Resolver o Simulado Auditor do Tesouro Municipal - FGV - Nível Médio

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Português

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Na fala da ovelha (charge 3) há alguns problemas de correção; o fato linguístico que se opõe à norma culta da língua, nesse caso, é a:
Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

  • A mistura de tratamentos;
  • B conjugação errada de verbos
  • C falha na concordância;
  • D utilização de grafia errada;
  • E ambiguidade de construções.
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TEXTO 2 - Por que muitos continuam usando os remédios de marca?

Basicamente, pelo marketing da indústria farmacêutica, que consegue convencer o paciente a adquirir o produto de marca. Além disso, se um paciente finalmente encontrou um remédio que funciona para o seu caso, pode resistir a trocá-lo pela versão genérica, por medo de perder o efeito do medicamento - embora o genérico equivalha ao de referência. E há princípios inativos nas drogas genéricas que podem ser diferentes daqueles das drogas de marca. Eles não afetam a maneira como a droga funciona, mas podem alterar a aparência e o sabor, fazendo as pessoas pensarem que falta alguma coisa no remédio genérico.

TEXTO 2 - Por que muitos continuam usando os remédios de marca?

Basicamente, pelo marketing da indústria farmacêutica, que consegue convencer o paciente a adquirir o produto de marca. Além disso, se um paciente finalmente encontrou um remédio que funciona para o seu caso, pode resistir a trocá-lo pela versão genérica, por medo de perder o efeito do medicamento - embora o genérico equivalha ao de referência. E há princípios inativos nas drogas genéricas que podem ser diferentes daqueles das drogas de marca. Eles não afetam a maneira como a droga funciona, mas podem alterar a aparência e o sabor, fazendo as pessoas pensarem que falta alguma coisa no remédio genérico. (Veja.com)

Segundo o texto 2, a principal razão para o uso de remédios de marca é:

  • A o efeito eficaz desses remédios;
  • B a manutenção do mesmo cheiro e sabor;
  • C a credibilidade ganha pela marca;
  • D a força da divulgação desses produtos;
  • E os princípios ativos de sua composição.
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Derrota da Censura

A decisão da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara de aprovar em caráter conclusivo o projeto que autoriza a divulgação de imagens, escritos e informações biográficas de pessoas públicas pode ser um marco na história da liberdade de expressão no país.
Até agora, o Brasil vem caminhando no obscurantismo no tocante à publicação ou filmagem de biografias. O artigo 20 do Código Civil bate de frente com a Constituição, que veta a censura. Só informações avalizadas pelo biografado ou pela sua família podem ser mostradas. É o império da chapa branca, cravado numa sociedade que caminha para o pluralismo, a transparência, a troca de opiniões.
O brasileiro vê estupefato uma biografia de Roberto Carlos sendo recolhida e queimada; biografias de Guimarães Rosa e Raul Seixas sendo proibidas de circular; inúmeros filmes vetados por famílias que se julgam no direito de determinar o que pode ou não pode ser dito sobre qualquer pessoa. Exatamente o que os generais acreditavam poder fazer em relação a jornais, rádios e televisão.
[....] O projeto aprovado na CCJ abre caminho para que a sociedade seja amplamente informada sobre seus homens públicos, seus políticos, seus artistas, não apenas através de denúncias, mas também de interpretações. O livro publicado sobre Roberto Carlos era laudatório; o mesmo acontecia com o documentário de Glauber Rocha, também proibido, sobre Di Cavalcanti.
[....] A alteração votada abre um leque extraordinário ao desenvolvimento da produção cultural neste país. Mais livros serão escritos, mais filmes serão realizados, mais trajetórias políticas e artísticas serão debatidas.


(Nelson HoineffO Globo, 11/04/2013)

“Exatamente o que os generais acreditavam poder fazer em relação a jornais, rádios e televisão”

A finalidade da comparação no segmento do texto é a de
  • A recordar as grandes injustiças do regime militar.
  • B comparar dois momentos diferentes de nossa história.
  • C condenar a censura no regime militar.
  • D elogiar certas medidas duras, mas indispensáveis.
  • E criticar a posição de algumas famílias de biografados.
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TEXTO 3 – A FAMÍLIA MUDOU

Nasci e vivi minha infância numa família constituída por três gerações, vivendo sob o mesmo teto, harmoniosa e amorosamente: meus avós, meus pais, meus tios casados, minhas tias solteiras e nós, os oito netos. Éramos 20 pessoas. Os homens trabalhavam e as mulheres dedicavam-se à gerência da casa e à educação das crianças. Na minha família só havia, inicialmente, uma mulher que trabalhava fora, minha mãe, que era professora. Muitos anos depois, três de minhas tias solteiras foram trabalhar fora.

Lembro-me até hoje, embora muitas décadas tenham se passado, da enorme sala de jantar, com uma grande mesa retangular onde se sentavam 12 adultos, para as refeições e para as prolongadas conversas, e uma mesa oval, onde se sentavam as oito crianças e adolescentes – os netos.

Vivi uma infância tranquila numa família nuclear unida. Minha adolescência e juventude já foi passada numa família constituída por meus pais, ambos trabalhando e contribuindo para o sustento da família, meu irmão e eu. Todos os domingos nos reuníamos à família inicial, na enorme casa da Rua do Bispo, hoje integrando o espaço físico ocupado pela Universidade Estácio de Sá, em inesquecíveis almoços e ceias.

