Texto I
Consumo e consumismo: pela consciência em primeiro lugar
Não há como fugir do consumo. Ele representa nossa sobrevivência e não é possível passar um único dia sem praticá-lo. Precisamos adquirir bens para suprir nossas necessidades de alimentação, vestuário, lazer, educação, abrigo.
Associado ao termo consumo sempre surge a ideia do consumismo e cuja diferenciação não é tão simples quanto parece. Muito mais do que pessoas que compram muito e adquirem bens que não precisam, o consumismo é um retrato do modelo atual de sociedade, do desperdício e dos valores que imperam. O consumismo refere-se a um modo de vida orientado por uma crescente busca pelo consumo de bens ou serviços e sua relação simbólica com prazer, sucesso, felicidade, que todos os seres humanos almejam, e frequentemente é observada nas mensagens comerciais dos meios de comunicação de massa.
Em meio às suas rotinas de consumo, as pessoas têm cada vez mais dificuldade em perceber o que é necessário e o que é supérfluo e avaliar o tamanho do seu consumo. E é natural que o que é essencial para uma pessoa seja dispensável para outra devido à complexidade e à diversidade do ser humano. Qual é, afinal, o consumo ideal para uma pessoa ou uma família? Podemos mensurar as necessidades do outro? E seus desejos? Mais do que focar nos consumidores, podemos ter a percepção do tamanho do consumismo observando o culto ao consumo que impera em todos os meios. O nosso sistema de produção e toda a engrenagem que alimenta o sistema capitalista são impulsionados pelo consumo excessivo. Basta verificarmos como produzimos bens para serem pouco usados e logo descartados, com enorme impacto ambiental, gasto de água, recursos, energia e trabalho humano, para sentirmos como nossos processos não são sustentáveis, por mais que tentem pintá-los de verde. Enquanto convivermos com o bombardeio publicitário incentivando o consumismo, com a obsolescência programada não apenas de produtos tecnológicos mas também de pessoas, suas roupas e demais objetos, e um modelo de produção linear, que produz grande volume de resíduos, estamos vivenciando o consumismo. [...]
Para que as pessoas possam entender como elas vivem em um processo de consumo sem consciência é importante um entendimento individual acerca das necessidades reais e fabricadas. O condicionamento ao consumo pode acontecer de várias formas, mas a comunicação mercadológica que chega a homens, mulheres e crianças tem um papel decisivo. Os modismos chegam por novelas, desfiles, comerciais, incentivando hábitos que não eram comuns a determinado grupo. E com isso cria-se, então, um consumo que não existia.
Como resistir aos comportamentos consumistas? Quando pensamos na consciência antes do consumo temos como objetivo justamente entender o que é necessidade para o ser humano hoje. É tirar o foco do consumo e colocar em um entendimento de nossas necessidades e desejos e nos impactos pessoais, sociais e ambientais de nossas escolhas. Em meio a suas rotinas estressantes de trabalho, a uma corrida para ganhar dinheiro e pagar as contas no fim do mês, estamos perdendo a essência da vida. Qual seria um olhar com consciência da relação trabalho e obtenção de renda e estilo de vida e de consumo? Ocupamos nosso tempo, fazemos tarefas que não gostamos, nos afastamos de nossas famílias por longas horas para consumir coisas que a gente não precisa ou não precisaria e que são, inclusive, maléficas à nossa saúde física e mental. Mas estamos mergulhados em uma comunicação mercadológica que diz que aquele item é importante para que a gente se sinta bem e que pertença a determinados grupos. O consumo é visto como algo que credencia as pessoas e dá acesso a um mundo ilusório de perfeição e felicidade.
Mais grave ainda é a situação vivida pelas crianças e adolescentes, nos dias de hoje, que crescem em meio a valores extremamente materialistas e consumistas. Como falar em sustentabilidade se não cuidamos da infância em um sentido amplo, não oferecemos proteção contra todo tipo de abuso, inclusive a exploração comercial, e a disseminação de comportamentos insustentáveis? Estamos garantindo as condições para que no futuro as pessoas possam viver com qualidade.
