Resolver o Simulado Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) - Biomédico - FUNCAB - Nível Superior

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Direito Sanitário

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Um ativo movimento de Reforma Sanitária emergiu no Brasil durante a Primeira República, sob a liderança da nova geração de médicos higienistas, alcançando importantes resultados. Entre as conquistas alcançadas por esse movimento, destaca-se a criação do:

  • A Departamento Nacional de Sistema Único de Saúde Pública (DNSP).
  • B Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Estado (IPASE).
  • C Serviço de Assistência Médica Domiciliar e de Urgência (SAMDU).
  • D Instituto Nacional de Previdência Social (INPS).
  • E Programa de Interiorização de Ações de Saúde e Saneamento (PIASS).
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De acordo com a Lei n° 11.445/2007, os serviços públicos de saneamento básico devem ser prestados com segurança e regularidade. Essas características também são exigidas na prestação de serviços públicos em geral e são elementos do que a Lei n° 8.987/1995 e a literatura jurídica chamam de serviço:

  • A integral.
  • B pleno.
  • C adequado.
  • D universal.
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Os Conselhos de Saúde consubstanciam a participação da sociedade organizada na administração do SUS, propiciando e melhorando o controle social do sistema. A respeito desses órgãos, analise:

I. Para que os Municípios recebam quaisquer recursos do Ministério da Saúde ou se habilitem a seus programas é necessário que o Conselho Municipal de Saúde exista e esteja em funcionamento.
II. A legislação estabelece a composição paritária dos usuários em relação aos outros segmentos representados nos Conselhos de Saúde.
III. Uma das atribuições do Conselho Nacional de Saúde é acompanhar a execução do cronograma de transferência de recursos financeiros, consignados ao SUS, aos Estados, Municípios e Distrito Federal.

Assinale:

  • A se somente a afirmativa I estiver correta.
  • B se somente a afirmativa II estiver correta.
  • C se somente a afirmativa III estiver correta.
  • D se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
  • E se as afirmativas I, II e III estiverem corretas.
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Um dos novos elementos incorporados ao SUS pelo Decreto nº 7.508/2011 é a Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde – RENASES. A respeito das disposições legais sobre a RENASES, é correto afirmar:

  • A Os Comitês de Saúde disporão sobre a RENASES em âmbito nacional, observadas as diretrizes pactuadas pela CIT
  • B A RENASES compreende todas as ações e serviços que o SUS oferece ao usuário para atendimento da integralidade da assistência à saúde.
  • C Os Municípios pactuarão, nos Conselhos de Saúde, as suas responsabilidades em relação ao rol de ações e serviços constantes da RENASES.
  • D Somente os Estados poderão adotar relações de ações e serviços de saúde complementares a RENASES.
  • E Os Estados serão responsáveis por consolidar e publicar as atualizações na RENASES a cada 4 anos.
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Considerando as diretrizes estabelecidas no Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde, analise as afirmativas a seguir.

I. O planejamento regional integrado deve ser a base para a instalação de novos serviços de saúde na Região de Saúde, sejam eles públicos ou privados.

II. A atenção básica é ordenadora do sistema e, portanto, deve ser resolutiva na Região de Saúde.

III. A elaboração do Plano de Saúde e do Relatório de Gestão é obrigatória para a manutenção das transferências dos recursos financeiros previstos no COAP.

Assinale:

  • A se somente a afirmativa III estiver correta
  • B se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
  • C se as afirmativas I, II e III estiverem corretas.
  • D se somente a afirmativa I estiver correta.
  • E se somente a afirmativa II estiver correta
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O Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde é o acordo de colaboração entre os entes federativos para a organização da rede interfederativa de atenção à saúde que temcomo objetivo:

  • A pactuar os aspectos operacionais, financeiros e administrativos da gestão compartilhada do SUS, de acordo com a definição da política de saúde dos entes federativos.
  • B a organização e a integração das ações e dos serviços de saúde sob a responsabilidade dos entes federativos em uma Região de Saúde, com a finalidade de garantir a integralidade da assistência aos usuários.
  • C definir diretrizes de âmbito nacional, estadual, regional e interestadual, a respeito da organização das redes de atenção à saúde, principalmente no tocante à gestão institucional e à integração das ações e serviços dos entes federativos.
  • D promover a descentralização, para as Unidades Federadas e para os Municípios, dos serviços e ações de saúde de abrangência estadual e municipal, respectivamente.
  • E identificar e consolidar os serviços estaduais e municipais de referência nacional para o estabelecimento de padrões técnicos de assistência à saúde, promovendo assim a integração entre os entes federados.
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O diagnóstico precoce do câncer do colo do útero por meio do exame preventivo (Papanicolaou) está relacionado com o seguinte nível de prevenção:

  • A terciário.
  • B quaternário.
  • C diferenciado.
  • D primário
  • E secundário
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Os recursos federais destinados a ações e serviços de saúde são organizados e transferidos na forma de blocos de financiamento. A esse respeito, analise as alternativas a seguir e marque a correta.