A família brasileira mudou.
TEXTO 3 – A FAMÍLIA MUDOU

Teresinha Saraiva

Nasci e vivi minha infância numa família constituída por três gerações, vivendo sob o mesmo teto, harmoniosa e amorosamente: meus avós, meus pais, meus tios casados, minhas tias solteiras e nós, os oito netos. Éramos 20 pessoas. Os homens trabalhavam e as mulheres dedicavam-se à gerência da casa e à educação das crianças. Na minha família só havia, inicialmente, uma mulher que trabalhava fora, minha mãe, que era professora. Muitos anos depois, três de minhas tias solteiras foram trabalhar fora.

Lembro-me até hoje, embora muitas décadas tenham se passado, da enorme sala de jantar, com uma grande mesa retangular onde se sentavam 12 adultos, para as refeições e para as prolongadas conversas, e uma mesa oval, onde se sentavam as oito crianças e adolescentes – os netos.

Vivi uma infância tranquila numa família nuclear unida.

Minha adolescência e juventude já foi passada numa família constituída por meus pais, ambos trabalhando e contribuindo para o sustento da família, meu irmão e eu.

Todos os domingos nos reuníamos à família inicial, na enorme casa da Rua do Bispo, hoje integrando o espaço físico ocupado pela Universidade Estácio de Sá, em inesquecíveis almoços e ceias.

A família brasileira mudou.

A forma verbal “lembro-me", se colocada no plural correspondente, deveria assumir a seguinte forma:
  • A lembremos-nos;
  • B lembramos-nos;
  • C lembro-nos;
  • D lembramo-nos;
  • E lembremo-nos.
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Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

Na tira do texto 6, a técnica gráfica utilizada é a de mostrar a cena:

  • A de longe para perto;
  • B de perto para longe;
  • C do todo para as partes;
  • D das partes para o todo;
  • E de baixo para cima.
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Texto I
A maçã não tem culpa

Pela lenda judaico-cristã, o homem nasceu em inocência. Mas a perdeu quando quis conhecer o bem e o mal. Há uma distorção generalizada considerando que o pecado original foi um ato sexual, e a maçã ficou sendo um símbolo de sexo.
Quando ocorreu o episódio narrado na Bíblia, Adão e Eva já tinham filhos pelos métodos que adotamos até hoje. Não usaram proveta nem recorreram à sapiência técnica e científica do ex-doutor Abdelmassih. Numa palavra, procederam dentro do princípio estabelecido pelo próprio Senhor: “Crescei e multiplicaivos". O pecado foi cometido quando não se submeteram à condição humana e tentaram ser iguais a Deus, conhecendo o bem e o mal. A folha de parreira foi a primeira escamoteação da raça humana.
Criado diretamente por Deus ou evoluído do macaco, como Darwin sugeriu, o homem teria sido feito para viver num paraíso, em permanente estado de graça. Nas religiões orientais, creio eu, mesmo sem ser entendido no assunto (confesso que não sou entendido em nenhum assunto), o homem, criado ou evoluído, ainda vive numa fase anterior ao pecado dito original.
Na medida em que se interioriza pela meditação, deixando a barba crescer ou tomando banho no Ganges, o homem busca a si mesmo dentro do universo físico e espiritual. Quando atinge o nirvana, lendo a obra completa do meu amigo Paulo Coelho, ele vive uma situação de felicidade, num paraíso possível. Adão e Eva, com sua imensa prole, poderiam ter continuado no Éden se não tivessem cometido o pecado. A maçã de Steve Jobs não tem nada a ver com isso.
Repito: o pecado original não foi o sexo, o ato do sexo, prescrito pelo próprio latifundiário, dono de todas as terras e de todos os mares. A responsabilidade pelo pecado foi a soberba do homem em ter uma sabedoria igual à de seu Criador.

(Carlos Heitor Cony, Folha de São Paulo)

Segundo o texto, a maçã ficou sendo um símbolo de sexo por

  • A ser uma representação do bem e do mal.
  • B trazer em si mesma uma forma erótica.
  • C ter sido mal interpretado o seu papel na lenda judaico-cristã.
  • D ter sido dada por Eva a Adão.
  • E ter servido de armadilha erótica para Adão.
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Texto 1 – Um país em berço de sangue

O maior país da América Latina, com a maior população católica do mundo, não nasceu de forma tranquila. Neste livro, com o realismo dos documentos originais, vemos claramente a brutalidade do extermínio dos índios na costa brasileira, berço de sangue cujo marco determinante é a fundação da cidade do Rio de Janeiro.

O Brasil real começou a ser construído por homens como o degredado João Ramalho, que raspava os pelos do corpo para se mesclar aos índios e construiu um exército de mestiços caçadores de escravos mais poderoso que o da própria Coroa; personagens improváveis como o jesuíta Manoel da Nóbrega, padre gago incumbido de catequizar um povo de língua indecifrável, esteio da erradicação dos “hereges” antropófagos; líderes implacáveis como Aimberê, ex-escravo que tomou a frente da resistência e Cunhambebe, cacique “imortal”, que dizia poder devorar carne humana porque era “um jaguar”.