Comerciais abusivos que falam direto para as crianças, promoções que nos ofertam brindes e descontos tipo leve 6 e pague 5, campanhas sedutoras e estratégias de venda com profundo conhecimento do comportamento humano. Armadilhas para um mundo consumista. Conseguir se desvencilhar deste grande emaranhado de recursos que induzem ao consumismo é hoje uma tarefa que exige um redescobrir do que é o ser humano, do nosso papel, e da nossa condição acima de “sujeitos-mercadorias", como coloca o escritor Zygmunt Bauman. Será que conseguimos? Um desafio que engloba uma tomada de consciência, uma nova comunicação midiática, mudança de valores, educação ambiental e para o consumo e, sobretudo, uma educação para a vida.
(Disponível em: http://conscienciaeconsumo.com.br/artigos/consumo-e-consumismo-pela-consciencia-em-primeiro-lugar.)
Assinale a alternativa correta quanto à ortografia oficial.
TEXTO 15
Vista do Vidigal contrasta o Leblon inabitado do início do século passado com a Ipanema tomada por edificações de hoje
Da demolição de cortiços à abertura da Avenida Rio Branco. Fotógrafo oficial do Rio de Janeiro, então Distrito Federal, o alagoano Augusto Malta documentou, a pedido do prefeito Pereira Passos, as transformações da Capital no início do século 20. Nunca mais a veremos senão pelos registros de pouquíssimos fotógrafos como Malta. Quase 100 anos depois, o designer e também fotógrafo Marcello Cavalcanti, de 34 anos, decidiu juntar o antigo e o novo, mesclando a obra de Augusto com fotografias atuais do Rio, prestes a completar seus 450 anos.
Em relação ao trecho “Nunca mais a veremos senão pelos registros de pouquíssimos fotógrafos como Malta.”, é correto afirmar que, quanto à sua colocação, o pronome oblíquo “a”, em destaque, está:
Assinale a alternativa em quea frase NÃO contraria a norma culta:
“INVESTIMENTOS EM ESTRADAS ATRASAM E ACIDENTES TRIPLICAM”
Empresas responsáveis por estradas federais privatizadas na segunda etapa do Programa de Concessões Rodoviárias estão atrasando os investimentos previstos em contrato com o Governo federal. Enquanto isso, os acidentes triplicaram: nos sete trechos privatizados, subiram de 9.961 em 2008 para 28.947 em 2009, um crescimento de 190%. As principais obras deveriam ocorrer nos três primeiros anos da cobrança de pedágios (2007-2009) – que estão sendo reajustados sem atraso. Nos sete trechos, o investimento está abaixo dos 30%; em quatro, abaixo de 10% do previsto. A Agência Nacional de Transportes Terrestres, que deveria regular o setor, acaba agindo com resoluções que retardam os investimentos. No trecho da BR-101 do Rio ao Espírito Santo, há obras paradas e uma passarela de pedestres que para no ar.”
“As principais obras deveriam ocorrer nos três primeiros anos da cobrança de pedágios (2007-2009) – que estão sendo reajustados sem atraso"; deduz-se desse segmento do texto que:
A figura do ancião, desde o início dos relatos das primeiras civilizações, é muito controversa e discutida. No mundo ocidental, o senso comum das principais culturas muitas vezes discordava dos ensinamentos das filosofias clássicas sobre as contribuições da velhice para a sociedade. O estudo das reais condições trazidas pelo avanço da idade gerou diversas discussões éticas sobre as percepções biossociais dos processos de mudança do corpo. Médicos, biólogos, psicólogos e antropólogos ainda hoje não conseguem obter consenso sobre esse fenômeno em suas respectivas áreas.
Muitas culturas ocidentais descrevem o estereótipo do jovem como corajoso, destemido, forte e indolente. Já a figura do idoso é retratada como um peso morto, um chato em decadência corporal e mental. Percepção preconceituosa que foi levada ao extremo no século XX pelos portugueses durante a ditadura de Antônio Salazar, notório por usar a perseguição aos idosos como bandeira política. Atletas e artistas cotidianamente debatem o avanço da idade com medo e desgosto, enquanto especial istas da saúde questionam se há deterioração ou mudança adaptativa do corpo humano.