  • A Os recursos federais que compõem cada bloco de financiamento serão transferidos exclusivamente aos Municípios, fundo a fundo, em conta única e específica para cada bloco de financiamento.
  • B O componente Piso da Atenção Básica Fixo – PAB Fixo, é constituído por recursos financeiros destinados ao financiamento de estratégias tais como Saúde da Família e Agentes Comunitários de Saúde.
  • C O componente Fundo de Ações Estratégicas e Compensação – FAEC, será composto pelos recursos destinados ao financiamento de itens tais como transplantes e procedimentos vinculados.
  • D A execução das ações e serviços de saúde no âmbito do componente Básico da Assistência Farmacêutica é centralizada, sendo de responsabilidade direta do governo federal.
  • E Cabem aos Estados e aos Municípios com população superior a 500.000 (quinhentos mil) habitantes, o financiamento e a aquisição dos medicamentos contraceptivos e insumos do Programa Saúde daMulher.
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De acordo como que dispõe a Lei Orgânica da Saúde a respeito das ações e serviços do “Subsistema de Atenção à Saúde Indígena”, analise as afirmativas abaixo e marque a opção correta.

I. O Subsistema de Atenção à Saúde Indígena deverá ser, como o SUS, descentralizado, hierarquizado e regionalizado.
II. As populações indígenas terão direito a participar dos organismos colegiados de formulação, acompanhamento e avaliação das políticas de saúde, tais como o Conselho Estadual de Saúde.
III. O SUS servirá de retaguarda e referência ao Subsistema de Atenção à Saúde Indígena sem, no entanto, modificar ou adaptar sua estrutura e organização nas regiões onde residem essas populações.

Está(ão) correta(s) somente:

  • A a afirmativa I.
  • B a afirmativa II.
  • C a afirmativa III.
  • D as afirmativas I e II.
  • E as afirmativas II e III.
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Com base nos preceitos constitucionais, a construção do SUS se norteia por princípios doutrinários e organizativos. Considerando esses princípios, assinale a alternativa correta.

  • A O princípio da igualdade pressupõe que cada pessoa é umtodo indivisível assim como as ações de promoção, proteção e recuperação da saúde formam também um todo indivisível e não podem ser compartimentalizadas.
  • B A universalidade é a garantia de atenção à saúde por parte do sistema a todo e qualquer cidadão. Com a universalidade, o indivíduo passa a ter direito de acesso a todos os serviços públicos de saúde.
  • C A integralidade tem o objetivo de assegurar ações e serviços de todos os níveis de acordo com a complexidade que cada caso requeira, more o cidadão onde morar, sem privilégios e sem barreiras.
  • D A regionalização é entendida como uma redistribuição das responsabilidades de saúde entre os vários níveis de governo, a partir da ideia de que quanto mais perto do fato a decisão for tomada,mais chance haverá de acerto.
  • E O princípio da descentralização considera que a organização da rede permite um conhecimento maior dos problemas de saúde da população da área delimitada, favorecendo as diversas ações voltadas para a prevenção e promoção da saúde.

Matemática

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Determine a mediana do conjunto de valores (10, 11, 12, 11, 9, 8, 10, 11, 10, 12)

  • A 8,5
  • B 9
  • C 10,5
  • D 11,5
  • E 10
12

Para que a parábola de equação y= k.x2+p.x+8 tenha 2 e 4 como raízes, os valores de k e p são, respectivamente:

  • A 6 e 1.
  • B -1 e -6.
  • C 1 e -6.
  • D 1 e 6.
  • E 6 e -1.
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Um grupo de auxiliares ficou encarregado de limpar todas as janelas de um prédio. Depois de 6 horas de trabalho já haviam limpado 75% das janelas e ainda restavam 18 janelas.
O total de janelas desse prédio é:
  • A 54.
  • B 60.
  • C 80.
  • D 64.
  • E 72.
14

Dada a função quadrática f(x) = -2.x² + 4.x -9, as coordenadas do vértice do gráfico da parábola definida por f(x), é:

  • A V = (-7; 1)
  • B V = (1; -7)
  • C V = (0; 1)
  • D V = (-7; 0)
  • E V = (0; 0)
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Hugo, Vitor e Adriano investiram em uma sociedade R$ 60.000,00, R$ 20.000,00 e R$ 15.000,00, respectivamente. No final do ano, dividiram um lucro de R$ 304.950,00.0 valor recebido por Vitor foi:
  • A R$59.250,00.
  • B R$62.400,00.
  • C R$48.150,00.
  • D R$64.200,00.
  • E R$192.000,00.
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Sejam duas figuras planas regulares e com lados iguais – um quadrado e um hexágono. Se a área do quadrado mede 144 m², a área do hexágono regular é: (Adote:v 3 = 1,7)

  • A 216,00 m²
  • B 367,20 m²
  • C 402,60 m²
  • D 459,00 m²
  • E 550,80 m²
17

Um para-raios instalado em um determinado prédio protege uma área circular de raio R = 20 m no solo. O valor total da área do solo, em metros quadrados, protegida por esse para-raios, é de:

(Adote o valor aproximado de π = 3,14)

  • A 1.256m²
  • B 1.294m²
  • C 1.306m²
  • D 1.382m²
  • E 1.416m²
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Determine a quantidade de divisores naturais diferentes de 1 do número 1540.