Incluindo protestantes franceses, que se aliaram aos índios para escapar dos portugueses e da Inquisição, além de mamelucos, os primeiros brasileiros verdadeiramente ligados à terra, que falavam tupi tanto quanto o português e partiram do planalto de Piratininga para caçar índios e estenderam a colônia sertão adentro, surge um povo que desde a origem nada tem da autoimagem do “brasileiro cordial”.

(Texto da orelha do livro A conquista do Brasil, de Thales Guaracy, Planeta, Rio de Janeiro, 2015) 

O segundo parágrafo do texto 1 alude a vários fatos negativos na nossa história; o item abaixo em que NÃO se alude a um desses fatos é:

  • A alguns primitivos habitantes serem degredados;
  • B a existência de caçadores de escravos;
  • C a consideração de antropófagos como “hereges”;
  • D a circunstância de hábitos antropofágicos;
  • E a dificuldade de entendimento de uma língua indecifrável.
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Os sete erros que devem ser evitados em tempos de seca

O primeiro desses “erros" era “usar água da chuva para beber, tomar banho e cozinhar". Segundo o aviso, “A água da chuva armazenada em casa não pode ser usada para beber, tomar banho e cozinhar porque ela contém uma alta concentração de poluentes atmosféricos, que podem causar mal à saúde. Essa água só é indicada para consumo com tratamento químico, feito somente por especialistas, não bastando ferver ou filtrar. Por isso, é melhor usá-la apenas na limpeza da casa".


Essa água só é indicada para consumo com tratamento químico, feito somente por especialistas, não bastando ferver ou filtrar".

O segmento sublinhado mostra formas reduzidas; a forma reduzida do verbo “bastar" poderia ser adequadamente substituída por
  • A mas não basta ferver ou filtrar.
  • B pois não basta ferver ou filtrar.
  • C logo não bastaria ferver ou filtrar.
  • D quando não bastará ferver ou filtrar.
  • E caso não baste ferver ou filtrar.
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País precisa racionalizar consumo de eletricidade?

Há previsão de chuvas para a maior parte das regiões do país nos próximos dias. Ainda assim, por força da longa estiagem que afetou o Sudeste e o Centro-Oeste, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (NOS) trabalha com uma estimativa de que no atual período úmido o volume de chuvas não ultrapasse 67% da média histórica nas áreas que abrigam os principais reservatórios das hidrelétricas.

No Sudoeste, o volume de água acumulada nos reservatórios caiu para o mesmo patamar registrado em igual período em 2001 (34%), ano em que o país teve de recorrer a um programa de racionamento de eletricidade. Desde então muita coisa aconteceu para reduzir a necessidade de um novo racionamento.

Linhas de transmissão foram instaladas, aumentando a capacidade de transferência de eletricidade de uma região para outra (em 2001, de fato, a energia que sobrava no Sul ou no Norte não pôde ser transferida para o Sudeste e o Nordeste). O parque gerador também recebeu considerável reforço de usinas termoelétricas e há uma crescente contribuição da energia eólica, ainda que em termos relativos essa participação não ultrapasse 1% da eletricidade consumida.

Mas a verdade é que a oferta de energia depende agora dos humores de São Pedro. A hidroeletricidade responde por mais de 70% da capacidade de geração, e praticamente todas as novas usinas hidráulicas operam a fio d’água, ou seja, dependem da vazão dos rios. Se estivessem concluídas, as usinas de Jirau e Santo Antônio, no Madeira, e Belo Monte, no Xingu, poderiam estar operando a plena capacidade em face da grande cheia dos rios que as abastecem.

Os reservatórios remanescentes não mais asseguram o suprimento de eletricidade do país por vários anos, e sim por meses.

Em pleno período úmido, quando a ocorrência de chuvas abundantes ainda é possível, talvez não faça sentido a adoção já de um plano de racionamento de energia. Com a economia crescendo pouco, o racionamento precipitado poderia ter impacto negativo desnecessário sobre a produção, já debilitada por outros fatores. No entanto, como a situação dos reservatórios está em ponto crítico e a previsão de chuvas é incerta, o mínimo que se deveria esperar das autoridades seria um esforço em prol da racionalização do uso de energia, como primeira iniciativa. No passado, a população e os setores produtivos deram provas de que respondem com presteza aos estímulos à racionalização do consumo de eletricidade. E, se preciso for, todos estariam preparados para o racionamento, em um segundo momento.

O que não pode é o governo ficar de braços cruzados, por causa do ano eleitoral, fingindo que não há qualquer risco de desabastecimento. Por causa de seus interesses políticos, o governo não deveria jogar com a sorte e expor a população a uma situação com consequências muito sérias se o país tiver de ser submetido, mais tarde, a um forte racionamento de energia.

(Opinião, O Globo, 07/03/2014)

Após a leitura do texto, é correto afirmar que o título tem valor de

  • A conselho ao governo.
  • B crítica à falta de chuvas.
  • C alerta contra um risco.
  • D elogio às medidas governamentais.
  • E informação à população.
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Perfume de mulher hoje, no SBT

Um estudante, atendendo a um anúncio, vai trabalhar como acompanhante de um coronel. De um coronel cego. De um coronel cego e inflexível. De um coronel cego, inflexível e aventureiro. De um coronel cego, inflexível, aventureiro e, no momento, em crise. De um coronel cego, inflexível, aventureiro, no momento em crise – mas que dança tango maravilhosamente bem. Faça como Chris O'Donnell, o estudante do filme. Atenda a esse anúncio. Assista a Tela de Sucessos hoje, às nove e meia da noite, no SBT. E descubra um coronel cego, inflexível, aventureiro, no momento em crise, que dança tango maravilhosamente bem e que ainda por cima tem a cara do Al Pacino.