Nas culturas orientais, assim como na maioria das filosofias clássicas, a velhice é vista de um ângulo positivo, sendo fonte de sabedoria e meta para uma vida guiada pela prudência. O sábio ancião, que personifica a figura do homem calmo, austero, e que muitas vezes é capaz de prever certas situações e aconselhar, se destaca em relação ao jovem cheio de energia e de hormônios instáveis. Porém, apesar dos filósofos apreciarem o avanço da idade, nem todos eles tinham a mesma opinião sobre a velhice. O jovem Platão tinha como inspiração o velho filósofo Sócrates. Apesar de ser desfavorecido materialmente, Sócrates possuía muita experiência e uma sabedoria ímpar que marcou a história do pensamento. Em A República , Platão retrata uma discussão filosófica sobre a justiça ocorrida na casa do velho Céfalo, homem importante e respeitável em Atenas, que propiciava discussões filosóficas entre os mais velhos e os jovens que contemplavam os diálogos.Na sociedade ideal desse filósofo, os jovens muitas vezes eram retratados como inconsequentes e ingênuos, a exemplo de Polemarco, filho de Céfalo.
Nesta sociedade ideal, crianças e adolescentes não recebiam diretamente o ensino da Filosofia. Por ser um conhecimento nobre e difícil, [ela] era ensinada somente para pessoas de idade mais avançada.
Dentre os filósofos clássicos, o maior crítico sobre a construção filosófica da ideia de “velhice” era o estoico Sêneca. Para ele, Platão, Aristóteles e Epicuro construíram uma concepção mitológica da figura do velho. Os idosos que ele conheceu em Roma muitas vezes não eram tão felizes como descreviam os gregos. Muitos deles, observou Sêneca, pareciam tranquilos, mas no fundo não eram. A aparente tranquilidade decorria de seu cansaço e desânimo por não conseguir mais lutar por aquilo que queriam. Não buscaram a ataraxia enquanto jovens, ou seja, a tranquilidade da alma e a ausência de perturbações frente aos desafios impostos pela vida.
Se envelhecer é uma “droga”, como afirma o ator Arnold Schwarzenegger, ou se [a velhice] é a “melhor idade”, como dizem muitos aposentados, esses discursos não contribuem para uma resposta definitiva para o estudo científico.Afinal, o conceito de velhice não é um fenômeno puramente biológico, mas também fruto de uma construção social e psicoemocional.
MEUCCI, Arthur. Rev. Filosofia : março de 2013, p. 72-3.
Há falta de correspondência entre o sentido do verbo, no contexto em que está empregado, e o do sinônimo proposto para substituí-lo em:
O poema alude
Escrever é fácil?
Para estimular crianças e jovens a escrever, há quem diga que escrever é fácil: basta pôr no papel o que está na cabeça. Na maioria das vezes, porém, este estímulo é deveras desestimulante.
Há boas explicações para o desestímulo: se a pessoa não consegue escrever, convencê-la de que escrever é fácil na verdade a convence apenas da sua própria incompetência, a convence apenas de que ela nunca vai conseguir escrever direito; não se escreve pondo no papel o que está na cabeça, sob pena de ninguém entender nada; quem escreve profissionalmente nunca acha que escrever é fácil, nem mesmo quando escreve há muito tempo — a não ser que já escreva mecanicamente, apenas repetindo frases e fórmulas.
Via de regra, nosso pensamento é caótico: funciona para alimentar nossas decisões cotidianas, mas não funciona se for expresso, em voz alta ou por escrito, tal qual se encontra na cabeça. Para entender o nosso próprio pensamento, precisamos expressá-lo para outra pessoa. Ao fazê-lo, organizamos o pensamento segundo um código comum e então, finalmente, o entendemos, isto é, nos entendemos. Não à toa o jagunço Riobaldo, personagem do escritor Guimarães Rosa, dizia: professor é aquele que de repente aprende.
