No século XIX, vários movimentos literários ocorreram no Brasil. Entre eles, está o Naturalismo, que tem como seu maior expoente o maranhense Aluísio Azevedo, autor do fragmento abaixo.
“E durante dois anos o cortiço prosperou de dia para dia, ganhando forças, socando-se de gente. E ao lado o Miranda assustava-se, inquieto com aquela exuberância brutal de vida, aterrado diante daquela floresta implacável que lhe crescia junto da casa, por debaixo das janelas, e cujas raízes piores e mais grossas do que serpentes miravam por toda parte, ameaçando rebentar o chão em torno dela, rachando o solo e abalando tudo.”
AZEVEDO, Aluísio. O Cortiço. 26. ed. São Paulo: Martins, 1974. p. 33.
A partir dessas informações, escolha a opção correta acerca da obra desse autor.
Sobre o poema “Remissão”, transcrito abaixo, publicado no livro Fazendeiro do ar, do poeta modernista Carlos Drummond de Andrade,
Leia o trecho inicial da crônica O lixo, de Luis Fernando Verissimo:
Encontram-se na área de serviço. Cada um com seu pacote de lixo. É a primeira vez que se falam.
- Bom dia...
- Bom dia.
-A senhora é do 610.
- E o senhor do 612.
- É .
- Eu ainda não lhe conhecia pessoalmente...
- Pois é...
Pode-se afirmar que a função de linguagem que predomina nesse trecho é a:
Leia a estrofe abaixo:
Um dia que o gado
No prado guardava,
Amor me aparece
Com arco e aljava.
Os versos acima apresentam algumas características próprias da escola literária a que pertencem. Não é característica dessa escola:
O hiperacúmulo de detalhes, a observação e análise social e o espírito científico são características próprias da escola literária denominada:
Leia os versos das Liras, de Tomás Antônio Gonzaga, para responder à questão.
Os teus olhos espalham luz divina,
a quem a luz do sol em vão se atreve;
papoila ou rosa delicada e fina
te cobre as faces, que são cor da neve.
Os teus cabelos são uns fios d’ouro;
teu lindo corpo bálsamo vapora.
Ah! não, não fez o céu, gentil pastora,
para a glória de amor igual tesouro!
Graças, Marília bela,
graças à minha estrela!
(Tomás Antônio Gonzaga, Obras Completas)
Analisando os elementos empregados pelo eu lírico para a descrição da mulher amada, conclui-se que ele
Leia os versos das Liras, de Tomás Antônio Gonzaga, para responder à questão.
Os teus olhos espalham luz divina,
a quem a luz do sol em vão se atreve;
papoila ou rosa delicada e fina
te cobre as faces, que são cor da neve.
Os teus cabelos são uns fios d’ouro;
teu lindo corpo bálsamo vapora.
Ah! não, não fez o céu, gentil pastora,
para a glória de amor igual tesouro!
Graças, Marília bela,
graças à minha estrela!
(Tomás Antônio Gonzaga, Obras Completas)
Nos versos, o eu lírico retrata a mulher amada de forma
Texto
Férias – cuidados com crianças
O verão começou no dia 21 de dezembro e a estação é sinônimo de férias escolares para crianças. Mas elas precisam de cuidados redobrados para curtir o sol, praia, piscinas e parques com segurança. Por isso, os pais devem se informar para evitarem doenças e acidentes comuns nesta época do ano.
Durante o verão, os passeios à praia, piscinas e parques são mais frequentes, o que significa que é preciso estar atento à exposição ao sol, alimentação e vestuário. Quando se fala em crianças, o assunto fica ainda mais sério. Como as crianças são mais sensíveis que adultos, é preciso atenção para exposição a raios solares e a adoção de cuidados especiais.
[...]
Roupas adequadas
Devido ao calor e ao aumento da sudorese (suor), as roupas devem ser de algodão, finas e folgadas de modo a
permitir uma maior ventilação, facilitando a evaporação do suor. Roupas íntimas também devem ser de algodão, evitando- se tecidos sintéticos.
Na praia, sungas e biquínis são os trajes ideais, porém deve-se tomar cuidado com o hábito de ficar com a roupa
molhada após sair da praia, isso favorece o surgimento de micoses da pele.
As roupas podem proporcionar uma barreira contra a radiação ultravioleta. Para a prática de esportes ao ar livre, situações que difcultem a aplicação do filtro solar com frequência ou, no caso das crianças com menos de 6 meses, as roupas podem ser uma boa opção para a proteção da pele. [...]