(JB, 19 de setembro de 1997)


De um coronel cego. De um coronel cego e inflexível. De um coronel cego, inflexível e aventureiro. De um coronel cego, inflexível, aventureiro e, no momento, em crise."
O emprego de pontos nesse segmento do texto obedece a um critério

  • A gramatical.
  • B lógico.
  • C estilístico.
  • D semântico.
  • E sintático.

Geografia

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A climatologia regional se baseia na descrição dos climas, apoiada nas variações sazonais dos elementos climáticos, usualmente a temperatura e a precipitação. Os climas temperados e tropicais apresentam características bem distintas. Sobre os climas temperados ou tropicais, é correto afirmar que:

  • A nos climas tropicais há maior incidência de radiação, a variação sazonal da temperatura é maior do que as variações diurnas. A precipitação é do tipo convectiva e com ocorrência de muitas tempestades. A sazonalidade é controlada pela fonte de umidade nos oceanos ou pela Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) ou ainda pela topografia;
  • B nos climas tropicais a quantidade de insolação recebida é muito mais elevada, resultando em altas temperaturas do ar, com elevada variação diurna e baixa variação sazonal. A precipitação é constante o ano inteiro com pouca variabilidade. O volume da precipitação diminui com a continentalidade, mas na costa o volume é maior;
  • C nos climas temperados a precipitação é do tipo ciclônica, tende a se distribuir mais espacialmente e mais igualmente durante o ano. As estações do ano são determinadas bem mais pela temperatura do que pelo volume da precipitação. Há pouca variação do tempo atmosférico por conta da ausência de massas de ar contrastantes de temperatura e umidade;
  • D nos climas tropicais há maior variação diurna da temperatura do que variações sazonais, a precipitação é do tipo convectiva e mais localizada com ocorrência de muitas tempestades. Os climas são baseados no volume e na distribuição da precipitação. As massas de ar são em menor número e similares, sobretudo às propriedades térmicas;
  • E nos climas temperados a precipitação é do tipo frontal, tende a se distribuir mais espacialmente e mais igualmente durante o ano. As estações do ano são determinadas tanto pelo comportamento anual da temperatura quanto pelo volume da precipitação. O predomínio dos sistemas anticiclonais estabelece um tempo atmosférico mais estável.
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Nos trabalhos de manejo de bacias hidrográficas, duas determinações podem servir para o estabelecimento de intervenções adequadas: a descarga específica e a densidade de drenagem. Essas medidas são definidas, respectivamente, pela:

  • A vazão da bacia hidrográfica dividida pela área dessa bacia e pela razão entre o comprimento total dos canais e a área da bacia hidrográfica;
  • B vazão da bacia hidrográfica dividida pela extensão dos seus rios e pela razão entre a profundidade média dos canais e a área da bacia hidrográfica;
  • C vazão da bacia hidrográfica multiplicada pela área dessa bacia e pela razão entre o volume total dos canais e a área da bacia hidrográfica;
  • D extensão dos rios da bacia hidrográfica multiplicada pela vazão dessa bacia e pela razão entre a vazão total dos canais e a área da bacia hidrográfica;
  • E extensão do rio principal da bacia hidrográfica dividida pela vazão dessa bacia e pela razão entre a área total da bacia hidrográfica e a vazão dessa bacia.
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Para a maioria dos historiadores da geografia, Alexander Von Humboldt é considerado o primeiro a, verdadeiramente, estabelecer as novas regras do pensamento geográfico moderno.
(Gomes, Paulo Cesar da Costa. Geografia e Modernidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1996.)

Com relação à obra de Humboldt, analise as afirmativas a seguir.

I. Humboldt retomou a observação direta e a descrição detalhada dos naturalistas e juntou a elas uma preocupação permanente de proceder a comparações gerais e evolutivas.
II. Cada observação de Humboldt era analisada separadamente e em seguida recolocada em conexão com as outras, a fim de resgatar uma verdadeira cadeia explicativa.
III. O olhar de Humboldt tinha por objeto os elementos mais variados do meio físico, mas não se limitava a eles, observava também os elementos sociais.
Assinale:

  • A se somente a afirmativa I está correta.
  • B se somente a afirmativa II está correta.
  • C se somente as afirmativas I e II estão corretas.
  • D se somente as afirmativas II e III estão corretas.
  • E se todas as afirmativas estão corretas.
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Uma grande quantidade de chuva pode acarretar uma lavagem progressiva pela água gravitacional, de íons adsorvidos aos coloides do solo (como cálcio, magnésio e potássio), que são trocados pelo hidrogênio. Esse processo caracteriza:

  • A a desestruturação e a erosão do solo;
  • B a gleizalização e a desagregação do solo;
  • C a compactação e a salinização do solo;
  • D a lixiviação e a acidificação do solo;
  • E a decomposição e a humificação do solo.
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A Amazônia brasileira é uma região de grande importância para o país em função de
I. apresentar maior número de representantes no Senado.
II. registrar a maior concentração industrial do país.
III. possuir uma floresta com enorme biodiversidade.
Assinale:

  • A se apenas a afirmativa I estiver correta.
  • B se apenas a afirmativa II estiver correta.
  • C se apenas a afirmativa III estiver correta.
  • D se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
  • E se todas as afirmativas estiverem corretas.
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As bacias hidrográficas situadas nas escarpas costeiras do sul do Brasil apresentam frequentemente canais de pequeno porte contendo elevada quantidade de seixos, blocos e matacões ao longo de seus leitos. Esses materiais são indicadores de processos geomorfológicos relacionados com:

  • A fluxos de base de elevada vazão, que deslocam por arrasto e vão arredondando sedimentos grosseiros, areia e argila;
  • B fluxos de chuva de reduzida vazão, que deslocam continuamente por saltação seixos, blocos e matacões;
  • C formações de ravinas tributárias aos canais, que deslocam por saltação e arrasto os seixos, blocos e matacões;
  • D movimentos de massa laterais aos canais que trazem sedimentos, com posterior remoção da fração terra fina;
  • E ativações de falhas normais, transcorrentes ou inversas que soerguem o continente e geram depósitos grosseiros.
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Quando uma nuvem (neblina) penetra numa floresta, as gotículas de água que caem no solo são depositadas e se acumulam na folhagem. Essas gotículas são:

  • A descarga de condensação;
  • B sobrecarga hídrica;
  • C chuva residual;
  • D cabeça d’água;
  • E precipitação oculta.
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“O caldeirão de tensões geopolíticas no Oriente Médio é o principal foco de instabilidade da ordem mundial pós Guerra Fria. Petróleo, terror global, nacionalismos em choque e conflitos religiosos se misturam no complexo cenário estratégico da região.” (MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o Ensino Médio. São Paulo: Atual, 2008.)

A partir do texto, analise as afirmativas a seguir.

I. As tentativas de paz no Oriente Médio esbarram no traçado das fronteiras do futuro Estado territorial palestino, porque Israel não aceita devolver o conjunto da Cisjordânia onde se encontram blocos de colônias judaicas.
II. As ações destinadas à criação de um Estado curdo contribuem para aumentar o clima de instabilidade na região, pois isso significaria a reorganização das fronteiras políticas e um novo rearranjo na geopolítica do petróleo.
III. Os países do golfo Pérsico são os maiores produtores de petróleo do mundo, e a maior parte da produção é controlada pelos islâmicos xiitas da Arábia Saudita, que mantêm uma política de animosidade constante com os Estados Unidos.
Assinale:
  • A se somente a afirmativa I estiver correta.
  • B se somente a afirmativa II estiver correta.
  • C se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
  • D se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
  • E se todas as afirmativas estiverem corretas.
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“O lixo eletroeletrônico é mais um desafio que se soma aos problemas ambientais da atualidade. O consumidor raramente avalia as consequências do consumo crescente desses produtos, preocupando-se em satisfazer suas necessidades.”
(http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/2014/314/lixo-eletroeletronico)

Com relação aos problemas, do ponto de vista ambiental, causados pela produção cada vez maior e mais rápida de novos eletroeletrônicos, analise as afirmativas a seguir.
I. O consumo de recursos naturais para fabricação desses produtos é superior ao de produtos como carro e geladeira, uma vez que o produto final equivale a uma ínfima parte dos insumos utilizados.
II. A ação de fatores climáticos (calor, frio, chuva, vento) e de microrganismos sobre o lixo eletroeletrônico leva à liberação de elementos e compostos tóxicos nas águas naturais, na atmosfera e no solo.
III. Em aterros sanitários, o lixo eletroeletrônico é fonte de liberação (por reações químicas) de metais tóxicos e de retardantes de chama, que se acumulam na cadeia alimentar, causando danos à saúde dos seres vivos atingidos.

Assinale:
  • A se somente a afirmativa I estiver correta.
  • B se somente a afirmativa II estiver correta.
  • C se somente a afirmativa III estiver correta.
  • D se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
  • E se todas as afirmativas estiverem corretas.
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Na década de 1970, na França, Yves Lacoste lança a revista Hérodote e publica sua obra intitulada La géographie ça sert d’abord à faire la guerre (A Geografia serve, antes de mais nada, para fazer a guerra).

Nesta publicação, numa posição mais radical do que a da então Nova Geografia, Lacoste apresenta

  • A uma defesa da chamada Nova Geografia por se constituir, ideologicamente, como um discurso científico puro e neutro.
  • B um destaque para a Geografia Regional de Vidal de la Blache, já que esta ressalta o papel do capitalismo como a força fundamental da organização do espaço.
  • C uma denúncia à face ideológica oculta da Geografia tradicional praticada pelos professores nas escolas francesas.
  • D um argumento que demonstra como a dimensão espacial sempre foi um elemento central na reflexão marxista clássica.
  • E um enquadramento da Geografia francesa, da década de 1970, ao domínio econômico em detrimento do viés político.

Matemática Financeira

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Um financiamento de R$ 100.000,00 foi obtido no final do ano de 2014, à taxa de juros reais de 5% ao ano e com prazo de 4 anos. As prestações foram calculadas pelo sistema SAC.

