de: ROMERO Luiz; DAVINO Ricardo e MANOEL Vinícius. Superinteressante, dezembro de 2012, p. 48)

O texto trata, principalmente,

  • A de um projeto que, transformado em realidade, deverá facilitar a solução de dois grandes problemas da cidade de São Paulo.
  • B do atual sistema de recolhimento e tratamento da enorme quantidade de lixo que é produzido na cidade de São Paulo.
  • C de um novo sistema de recolhimento de lixo na cidade, com separação de pequenos e de grandes volumes recolhidos nos caminhões.
  • D de uma estratégia destinada a diminuir, gradativamente, a quantidade de carros, favorecendo o trânsito de caminhões que recolhem o lixo na cidade.
  • E de um planejamento voltado para o tratamento do lixo em São Paulo, para diminuir as causas da poluição, até mesmo dos rios.
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Leia a tirinha abaixo.

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

Com a fala do quinto quadrinho, a personagem

  • A revela não ter compreendido o significado do termo “sobrevive” na fala do outro.
  • B evidencia ficar preocupada com o que pode vir a ocorrer com a Terra no futuro.
  • C acalma seu parceiro, levando-o a perceber que as preocupações dele são infundadas.
  • D explicita, com ironia, seu desinteresse pelas indagações de seu companheiro.
  • E expressa surpresa ao notar que ainda não pensara no planeta em proporções cósmicas.
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Velhas cartas

Você nunca saberá o bem que sua carta me fez...” Sinto um choque ao ler esta carta antiga que encontro em um maço de outras. Vejo a data, e então me lembro onde estava quando a recebi. Não me lembro é do que escrevi que fez tanto bem a uma pessoa. Passo os olhos por essas linhas antigas, elas dão notícias de amigos, contam uma ou outra coisa do Rio e tenho curiosidade de ver como ela se despedia de mim. É do jeito mais simples: “A saudade de...”
Agora folheio outras cartas de amigos e amigas; são quase todas de apenas dois ou três anos atrás. Mas como isso está longe! Sinto-me um pouco humilhado, pensando como certas pessoas me eram necessárias e agora nem existiriam mais na minha lembrança se eu não encontrasse essas linhas rabiscadas em Londres ou na Suíça. “Cheguei neste instante; é a primeira coisa que faço, como prometi, escrever para você, mesmo porque durante a viagem pensei demais em você...”
Isto soa absurdo a dois anos e meio de distância. Não faço a menor ideia do paradeiro dessa mulher de letra redonda; ela, com certeza, mal se lembrará do meu nome. E esse casal, santo Deus, como era amigo: fazíamos planos de viajar juntos pela Itália; os dias que tínhamos passado juntos eram “inesquecíveis”.
E esse amigo como era amigo! Entretanto, nenhum de nós dois se lembrou mais de procurar o outro. (...) As cartas mais queridas, as que eram boas ou ruins demais, eu as rasguei há muito. Não guardo um documento sequer das pessoas que mais me afligiram e mais me fizeram feliz. Ficaram apenas, dessa época, essas cartas que na ocasião tive pena de rasgar e depois não me lembrei de deitar fora. A maioria eu guardei para responder depois, e nunca o fiz. Mas também escrevi muitas cartas e nem todas tiveram resposta
.

(BRAGA, Rubem. 200 crônicas escolhidas. Rio de Janeiro: Record, 1978. p. 271/272)


A supressão da vírgula altera o sentido da seguinte frase:

  • A O autor passou a reler cartas antigas, depois que se deparou com aquele maço.
  • B Durante a leitura daquelas cartas, o cronista teve a oportunidade de relembrar antigos amores.
  • C O autor surpreendeu-se com aquelas cartas, que lhe falavam de amizades duradouras.
  • D É comum que nos detenhamos diante de cartas antigas, quando damos com elas numa gaveta.
  • E Muitas lembranças lhe acorreram, tão logo passou a ler aquelas cartas antigas.
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Achei que estava bem na foto. Magro, olhar vivo, rindo com os amigos na praia. Quase não havia cabelos brancos entre os poucos que sobreviviam. Comparada ao homem de hoje, era a fotografia de um jovem. Tinha 50 anos naquela época, entretanto, idade em que me considerava bem distante da juventude.
Lidar com a inexorabilidade do envelhecimento exige uma habilidade na qual somos inigualáveis: a adaptação. Não há animal capaz de criar soluções diante da adversidade como nós. Da mesma forma que ensaiamos os primeiros passos por imitação, temos que aprender a ser adolescentes, adultos e a ficar cada vez mais velhos.
A adolescência é um fenômeno moderno. Nossos ancestrais passavam da infância à vida adulta sem estágios intermediários. Nas comunidades agrárias, aos 7 anos, os meninos trabalhavam na roça e as meninas já cuidavam dos afazeres domésticos. A figura do adolescente que mora com os pais até os 30 anos surgiu nas sociedades industrializadas após a Segunda Guerra Mundial.
A exaltação da juventude como o período áureo da existência humana é um mito das sociedades ocidentais. Restringir aos jovens a publicidade dos bens de consumo, exaltar a estética, os costumes e os padrões de comportamento característicos dessa faixa etária tem o efeito perverso de insinuar que o declínio começa assim que essa fase se aproxima do fim.
A ideia de envelhecer aflige mulheres e homens modernos. É preciso sabedoria para aceitar que nossos atributos se modificam com o passar dos anos. Que nenhuma cirurgia devolverá aos 60 o rosto que tínhamos aos 18, mas que envelhecer não é sinônimo de decadência física para os que se movimentam, não fumam, comem com parcimônia, exercitam a cognição e continuam atentos às transformações do mundo.
Considerar a vida um vale de lágrimas no qual submergimos ao deixar a juventude é torná-la experiência medíocre. Julgar que os melhores anos foram aqueles dos 15 aos 25 é não levar em conta que a memória é editora autoritária, capaz de suprimir por conta própria as experiências traumáticas e relegar ao esquecimento inseguranças, medos e desilusões afetivas.
Nada mais ofensivo para o velho do que dizer que ele tem "cabeça de jovem". Ainda que maldigamos o envelhecimento, é ele que nos traz a aceitação das ambiguidades, das diferenças, do contraditório e abre espaço para uma diversidade de experiências com as quais nem sonhávamos anteriormente.
(Adaptado de: VARELLA, Drauzio. Disponível em: www.drauziovarella.com.br
Tinha 50 anos naquela época, entretanto, idade em que me considerava bem distante da juventude. (1o parágrafo)
Ainda que maldigamos o envelhecimento, é ele que nos traz a aceitação das ambiguidades... (último parágrafo)
Sem prejuízo da correção e do sentido, os segmentos sublinhados acima podem ser substituídos, correta e respectivamente, por:
  • A embora – Haja vista
  • B todavia – Mesmo que
  • C contudo – Apesar de
  • D conquanto – Desde que
  • E porquanto – Se bem que
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Antônio Vieira é, desde o século XVII, um modelo de nosso idioma, a ponto de Fernando Pessoa, na Mensagem, chamá-lo de “Imperador da língua portuguesa”. Em uma de suas principais obras, o Sermão da Sexagésima, ensina como deve ser o estilo de um texto:
“Aprendamos do céu o estilo da disposição, e também o das palavras. Como hão de ser as palavras? Como as estrelas. As estrelas são muito distintas e muito claras. Assim há de ser o estilo da pregação, muito distinto e muito claro. E nem por isso temais que pareça o estilo baixo; as estrelas são muito distintas, e muito claras e altíssimas. O estilo pode ser muito claro e muito alto; tão claro que o entendam os que não sabem, e tão alto que tenham muito que entender nele os que sabem. O rústico acha documentos nas estrelas para sua lavoura, e o mareante para sua navegação, e o matemático para as suas observações e para os seus juízos. De maneira que o rústico e o mareante, que não sabem ler nem escrever, entendem as estrelas, e o matemático que tem lido quantos escreveram não alcança a entender quanto nelas há.”
Vieira mostra com as estrelas o que sejam a distinção e a clareza. Não são discordantes, como muitos de nós pensamos: uma e outra concorrem para o mesmo fim. Nada mais adequado que, ao tratar de tais virtudes do discurso, fizesse uso de comparação. Este procedimento Quintiliano, no século II d.C., já considerava dos mais aptos para conferir clareza, uma vez que estabelece similaridades entre algo já sabido pelo leitor e aquilo que se lhe quer elucidar. Aqui, compara o bom discurso ao céu, que é de todos conhecido.
(Tales Ben Daud, inédito)