Todo professor conhece este segredo: você entende melhor o seu assunto depois de dar sua aula sobre ele, e não antes. Ao falar sobre o meu tema, tentando explicá-lo a quem o conhece pouco, aumento exponencialmente a minha compreensão a respeito. Motivado pelas expressões de dúvida e até de estupor dos alunos, refino minhas explicações e, ao fazê-lo, entendo bem melhor o que queria dizer. Costumo dizer que, passados tantos anos de profissão, gosto muito de dar aula, principalmente porque ensinar ainda é o melhor método de estudar e compreender.
Ora, do mesmo jeito que ensino me dirigindo a um grupo de alunos que não conheço, pelo menos no começo dos meus cursos, quem escreve o faz para ser lido por leitores que ele potencialmente não conhece e que também não o conhecem. Mesmo ao escrever um diário secreto, faço-o imaginando um leitor futuro: ou eu mesmo daqui a alguns anos, ou quem sabe a posteridade. Logo, preciso do outro e do leitor para entender a mim mesmo e, em última análise, para ser e saber quem sou.
Exatamente porque esta relação com o outro, aluno ou leitor, é tão fundamental, todo professor sente um frio na espinha quando encontra uma nova turma, não importa há quantos anos exerça o magistério. Pela mesma razão, todo escritor fica “enrolando” até começar um texto novo, arrumando a escrivaninha ou vagando pela internet, não importa quantos livros já tenha publicado. Pela mesmíssima razão, todo aluno não quer que ninguém leia sua redação enquanto a escreve ou faz questão de colocá-la debaixo da pilha de redações na mesa do professor, não importa se suas notas são boas ou não na matéria.
De acordo com as ideias desenvolvidas pelo autor no texto, a dificuldade em escrever existe pela falta de
É correto afirmar que o segundo parágrafo apresenta ações que se sucedem em uma relação de
Para responder à questão, leia a tirinha abaixo.
O elemento indicado entre parênteses NÃO substitui apropriadamente a expressão destacada em:
Assinale a palavra do texto que apresenta dígrafo.
Assinale a opção em que há quatro palavras INCORRETAS:
A polêmica das biografias
A liberdade de expressão está sujeita aos limites impostos pelas demais prerrogativas dos cidadãos: honra, privacidade etc.
A jornalista Hildegard Angel fulminou no Twitter: “Num país em que a Justiça é caolha, não dá para liberar geral as biografias de bandeja pros grupos editoriais argentários”.
A controvérsia em torno das biografias é a prova da desditosa barafunda institucional que atormenta o Brasil. Nos códigos das sociedades modernas, aquelas que acolheram os princípios do Estado Democrático de Direito, a liberdade de expressão está sujeita aos limites impostos pelas demais prerrogativas dos cidadãos: a privacidade, a honra, o direito de resposta a ofensas e desqualificações lançadas publicamente contra a integridade moral dos indivíduos.
Em 17 de dezembro de 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos afirmava: “O desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos resultaram em atos bárbaros que ultrajaram a consciência da Humanidade e o advento de um mundo em que os homens gozem de liberdade de palavra, de crença e da liberdade de viverem a salvo do temor e da necessidade foi proclamado como a mais alta aspiração do homem comum”.
Em 2008, escrevi um artigo para celebrar os 60 anos da declaração. Naquela ocasião, percebi claramente que os fantasmas dos traumas nascidos das experiências totalitárias dos anos 1930 ainda assombram os homens, seus direitos e liberdades.
Segundo a declaração, são consideradas intoleráveis as interferências na sua vida privada, na sua família, no seu lar ou na sua correspondência – atenção! –, tampouco são toleráveis ataques à sua honra e reputação. Toda pessoa tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou ataques. O cidadão (note o leitor, o cidadão) tem direito à liberdade de opinião e de expressão. Esse direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações por quaisquer meios e independentemente de fronteiras.
É proibido proibir, assim como é garantido o direito de retrucar e processar. O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, sugeriu a imposição de pesadas penas pecuniárias aos detratores “argentários” que se valem das inaceitáveis demoras da Justiça.