Assumindo que a taxa de inflação seja igual e constante a 10% ao ano, a taxa interna de juros nominal do fluxo de caixa dessa operação de financiamento será igual a

  • A 12,5%.
  • B 15%.
  • C 15,5%.
  • D 20,5%
  • E 0,15%.
22

Um indivíduo possui um título cujo valor presente é de R$ 100.000,00. Sabendo-se que a taxa de juros é de 10,25% ao ano, juros compostos, o fluxo de pagamentos semestral perpétuo equivalente ao valor presente do título é

  • A R$ 4.878,00.
  • B R$ 5.000,00.
  • C R$ 6.287,00.
  • D R$ 10.250,00.
  • E R$ 10.000,00.
23
Um empréstimo por dois meses utilizando o regime de juros compostos de 10% ao mês equivale a um empréstimo utilizando o regime de juros simples, pelo mesmo período, de:
  • A 9,0% ao mês;
  • B 9,5% ao mês;
  • C 10,0% ao mês;
  • D 10,5% ao mês;
  • E 11,0% ao mês.
24

Um título com valor de R$ 15.000,00 a vencer em 4 meses é descontado no regime de juros simples a uma taxa de desconto “por fora” de 6,25% ao mês. O valor presente do título é igual a

  • A R$ 9.750.
  • B R$ 12.000.
  • C R$ 11.769.
  • D R$ 10.850.
  • E R$ 11.250.
25
Um capital está aplicado à taxa nominal de 20% ao ano com capitalização trimestral. A taxa efetiva semestral dessa aplicação é:
  • A 10,00%;
  • B 10,25%;
  • C 11,43%;
  • D 13,78%;
  • E 15,82%.
26

Um empréstimo no valor de R$ 163.982,69 deve ser pago em 18 prestações iguais de R$ 10.000,00, vencendo a primeira um período após a liberação dos recursos seguindo o Sistema francês de amortização - tabela Price. Os juros são de 1% ao período. Após o pagamento da 9ª prestação, o estado da dívida é, em reais, de:

Utilize: 1,01-9 = 0,91

  • A 81.000;
  • B 81.990;
  • C 82.800;
  • D 90.000;
  • E 94.710.
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Suponha que um investidor aplique seu capital por 2 anos em um  fundo  que  renda  um  valor  total  de  juros  de  20%  do  capital  aplicado sob o regime de juros compostos. 

Assinale a opção que  indica a taxa de  juros nominal ao ano com  capitalização semestral. 

(Se necessário utilize a aproximação (1,2)¼  = 1,046).

  • A 4,6%.
  • B 5,6%.
  • C 9,2%.
  • D 18,4%.
  • E 20,0%.
28

A taxa efetiva anual equivalente à taxa nominal de 10% ao ano, capitalizada mensalmente, será

  • A igual a 10%.
  • B menor do que 10%.
  • C menor do que a taxa efetiva anual equivalente obtida sob capitalização trimestral.
  • D maior do que a taxa efetiva anual equivalente obtida sob capitalização semestral.
  • E maior do que qualquer taxa efetiva anual equivalente obtida sob capitalização diária, semestral, trimestral ou anual.
29

Um banco oferece dois fluxos de caixa como na tabela abaixo a um cliente, que não consegue ler o valor do primeiro mês no fluxo de caixa A, e, portanto o marca como X. O valor de X que tornaria os dois fluxos de caixa idênticos, a uma taxa de 2% ao mês, juros simples, é


MÊS A B
1 X 3000
6 4400 5500
11 6000 9000



  • A R$ 6.500,00.
  • B R$ 6.800,00.
  • C R$ 6.750,00.
  • D R$ 7.100,00.
  • E R$ 7.000,00.
30

Seja uma nota promissória com valor de face de R$ 500,00, cujo  vencimento é de 20 meses a juros simples de 2% a.m. 

Assinale a opção que indica o desconto comercial simples se essa  nota for descontada 5 meses antes de seu vencimento, supondo  uma taxa de desconto de 4%.

  • A R$ 350,00.
  • B R$ 100,00.
  • C R$ 280,00.
  • D R$ 70,00.
  • E R$ 140,00.
31

Assuma um plano de investimento de uma empresa, a qual, no ano zero, deve desembolsar R$ 100 milhões. Nos anos subsequentes, espera-se um fluxo positivo e constante de R$ 50 milhões a cada ano. Se o payback descontado for igual a três anos, o custo do capital investido deve ser

  • A entre 15% e 20%.
  • B entre 20% e 25%.
  • C inferior a 15%.
  • D igual a 25%.
  • E superior a 25%.
32

Suponha uma taxa de juros nominal de 10%. Considerando uma capitalização semestral, assinale a opção que indica a taxa efetiva anual equivalente.

  • A 5%
  • B 9,76%
  • C 10%
  • D 10,25%
  • E 10,5%
33

Um empréstimo é oferecido de tal forma que os juros são cobrados antecipadamente, ou seja, no ato do empréstimo.