... chamá-lo de “Imperador da língua portuguesa” (1º parágrafo)
... tão claro que o entendam os que não sabem... (2º parágrafo)
... tão alto que tenham muito que entender nele os que sabem (2º parágrafo)

Nos segmentos acima, os pronomes sublinhados referem-se, respectivamente, a:
  • A Antônio Vieira - estilo - muito
  • B Fernando Pessoa - estilo - os que sabem
  • C imperador - céu - muito
  • D Antônio Vieira - céu - estilo
  • E imperador - estilo - os que sabem
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As questões de números 1 a 6 baseiam-se no texto seguinte.

Quando se tem em conta que 50% do território nacional é ocupado pelo bioma Amazônia e que 60% do potencial elétrico do
país ainda por aproveitar se localiza nessa área, pode-se intuir as dificuldades que enfrenta a expansão da hidreletricidade no Brasil.
De fato, a Amazônia é, de um lado, um bioma reconhecidamente sensível e de elevado interesse ambiental. De outro, constitui a
fronteira hidrelétrica, ainda que nem todo o potencial lá existente venha a ser desenvolvido.
As questões que se contrapõem são basicamente duas: 1) Pode o país abrir mão de preservar a Amazônia, de cuidar
soberanamente das suas fragilidades e de toda a riqueza de sua biodiversidade, e de deixar um legado de interesse para toda a
humanidade?; 2) Pode o país abrir mão de uma vantagem competitiva relevante representada pela hidreletricidade, sendo esta uma
opção energética limpa, renovável, barata e de elevado conteúdo nacional, o que significa baixa emissão de carbono, geração de
empregos e dinamismo econômico doméstico?
Sem dúvida, não podemos abrir mão de nenhum dos dois objetivos. Análise rasa baseada em uma ótica ultrapassada, na qual
projetos hidrelétricos provocam necessariamente impactos ambientais irrecuperáveis e não compensáveis, sugere que esse duplo
objetivo é inatingível. Mas isso não tem de ser assim. Projetos hidrelétricos, quando instalados em áreas habitadas, podem constituir-
se em vetores do desenvolvimento regional. Quando instalados em áreas não habitadas podem constituir-se em vetores de
preservação dos ambientes naturais.
Por óbvio, qualquer projeto hidrelétrico deve cuidar para que os impactos ambientais sejam mitigados e compensados.
Conciliar as duas questões básicas é possível. Demanda inovação, novas soluções construtivas, esquemas operativos diferenciados,
dentificação de áreas a serem preservadas, responsabilização dos atores envolvidos, vontade política e ampla discussão da
sociedade - são esforços que podem ser feitos na direção de conciliar os imperativos de se preservar a Amazônia e desenvolver seu
potencial elétrico.
Por fim, não é demais lembrar que renunciar a esse potencial significa decidir que a expansão do consumo de energia dos
brasileiros será atendida por outras fontes, não necessariamente mais competitivas ou de menor impacto ambiental.


(Maurício Tolmasquim. CartaCapital, 7 de setembro de 2011. p.61, com adaptações)

... que a expansão do consumo de energia dos brasileiros será atendida por outras fontes ...