  • A 10
  • B 13
  • C 22
  • D 23
  • E 24
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Em um estacionamento, (1/3) dos veículos é automóvel, (1/4) dos veículos é caminhão e os dez veículos restantes são motocicletas.

O total de veículos nesse estacionamento é:

  • A 18
  • B 20
  • C 24
  • D 28
  • E 30
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Assinale a alternativa que contém a maior fração dentre as frações representadas abaixo.

3/2; 4/3; 6/5; 7/6; 22/15

  • A 3/2
  • B 4/3
  • C 6/5
  • D 7/6
  • E 22/15

Português

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Política de facebook

A onda de protestos de junho deve muito a um recurso aparentemente inofensivo: a ferramenta de eventos do Facebook. Todos os protestos eram agendados e compartilhados na própria rede social. E mais do que isso: fatos começaram a ser filmados e postados por cidadãos isolados e grupos organizados, como a Mídia Ninja, sem precisar passar pelas mídias tradicionais. “Não existe mais a separação que se traçava entre o mundo online e o mundo offline, como se fossem dois universos diferentes e a pessoa precisasse sair de um para entrar no outro", diz Wilson Gomes, professor de comunicação da Universidade Federal da Bahia, especialista em democracia digital.

As petições online também começam a fazer diferença. Nos EUA, na Finlândia e na Comunidade Europeia, elas ganharam status oficial e são discutidas na política tradicional. Os americanos foram os pioneiros: por lá, o governo é obrigado a responder a qualquer sugestão que atinja o mínimo de 100 mil assinaturas.[...]

Na Europa, a participação digital rendeu frutos mais concretos. O parlamento finlandês é obrigado a votar qualquer projeto de lei que consiga 50 000 assinaturas - cerca de 1% da população. (A Constituição brasileira também prevê essa possibilidade - a lei da Ficha Limpa só foi votada porque conseguiu, com ajuda das redes sociais, 1,6 milhão de assinaturas.) A diferença é que o Ministério da Justiça finlandês criou sua própria plataforma para facilitar esse tipo de participação. Em março, uma comissão parlamentar vetou o casamento gay e a população respondeu criando uma petição e conseguiu 107 mil assinaturas em 24 horas. [...] Mais de dez leis propostas por essa via já foram aprovadas desde sua criação, em maio de 2012. E nem é preciso ir tão longe: por aqui, a lei que agora obriga as empresas a detalhar nas notas fiscais os impostos embutidos nos preços dos produtos nasceu de uma iniciativa popular das associações comerciais de São Paulo, que bombaram a ideia dentro e fora da internet.

Todas essas tecnologias aumentam nossas possibilidades de cidadão - seja para criar uma nova forma de fazer política, seja para melhorar a velha. Mais importante: elas permitem que isso seja feito em qualquer momento - e não apenas em dia de eleição. “Adinâmica da política está mudando muito rápido. E, se descobrirmos como fazer isso cada vez melhor, tudo é possível", diz Graziela Tanaka, diretora da Change.org , uma das maiores plataformas de petições online do mundo. “Você começa defendendo uma árvore em seu bairro e depois vai acabar lutando por um parque nacional." Sim, esse é só o começo.

César Cerqueira. Revista Superinteressante. Edição de aniversário, agosto de 2013.

Qual a forma de voz ativa que corresponde à forma de voz passiva destacada em: “Mais de dez leis propostas por essa via já FORAM APROVADAS desde sua criação, em maio de 2012.”?

  • A aprovam
  • B aprovarão
  • C aprovaram
  • D aprovariam
  • E aprovassem
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                                                        Desenredo

      Do narrador seus ouvintes:

      – Jó Joaquim, cliente, era quieto, respeitado, bom como o cheiro de cerveja. Tinha o para não ser célebre. Como elas quem pode, porém? Foi Adão dormir e Eva nascer. Chamando-se Livíria, Rivília ou Irlívia, a que, nesta observação, a Jó Joaquim apareceu.

      Antes bonita, olhos de viva mosca, morena mel e pão. Aliás, casada. Sorriram-se, viram-se. Era infinitamente maio e Jó Joaquim pegou o amor. Enfim, entenderam-se. Voando o mais em ímpeto de nau tangida a vela e vento. Mas tendo tudo de ser secreto, claro, coberto de sete capas.