E nada de deixar os pequenos sem roupa. O contato com a areia ou cadeiras sujas pode levar a problemas de pele.
(Disponível em: http://www.boasaude.com.br/artigos-de-saude/4535/-1/os- cuidados-para-curtir-o-verao-com-as-criancas.html. Acesso em: 08/01/2015,
adaptado)
A resposta à pergunta contida no título do texto – Por que educação é importante? – pode ser encontrada na seguinte frase do texto:
O real poder da ciência
Desde que se conhece por gente, a espécie humana busca explicações para o mundo ao seu redor. Durante boa parte dessa história, elas foram simplistas – bastava atribuir ao incompreendido a mão invisível de um criador supremo, e tudo estava resolvido.
O advento da ciência mudou esse cenário. Os fenômenos naturais passaram a ser tratados como tais, e os mistérios do cosmo começaram a ser revelados por meio da razão e da linguagem universal da matemática.
Como seria de se esperar, as respostas que a ciência traz sobre a vida, o Universo e tudo mais são bem mais intrincadas que as dadas outrora pelos caminhos da fé. Para serem compreendidas, elas dependem da alfabetização científica, e por essa razão até hoje há muitos que preferem repudiá-las, em favor
de uma visão puramente mística do mundo.
Convenhamos: não é mais possível hoje a qualquer pessoa educada repudiar a evolução das espécies pela seleção natural ou as transformações do Universo desde um estado muito quente, denso e compactado, quase 14 bilhões de anos atrás. Para alguns, até hoje, aceitar esses fatos equivale a uma agressão ao pensamento religioso. Nada poderia estar mais longe da verdade.
A ciência é, indisputavelmente, o melhor instrumento para a compreensão do Universo. É a única forma de conhecimento que fornece o poder da previsibilidade e da intervenção sobre as forças da natureza. Apesar disso, ela não é onipotente. Ao usar a ciência para estudar a natureza, o ser humano acaba chegando a mistérios de outra ordem, cuja explicação com toda probabilidade está fora do alcance do método científico.
Ou seja: ao explorar cientificamente o mundo, nós aprofundamos nossa relação com o desconhecido, em vez de destruí-la.
(SUPERINTERESSANTE, edição 324-A)
“Nada poderia estar mais longe da verdade”.
Com essa frase, o autor do texto quer dizer aos leitores que
Escrever é fácil?
Para estimular crianças e jovens a escrever, há quem diga que escrever é fácil: basta pôr no papel o que está na cabeça. Na maioria das vezes, porém, este estímulo é deveras desestimulante.
Há boas explicações para o desestímulo: se a pessoa não consegue escrever, convencê-la de que escrever é fácil na verdade a convence apenas da sua própria incompetência, a convence apenas de que ela nunca vai conseguir escrever direito; não se escreve pondo no papel o que está na cabeça, sob pena de ninguém entender nada; quem escreve profissionalmente nunca acha que escrever é fácil, nem mesmo quando escreve há muito tempo — a não ser que já escreva mecanicamente, apenas repetindo frases e fórmulas.
Via de regra, nosso pensamento é caótico: funciona para alimentar nossas decisões cotidianas, mas não funciona se for expresso, em voz alta ou por escrito, tal qual se encontra na cabeça. Para entender o nosso próprio pensamento, precisamos expressá-lo para outra pessoa. Ao fazê-lo, organizamos o pensamento segundo um código comum e então, finalmente, o entendemos, isto é, nos entendemos. Não à toa o jagunço Riobaldo, personagem do escritor Guimarães Rosa, dizia: professor é aquele que de repente aprende.
Todo professor conhece este segredo: você entende melhor o seu assunto depois de dar sua aula sobre ele, e não antes. Ao falar sobre o meu tema, tentando explicá-lo a quem o conhece pouco, aumento exponencialmente a minha compreensão a respeito. Motivado pelas expressões de dúvida e até de estupor dos alunos, refino minhas explicações e, ao fazê-lo, entendo bem melhor o que queria dizer. Costumo dizer que, passados tantos anos de profissão, gosto muito de dar aula, principalmente porque ensinar ainda é o melhor método de estudar e compreender.
Ora, do mesmo jeito que ensino me dirigindo a um grupo de alunos que não conheço, pelo menos no começo dos meus cursos, quem escreve o faz para ser lido por leitores que ele potencialmente não conhece e que também não o conhecem. Mesmo ao escrever um diário secreto, faço-o imaginando um leitor futuro: ou eu mesmo daqui a alguns anos, ou quem sabe a posteridade. Logo, preciso do outro e do leitor para entender a mim mesmo e, em última análise, para ser e saber quem sou.