Transposta para a voz ativa, a forma verbal grifada acima passará a ser:

  • A atenderão.
  • B atenderiam.
  • C se atendesse.
  • D serão atendidas.
  • E deverá ser atendida.
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Ao longo do século XVII, a Holanda foi um dos dois motores de um fenômeno que transformaria para sempre a natureza das relações internacionais: a primeira onda da chamada globalização. O outro motor daquela era de florescimento extraordinário das trocas comerciais e culturais era um império do outro lado do planeta − a China. Só na década de 1650, 40 000 homens partiram dos portos holandeses rumo ao Oriente, em busca dos produtos cobiçados que se fabricavam por lá. Mas a derrota em uma guerra contra a França encerrou os dias da Holanda como força dominante no comércio mundial.

Se o século XVI havia sido marcado pelas grandes descobertas, o seguinte testemunhou a consequência maior delas: o estabelecimento de um poderoso cinturão de comércio que ia da Europa à Ásia. "O sonho de chegar à China é o fio imaginário que percorre a história da luta da Europa para fugir do isolamento", diz o escritor canadense Timothy Brook, no livro O chapéu de Vermeer.

Isso determinou mudanças de comportamento e de valores: "Mais gente aprendia novas línguas e se ajustava a costumes desconhecidos". O estímulo a esse movimento era o desejo irreprimível dos ocidentais de consumir as riquezas produzidas no Oriente. A princípio refratários ao comércio com o exterior, os governantes chineses acabaram rendendo-se à evidência de que o comércio significava a injeção de riqueza na economia local (em especial sob a forma de toneladas de prata).

Sob vários aspectos, a China e a Holanda do século XVII eram a tradução de um mesmo espírito de liberdade comercial. Mas deveu-se só à Holanda a invenção da pioneira engrenagem econômica transnacional. A Companhia das Índias Orientais − a primeira grande companhia de ações do mundo, criada em 1602 − foi a mãe das multinacionais contemporâneas. Beneficiando-se dos baixos impostos e da flexibilidade administrativa, ela tornou-se a grande potência empresarial do século XVII.

"O sonho de chegar à China é o fio imaginário que percorre a história da luta da Europa para fugir do isolamento". (2o parágrafo)

O estímulo a esse movimento era o desejo irreprimível dos ocidentais de consumir as riquezas produzidas no Oriente. (3o parágrafo)

Considerando-se o contexto, as expressões grifadas nas afirmativas acima seriam corretamente substituídas, respectivamente, por:
  • A o caminho fictício - A causa desse impulso
  • B o desejo consumista - A busca de riqueza
  • C o intenso comércio - A cobiça de bens
  • D a finalidade lucrativa - O motor desse fenômeno
  • E a onda inicial - A curiosidade pelo desconhecido
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A narrativa medieval descreve essa "doença do pensamento, do espírito" como um modo de obsessão que ...... o homem e a mulher, fazendo com que ...... presos no desejo de estar um com o outro e atormentados quando não podem se encontrar

A estrutura ideal ...... o amor impossível.

(Adaptado de: Luiz Felipe Pondé. Folha de S. Paulo, 11/02/2013)

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:
.
  • A arrastaria - ficassem - suponha
  • B arrastava - ficam - supôs
  • C arraste - ficassem - suponha
  • D arrastaria - ficariam - supunha
  • E arrasta - fiquem - supõe
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Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

Já tive muitas capas e infinitos guarda-chuvas, mas acabei me cansando de tê-los e perdê-los; há anos vivo sem nenhum desses abrigos, e também, como toda gente, sem chapéu. Tenho apanhado muita chuva, dado muita corrida, me plantado debaixo de muita marquise, mas resistido.
    Ontem, porém, choveu demais, e eu precisava ir a três pontos diferentes do bairro. Pedi ao moço de recados, quando veio apanhar a crônica para o jornal, que me comprasse um chapéu-de-chuva que não fosse vagabundo demais, mas também não muito caro. Ele me comprou um de pouco mais de trezentos cruzeiros.
    Depois de cumprir meus afazeres voltei para casa, pendurei o guarda-chuva a um canto e me pus a contemplá-lo. Senti então uma certa simpatia por ele; meu velho rancor contra os guarda-chuvas cedeu a um estranho carinho, e eu mesmo fiquei curioso de saber qual a origem desse carinho.
    Pensando bem, ele talvez derive do fato de ser o guarda-chuva o objeto do mundo moderno mais infenso a mudanças. Sou apenas um quarentão, e praticamente nenhum objeto de minha infância existe mais em sua forma primitiva.
    O guarda-chuva tem resistido. Suas irmãs, as sombrinhas, já se entregaram aos piores desregramentos futuristas e tanto abusaram que até caíram de moda. Ele permaneceu austero, negro, com seu cabo e suas invariáveis varetas.
    Reparem que é um dos engenhos mais curiosos que o homem já inventou; tem ao mesmo tempo algo de ridículo e algo de fúnebre, essa pequena barraca ambulante.
    Já na minha infância era um objeto de ares antiquados, que parecia vindo de épocas remotas, e uma de suas características era ser muito usado em enterros. Por outro lado, esse grande acompanhador de defuntos sempre teve, apesar de seu feitio grave, o costume leviano de se perder, de sumir, de mudar de dono. Ele na verdade só é fiel a seus amigos cem por cento, que com ele saem todo dia, faça chuva ou sol, apesar dos motejos alheios; a estes, respeita. O freguês vulgar e ocasional, este o irrita, e ele se aproveita da primeira distração para sumir.
(Adaptado de: BRAGA, Rubem. Coisas antigas. In: 200 Crônicas escolhidas. 13. ed. Rio de Janeiro: Record, 1998, p.217-9) 

Em diversos momentos o autor se vale do humor na composição do texto, como ocorre no segmento:
I. Pensando bem, ele talvez derive do fato de ser o guarda-chuva o objeto do mundo moderno mais infenso a mudanças. (4o parágrafo) II. Suas irmãs, as sombrinhas, já se entregaram aos piores desregramentos futuristas e tanto abusaram que até caíram de moda. (5o parágrafo) III. Reparem que é um dos engenhos mais curiosos que o homem já inventou; tem ao mesmo tempo algo de ridículo e algo de fúnebre... (6o parágrafo) IV. Por outro lado, esse grande acompanhador de defuntos sempre teve, apesar de seu feitio grave, o costume leviano de se perder, de sumir, de mudar de dono. (último parágrafo)
Atende ao enunciado o que consta APENAS em