No Brasil de hoje não impera a expressão livre das ideias, mas predomina o que Deleuze chamou de Poder das Potências. Já tratei aqui desse tema, mas vou insistir. Nos tempos da sociedade de massa e do aparato de comunicação abrigado na grande mídia, as Potências estão desinteressadas em sufocar a crítica ou as ideias desviantes. Não se ocupam mais dessa banalidade. Elas se dedicam a algo muito mais importante: fabricam os espaços da literatura, do econômico, do político, espaços completamente reacionários, pré-moldados e massacrantes. “É bem pior que uma censura”, continua Deleuze, “pois a censura provoca efervescências subterrâneas, mas as Potências querem tornar isso impossível”.
Nos espaços fabricados pelas Potências não é possível manter conversações, porque neles a norma não é a argumentação, mas o exercício da animosidade sob todos os seus disfarces, a prática desbragada da agressividade a propósito de tudo e de todos, presentes ou ausentes, amigos ou inimigos. Não se trata de compreender o outro, mas de vigiá-lo. “Estranho ideal policialesco, o de ser a má consciência de alguém”, diz Deleuze.
As redes sociais, onde as ideias e as opiniões deveriam trafegar livremente, se transformaram num espaço policialesco em que a crítica é substituída pela vigilância. A vigilância exige convicções esféricas, maciças, impenetráveis, perfeitas. A vigilância deve adquirir aquela solidez própria da turba enfurecida, disposta ao linchamento.
A Declaração dos Direitos Humanos, na esteira do pensamento liberal e progressista dos séculos XIX e XX, imaginou que a igualdade e a diferença seriam indissociáveis na sociedade moderna e deveriam subsistir reconciliadas, sob as leis de um Estado ético. Esse Estado permitiria ao cidadão preservar sua diferença em relação aos outros e, ao mesmo tempo, harmonizá-la entre si, manter a integridade do todo. Mas as transformações econômicas das sociedades modernas suscitaram o bloqueio das tentativas de impor o Estado ético e reforçaram, na verdade, a fragmentação e o individualismo agressivo e “argentário”. Assim, a “ética” contemporânea não é capaz de resistir à degradação das liberdades e sua transmutação em arma de vigilância e de assassinato de reputações.
No quarto parágrafo, o emprego da primeira pessoa do singular ressalta o seguinte aspecto:
TEXTO I
Para o autor do Texto I, o prazer da leitura:
Retrato da violência
A entrega do Relatório Final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da Violência Contra a Mulher (CP‐MIVCM) à presidente Dilma Rousseff, em sessão solene do Congresso Nacional, foi um marco na luta das mulheres brasileiras pela garantia de seus direitos, principalmente, o enfrentamento à violência de gênero.
O relatório se constitui no mais completo diagnóstico sobre a situação das políticas públicas de enfrentamento a esse tipo de violência no Brasil, e o ato de sua entrega representou o compromisso dos poderes Executivo e Legislativo com a luta das mulheres brasileiras, por igualdade nas relações de gênero em todos os espaços da vida em sociedade.
A presidente Dilma Rousseff assumiu o compromisso de adotar as propostas da CPMI na implementação de políticas públicas para combater a violência doméstica e sexual no país. No Senado, já estão em tramitação os projetos apresentados pela CPMI. Na semana passada, foram aprovados quatro, que seguem, agora para a Câmara dos Deputados. São eles:
- o que classifica a violência doméstica como crime de tortura;
- o que garante o atendimento especializado no SUS às vítimas de violência;
- o que assegura benefício temporário da Previdência às vítimas, e,
- o que exige rapidez na análise do pedido de prisão preventiva para os agressores.
Outros três projetos já estão em análise na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCI) do Senado.
Decorrente da preocupação com o fato de o Brasil ocupar o 7º lugar entre os 84 países que mais matam mulheres em todo o mundo, com uma taxa de homicídios de 4,6 assassinatos em cada grupo de 100 mil mulheres, a CPMI faz 73 recomendações aos três poderes constituídos e aos estados visitados.
Todas as recomendações se fazem procedentes. A sociedade brasileira conhece o incômodo problema de violência contra a mulher. Pesquisa realizada pelo Instituto Patrícia Galvão e o Data Popular revela que 54% das pessoas entrevistadas disseram conhecer uma mulher que já foi agredida por um parceiro, enquanto 56% afirmaram que conhecem um homem que já agrediu uma companheira.