      Porque o marido se fazia notório, na valentia com ciúme; e as aldeias são a alheia vigilância. Então ao rigor geral os dois se sujeitaram, conforme o clandestino amor em sua forma local, conforme o mundo é mundo. Todo abismo é navegável a barquinhos de papel.

      Não se via quando e como se viam. Jó Joaquim, além disso, existindo só retraído, minuciosamente. Esperar é reconhecer-se incompleto. Dependiam eles de enorme milagre. O inebriado engano.

      Até que deu-se o desmastreio. O trágico não vem a conta-gotas. Apanhara o marido a mulher: com outro, um terceiro... Sem mais cá nem mais lá, mediante revólver, assustou-a e matou-o. Diz-se, também, que a ferira, leviano modo.

      [...]

      Ela – longe – sempre ou ao máximo mais formosa, já sarada e sã. Ele exercitava-se a aguentar-se, nas defeituosas emoções.

      Enquanto, ora, as coisas amaduravam. Todo fim é impossível? Azarado fugitivo, e como à Providência praz, o marido faleceu, afogado ou de tifo. O tempo é engenhoso.

      [...]

      Sempre vem imprevisível o abominoso? Ou: os tempos se seguem e parafraseiam-se. Deu-se a entrada dos demônios.

      Da vez, Jó Joaquim foi quem a deparou, em péssima hora: traído e traidora. De amor não a matou, que não era para truz de tigre ou leão. Expulsou-a apenas, apostrofando-se, como inédito poeta e homem. E viajou a mulher, a desconhecido destino.

      Tudo aplaudiu e reprovou o povo, repartido. Pelo fato, Jó Joaquim sentiu-se histórico, quase criminoso, reincidente. Triste, pois que tão calado. Suas lágrimas corriam atrás dela, como formiguinhas brancas. Mas, no frágio da barca, de novo respeitado, quieto. Vá-se a camisa, que não o dela dentro. Era o seu um amor meditado, a prova de remorsos.

          Dedicou-se a endireitar-se.

          [...]

      Celebrava-a, ufanático, tendo-a por justa e averiguada, com convicção manifesta. Haja o absoluto amar – e qualquer causa se irrefuta.

      Pois produziu efeito. Surtiu bem. Sumiram-se os pontos das reticências, o tempo secou o assunto. Total o transato desmanchava-se, a anterior evidência e seu nevoeiro. O real e válido, na árvore, é a reta que vai para cima. Todos já acreditavam. Jó Joaquim primeiro que todos.

      Mesmo a mulher, até, por fim. Chegou-lhe lá a notícia, onde se achava, em ignota, defendida, perfeita distância. Soube-se nua e pura. Veio sem culpa. Voltou, com dengos e fofos de bandeira ao vento.

      Três vezes passa perto da gente a felicidade. Jó Joaquim e Vilíria retomaram-se, e conviveram, convolados, o verdadeiro e melhor de sua útil vida.

      E pôs-se a fábula em ata.

ROSA, João Guimarães.Tutameia – Terceiras estórias . Rio de Janeiro: José Olympio, 1967. p. 38-40. 

Vocabulário

frágio: neologismo criado a partir de naufrágio.

ufanático: neologismo: ufano+fanático. 

A classificação da oração destacada no fragmento “O real e válido, na árvore, é a reta QUE VAI PARA CIMA.” é oração subordinada:

  • A adverbial causal.
  • B substantiva predicativa.
  • C substantiva subjetiva.
  • D adjetiva restritiva.
  • E adjetiva explicativa.
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Os segredos da narrativa

    Acumulo uma casa abarrotada, um palácio falsamente reluzente e uma miséria envergonhada. Tenho, entre os dentes, um repertório caótico frente ao qual capitulo entregue à desordem do meu instinto narrativo.
    A seleção que faço da vida é arbitrária. Faltam-me critérios para saber o que vale guardar para os anos vindouros. Como selecionar o que seja, se a própria existência é uma apologia ao banal?
    Aguardo, pois, um tempo futuro que me facilite alcançar o cerne da matéria onde a paixão soçobra e ilumina-se ao mesmo tempo.
    Sou um ser comprometido com o enigma da criação. Aarteé a minha razão de ser. Sua substância é inicialmente desconfortável, mas meu ofício não conhece expurgo. Desconfio que escrevo para alargar o sentido da vida. E que, ao criar à revelia certas metáforas, sirvo ao mistério que reina na minha terra, privo com a intimidade do meu corpo. E cedo entendi que, entre uma história e outra, o ideal é esgotar o que inicialmente se encontra sob o meu domínio, até dar caça de novo ao singular.
    Mal defino, contudo, este enigma a que sirvo, apesar do longo convívio com o fazer literário. Sempre que tentei esclarecer os postulados da arte narrativa, falhei em apreender sua vasta relação com o mundo e os seres. Sei, no entanto, que a escritura é a residência secreta do escritor na terra. E que, confrontado com o mito da criação, seu maior segredo, ele vive e morre em meio às palavras. Sob este mito aloja-se a sua estética, assim como a consciência da arte. Razão de o escritor tentar conceituar a natureza da linguagem, decifrar a escritura que deriva da imaginação e da ilusão. Pretender saber por que ilusão e imaginação, ambas de realidade evanescente, são sanguíneas e apaixonadas, ainda que pairem acima do concreto e do palpável. E apresentem, além do mais, marcas persuasivas, eloquentes, insidiosas, e estejam em todas as partes, atendendo aos ditames coletivos, tornando a arte crédula.
    Mas, graças à arte literária, que convive fundamentalmente com a esperança do inefável e do poético, aceitamos a ilusão do mundo, e dos sentimentos que nos habitam, como premissas para a existência da própria obra de arte. Para, deste modo, acolhermos a existência anímica de Aquiles, de Karamasoff, de Don Quijote, estes seres ilusórios que nos surgem revestidos de carne.