  • A II e IV.
  • B I, II e III.
  • C II e III.
  • D I, III e IV.
  • E IV.
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A frase que está clara e correta, segundo a norma-padrão da língua, é:
  • A Era seu intúito articular ações de erradicação da mendigância, para o quê contava com a idoneidade dos colaboradores e sobretudo, com a discrição que elas deveriam merecer.
  • B Encaminhou a ambas as secretárias os documentos a serem expedidos; uma delas tratou de envelopá-los, a outra, de revisar os destinados a entidades beneficentes e garantir que o prazo de envio não expirasse.
  • C É previsível que, na discussão de problema de tal complexidade, deve haver opiniões frontalmente antagônicas, mas nada impede que exista, como todos desejamos, pontos de vista que se harmonizam.
  • D Dirigindo-se à ela, à mulher que o criara, agradeceu tudo que dela havia recebido, inclusive a possibilidade de reconhecer-lhe a generosidade e o apoio quando dos revés do destino.
  • E Qualquer que, na excitação dos debates, tenham sido os mal-entendidos, não se pode dizer que houve quem pecassem no sentido de ofender pessoalmente quem quer que seja, o que já é um grande avanço.
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O preço da virtude

Nossas qualidades naturais são, já por si, virtuosas? Pessoas de temperamento calmo e índole generosa, por exemplo, podem ser vistas como gente indiscutivelmente meritória? Mulheres e homens bem intencionados devem ser julgados apenas com base em suas boas intenções? Tais perguntas nos levam a um complicado centro de discussão: haverá algum valor moral nas ações que se executam com naturalidade, sem o enfrentamento de qualquer obstáculo, ou o que é natural não encerra virtude alguma, já que não encontra qualquer adversidade?

Há quem defenda a tese de que somente há virtude numa ação benigna cujo desempenho implica algum sacrifício do sujeito. A virtude estaria, assim, não na natureza do indivíduo, mas na sua firme disposição para sacrificar-se em benefício de um outro ser ou de um ideal. O sacrifício indicaria o desprendimento moral, o ato desinteressado, a disposição para pagar um preço pela escolha feita: eu me disponho a passar fome para que essa criança se alimente; eu deixo de usufruir um prazer para que o outro possa experimentá-lo.

Nessa questão, valores éticos e valores religiosos podem até mesmo se confundir. A palavra sacrifício tem o sagrado na raiz; mas não é preciso ser religioso para se provar a capacidade de renúncia. Quanto ao preço a pagar, não há dúvida: sempre reconheceremos mais mérito em quem foi capaz de agir passando por cima de seu próprio interesse do que naquele que agiu sem ter que enfrentar qualquer ônus em sua decisão.

(TRANCOSO, Doroteu. Inédito)

Com base na tese desenvolvida no texto,

  • A as ações de uma pessoa de temperamento calmo e índole generosa deixam de ter mérito quando ela suplanta sacrifícios inerentes às ações.
  • B mulheres e homens bem intencionados, a despeito de alimentarem bons propósitos, não são capazes de demonstrar algum mérito verdadeiro em suas ações.
  • C as ações executadas com grande naturalidade podem ser benignas, mas somente serão virtuosas se se furtarem a todo e qualquer sacrifício.
  • D as virtudes não devem ser reconhecidas nas expansões naturais do indivíduo, mas na sua capacidade de sacrificar-se na afirmação de um valor moral.
  • E os valores éticos e religiosos já são, por si mesmos, virtudes reais, uma vez que não dependem do sacrifício de ninguém para que venham a afirmar-se.
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Só me faltam seis meses e 28 dias para estar em condições de me aposentar. Deve fazer pelo menos cinco anos que mantenho este cômputo diário de meu saldo de trabalho. Na verdade, preciso tanto assim do ócio? Digo a mim mesmo que não, que não é do ócio que preciso, mas do direito a trabalhar no que eu quiser. Por exemplo? Jardinagem, quem sabe. É bom como descanso ativo para os domingos, para contrabalançar a vida sedentária e também como defesa secreta contra minha futura e garantida artrite.

(Mário Benedetti. A trégua. Trad. de Joana Angelica D’Avila Melo)

Atente para as seguintes afirmações:

I. O autor afirma que ao completo ócio da aposenta- doria prefere seu trabalho atual, que ele classifica como um descanso ativo.

II. Ainda que já há muito tempo venha contando os dias que faltam para aposentar-se, o autor teme não conseguir desfrutar de tamanho benefício.

III. Apesar de manter expectativa em relação à aposentadoria, o autor mostra-se preocupado com os riscos de uma vida sedentária.

Em relação ao texto está correto APENAS o que se afirma em

  • A I.
  • B II.
  • C III.
  • D I e II.
  • E II e III.
18
No dia 9 de janeiro de 1921, um sortido grupo reuniu-se no salão de festas do badalado restaurante Trianon, no alto da aprazível avenida Paulista, para um banquete em homenagem a Menotti Del Picchia, que lançava uma edição do poema Máscaras.

Situado na área hoje ocupada pelo MASP, o Trianon era uma espécie de restaurante-pavilhão, com salão de chá e de festas. Inaugurado em 1916, tornara-se um dos centros da vida social paulistana, com seus bailes, concertos, aniversários, casamentos e banquetes.

Naquele domingo de verão, ilustres integrantes do mundo cultural e político foram prestigiar o escritor e redator político do Correio Paulistano, homem de amplo arco de amizades.

Mário de Andrade, que estava presente, escreveu sobre a festa na edição da Ilustração Brasileira. Impressionou-se com a diversidade dos convidados, um séquito de homens das finanças, poetas e escritores da velha e da jovem guarda.

Figurões revezaram-se na tribuna, até chegar a vez de Oswald de Andrade, que faria soar, nas palavras de Mário de Andrade, “o clarim dos futuristas" - aquela gente “do domínio da patologia", como gostavam de escrever “certos críticos passadistas, num afanoso rancor pelas auroras".