Fragmentos desta realidade estão nas 1.045 páginas do relatório final da CPMI com o panorama da violência doméstica e sexual que é praticada contra as mulheres em todos os estados brasileiros, por companheiros, namorados ou ex‐maridos.
No texto há uma série de referências à vida política. Nesse sentido, assinale a alternativa em que a explicação dada é inadequada.
TEXTO 2
1.§ O movimento de urbanização do Brasil no século XX marcou o crescimento das cidades, tanto em número quanto em área e população. Com a expansão do capitalismo a cidade assumiu uma importância muito grande. A cidade tornou-se o centro das decisões políticas e econômicas, exercendo a função de centro polarizador das atividades socioeconômicas espaciais. Por outro lado, ela passou a ser a expressão visível das contradições sociais. Como produto das relações humanas, a cidade mostra as marcas das diferenças de classes sociais, da segregação do espaço urbano, da exclusão social, da especulação imobiliária, da deteriorização ambiental e da violência.
2.§ Atualmente, as cidades têm assumido um papel fundamental no campo de intervenção social das políticas públicas. Pois, a partir da Constituição de 1988 temos um processo de descentralização bastante avançado nos casos das políticas de saúde e educação, e mais recentemente, para as políticas de habitação, saneamento e transferência de renda.
3.§ O fenômeno da urbanização provocou o agravamento do histórico quadro de exclusão social no Brasil, tornando mais evidente a marginalização e a violência urbana que atualmente tem provocado afições nos moradores e governos das cidades. Quando temos o aumento da violência somado ao empobrecimento da população, a vida nas cidades se torna problemática. Na medida em que o medo e a insegurança adentram o cotidiano das pessoas a qualidade de vida declina. O quadro agrava-se ainda, principalmente com a aparição de novas formas de pobreza.
4.§ A estruturação da “nova pobreza” ocorre no contexto de hipermobilidade do capital, de heterogeneidade e instabilidade do trabalho assalariado, e de polarização social. Tendo como característica fundamental o desenvolvimento de uma marginalidade avançada, os novos pobres não poderão ser absorvidos progressivamente pela expansão do livre mercado, uma vez que o Estado neoliberal não garante mais a proteção infalível contra a ameaça da pobreza, baseada na relação trabalho-salário. No Brasil, apesar de ainda não termos resolvidos os problemas sociais mais básicos, é muito marcante o dilema da manutenção de um grande contingente de desempregados de longa duração que vão sendo expulsos do mercado produtivo, juntamente a milhares de jovens que não conseguem ter acesso ao “primeiro emprego”.
5.§ Aliado a esse processo de exclusão do mercado de trabalho, a favela se torna um espaço de materialização da exclusão social, um instrumento para o aprisionamento dos pobres, um local temido. Uma vez que o fenômeno das favelas aponta para a estigmatização dos territórios de concentração da pobreza, sobretudo em razão da difusão da “cultura do medo”. A consolidação de espaços de segregação, em virtude do processo de fragmentação das cidades vão constituir a formação dos enclaves fortifcados.
6.§ Nesse sentido, não é tão-somente uma separação espacial entre áreas pobres e ricas mas, principalmente, uma separação social que adentra o espaço público das ruas, donde fca difícil manter os princípios básicos de livre circulação e abertura dos espaços públicos que serviam de fundamento para a estruturação das cidades modernas. Os enclaves privados e fortifcados, como os shopping centers e os condomínios fechados desenvolvem uma relação de negação e ruptura com o resto da cidade, aspecto que intensifca ainda mais a qualifcar as interações públicas por meio de índices como suspeição, perigo e restrição. Ao estabelecerem uma simbologia de status, os enclaves criam meios para a afrmação de todos os tipos de barreiras físicas e artifícios de distanciamento, sendo portanto, uma explícita afrmação da diferenciação social. A consolidação dos enclaves demonstra, na contemporaneidade, a necessidade crescente de cercar, murar, fechar e garantir por uma segurança sofsticada e estruturada a vida privada. Utilizando-se de uma justifcativa que contempla o medo do crime e da violência, as pessoas transformam sua maneira de viver bem como a dinâmica pública das cidades.