(PINON, Nélida. Aprendiz de Homero. Rio de Janeiro: Editora Record, 2008, p. 23-24, fragmento.)
“Mas, graças à arte literária, que convive fundamentalmente com a esperança do inefável e do poético, aceitamos a ilusão do mundo, e dos sentimentos que nos habitam, como premissas para a existência da própria obra de arte.”

Com base na significação contextual dos vocábulos, a opção em que estão relacionados, respectivamente, os significados dos vocábulos INEFÁVEL e PREMISSAS, no fragmento transcrito, é:
  • A indizível/proposições.
  • B indescritível/incentivos.
  • C desalentador/asserções.
  • D desorientador/previsões.
  • E inebriante/providências.
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Um texto a cavalo

Crônica, vamos dizer assim, é um texto a cavalo. Mantém um pé no estribo da literatura. E outro no do jornalismo. Bem estribada desse jeito, tem conseguido vencer belas provas mesmo correndo em pista pesada.

Você sabe o que é pista pesada? É quando a pista de areia – ou seria saibro? – está molhada, tornando mais difícil e cansativa a corrida.

Pois bem, a crônica corre em pista pesada porque lida ao mesmo tempo com as coisas mais ásperas, como economia e política, as mais dramáticas, como guerras, violência e tragédia, e as mais poéticas, como um momento de beleza ou uma reflexão sobre a vida. E o bom cronista é aquele que consegue o melhor equilíbrio entre esses elementos tão diferentes, entrelaçando-os e alternando-os com harmonia.

Pode parecer que o cronista faz biscoitos, ou seja, coisinhas pequenas com algum açúcar por cima. Mas na verdade, a crônica é uma tessitura complexa.

Pois o cronista sabe que não está escrevendo só naquele momento, naquele dia, para aquela rápida publicação no jornal ou revista, mas está falando para um leitor que, na maioria das vezes, voltará a ele, que o acompanhará, somando dentro de si as crônicas lidas e vivendo-as, no seu todo, como uma obra maior.

O leitor tem expectativas em relação ao “seu” cronista. Espera que diga aquilo que ele quer ouvir, e que, ao mesmo tempo, o surpreenda. Mas o cronista desconhece essas expectativas e, ao contrário do publicitário que trabalhava voltado para o perfil do cliente potencial, trabalha às cegas.

Às cegas em relação ao leitor, bem entendido. Como preencher então as expectativas? Eu, pessoalmente, acho que a melhor maneira é não pensando nelas. O leitor escolhe o cronista porque gosta do seu jeito de pensar e de escrever, e o cronista justifica mais plenamente essa escolha continuando a ser quem ele é.

Eu comecei a fazer crônicas quando muito jovem, logo no início da minha carreira de jornalista. Mudei bastante ao longo do percurso. Antes era movida à emoção, escrevia de um jato, qualquer assunto servia. Hoje sou mais reflexiva, afinei o olhar, preocupo-me muito com a qualidade das ideias. Mas aquela paixão que eu tinha no princípio continua igual. Hoje como ontem, toda vez que me sento para escrever uma crônica é com alegria.

Em “Pode parecer que o cronista faz biscoitos, ou seja, coisinhas pequenas com algum açúcar por cima.” §4 , o uso das vírgulas se justifica por:

  • A separar o aposto.
  • B destacar o adjunto adverbial.
  • C separar expressão explicativa.
  • D indicar a omissão de umtermo.
  • E separar o vocativo.
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Apenas uma das opções abaixo está correta quanto à colocação pronominal.Assinale-a.