O tribuno foi logo avisando que não gostaria de confundir sua voz com o cantochão dos conservadores. Juntava- se à louvação a Menotti, mas “numa tecla de sonoridade diferente", em nome “de um grupo de orgulhosos cultores da extremada arte de nosso tempo". Para selar o pertencimento de Menotti ao clã dos modernos, a máscara de seu rosto, esculpida por Victor Brecheret, lhe era ofertada. Disse Oswald: “Examina a máscara que te trazemos em bronze. Produziu-a de ti a mão elucidadora de Victor Brecheret que, com Di Cavalcanti e Anita Malfatti, afirmou que a nossa terra contém uma das mais fortes, expressivas e orgulhosas gerações de criadores".

Não poderia faltar ao discurso a exaltação do dinamismo paulista, pano de fundo da inquietação dos novos artistas e escritores. Num mundo - dizia o orador futurista - em que o pensamento e a ação se deslocavam da Europa para os “países descobertos pela súplica das velas europeias", São Paulo surgia como uma espécie de terra prometida da modernidade. Com suas chaminés e seus bairros em veloz expansão, a cidade agitava as “profundas revoluções criadoras de imortalidades".

E, se a capital bandeirante podia promover aquela festa e nela ofertar uma “obra-prima" de Brecheret ao homenageado, isso significava que uma etapa do processo de arejamento das mentalidades já estava vencida.

Na avaliação de Mário da Silva Brito, o que se viu no Trianon foi o lançamento oficial do movimento modernista em território hostil - um “ataque de surpresa no campo do adversá- rio distraído". Ao que parece, entretanto, a distração do respeitável público foi mais funda - a ponto de poucos terem notado que as palavras ali proferidas representavam um “ataque". Oswald foi aplaudido por passadistas, futuristas e demais presentes. “Todos estavam satisfeitos porque se julgavam incorporados à 'meia dúzia' de que falara o audaz", ironizou Mário de Andrade.


(Adaptado de GONÇALVES, Marcos Augusto. 1922: A semana que não terminou. São Paulo, Cia. das Letras, 2012, formato ebook)






Depreende-se do contexto que a ironia de Mário de Andrade (final do texto) deve-se ao fato de que

  • A a distração do respeitável público presente no evento desrespeitava não apenas o anfitrião como também o orador.
  • B Oswald de Andrade não considerava todos os integrantes do mundo cultural e político presentes no evento como membros do seleto grupo de artistas revolucionários em que se incluía.
  • C se pensava que os países descobertos pela súplica das velas europeias, entre os quais se incluía o Brasil, eram incapazes de produzir arte de vanguarda, digna das capitais europeias.
  • D o presente ofertado pelos futuristas ao homenageado, visto como uma “obra-prima” de Brecheret pelo grupo de artistas revolucionários, causou pouco entusiasmo ao público, ainda não acostumado a obras modernas.
  • E o discurso de Oswald de Andrade, que faria soar, nas palavras de Mário de Andrade, “o clarim dos futuristas”, não provocou o efeito desejado, entediando a plateia em vez de surpreendê-la.
19

Para responder a questão, considere o texto abaixo.

O Chaplin das crianças

Não faz muito tempo, passaram o filme Tempos
modernos
aqui, outra vez, e a gurizada foi ver e gostou. Achou
engraçado engraçado, não apenas engraçado curioso. Você e
eu não temos mais condições de julgar um filme de Charles
Chaplin. A obra de Chaplin faz parte do nosso patrimônio
cultural e mental. A gente a reverencia mesmo sem ver. Gosta
por obrigação. Mas as crianças não tinham nenhum compromis-
so com Chaplin, mal sabiam de quem se tratava, e gostaram
porque gostaram. Uma vez, tínhamos visto juntos uma coleção
de curtas-metragens antigos - inclusive do Chaplin -, e a
reação geral fora de profunda chateação. Minha também, só
que eu não podia confessar. E saí da experiência com sombrias
premonições. Acabara-se a inocência do mundo.

As pessoas se preocupam com o efeito da violência na
sensibilidade das crianças, mas minha preocupação é um pou-
co diferente. Tenho medo de que esta seja uma geração à pro-
va de deslumbramento. Uma geração dessensibilizada não pela
desumanidade que a técnica moderna transmite, mas pela pró-
pria técnica moderna. Certamente, não eram menos violentas
do que os seriados de TV de hoje as comédias pastelão de
50 anos atrás, quando pastelão era apenas uma das coisas que
as pessoas levavam na cara. Mas a novidade do cinema - a pri-
meira arte elétrica, o primeiro divertimento industrial - prevenia
contra a banalização da violência. Todos os saltos dados pela
técnica do entretenimento e da informação desde então nos en-
contraram dispostos ao deslumbramento. Me lembro que quan-
do a televisão mostrou as primeiras tomadas da Lua, direta-
mente da nave que a circundava, ficamos, os adultos, de boca
aberta, emocionados, na frente da TV até que uma das minhas
filhas entrou na sala e perguntou quando aquilo ia acabar, que
ela queria ver um desenho animado.

Sinto muito que meus filhos não terão mais nada com
que se emocionar no desenvolvimento da técnica de divertir,
mas talvez seja melhor assim. A técnica não quer dizer nada
para quem nasceu na era da televisão. A técnica já chegou a
Marte e não tinha nada lá, grande coisa. Mas a simples astúcia
do corpo de um comediante como Chaplin, a sabedoria de um
gesto feito há 50 anos ainda é compreendida e ainda faz rir. Talvez
o fim do deslumbramento com a técnica seja o começo da
verdadeira inocência, depurada e receptiva, e muito mais bem
informada do que a nossa.