A expressão “em virtude do processo de fragmentação das cidades” (5.§) estabelece a mesma relação lógico-discursiva da expressão.
A pátria de ponteiros
(Antonio Prata. Folha de S.Paulo, 23.02.2014. Adaptado)
* Emanuel Kant: filósofo de origem alemã
Considerando o contexto, assinale a alternativa que apresenta, entre parênteses, um sentido oposto para a expressão em destaque.
Assinale a alternativa correta que indica a classificação da palavra grifada.
O cinismo é o mal de muitas pessoas
O uso de gráficos de percentil de crescimento físico é especialmente útil para
Relacione e enumere os tipos de jogos de acordo com sua definição ou característica e em seguida assinale a alternativa CORRETA.
I - Jogos de tabuleiro. ( ) São jogos com mudanças de regras, recursos didáticos e espaço.
II - Jogos transformados. ( ) Podem ser um ou vários participantes e precisam de tecnologia
para sua realização.
III - Jogos cooperativos. ( ) Todos os jogadores formam um grupo ou time.
IV - Jogos eletrônicos. ( ) Podem ser jogados em dupla ou mais, incentiva a capacidade
de memorização e desenvolve o raciocínio lógico.
Em um jogo de voleibol, realizado na aula de educação física, as equipes participantes alcançaramo placar de 24 X 24 no set.O professor de educação física aproveitou a oportunidade para explicar aos seus alunos que, nessa situação de empate, a equipe vencedora será a que conseguir abrir, no set, uma diferença mínima, no placar, de:
Os saltitos e deslocamentos são movimentos presentes nas séries de ginástica. São exemplos de saltitos, EXCETO:
Uma aula de educação física para a EJA, que possibilita aos alunos a vivência de diferentes jogos populares, privilegia os conteúdos da dimensão:
Para ensinar uma habilidade motora, o profissional de Educação Física precisa orientar o aluno sobre o que é para ser aprendido. Para isso, ele pode fornecer informação ao aluno através de instrução verbal,
O Sistema CONFEF/CREFs desempenha papel essencial na constituição da ação profissional tendo poder, delegado pela União, para normatizar,
“Elaborar os objetivos imediatos, isto é, redigir um ou mais objetivos específicos para o tópico, definindo os resultados esperados dos alunos, em termos de conhecimento, habilidades, atitudes etc. (VERDE, 2012)”, são elementos do
Com relação aos termos básicos relacionados à aprendizagem e à performance motora, correlacione as colunas e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
1. Capacidade motora. ( ) (Método utilizado por cientistas para estudar as variáveis que
influenciam a performance ou o comportamento dos indivíduos
de maneira uniforme.
2. Habilidade motora. ( ) Potencialidade para produzir resultados de performance com
máxima certeza, mínima energia ou tempo mínimo, como
resultado da prática.
3. Abordagem experimental. ( ) Traço estável e duradouro que, normalmente, é geneticamente
determinado.
4. Abordagem diferencial. ( ) Método utilizado por cientistas para estudar as diferenças nas
capacidades dos indivíduos.
Os conteúdos trabalhados nas aulas de Educação Física são essenciais para o desenvolvimento e a socialização dos estudantes. Quanto maior sua abrangência, outras capacidades poderão ser trabalhadas, para além das cognitivas. De acordo com Darido e Souza Jr. (2007), quando o professor solicita que seus alunos realizem determinados exercícios em duplas e debate sobre a importância do respeito ao limite de seu próprio corpo e ao do colega, ele está trabalhando os conteúdos na dimensão:
Com a finalidade de alcançar os objetivos educacionais, Coll et. all. (2000) propôs as dimensões dos conteúdos. A seguir, assinale exemplos de conteúdos atitudinais:
É possível utilizar alguns esquemas táticos para organizar equipes de voleibol em torneios esportivos. Para grupos com pouca experiência, nessa modalidade, recomenda-se a formação em que todos os participantes passam pelas funções de levantador e atacante na posição 3. Esse esquema tático pode ser expresso por
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais para os terceiro e quarto ciclos da Educação Física, diversos temas transversais devem ser abordados junto aos conteúdos trabalhados.