  • A Comprarei-o amanhã cedo.
  • B Faria-o saber toda a verdade.
  • C Ainda que peçam-me, não irei à reunião.
  • D Tudo aborrece-me e nada me agrada.
  • E Ninguém havia se lembrado de fazer reservas.
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                                            AMOR MENINO


      Tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo gasta, tudo digere, tudo acaba. Atreve-se o tempo às colunas de mármore, quanto mais a corações de cera! São as afeições como as vidas, que não há mais certo sinal de haverem de durar pouco, que terem durado muito. São como as linhas, que partem do centro para a circunferência, que, quanto mais continuadas, tanto menos unidas. Por isso os antigos sabiamente pintaram o amor menino; porque não há amor tão robusto que chegue a ser velho. De todos os instrumentos com que o armou a natureza, o desarma o tempo. Afrouxa-lhe o arco, com que já não atira; embota-lhe as setas, com que já não fere; abre-lhe os olhos, com que vê que não via; e faz-lhe crescer as asas com que voa e foge. A razão natural de toda essa diferença é porque o tempo tira a novidade às coisas, descobre-lhe os defeitos, enfastia-lhe o gosto, e basta que sejam usadas para não serem as mesmas. Gasta-se o ferro com o uso, quanto mais o amor? O mesmo amar é causa de não amar e o ter amado muito, de amar a menos.


                    Pe. ANTÔNIO VIEIRA. Sermões. São Paulo, Ed. das Américas, 1957.v.5.p.159-60

No primeiro período do texto, é possível identificar quantas orações?

  • A 2
  • B 5
  • C 3
  • D 4
  • E 6
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No primeiro dia, foi o gesto genial. Era um domingo. Ao se curvar no campo do estádio espanhol descascar a banana, comê-la de uma abocanhada e cobrar o escanteio, Daniel Alves assombrou o mundo. Não só o mundo do futebol, esse que chama juiz de “veado" e negro de “macaco" . O baiano Daniel, mestiço de pele escura e olhos claros, assombrou o mundo inteiro extracampo. Vimos revimos a cena várias vezes. “Foi natural e intuitivo" , disse Daniel, o lateral direito responsável pelo início da virada do Barcelona no jogo contra o Vilarreal. Por isso mesmo, por um gesto mudo, simples, rápido e aparentemente sem raiva, Daniel foi pop, simbólico, político e eficaz.
Só que, hoje, ninguém, nem Daniel Alves, consegue ser original por mais de 15 segundos. Andy Warhol previa, na década de 1960, que no futuro todos seriamos famosos por 15 minutos. Pois o futuro chegou e banalizou os atos geniais, transformando tudo numa lata de sopa de tomate CampbeN's. A banana do Daniel primeiro reapareceu na mão de Neymar, também vítima de episódios de racismo em estádios. Neymar escreveu na rede em defesa do colega e dele próprio “Tomaaaaa bando de racistas, #somostodosmacacos e daí?" Uma reação legítima, mas sem a maturidade do Daniel. Natural. Há quase dez anos de estrada de vida entre um e outro.
Imediatamente a banana passou a ser triturada por milhares de “se lf ie s " . O casal Luciano Huck Angélica lançou uma camiseta #somostodosmacacos. Branco, o casal que jamais correu o risco de ser chamado de macaco a propriou -se do gesto genial, por isso foi bombardeado por ovos e tomates na rede, chamado de oportunista. A presidente Dilma Rousseff, em seu perfil no Twitter, também pegou carona no gesto de Daniel “contra o racismo" e chamou de “ousada" a atitude dele. Depois de ler muitas manifestações, acho que #somostodosbobos, a não ser, claro, quem sente na pele o peso do preconceito.
“Estou há onze anos na Espanha, e há onze é igual... Tem de rir desses atrasados" , disse Daniel ao sair do gramado no domingo. Depois precisou explicar que não quis generalizar. “Não quis dizer que a Espanha seja racista. Mas sim que há racismo na Espanha, porque sofro isso em campos (de futebol) diferentes. Não foi um caso isolado. Não sou vítima, nem estou abatido. Isso só me fortalece, e continuarei denunciando atitudes racistas" .
Tudo que se seguiu àquele centésimo de segundo em que Daniel pegou a fruta e a comeu, com
a mesma naturalidade do espanhol Rafael Nadai em intervalo técnico de torneios mundiais de tênis, como se fizesse parte do script, tudo o que se seguiu àquele gesto é banal. Os “selfies" , a camiseta do casal 1.000, o tuíte de Dilma, as explicações de Daniel após o jogo, esta coluna. Até a nota oficial do Vilarreal, dizendo que identificou o torcedor racista e o baniu do estádio El Madrigal “para o resto da vida" . Daniel continuou a evitar as cascas de banana. Disse que o ideal, para conscientizar sobre o racismo, seria fazer o torcedor “pagar o mal com o bem" .

AQUINO, Ruth de. Rev. Época: 05 maio 2014.