(Luis Fernando Verissimo, Banquete com os deuses)
Transpondo-se para a voz passiva as construções A gente a reverencia e Tínhamos visto juntos uma coleção de curtas-metragens antigos, as formas verbais resultantes serão, respectivamente,
  • A reverencia-nos e teria sido vista.
  • B é reverenciada e tinha sido vista.
  • C reverenciamo-la e víramos.
  • D tem sido reverenciada e fora visto.
  • E sofre a reverência e tem sido vista.
20

A pregação de um sermão e a publicação de uma ordem de delação faziam parte da rotina dos inquisidores medievais quando chegavam a uma nova localidade em seu itinerário. A ordem de delação, embrião do futuro édito da fé, não era tão minuciosa na descrição dos crimes - em uma sociedade onde predominava a comunicação oral, os inquisidores consideravam fundamental o papel do sermão. É apenas mais tarde que se inverte essa relação de dominação do édito pelo sermão - tendência tornada irreversível com a fundação da Inquisição espanhola. Com efeito, o édito não era apenas lido depois do sermão: ele era afixado à porta da igreja. Como suporte de comunicação, ele se torna cada vez mais importante, pois assegura uma definição clara dos delitos sob alçada da Inquisição. Não é surpreendente que, em uma sociedade onde as elites urbanas são progressivamente alfabetizadas, a publicação do édito se torne o ato central da fundação dos novos tribunais e das visitas de distrito, um ato que adquire uma tal autonomia que é utilizado todos os anos para reafirmar os contornos da jurisdição inquisitorial. Mas a publicação do édito, embora breve e subordinada nos séculos XIII e XIV, era acompanhada pela proclamação de um "tempo de graça" de que podiam se beneficiar todos os culpados dos delitos de heresia que se apresentassem espontaneamente para confessar suas faltas aos inquisidores. A publicação do tempo de graça, que se estendia geralmente até um mês, adquire uma tal rotina que é frequentemente incluída no protocolo final do édito - nesse caso, o édito passa a ser designado por "édito da graça".

(BETHENCOURT, Francisco. História das Inquisições: Portugal,
Espanha e Itália - séculos XV-XIX. São Paulo: Companhia das Letras, 2000, p. 155 e 156)

Análise do texto abona a seguinte afirmação:

  • A Em Como suporte de comunicação, ele se torna ca-da vez mais importante, pois assegura uma definição clara dos delitos sob alçada da Inquisição, o segmento destacado indica o parâmetro da apreciação expressa na frase.
  • B A correlação estabelecida entre o curso da alfabetização e o da relevância do édito está mantida nessa formulação: "desde que cresça a alfabetização, a publicação do édito se torna cada vez mais essencial à instauração das atividades dos tribunais da fé".
  • C O trecho assegura uma definição clara dos delitos sob alçada da Inquisição, em seu contexto, equivale a "garante a correta compreensão, por parte do povo, dos atos que, segundo o entendimento da Inquisição, constituiriam delitos".
  • D O segmento uma tal autonomia retoma, por meio do pronome destacado, a propriedade de a publicação do édito ter-se tornado o ato central da fundação dos novos tribunais e das visitas de distrito.
  • E O segmento embora breve e subordinada nos séculos XIII e XIV exprime uma oposição intransponível ao seguinte fato: a publicação do édito ser acompanhada pela proclamação de um "tempo de graça".

Direito Constitucional

21

A constituição de determinado estado da federação prevê a criação de sua Defensoria Pública através de lei complementar estadual. Após ampla mobilização social e aprovação quase unânime da Assembleia Legislativa, a instituição vem a ser criada, porém por lei ordinária, já que assim tramitou o projeto. O Governador veta totalmente o projeto por inconstitucionalidade.

Nesse caso,

  • A tem fundamento o veto já que não se confundem o processo legislativo nem tampouco as matérias que podem ser tratadas por lei complementar e lei ordinária.
  • B o veto deverá ser derrubado pela Assembleia Legislativa que ao aprovar o projeto pela quase integralidade de seus membros demonstrou que tem total legitimidade e respaldo social não havendo que se falar em inconstitucionalidade.
  • C não há diferença material entre lei ordinária e complementar, pois todas as leis servem para comple- mentar a constituição. Não se deve vetar um projeto de tamanha importância por mera formalidade.
  • D não se trata de inconstitucionalidade, mas de análise de legalidade e legitimidade. O que diferencia as duas espécies normativas é o quórum e nesse aspecto a Assembleia demonstrou sua ampla legitimidade.
  • E é indiferente a utilização de lei complementar ou lei ordinária para regulamentar uma norma constitucional e no caso em questão o quórum de aprovação foi obedecido.
22

O Superior Tribunal de Justiça

  • A terá aprovada a escolha de seus Ministros pela maioria absoluta da Câmara dos Deputados.
  • B terá os seus Ministros nomeados pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal.
  • C será composto de, no mínimo, trinta e três Ministros.
  • D possui competência para processar e julgar, originariamente, nas infrações penais comuns, o Procurador-Geral da República.
  • E possui competência para processar e julgar, originariamente, nas infrações penais comuns, o Vice-Presidente da República.
23

A Constituição Federal faculta à União a delegação de assuntos de sua competência legislativa privativa aos Estados, desde que satisfeitos os requisitos

  • A absoluto, classificatório e nominal.
  • B explícito, objetivo e material.
  • C formal, material e implícito.
  • D explícito, formal e classificatório.
  • E subjetivo, implícito e absoluto.
24

Para responder às questões de números 21 a 24, considere o que se propõe em cada uma delas e assinale:

Sobre:

I. Caso não seja cabível a ação direta de inconstitucionalidade proposta, é lícita sua conversão em arguição de descumprimento de preceito fundamental com base no princípio da fungibilidade, caso estejam presentes todos requisitos de admissibilidade desta.

II. O juízo proferido em sede de ação direta de incons-titucionalidade sobre a incompletude ou insuficiência do diploma impugnado ante as exigências impostas no texto constitucional autoriza a conversão da demanda, em face do princípio da fungibilidade, em ação direta de inconstitucionalidade por omis- são.

III. O julgamento de mérito proferido em sede de ação direta de inconstitucionalidade que decide mediante a técnica da interpretação conforme a Constituição importa, segundo a jurisprudência do STF, em juízo de improcedência da ação.