As opções a seguir representam temas transversais a serem trabalhados, à exceção de uma. Assinale-a.
Analise as afirmativas a seguir sobre as regras do basquete, e assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) Um jogador lesionado seriamente deve ser retirado de quadra imediatamente para que o jogo continue.
( ) Se, após uma briga e desqualificação de atletas das duas equipes, não restar outras penalidades a serem aplicadas, a bola é entregue à equipe que tinha sua posse e a reposição é feita pela linha de fundo de quadra.
( ) Se, durante o jogo, o árbitro perceber que uma equipe tem mais de cinco jogadores em quadra, ele deve interromper a partida para correção apenas se isso não implicar em desvantagem para a equipe adversária.
As afirmativas são, respectivamente,
Um dos problemas que afetam a relação professor-aluno é o distanciamento entre eles. O professor, ao tornar-se adulto, corre o risco de esquecer como as crianças pensam, se comunicam e expressam suas ideias.
Para superar esse distanciamento, recomenda-se que o professor de Educação Física, que trabalha com crianças,
A concepção multicultural crítica do currículo traz para o interior das aulas de Educação Física a discussão de temas como a construção do racismo, dos preconceitos sociais, do sexualismo, da influência que o conheciment o transmitido na escola sofre das questões políticas, s ociais e econômicas.
Ao proceder dessa maneira, essa concepção curricular tem como objetivos
Sobre a perspectiva da Educação Física adotada pelos Parâmetros Curriculares Nacionais e a questão do gênero, muito discutida na contemporaneidade, assinale a alternativa correta.
Um professor de educação física decidiu apresentar aos seus alunos o basquete 3 X 3. Em sua primeira aula, ele foi questionado por seus alunos a respeito da quantidade de jogadores em uma equipe e do tempo regular de duração do jogo. Assinale a alternativa que responde correta e respectivamente ao questionamento dos alunos.
Assinale a opção que apresenta uma função do segundo árbitro, durante uma partida de voleibol.
Os motoristas devem manter os extintores de seus veículos carregados e com a pressão adequada, deixando-os prontos para o uso emergencial. É necessário trocar a carga sempre que o ponteiro do medidor de pressão estiver na área
Ao prestar os primeiros socorros a um homem de 65 anos em crise convulsiva e deitado no chão, um dos procedimentos prioritários é:
No atendimento ao adulto em parada cardiorrespiratória, dentre as recomendações da American Heart Association/2010 sobre as manobras de Suporte Básico de Vida, na reanimação cardiopulmonar efetuada pelo indivíduo leigo sem treinamento, inclui realizar
Durante um dia de intenso calor no Rio de Janeiro, dois pedreiros sofreram desmaios durante a execução de suas tarefas no canteiro de obras onde trabalhavam. Havia um funcionário da empresa de engenharia treinado em primeiros socorros que logo foi acionado e dirigiu-se ao local onde os funcionários desmaiados se encontravam. De acordo com as normas de primeiros socorros para atendimento à pessoa desmaiada, o socorrista deveria
Há um carro em chamas. Com o objetivo de combater o incêndio, várias pessoas irão utilizar o extintor de seus veículos. Para que a ação de combate ao incêndio seja eficaz, é necessário que
Em relação à atenção primária, pode-se afirmar que ela se constitui no mnemônico ABCDE. Em relação a esse assunto, assinale a alternativa incorreta.
Um motociclista está deitado na rua após acidente com sua moto. Observa-se que ele está alcoolizado e queixando-se de dor na cabeça e na perna direita. Nesta situação, um dos atendimentos de primeiros socorros é
Ao acionar um serviço de socorro profissional, é importante que a pessoa tenha as respostas para algumas perguntas que os atendentes do chamado de socorro poderão fazer. São elas:
I. Tipo do acidente.
II. Gravidade aparente do acidente.
III. Nome da rua e número próximo.
IV. Número aproximado de vítimas envolvidas e de pessoas presas nas ferragens.
V. Vazamento de combustível ou produtos químicos.
Está correto o que consta em