A alternativa em que o verbo concorda com o sujeito apenas em número - tal como em: “ ...no futuro todos seriamos famosos por 15 minutos.” (§ 2 )—é:

  • A Nenhum de nós dois buscou a fonte dos fatos.
  • B Tudo isso eram ideias de homens ilustres.
  • C Parte das reivindicações não foram atendidas.
  • D Os brasileiros vivemos fartos de promessas.
  • E Fui eu quem escreveu este documento.
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A outra noite

Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite, uma noite de vento sul e chuva, tanto lá como aqui. Quando vinha para casa de táxi, encontrei um amigo e o trouxe até Copacabana; e contei a ele que lá em cima, além das nuvens, estava um luar lindo, de lua cheia; e que as nuvens feias que cobriam a cidade eram, vistas de cima, enluaradas, colchões de sonho, alvas, uma paisagem irreal.
Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer aproveitou um sinal fechado para voltar-se para mim:
- O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir sua conversa. Mas, tem mesmo luar lá em cima?
Confirmei: sim, acima da nossa noite preta e enlamaçada e torpe havia uma outra - pura, perfeita e linda.
-Mas que coisa...
Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar o céu fechado de chuva. Depois continuou guiando mais lentamente. Não sei se sonhava em ser aviador ou pensava em outra coisa.
-Ora, sim senhor...
E, quando saltei e paguei a corrida, ele me disse um“boa noite” e um“muito obrigado ao senhor” tão sinceros, tão veementes, como se eu lhe tivesse feito um presente de rei.

(BRAGA, Rubem. Para gostar de ler, vol. 2, crônicas. São Paulo, Ática.) Para gostar de le


Que presente de rei o narrador deu ao chofer?

  • A Pagou a corrida por ele e pelo amigo, a quem havia dado carona.
  • B Conversou amigavelmente com ele, sem preconceitos.
  • C Contou-lhe que acima da noite chuvosa havia uma noite de luar.
  • D Deixou-o ouvir a conversa que teve com o amigo durante a corrida.
  • E Insistiu em pegar um táxi e deu maior atenção ao chofer do que dera ao amigo.
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No primeiro dia, foi o gesto genial. Era um domingo. Ao se curvar no campo do estádio espanhol, descascar a banana, comê-la de uma abocanhada e cobrar o escanteio, Daniel Alves assombrou o mundo. Não só o mundo do futebol, esse que chama juiz de “veado” e negro de “macaco” . O baiano Daniel, mestiço de pele escura e olhos claros, assombrou o mundo inteiro extracampo. Vimos e revimos a cena várias vezes. “Foi natural e intuitivo” , disse Daniel, o lateral direito responsável pelo início da virada do Barcelona no jogo contra o Vilarreal. Por isso mesmo, por um gesto mudo, simples, rápido e aparentemente sem raiva, Daniel foi pop, simbólico, político e eficaz.
Só que, hoje, ninguém, nem Daniel Alves, consegue ser original por mais de 15 segundos. Andy Warhol previa, na década de 1960, que no futuro todos seriamos famosos por 15 minutos. Pois o futuro chegou e banalizou os atos geniais, transformando tudo numa lata de sopa de tomate Campbells. A banana do Daniel primeiro reapareceu na mão de Neymar, também vítima de episódios de racismo em estádios. Neymar escreveu na rede em defesa do colega e dele próprio: "Tomaaaaa bando de racistas, #somostodosmacacos e daí? ’’ Uma reação legítima, mas sem a maturidade do Daniel. Natural. Há quase dez anos de estrada de vida entre um e outro.
Imediatamente a banana passou a ser triturada por milhares de “ selfies " . O casal Luciano Huck -Angélica lançou uma camiseta #somostodosmacacos. Branco, o casal que jamais correu o risco de ser chamado o de macaco apropriou -se do gesto genial , por isso foi bombardeado por ovos e tomates na rede, chamado de oportunista. A presidente Dilma Rousseff, em seu perfil no Twitter, também pegou carona no gesto de Daniel “contra o racismo" e chamou de “ousada” a atitude dele. Depois de ler muitas manifestações, acho que #somostodosbobos, a não ser, claro, quem sente na pele o peso do preconceito.
“Estou há onze anos na Espanha, e há onze é igual... Tem de rir desses atrasados” , disse Daniel ao sair do gramado no domingo. Depois precisou explicar que não quis generalizar. “Não quis dizer que a Espanha seja racista. Mas sim que há racismo na Espanha, porque sofro isso em campos (de futebol) diferentes. Não foi um caso isolado. Não sou vítima, nem estou abatido. Isso só me fortalece, e continuarei denunciando atitudes racistas” .
Tudo que se seguiu àquele centésimo de segundo em que Daniel pegou a fruta e a comeu, com a mesma naturalidade do espanhol Rafael Nadal em intervalo técnico de torneios mundiais de tênis, como se fizesse parte do script, tudo o que se seguiu àquele gesto é banal. Os “selfies” , a camiseta do casal 1.000, o tuíte de Dilma, as explicações de Daniel após o jogo, esta coluna. Até a nota oficial do Vilarreal, dizendo que identificou o torcedor racista e o baniu do estádio El Madrigal “para o resto da vida” . Daniel continuou a evitar as cascas de banana. Disse que o ideal, para conscientizar sobre o racismo, seria fazer o torcedor “pagar o mal com o bem” .