Se forem cobrados juros de taxa de j% ao período e, se a cobrança dos juros for antecipada, a taxa de juros cobrada é: 

  • A j*(1-j);
  • B j/(1+j);
  • C j*(1+j);
  • D j/(1-j);
  • E (1-j)*(1+j).
34

Sejam  os  seguintes  projetos  de  investimento,  mutuamente  exclusivos  e  com  a  mesma  vida  econômica  de  dois  períodos,  caracterizados pelos seguintes fluxos de caixa: 

A: {100; 100; 100} 
B: {0; 0; 340}  
C: {0; 300; 0} 
D: {0; 300; 0} 

Considere as seguintes aproximações: 

    1       ≈ 0,9
 ( 1,1)

   1        ≈ 0,8
(1,1)2

Pelo critério do valor atual, um investidor que tenha um custo de  oportunidade medido por uma taxa de juros de 10% por período,  deve escolher

  • A o projeto A.
  • B o projeto B.
  • C os projetos A ou B, sendo indiferente entre ambos.
  • D os projetos A, C ou D, sendo indiferente entre eles.
  • E o projeto D.
35

Com relação aos métodos de análise e comparação de projetos de investimento, analise as afirmativas a seguir.

I. Um investidor, ao comparar projetos de investimento, sempre considera como alternativa o investimento cuja remuneração é igual ao custo de oportunidade do capital investido.

II. Dentre diversos projetos mutuamente exclusivos, se um projeto de investimento apresentar uma TIR menor do que a taxa mínima de atratividade, ele ainda pode ser considerado se o seu valor presente líquido, calculado a essa última taxa, for positivo.

III. Um investidor deve sempre escolher o projeto cuja TIR é maior dentre todas as alternativas – inclusive maior do que a taxa mínima de atratividade – e cujo payback descontado é o menor.

Assinale:

  • A se somente a afirmativa I estiver correta.
  • B se somente a afirmativa II estiver correta.
  • C se somente a afirmativa III estiver correta.
  • D se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
  • E se todas as afirmativas estiverem corretas
36

Para usufruir perpetuamente R$ 2.000,00 por mês, reajustados mensalmente a uma taxa de 6%, o valor da renda um mês antes do primeiro pagamento, supondo taxa de juros de 10% ao mês, é, em reais:

  • A 12.500;
  • B 20.000;
  • C 22.000;
  • D 50.000;
  • E 55.000.
37

O número de anos para que um capital quadruplique de valor, a uma taxa de 5% ao mês, juros simples, é de

  • A 7,50.
  • B 3,80.
  • C 4,50.
  • D 5,00.
  • E 6,00.
38

O valor presente, sob o regime de juros compostos, quando o montante final é R$ 50.000, a taxa de juros de 25% ao ano e o período 2 anos, é

  • A 30.000,00.
  • B 32.000,00.
  • C 29.150,85.
  • D 34.325,75.
  • E 31.875,25.
39

Assinale  a  opção  que  indica  o  montante  de  uma  renda  anual  constituída  por  2  termos  iguais  a  R$  10,00  e  cujos  pagamentos  são postecipados. 

Considere uma taxa de juros compostos de 50% ao ano.

  • A R$ 11,11.
  • B R$ 20,00.
  • C R$ 22,50.
  • D R$ 25,00.
  • E R$ 47,50.
40

Sabendo-se que (1,013)9 =1,12327, o valor inicial dado que um indivíduo retirou R$ 15.000 após 9 meses, a uma taxa de juros de 1,3% ao mês, juros compostos, é

  • A R$ 12.878,96.
  • B R$ 13.353,87.
  • C R$ 13.567,34.
  • D R$ 13.769,25.
  • E R$ 13,975,00.

Direito Penal

41

Osvaldo foi condenado pela prática do crime de estelionato. Ao aplicar a pena, o magistrado majorou a pena base indicando, entre as circunstâncias judiciais previstas no Artigo 59 do Código Penal brasileiro, os antecedentes de Osvaldo. Para tanto, o magistrado observou que a Folha de Antecedentes Criminais de Osvaldo trazia 5 anotações, entre elas uma condenação não transitada em julgado pela prática do crime de falsidade ideológica. As demais anotações referiam-se a inquéritos policiais em andamento para a apuração de suposta prática do crime de estelionato.

Quanto à decisão do magistrado, é correto afirmar que:

  • A a pena base não poderia ter sido majorada com fundamento nos antecedentes de Osvaldo, uma vez que não há condenação transitada em julgado na Folha de Antecedentes Criminais do acusado.
  • B a pena base foi majorada corretamente, uma vez que algumas anotações constantes da Folha de Antecedentes Criminais de Osvaldo se referem ao crime de estelionato.
  • C a pena base foi majorada corretamente, uma vez que há condenação, ainda que não transitada em julgado, na Folha de Antecedentes Criminais de Osvaldo.
  • D a pena base poderia ter sido majorada caso a condenação constante da Folha de Antecedentes Criminais de Osvaldo dissesse respeito ao crime de estelionato.
  • E a pena base foi majorada corretamente, uma vez que qualquer anotação em Folha de Antecedentes Criminais pode justificar o incremento da pena base com fundamento nos antecedentes do acusado.
42

Com relação à culpabilidade, assinale a afirmativa correta.