Exatamente porque esta relação com o outro, aluno ou leitor, é tão fundamental, todo professor sente um frio na espinha quando encontra uma nova turma, não importa há quantos anos exerça o magistério. Pela mesma razão, todo escritor fica “enrolando” até começar um texto novo, arrumando a escrivaninha ou vagando pela internet, não importa quantos livros já tenha publicado. Pela mesmíssima razão, todo aluno não quer que ninguém leia sua redação enquanto a escreve ou faz questão de colocá-la debaixo da pilha de redações na mesa do professor, não importa se suas notas são boas ou não na matéria.
Para apresentar o ponto de vista desenvolvido no segundo parágrafo, o autor emprega o seguinte recurso de organização de ideias:
Sobre a forma verbal "puxaram", que aparece em destaque no último parágrafo do texto, pode-se afirmar que:
Leia o texto para responder à questão.
Considerando o emprego do pronome relativo e a regência verbal, assinale a alternativa cuja frase está correta, segundo a norma-padrão da língua portuguesa.
O Rio ganhou dois presentes da história
Há muito tempo o Rio de Janeiro não recebia notícias
tão boas de seu passado. É provável que uma equipe de ar-
queólogos do Museu Nacional tenha encontrado nas escava-
ções da zona portuária as lajes de pedra do cais do Valongo.
Entre 1758 e 1851, por aquelas pedras passaram pelo menos
600 mil escravos trazidos d\'África. Metade deles tinham entre 10
e 19 anos.
Devolvido à superfície, o cais do Valongo trará ao sé-
culo 21 o maior porto de chegada de escravos do mundo. Se
ele foi soterrado e esquecido, isso se deveu à astuta amnésia
que expulsa o negro da história do Brasil. A própria construção
do cais teve o propósito de tirar do coração da cidade o mer-
cado de escravos.
A região da Gâmboa tornou-se um mercado de gente,
mas as melhores descrições do que lá acontecia saíram todas
da pena de viajantes estrangeiros. Os negros ficavam expostos
no térreo de sobrados da rua do Valongo (atual Camerino). Em
1817, contaram-se 50 salas onde ficavam 2.000 negros (peças,
no idioma da época). Os milhares de africanos que morreram
por conta da viagem ou de padecimentos posteriores foram jo-
gados numa área que se denominou Cemitério dos Pretos
Novos.
O segundo presente são os dois volumes de "Geo-
grafia Histórica do Rio de Janeiro - 1502-1700", do professor
Mauricio de Almeida Abreu. É uma daquelas obras que só apa-
recem de 20 em 20 anos. (O livro de Karasch, que está na
mesma categoria, é de 1987.)
Ele leu tudo e, em diversos pontos controversos, de-
sempatou controvérsias indo às fontes primárias. Erudito, bem
escrito, bem exposto, é um prazer para o leitor. Além disso, os
dois pesados volumes da obra estão criteriosamente ilustrados.
(Adaptado de Elio Gaspari, FSP, 09/03/2011, http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po0903201104.htm)
Ao referir-se à astuta amnésia que expulsa o negro da história do Brasil (2o parágrafo), o autor
... para que as economias dos países europeus, de demografia estancada ou decrescente, continuem crescendo...
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está empregado em:
O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se de modo a concordar com o termo sublinhado na frase:
As agências reguladoras têm natureza jurídica de
Um policial militar, de nome Norberto, no dia de folga, quando estava na frente da sua casa, de bermuda e sem camisa, discute com um transeunte e acaba desferindo tiros de uma arma antiga, que seu avô lhe dera.
Com base no relatado acima, é correto afirmar que o Estado
À luz da jurisprudência dos tribunais superiores, assinale a opção correta em relação ao controle dos atos da administração pública e a servidores públicos.
Assinale a alternativa correta a respeito da anulação e da revogação de atos administrativos.
Segundo a Lei n° 9.784/99, que trata do Processo Administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, servidores e autoridades estão impedidos de atuar em processo administrativo em algumas situações. Assinale a alternativa que contém situação que permite a atuação, ou seja, em que NÃO há impedimento nem suspeição para o servidor ou a autoridade atuarem no processo, nele proferindo decisões:
O ato pelo qual se reúnem um ou mais processos a outro toma o nome de:
Quanto á responsabilidade civil do Estado, é incorreto afirmar:
Com base em entendimento sumulado do Supremo Tribunal Federal a respeito dos atos administrativos, é correto afirmar que