AQUINO, Ruth de. Rev. Época: 05 maio 2014.

Na argumentação desenvolvida ao longo do texto, recorre a autora a todas as estratégias argumentativas a seguir, COM EXCEÇÃO apenas da que se indica em:

  • A exemplicação
  • B dados estatísticos.
  • C consistência do raciocínio
  • D testemunho fidedigno
  • E fatos notórios.
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A figura do ancião, desde o início dos relatos das primeiras civilizações, é muito controversa e discutida. No mundo ocidental, o senso comum das principais culturas muitas vezes discordava dos ensinamentos das filosofias clássicas sobre as contribuições da velhice para a sociedade. O estudo das reais condições trazidas pelo avanço da idade gerou diversas discussões éticas sobre as percepções biossociais dos processos de mudança do corpo. Médicos, biólogos, psicólogos e antropólogos ainda hoje não conseguem obter consenso sobre esse fenômeno em suas respectivas áreas.

Muitas culturas ocidentais descrevem o estereótipo do jovem como corajoso, destemido, forte e indolente. Já a figura do idoso é retratada como um peso morto, um chato em decadência corporal e mental. Percepção preconceituosa que foi levada ao extremo no século XX pelos portugueses durante a ditadura de Antônio Salazar, notório por usar a perseguição aos idosos como bandeira política. Atletas e artistas cotidianamente debatem o avanço da idade com medo e desgosto, enquanto especial istas da saúde questionam se há deterioração ou mudança adaptativa do corpo humano.

Nas culturas orientais, assim como na maioria das filosofias clássicas, a velhice é vista de um ângulo positivo, sendo fonte de sabedoria e meta para uma vida guiada pela prudência. O sábio ancião, que personifica a figura do homem calmo, austero, e que muitas vezes é capaz de prever certas situações e aconselhar, se destaca em relação ao jovem cheio de energia e de hormônios instáveis. Porém, apesar dos filósofos apreciarem o avanço da idade, nem todos eles tinham a mesma opinião sobre a velhice. O jovem Platão tinha como inspiração o velho filósofo Sócrates. Apesar de ser desfavorecido materialmente, Sócrates possuía muita experiência e uma sabedoria ímpar que marcou a história do pensamento. Em A República , Platão retrata uma discussão filosófica sobre a justiça ocorrida na casa do velho Céfalo, homem importante e respeitável em Atenas, que propiciava discussões filosóficas entre os mais velhos e os jovens que contemplavam os diálogos.Na sociedade ideal desse filósofo, os jovens muitas vezes eram retratados como inconsequentes e ingênuos, a exemplo de Polemarco, filho de Céfalo.
Nesta sociedade ideal, crianças e adolescentes não recebiam diretamente o ensino da Filosofia. Por ser um conhecimento nobre e difícil, [ela] era ensinada somente para pessoas de idade mais avançada.

Dentre os filósofos clássicos, o maior crítico sobre a construção filosófica da ideia de “velhice” era o estoico Sêneca. Para ele, Platão, Aristóteles e Epicuro construíram uma concepção mitológica da figura do velho. Os idosos que ele conheceu em Roma muitas vezes não eram tão felizes como descreviam os gregos. Muitos deles, observou Sêneca, pareciam tranquilos, mas no fundo não eram. A aparente tranquilidade decorria de seu cansaço e desânimo por não conseguir mais lutar por aquilo que queriam. Não buscaram a ataraxia enquanto jovens, ou seja, a tranquilidade da alma e a ausência de perturbações frente aos desafios impostos pela vida.

Se envelhecer é uma “droga”, como afirma o ator Arnold Schwarzenegger, ou se [a velhice] é a “melhor idade”, como dizem muitos aposentados, esses discursos não contribuem para uma resposta definitiva para o estudo científico.Afinal, o conceito de velhice não é um fenômeno puramente biológico, mas também fruto de uma construção social e psicoemocional.

MEUCCI, Arthur. Rev. Filosofia : março de 2013, p. 72-3.

No período: “[...] Por ser um conhecimento nobre e difícil, [ela] era ensinada somente para pessoas de idade mais avançada.” (§ 3) a preposição POR introduz a mesma circunstância que em:

  • A batalhar por conseguir um lugar ao sol.
  • B perder o emprego por incompetência.
  • C corresponder-se com amigos por email
  • D ausentar-se por algumas semanas.
  • E relarcear os olhos por toda a sala.