  • A está correto o que se afirma em I, apenas.
  • B está correto o que se afirma em II, apenas.
  • C está correto o que se afirma em III, apenas.
  • D está correto o que se afirma em I e II, apenas.
  • E está correto o que se afirma em I, II e III.
25

O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 membros com mandato de 2 anos, admitida 1 recondução e será presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal. Nas suas ausências e impedimentos, o referido Conselho será presidido pelo

  • A membro do Ministério Público da União.
  • B Presidente do Superior Tribunal de Justiça.
  • C Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal.
  • D Procurador-Geral da República.
  • E membro do Ministério Público Estadual.
26

É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios

  • A organizar, manter e executar a inspeção do trabalho.
  • B estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.
  • C explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão os portos marítimos, fluviais e lacustres.
  • D exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e televisão.
  • E instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos.
27

Associações ligadas aos trabalhadores do Estado da Bahia organizaram evento no intuito de formalizar uma pauta de reivindicações. O constante dessa pauta estará em consonância com a Constituição Federal se

  • A pleiteada proteção em face da automação, na forma da lei.
  • B pleiteada remuneração do trabalho diurno superior ao noturno.
  • C pleiteada participação no lucro vinculada à remuneração.
  • D pleiteada proteção do salário na forma da lei, configurando crime sua retenção dolosa ou culposa.
  • E pleiteado repouso semanal remunerado sempre aos domingos.
28

Considerando o direito constitucional brasileiro vigente, é correto afirmar que

  • A lei complementar federal, ainda que verse sobre matéria constitucional, não revoga a Constituição Federal naquilo que lhe for contrário.
  • B resolução do Senado Federal versando sobre princípios constitucionais da administração pública revoga a Constituição Federal naquilo que lhe for contrário.
  • C as Constituições Estaduais podem estabelecer normas de organização política do Estado-membro, afastando a aplicação das disposições da Constituição Federal sobre esse tema naquilo que lhes for contrário.
  • D é vedada a apresentação de projeto de emenda à Constituição Federal versando sobre matéria já disciplinada em lei federal.
  • E a Constituição Federal somente poderá ser alterada por emendas constitucionais nos primeiros 25 anos de sua vigência.
29

Leia a notícia abaixo, divulgada no sítio do Ministério Público do Estado de São Paulo, no mês de maio de 2012:

A Promotoria de Justiça do Consumidor ajuizou, nessa segunda-feira (21), ações civis públicas com o objetivo de dissolver seis torcidas organizadas de futebol e proibir essas agremiações e seus sócios de frequentar os locais onde são realizados eventos esportivos. As ações foram propostas contra as torcidas Mancha Alviverde (Palmeiras), Gaviões da Fiel (Corinthians), Serponte e Jovem Amor Maior (Ponte Preta), e Guerreiros da Tribo e Fúria Independente (ambas do Guarani), em razão do envolvimento dessas agremiações em atos de violência.


Em todas as ações, o promotor de Justiça Roberto Senise Lisboa pede a concessão de liminar para que as torcidas e seus integrantes sejam impedidos de comparecer a eventos esportivos, em todo o território nacional, até o julgamento final dos processos; a dissolução das torcidas organizadas para “garantir a segurança e sossego públicos, uma vez que houve o desvirtuamento de suas finalidades, sendo as torcidas organizadas utilizadas para a promoção de atos e práticas ilícitas, inclusive ilícitos penais, com a ocorrência de atos de violência e tumultos a elas relacionados, causando enormes danos à sociedade, gerando a sensação de falta de segurança dentro e fora dos estádios”.


À luz da disciplina constitucional da matéria, considere as seguintes afirmações a esse respeito:

I. A pretensão do Ministério Público encontra suporte na previsão constitucional de que a liberdade de associação é plena, desde que para fins lícitos, existindo a possibilidade de se requerer em juízo a suspensão das atividades de uma associação ou, até mesmo, sua dissolução compulsória.
II. Os objetivos perseguidos pelo Ministério Público não se coadunam com as finalidades estabelecidas na Constituição da República para a ação civil pública, estando compreendidos, em verdade, no espectro da ação popular, para a qual o parquet não possui legitimidade.
III. O pedido para que as torcidas sejam impedidas de comparecer a eventos esportivos não poderá ser deferido em caráter liminar, por implicar a supressão das atividades dessas associações, o que depende de decisão judicial transitada em julgado.

Está correto o que se afirma APENAS em

  • A I.
  • B II.
  • C III.
  • D I e II.
  • E I e III.
30

Lei estadual, promulgada em 15 de dezembro, aumentou a alíquota do imposto sobre circulação de mercadorias, determinando que a nova alíquota incidiria sobre os fatos geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro do ano seguinte. No que toca ao prazo para que a nova alíquota do imposto seja exigida, a lei estadual

  • A é compatível com a Constituição Federal, uma vez que o tributo poderia ser cobrado inclusive no mesmo exercício financeiro em que foi publicada a lei que o aumentou.
  • B é compatível com a Constituição Federal, uma vez que observou a regra segundo a qual é vedado cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou.
  • C não é compatível com a Constituição Federal, uma vez que não observou a regra segundo a qual é vedado cobrar tributos antes de decorridos cento e vinte dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou.
  • D é compatível com a Constituição Federal, uma vez que observou a regra segundo a qual é vedado cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado.
  • E não é compatível com a Constituição Federal, uma vez que não observou a regra segundo a qual é vedado cobrar tributos antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou.