  • A A emoção é causa de exclusão da culpabilidade.
  • B A embriaguez em qualquer de suas formas, exceto a preordenada, exclui a culpabilidade.
  • C A coação moral irresistível exclui a culpabilidade por não ser exigível outro comportamento do agente.
  • D O agente que por doença mental era, no momento da sentença, inteiramente incapaz de reconhecer o caráter ilícito do fato praticado, é isento de pena.
  • E Os menores de 18 anos excepcionalmente podem responder pelo crime praticado de acordo com o Código Penal.
43

Jaime, brasileiro, passou a morar em um país estrangeiro no ano de 1999. Assim como seu falecido pai, Jaime tinha por hábito sempre levar consigo acessórios de arma de fogo, o que não era proibido, levando-se em conta a legislação vigente à época, a saber, a Lei n. 9.437/97. Tal hábito foi mantido no país estrangeiro que, em sua legislação, não vedava a conduta. Todavia, em 2012, Jaime resolve vir de férias ao Brasil. Além de matar as saudades dos familiares, Jaime também queria apresentar o país aos seus dois filhos, ambos nascidos no estrangeiro. Ocorre que, dois dias após sua chegada, Jaime foi preso em flagrante por portar ilegalmente acessório de arma de fogo, conduta descrita no Art. 14 da Lei n. 10.826/2003, verbis: “Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar”.

Nesse sentido, podemos afirmar que Jaime agiu em hipótese de

  • A erro de proibição direto.
  • B erro de tipo essencial.
  • C erro de tipo acidental.
  • D erro sobre as descriminantes putativas.
44

Marlon, um técnico judiciário que exercia suas funções junto à Presidência do Tribunal de Justiça, tomou conhecimento que outro funcionário da repartição cometeu infração no exercício de seu cargo. Contudo, sensibilizado pelo fato de que o infrator possuía uma filha de apenas 02 meses, deixou de comunicar o fato à autoridade com competência para responsabilização. Nesse caso, Marlon:

  • A não cometeu qualquer crime contra a Administração Pública;
  • B cometeu crime de condescendência criminosa;
  • C cometeu crime de prevaricação;
  • D cometeu crime de abandono de função;
  • E cometeu crime de concussão.
45

São crimes contra a incolumidade pública:

  • A incêndio, omissão de notificação de doença e desabamento ou desmoronamento;
  • B epidemia, falsificação de documento público e falsidade de atestado médico;
  • C peculato, concussão e prevaricação;
  • D usurpação de função pública, desacato e desobediência;
  • E incitação ao crime, corrupção ativa e tráfico de influência.
46

Eslow, holandês e usuário de maconha, que nunca antes havia feito uma viagem internacional, veio ao Brasil para a Copa do Mundo. Assistindo ao jogo Holanda x Brasil decidiu, diante da tensão, fumar um cigarro de maconha nas arquibancadas do estádio. Imediatamente, os policiais militares de plantão o prenderam e o conduziram à Delegacia de Polícia. Diante do Delegado de Polícia, Eslow, completamente assustado, afirma que não sabia que no Brasil a utilização de pequena quantidade de maconha era proibida, pois, no seu país, é um habito assistir a jogos de futebol fumando maconha.   
Sobre a hipótese apresentada, assinale a opção que apresenta a principal tese defensiva.

  • A Eslow está em erro de tipo essencial escusável, razão pela qual deve ser absolvido.
  • B Eslow está em erro de proibição direto inevitável, razão pela qual deve ser isento de pena.
  • C Eslow está em erro de tipo permissivo escusável, razão pela qual deve ser punido pelo crime culposo.
  • D Eslow está em erro de proibição, que importa em crime impossível, razão pela qual deve ser absolvido.
47

Douglas, funcionário público com competência para ordenar a assunção de obrigação pela Administração, autorizou a realização de despesa no primeiro quadrimestre do último ano da legislatura. Ocorre que a despesa autorizada, apesar de prevista em lei, não poderia ser paga no mesmo exercício financeiro e nem havia contrapartida suficiente em caixa para pagamento no exercício seguinte. Diante dessa situação, é correto afirmar que Douglas:

  • A praticou crime de ordenação de despesa não autorizada;
  • B não pode ser considerado funcionário público para fins penais;
  • C não praticou crime contra finanças públicas previsto no Código Penal;
  • D praticou crime de assunção de obrigação no último ano do mandato ou legislatura;
  • E praticou crime de inscrição de despesas não empenhadas em restos a pagar.
48

João,  simulando  portar  arma  de  fogo,  subtrai  da  vítima  um  automóvel. Consumado o roubo, procura Paulo, que cientificado  da  origem  criminosa  da  coisa,  aceita  guardá-la  por  24  horas,   até que João consiga outro lugar mais seguro.  Diante deste quadro, capitule a conduta de João e Paulo.

  • A Ambos responderão por roubo majorado pelo concurso de agentes (artigo 157, § 2º, II, do CP).
  • B João responderá pelo crime de roubo majorado pelo emprego de arma (artigo 157, § 2º, I, do CP), e Paulo, pelo crime de receptação (artigo 180, do CP).
  • C João responderá pelo crime de roubo simples (artigo 157, do CP), e Paulo, pelo crime de receptação (artigo 180, do CP).
  • D João responderá pelo crime de roubo simples (artigo 157, do CP), não tendo Paulo praticado qualquer conduta típica.
  • E João responderá pelo crime de roubo simples (artigo 157, do CP), e Paulo, pelo crime de favorecimento real (artigo 349, do CP).