Matemática

31

Suponha que, pelo consumo de energia elétrica de uma máquina que, durante 30 dias funciona ininterruptamente 8 horas por dia, paga-se o total de R$ 288,00. Se essa máquina passar a funcionar 5 horas por dia, a despesa que ela acarretará em 6 dias de funcionamento ininterrupto será de

  • A R$ 36,00.
  • B R$ 36,80.
  • C R$ 40,00.
  • D R$ 42,60.
  • E R$ 42,80.
32
“Foi sancionada, nesta quarta-feira (13), com vetos, a Lei nº 13.254/2016, popularmente conhecida como Lei da Repatriação, que institui o Regime Especial de Regularização Cambial e Tributária − RERCT. A nova legislação permite que recursos, com origem lícita, de pessoa física ou jurídica que tenham sido transferidos ou mantidos no exterior sem terem sido declarados oficialmente, ou declarados com omissão ou incorreção, possam ser regularizados com recolhimento dos tributos aplicáveis e multa. Quem normalizar a situação será isento de responder por delitos contra a ordem tributária. O projeto de lei de autoria do Executivo, e que compõe o ajuste fiscal, foi enviado ao Congresso Nacional em setembro de 2015. A medida tinha como estimativa inicial arrecadar aos cofres da União entre R$ 100 bilhões e R$ 150 bilhões. Dados revelam que ativos no exterior não declarados de brasileiros podem chegar a US$ 400 bilhões.” (Adaptado de: Portal Brasil, 14/01/2016. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/governo/2016/01/dilma-sanciona-a-lei-da-repatriacao-de-recursos)
Considerando-se que US$ 1,00 equivale a R$ 3,40, nesse caso, segundo o texto, a estimativa seria de que a Lei da Repatriação permitiria aos cofres da União recolher, do total de US$ 400 bilhões irregulares, aproximadamente, entre
  • A 7,4% e 11%.
  • B 2,7% e 5,8%.
  • C 12% e 16,5%.
  • D 27% e 31,2%.
  • E 20% e 23,5%.
33

Um trem faz o percurso da cidade A para a cidade B em 1 hora 37 minutos e 50 segundos. Se o trem chegou na cidade B exatamente às 11 horas da manhã, então ele saiu de A às “x horas y minutos e z segundos” da manhã do mesmo dia, sendo que x + y + z é igual a

  • A 41
  • B 39
  • C 51
  • D 49
  • E 31
34

Se a, b e c sao solupoes do sistema Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas , entao a soma (a + b + c) vale

  • A 6.
  • B 7.
  • C 8.
  • D 9.
35

As variáveis aleatórias X e Y representam, respectivamente, os anos de experiência e os salários, em reais, dos empregados em um determinado ramo de atividade. Sejam os pares (x1, y1), (x2, y2), . . . , (xn, yn), em que xi e yi (1 ≤ i ≤ n) são os valores de X e Y, respectivamente. Para prever yi em função de xi , optou-se por utilizar uma forma de relação linear entre X e Y tal que yi = 2.000 + 45xi, obtida pelo método dos mínimos quadrados, verificando-se que nem todos os pontos pertencem a uma mesma reta. Se o coeficiente de correlação linear entre X e Y for igual a r (r ≠ zero), então

  • A r = 1.
  • B multiplicando por 0,5 todos os valores xi e por 0,8 todos os valores yi , verifica-se que o novo coeficiente de correlação linear dos dois novos conjuntos é igual a 0,4r.
  • C é possível que r seja negativo.
  • D r = 0,45.
  • E o valor de r é positivo.
36
Se mudarmos a posição dos parênteses da expressão (-1)4.5+2.33 para -14.(5+2).33 o resultado irá
  • A diminuir em 130 unidades.
  • B diminuir em 248 unidades.
  • C diminuir em 378 unidades.
  • D aumentar em 130 unidades.
  • E permanecer inalterado.
37

A companhia de abastecimento de água de certa região divulga, em seu website, a seguinte tabela tarifária, vigente a partir de julho de 2015, na qual informa as tarifas mensais relativas ao consumo de água e ao tratamento de esgoto. A cobrança é sempre feita com base no consumo mensal de água e, se o imóvel for servido também por tratamento de esgoto, a companhia cobra por este último considerando que a água consumida retorna na forma de esgoto.

Até 10 m3 de Excedente a 10 m3 Excedente a 30 m3
de água consumida de água consumida de água consumida

Água (todas as localidades) R$ 30,54 R$ 4,58/ m3 R$ 7,81/ m3
Esgoto (Capital) R$ 25,96 R$ 3,89/ m3 R$ 6,64/ m3
Total (Capital) R$ 56,50 R$ 8,47/ m3 R$ 14,45/ m3
Esgoto (demais localidades) R$ 24,43 R$ 3,66/ m3 R$ 6,25/ m3
Total (demais localidades) R$ 54,97 R$ 8,24/ m3 R$ 14,06/ m3
Com o auxílio dessa tabela, considerando o consumo de água mensal e também a despesa relativa ao tratamento de esgoto, é possível conferir o valor da conta de água. Considere, por exemplo, uma residência da Capital, que é servida por água e esgoto e que, no mês de outubro de 2015, consumiu 24 m3 de água. Assim, o valor da conta de água dessa residência, referente a esse mês, deve ser de
  • A R$ 80,42.
  • B R$ 94,66.
  • C R$ 156,20.
  • D R$ 175,08.
  • E R$ 210,74.
38

Um comerciante comprou certa mercadoria por R$ 133,00 e quer vender com 20% de lucro sobre o preço final de venda. Se ele tem que recolher 10% de impostos sobre o preço final de venda, para atingir sua meta de lucro ele terá que vender o produto por

  • A R$ 189,90.
  • B R$ 172,80.
  • C R$ 205,20.
  • D R$ 185,00.
  • E R$ 190,00.
39

Dos funcionários do departamento administrativo de uma repartição pública, 5/8 trabalham diretamente com computadores. Se o total de funcionários desse departamento que não trabalham diretamente com computadores é igual a 120 pessoas, então esse departamento tem um total de funcionários igual a

  • A 285.
  • B 200.
  • C 195.
  • D 320.
  • E 192.
40

Uma empresa pavimentadora de ruas utiliza uma máquina que retira o asfalto antigo na razão de 3 metros lineares de rua a cada 8 minutos. O tempo que essa máquina gastará para retirar o asfalto de 3,75 km lineares de rua, de forma ininterrupta, equivale a

  • A 6 dias, 22 horas e 40 minutos.
  • B 6 dias, 6 horas e 16 minutos.
  • C 6 dias, 16 horas e 16 minutos.
  • D 6 dias, 1 hora e 20 minutos.
  • E 6 dias, 8 horas e 30 minutos.